DELIBERAÇÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE

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1 DELIBERAÇÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE Considerando as atribuições da Entidade Reguladora da Saúde (doravante ERS) conferidas pelo artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro; Considerando os objectivos da actividade reguladora da ERS estabelecidos no artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro; Considerando os poderes de supervisão da ERS estabelecidos no artigo 27.º do Decreto- Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro; Visto o processo registado sob o n.º ERS/027/08 - C; I. DO PROCESSO I.1. Origem do processo 1. Por exposição enviada a 24 de Abril de 2008, e recebida pela ERS a 29 desse mês, o utente J., na qualidade de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS), apresentou uma reclamação relativa à dificuldade de marcação de exame de colonoscopia como utente do SNS.

2 2. Após análise da referida exposição, o Conselho Directivo da ERS, por despacho de 8 de Maio de 2008, ordenou a abertura de inquérito registado sob o n.º ERS/027/08; 3. Considerando que o inquérito entretanto desenvolvido pela ERS permitiu identificar diversas entidades que se encontrarão igualmente envolvidas pela exposição em questão, identifica-se doravante o inquérito dirigido à Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda., por facilidade, como ERS/027/08 C. I.2. A exposição do utente 4. Na exposição, o reclamante queixa-se de uma alegada dificuldade de marcação de colonoscopia, na qualidade de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS). 5. Efectivamente, veio o reclamante referir que Tendo um familiar meu necessidade de efectuar uma colonoscopia por indicação do seu médico assistente, dirigi-me hoje ao Hospital [ ] para efectuar a respectiva marcação, foi com surpresa que fui informado que não aceitavam marcações para utentes do Serviço Nacional de Saúde e só a partir de Setembro me deveria dirigir novamente à instituição para então provavelmente marcar o exame. Face à minha insistência fui informado que se o exame fosse feito particularmente, isto é se fosse pago de imediato seria efectuada daqui a duas semanas. cfr. exposição do utente de 24 de Abril de 2008, junta aos autos. 6. O referido utente veio ainda a complementar a sua exposição inicial com a informação relativa às suas outras diligências infrutíferas de tentativa de marcação de um exame de colonoscopia em outras entidades convencionadas do SNS, de onde resultou o referido alargamento do âmbito do inquérito. 7. Uma vez que o utente, com base na listagem de entidades convencionadas do SNS que pretensamente executariam colonoscopias e que lhe havia sido enviada pelo Gabinete do Cidadão/Observatório Regional de Apoio ao Sistema SIM-Cidadão da ARSLVT, tentou proceder à marcação em diversas outras entidades. 8. Efectivamente, o reclamante enviou ainda uma nova exposição, em 2 de Maio de 2008, pela qual transmitiu que [ ] informo que infelizmente a entidade (MEDISCOP-PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MEDICOS, LDA). que supostamente marcaria o exame no dia 02 de Maio, às 08:30h já não aceitava marcações, isto é, 30 minutos depois 2

3 da abertura já não havia vagas, pelo que teremos um outro consultório com o respectivo pagamento imediato, apesar de julgar ter direito a este exame através do Serviço Nacional de Saúde. - cfr. exposição adicional do utente de 2 de Maio de 2008, junta aos autos. I.3. Diligências 9. No âmbito da investigação desenvolvida pela ERS, e considerando que a situação exposta pelo utente indiciava um âmbito subjectivo de prestadores alegadamente envolvidos potencialmente bastante lato, realizaram-se as diligências de obtenção de prova consubstanciadas (i) (ii) (iii) (iv) em contactos telefónicos, estabelecidos nos dias 2 e 5 de Maio de 2008, com 24 dos 26 prestadores privados e do sector social, constantes da listagem de prestadores convencionados do SNS na valência de endoscopia gastrenterológica, fornecida pela ARS LVT 1, com o intuito de marcação de exame de colonoscopia quer como utente do SNS, quer como utente particular; em pedidos de elementos, de 20 e 21 de Maio de 2008, visando confrontar tais 24 prestadores privados e do sector social, constantes da listagem 2 da ARS LVT, com os resultados das diligências da ERS efectuadas em 2 e 5 de Maio de 2008; em consulta e pesquisa do Sistema de Registo de Estabelecimentos Regulados (SRER) da ERS; em consulta e pesquisa das tabelas relativas às taxas moderadoras para o acto de colonoscopia (total e esquerda). 1 Listagem de entidades convencionadas para a valência de endoscopia gastrenterológica, enviada à ERS pela ARSLVT em 15 de Abril de 2008 junta aos autos. De referir que de tal listagem consta a identificação de 26 prestadores privados, embora 2 já não exercerão qualquer actividade. Por outro lado, de tal listagem consta ainda, a identificação de prestadores públicos (hospitais do SNS), que obviamente não foram considerados na presente análise por tampouco serem prestadores convencionados. 2 Idem. 3

