2. Operações de emergência
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- Isaac Sequeira Silveira
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1 Programa Nacional de Controle da Dengue CGPNCD/DEVEP Controle vetorial da Dengue (duas operações básicas) 1. Operações de rotina 2. Operações de emergência 1
2 Controle da Dengue (duas operações básicas) 1. Operações de Rotina: a) Envolvimento da população, buscar a participação, eliminando e evitando a proliferação de criadouros, produzidos no ambiente doméstico > mudança de comportamento b) Tratamento Focal, visita casa a casa, com aplicação seletiva de larvicida nos criadouros, cobertura de toda a área infestada em ciclos bimestrais Objetivo: eliminar o mosquito, ou baixar sua densidade a níveis toleráveis, evitando surtos Imprescindível: visitas domiciliares com cobertura, regularidade e qualidade 2. Operações de Emergência: (parte mais visível do programa, não a mais importante) Interromper surtos epidêmicos de doenças veiculadas por vetores com uso de aplicação espacial - UBV Significa: deixou-se de usar outros meios de controle mais eficazes e duradouros fragilidades nas atividades de rotina Aplicações UBV: caráter estritamente transitório, Sucesso em situação de emergência: dispor com antecedência de recursos (estrutura física, pessoal equipamentos, inseticidas, solventes, veículos) 2
3 (Operações de rotina) População mobilizada, qualidade do trabalho dos agentes, ações intersetoriais para apoio (limpeza urbana, redução de pendências, sustentabilidade técnica e política) Não será necessário o uso de inseticidas (Operações de emergência) Documentos bases (2001): deram origem ao PNCD Conhecer contexto e o porque da reestruturação dos programas pelo países membros da OPAS/OMS 3
4 Dois documentos básicos: PNCD e as DNPCED Resolução 43 - OPAS/OMS 2000 Dengue: não existe uma única medida que resolva o problema > são necessárias adoção de várias medidas simultâneas Dengue: transcende (em muito), o setor saúde Conhecer as fundamentações do PNCD, objetivos, metas e componentes de ação: 1. Vigilância epidemiológica 2. Combate ao vetor (uso de inseticidas?) 3. Assistência aos pacientes 4. Integração com atenção Básica (PAC/PSF) 5. Ações de saneamento ambiental 6. Ações integradas de Ed. em Saúde, comunicação e mobilização social 7. Capacitação de Recursos Humanos 8. Legislação de apoio (Parceria CEPEDISA-USP) 9. Sustentação político-social 10. Acompanhamento/avaliação do PNCD Inseticidas: indicados pelo WHOPES WHOPES: Comitê de Avaliação de Pesticidas para uso em saúde pública Global Colaboration for Development of Pesticides for Public Health (GCDPPH). (Colaboração Global para Desenvolvimento de Pesticidas para Uso em Saúde Pública) Missão: parcerias para buscar novos praguicidas que sejam seguros à saúde humana e ambiental, para uso em controle de vetores Poucos princípios ativos são disponíveis para uso em saúde pública 4
5 Inseticidas: indicados pelo WHOPES Ministério da Saúde: considera estas instituições como referência Segurança química e toxicologia Intox Databank / Inchem Aqueles i.a. usados em água de consumo humano: avaliação do IPCS Indicação OMS: Revisão periódica da literatura (Riscos químicos: água de Consumo humano - temefós) 5
6 2.2.5 Óbitos relatados - Não informado. Envenenamento em humanos por temefós não tem sido reportado. SVS/PNCD Programas Municipais de Controle 6
7 Estruturação: Busca de sustentabilidade política: responsabilidade do gerente e Secretários de Saúde Determinados problemas: resolução somente com ações intersetoriais (Dengue: problema de todos, não só do setor saúde) Estruturação: 1. Administração Instalações físicas adequadas Equipe de apoio (técnico / administrativo) Equipamentos (computadores, impressoras, etc.) Manter arquivo/biblioteca com informações administrativas, técnicas e operacionais 7
