CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE MARECHAL DEODORO AL, NO PERÍODO DE 1978 A 2005.

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1 CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DO MUNICÍPIO DE MARECHAL DEODORO AL, NO PERÍODO DE 1978 A Evanilson Vicente dos SANTOS 1 ; Alexandre Ferreira CALHEIROS 1 ; Antônio Cardoso FERREIRA 1 Elenice Lucas DI PACE 2. RESUMO O presente estudo tem como objetivo analisar o potencial de precipitação pluviométrica em Marechal Deodoro-Al. Foram utilizados os dados de precipitação da CIA. AÇUCAREIRA CENTRAL SUMAÚMA, localizada no referido município, com uma série de 28 anos dados (1978 a 2005) onde classificamos os anos de muito seco a muito chuvoso, utilizando o método dos percentis. ABSTRACT The present studies, has as objective to analyze the rain gages power in Marechal Deodoro- AL. In that case, we used the data of rain gages precipitation of CIA. AÇUCAREIRA CENTRAL SUMAÚMA in a city of Alagoas, it used a continuous series, from 1978 until 2005, with 28 years of data, when they wore classified of very dry and very rainy, it utilized method of the Percentiles method. Palavras Chave: Precipitação Pluviométrica, Dados. INTRODUÇÃO Um dos elementos meteorológicos mais importantes é a precipitação pluviométrica, em especial 1 Alunos do curso de Graduação em Meteorologia, ICAT/UFAL. Br. 104 km 14, CEP Maceió, AL 2 Prof. Adjunto do Instituto de Ciências Atmosféricas, elenice@ccen.ufal.br ICAT/UFAL. Br. 104 km 14, CEP Maceió, AL

2 para agricultura, onde possui influência no desenvolvimento e no crescimento das culturas agrícolas. As chuvas, quando não são bem distribuídas, podem acarretar danos sem precedentes nas áreas de turismo, engenharia, educação, transporte, energia e agricultura, onde afetam o bom desempenho da produtividade das culturas e das criações, causando desse modo, dificuldades na vida de toda a sociedade. A precipitação, na quantidade e no período adequado, pode trazer benefícios para inúmeras áreas, mas também podem causar por sua vez grandes prejuízos, em situações adversas, às atividades afetadas (NECHT e MORAES, 1998; PONTES et al, 2000). Este trabalho tem como principal objetivo verificar o potencial da precipitação pluviométrica existente no município de Marechal Deodoro AL, no período de 1978 a MATERIAL E MÉTODOS O município de Marechal Deodoro ( 9º S, 36º W, 32m ) pertence à mesorregião leste do Estado de Alagoas e é caracterizado por possuir um clima quente e úmido. Foram utilizados os valores dos totais anuais de precipitação pluviométrica cedidos pela CIA. AÇUCAREIRA CENTRAL SUMAÚMA localizada no referido município para o período compreendido entre 1978 e Neste trabalho calculou- se os percentis de ordem 15, 35, 65 e 85 para delimitar o nível muito seco, seco, normal, chuvoso e muito chuvoso, de acordo com XAVIER e XAVIER (1987). Então um ano i passa a ser considerado: muito seco Xi P15, seco P15 Xi < P35, normal P35 Xi < P65, chuvoso P65 Xi < P85 e muito chuvoso Xi P85. RESULTADOS E DISCUSSÃO A figura 1 mostra os percentuais da classificação de precipitação onde, encontramos a freqüência dos anos chuvosos um pouco maior do que a dos anos secos, excedendo-se em 8%. Entretanto a freqüência média dos anos muito seco atinge 11% (Pi 1470 mm) coincidindo com as grandes reduções nas culturas agrícolas da região devido a mais intensa e extensa estiagem. A probabilidade de anos de período seco chega a 21% (1470 Pi < 1778 mm) podendo acontecer também pequenas perdas na agricultura, os anos normais atingiram 25% (1778 Pi < 2072 mm), e o período chuvoso chega a 29% dos anos (2072 Pi < 2436 mm), ocorrendo aumento nas produções agrícolas, em função da boa distribuição de precipitação pluviométrica e nos anos de período muito chuvoso 14% no período estudado (Pi 2436 mm), é justamente nessa época que

3 acontece o chamado estresse hídrico,em função do excesso de água no solo, podendo dessa forma prejudicar as culturas agrícolas. muito chuvoso 14% muito seco 11% seco 21% chuvoso 29% normal 25% Figura 1. Percentual da classificação pluviométrica: muito seco, seco, normal, chuvoso e muito chuvoso no período de para o município de Marechal Deodoro Al. Na precipitação media mensal, figura 2, verificamos que os maiores índices de precipitação ocorre no quadrimestre abril-maio-junho-julho, correspondendo a 71,3% do total anual médio, sendo junho o mês de maior precipitação (316,82 mm); já os menores índices são observados no quadrimestre outubro-novembro-dezembro-janeiro, onde podemos observar que o mês de dezembro obteve a menor média de precipitação pluviométrica(50,66 mm), responsável por apenas 2,67% da chuva anual. 350,00 Precipitação(mm ) 300,00 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Meses Figura 2. Média de precipitação pluviométrica média mensal no período de para o município de Marechal Deodoro Al.

4 A figura 3, mostra a precipitação total anual, onde podemos verificar que o ano de 1989(3109,9 mm) obteve o maior valor com um acréscimo de 82,2% na precipitação total anual média e o ano de 1983(1098,4 mm) o menor valor. Durante o período estudado, a média foi de 1891,7 mm. Precipitação Total Anual(mm) Precipitação Média Anual(mm) Precipitação Total Anual(mm) Período Figura 3. Precipitação total anual, no período de para o município de Marechal Deodoro Al. CONCLUSÃO Os anos de 1986, 1989, 1996 e 2000 foram considerados muito chuvosos, sendo o ano de 1989 o que registrou maior valor de precipitação anual (3109,9 mm), enquanto que os anos de 1983, 1993, 1998 foram muito seco, com menor precipitação anual em 1983 (1084,4mm). As maiores contribuições mensais da precipitação são verificadas, na maioria dos anos, no mês de junho com média de 316,82mm, já as menores precipitações são registradas no mês de dezembro com média de 50,66mm. A probabilidade de ocorrência de anos secos ou muito secos atingiu 32%, para anos considerados normais temos 25% e para anos chuvosos ou muito chuvosos a probabilidade é de 43%, no período estudado para o município de Marechal Deodoro Al. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NECHT, D.; MORAES, M. C. da S. Estudo da distribuição espacial da precipitação pluviométrica de Belém Pa em um ano chuvoso. Congresso Brasileiro DF, Anais

5 PONTES, E. G. S.; ABREU, R. A.; REIS, A. S. E.; ARAÚJO, E. J. R. Comportamento da precipitação durante a estação chuvosa no período de 1997 a 1999 no Estado de Alagoas. Congresso Brasileiro de Meteorologia. Rio de Janeiro RJ, Anais XAVIER, T. de Ma. B. S.; XAVIER, A. F. S. Classificação e monitoração de período secos e chuvosos e cálculos de índices pluviométricos para a região nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Engenharia, Caderno de Recursos Hídricos, v 5, Nº. 2, 7-31p