8 2. Estruturação da Vigilância Epidemiológica Manter SINAN em funcionamento Notificações atualizadas Verificação de inconsistência Rotina de investigação Fechamento de casos Análise regular dos indicadores epidemiológicos 2. Estruturação da Vigilância Epidemiológica Laboratório Estabelecimento de fluxo em parceria com LACEN Envio regular de amostras de sorologia/isolamento Assistência Articulação com PACS/PSF Levantar demandas para capacitação (méd. / enfermeiros) Estruturar Plano de contingência (atualizado/validado) 8
9 27/05/ Estruturação da Vigilância Epidemiológica Atividades essenciais: Manter articulação constante com o serviço de controle Produzir informes periódicos para subsidiar informações ao Secretário Municipal de Saúde 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Visitas domiciliares (Visitas: cobertura, regularidade, qualidade) Manter número ideal de agentes (1:800 a imóveis) Fornecimento regular de material de campo (rotina) Regime de trabalho em horário integral (casa a casa) 9
10 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Veículos e equipamentos Veículos para apoio (motos/carros/camionetes) Equipamentos em número suficiente Estrutura para guarda de inseticidas e equipamentos e manutenção 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Apoio às ações de controle Serviço de controle de vetores/entomologia estruturado Comitê de mobilização para controle estruturado e funcional Laboratório próprio para exames de larvas 10
11 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Apoio às ações de controle Equipe para trabalho de rotina em PE Equipe / estratégia para visitas em depósitos de difícil acesso Serviço articulado de recolhimento de pneus 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Sistemas operacionais Uso do SISFAD para acompanhar e orientar ações Análise dos indicadores e produção de informes Alimentar regular do DIAGDENGUE Uso regular do DIAGDENGUE para avaliar implantação 11
12 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Operações de campo Fechamento dos ciclos / acompanhamento Rotina e avaliação das supervisões aos agentes Integração com a Vig. Epid. e atenção básica (PACS/PSF) Equipe de mobilização atuante 3. Estruturação da Vigilância Entomológica / Controle Operações de campo Rotina de envio de exames de larvas/recebimento de resultados Rotina de bloqueio de casos (período não epidêmico) Integração com limpeza urbana / abastecimento de água 12
13 Atenção às novidades : 1. Equipamentos e operações não indicadas pelo programa como rotina (flambadores de ovos, produtos alternativos: vinagre, sal, borra de café, etc.); 2. Emprego de armadilhas de oviposição com finalidade de controle - sequestro de ovos: não existem evidências de sua efetividade (importante estratégia para monitoramento) Existem várias substâncias que podem eliminar larvas: (vinagre, água sanitária, borra de café), porém, a residualidade é fundamental Métodos tradicionais não devem ser substituídos 13
14 Um bom gestor salva mais vidas que um bom clínico (Erick Martinez) SVS/PNCD Iniciativas importantes 14
15 Aumento progressivo dos recursos para financiamento das ações de vigilância em saúde Capítulo VII Das Disposições Transitórias (Portaria MS 3252 de 22/12/09) Estados e municípios que aderiram ao Pacto pela Saúde: se constatado, em 31/12/2009, saldo bancário superior ao valor correspondente a seis meses de repasse do Bloco de VS: Deverão apresentar na CIB, no prazo de três meses após a divulgação do saldo, um formulário de aplicação dos recursos acumulados, que deverão ser executados até o final do ano de A CIB fica responsável por informar ao MS o consolidado da situação identificada. A comprovação da aplicação dos recursos se dará, por meio do Relatório Anual de Gestão aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde 15
16 PNCD Duas importantes iniciativas Protocolo para Unidades Sentinela de monitoramento viral de dengue Aprimorar o sistema de vigilância local na detecção precoce da circulação viral Aumentar percentual de positividade do isolamento em cultura de células C6/36 Garantir monitoramento viral mais efetivo Instituição de protocolo para investigação de óbitos suspeitos por dengue Identificar fatores relacionados à assistência do paciente com dengue que evoluíram para o óbito; Determinar o grau de evitabilidade dos óbitos por dengue Subsidiar a adequação imediata dos processos de trabalho envolvidos no atendimento do paciente com dengue PNCD Duas importantes iniciativas 16
17 SVS/PNCD Experiência bem sucedida do Município de Belo Hozizonte / MG Série histórica de casos confirmados em Belo Horizonte, 1996 a Den1 e Casos Den1 Den Den3, 2 e Ano FONTE: SISVE/GEEPI/SMSA 17
18 Região Metropolitana de BH: composto por mais nove municípios Caracterização do município (cerca de 5 milhões de habitantes) População BH: Saneamento Básico: Abastecimento de água - 99,7% Coleta de lixo - 100% Rede de esgoto - 93,0% Área Geográfica: 331 KM 2 (IBGE 2005) Organização Territorial: 9 Distritos Sanitários 146 Unidades de Saúde Aglomerados Subnormais Caracterização do município Setores censitários em aglomerados subnormais: 12,2% População estimada nestas áreas:
19 Estrutura do Programa Vigilâncias: 85 Técnicos/Coordenadores de Zoonoses 1370 Agentes de Endemias I / 207 Agentes de Endemias II imóveis (813 Pontos Estratégicos) Unidade Secundária de Apoio: Laboratório de Zoonoses 83 Veículos Ações de rotina para o controle vetorial Visita casa a casa : 5 visitas ano Resgate de pendências Monitoramento de pontos estratégicos : quinzenal Monitoramento com ovitrampas : quinzenal Bloqueio de transmissão (período não epidêmico) Integração permanente com as vigilâncias Epidemiológica, Sanitária, Zoonoses e Assistência Mutirões de limpeza em áreas críticas - Limpeza Urbana Abertura de casas abandonadas Uso de ações legais: Polícia Militar, chaveiro, Vigilância Sanitária, Zoonoses, Limpeza Urbana Georeferenciamento: em toda área do município 19
20 Ações de rotina para o controle vetorial Tratamento Focal Ações programadas de vistorias em todos os imóveis 5 vezes por ano UBV Controle químico espacial: aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume portátil Perifocal Vigilância quinzenal dos pontos estratégicos Ações de rotina para o controle vetorial Levantamento Rápido de Índice Larvário (LIRAa) Armadilhas Ovitrampas 20
21 Acompanhamento e análises semanais Densidade de ovos semanas 19/20, 21/22 e 23/24 de Densidade de ovos semanas 19/20, 21/22, 23/24 e casos de dengue notificados, junho/09 Acompanhamento e análises semanais Casos confirmados * Casos descartados * Casos pendentes * 21
22 Histórico - Levantamentos de Índices Índices de Infestação Predial nas pesquisas larvárias realizadas entre 1999 a 2010, Belo Horizonte 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 3,2 1,8 0,6 2,3 1,9 0,3 3,2 3 2,3 2,6 1,8 2,9 2,3 2,5 1, ,9 0,6 0,6 0,3 0,3 0,4 1,6 3,5 1,8 4,7 1,8 1,9 3,4 3,9 2,2 2,2 4,2 3,9 1999/fev 1999/abr 1999/nov 2000/jan 2000/abr 2000/out 2001/jan 2001/mar 2001/mai 2001/dez 2002/mai 2002/nov 2003/jan 2003/mar 2003/nov 2004/jan 2004/mar 2004/out 2005/jan 2005/mar 2005/out 2006/jan 2006/mar 2006/out 2007/jan 2007/mar 2007/out 2008/jan 2008/mar 2008/out 2009/jan 2009/mar 2009/out 2010/jan 2010/mar FONTE-GECOZ/SMSA Quadro Geral RH DISTRITOS TOTAL AGENTES NO CAMPO + EQ. VOLANTE Incremento RH 2009 ACE I ACE II Contrato temporário - MAR a JUL BARREIRO ACE I ACE II CENTRO SUL LESTE Chamamento Seleção Pública - OUT 2010 NORDESTE ACE I ACE II NOROESTE NORTE OESTE Incremento RH 2010 PAMPULHA Chamamento Seleção Pública - FEV VENDA NOVA Equipe Volante CCZ 53 5 ACE I ACE II TOTAL
23 Ações de rotina para o controle vetorial Zoneamento: desde 1999, e recentemente temos buscado a unificação dos territórios dos ACE e ACS SVS/DEVEP/PNCD 23
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