4 10. Foram efectuadas as diligências tidas por necessárias ao esclarecimento de factos suscitados após análise de todas as respostas dos prestadores constantes da referida listagem aos pedidos de elementos da ERS e subsequentes cruzamentos das informações delas constantes com aquelas que haviam sido transmitidas aquando das diligências telefónicas da ERS de 2 e 5 de Maio de Foram ainda solicitados esclarecimentos à ARS LVT, designadamente sobre o Acordo com o SNS da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. e da Dra. A. 12. Por último, foram realizadas diligências, através de contactos telefónicos, no dia 11 de Março de 2009, aos dois estabelecimentos da entidade Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda., com o intuito de averiguar quais os dias da semana em que são realizados os exames de colonoscopia. II. DOS FACTOS II.1 Os prestadores e os actos convencionados 13. Nos termos da listagem fornecida pela ARS LVT à ERS em 15 de Abril de 2008 e junta aos autos, surgem identificados como sendo de prestadores convencionados do SNS na valência de endoscopia gastrenterológica: (i) Afonso Maldonado, Lda. - Rua de São Tomás de Aquino, 10 D, 1600 Lisboa com o telefone (1440 utentes/trimestre); (ii) Dr. António José Guerreiro da Cruz Martins - Av. de Roma, 35-1º. Fte., 1700 Lisboa, com o telefone ou (720 utentes/trimestre); (iii) Associação Socorros Mútuos Empregados Comércio de Lisboa - Largo de S. Cristóvão, 1, 1100 Lisboa com o telefone (120 utentes/trimestre); (iv) Centro Médico de Moscavide, Lda. - Rua Dr. João Gomes Patacão, 15A-B, 1885 Moscavide com o telefone (240 utentes/trimestre); (v) Clínica de Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva Dr. Pontes, Lda. - Av. João II, Lote , 3.º Piso, Fracção I Parque Expo, 1990 Lisboa, com o telefone (480 utentes/trimestre); 4

5 (vi) Clínica de Santo António - Av. Hospitais Civis, 2720 Reboleira com o telefone (1800 utentes/trimestre); (vii) Duogastro - Av. 25 de Abril, nº.27 - C, 1675 Pontinha, com o telefone (84 utentes/trimestre); (viii) Dr. Eduardo Manuel Nunes Torpes Santana - Rua Rosa Damasceno, 14 A, 1900 Lisboa, com o telefone (144 utentes/trimestre); (ix) Endogastro - Rua Marquês da Mata, Bloco l - lº. Rect., 2775 Carcavelos, com o telefone ; (x) Hospital Egas Moniz - Rua da Junqueira, 126, 1300 Lisboa, com o telefone ; (xi) Gastrocol Diagnóstico Endoscópico, Lda. - Rua Duque de Palmela, 27 1º. Dtº, Lisboa, com o telefone (360 utentes/trimestre); (xii) Gastrodiagnóstico Unidade de Gastroenterologia Dr. Mendonça Santos, Lda. (Clínica da Fidalga) - Av. Cidade de Londres, Lt. 121, 2735 Agualva-Cacém, com o telefone (360 utentes/trimestre); (xiii) Gastromedis - Centro Clínico - Campo Grande, 46-A, Lisboa, com o telefone (360 utentes/trimestre); (xiv) Hospitalar Capuchos/Desterro - Al. de Santo António dos Capuchos, Lisboa com o telefone ; (xv) Hospital CUF - Trav. do Castro, 3, 1350 Lisboa, com o telefone (Marcações de colonoscopia canceladas sine die); (xvi) Hospital de Reinaldo dos Santos - Vila Franca de Xira, com o telefone /8; (xvii) Hospital da Ordem Terceira - Rua Serpa Pinto, 7, 1200 Lisboa, com o telefone ; (xviii) Hospital Pulido Valente - Alameda das Linhas de Torres, 117, 1700 Lisboa, com o telefone ; (xix) Hospital S. Francisco Xavier - Estrada do Forte do Alto do Duque, 1400 Lisboa, com o telefone ; 5

6 (xx) Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil (Centro Regional de Lisboa) - Av. Prof. Lima Basto, 1070 Lisboa, com o telefone ; (xxi) Lúmen Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva, Lda. - Rua dos Bombeiros, nº. 9-1º. Esq., 2675 Odivelas, com o telefone (720 utentes/trimestre); (xxii) Clínica Elite - Av. Cidade de Londres, Lt. 75, Quinta da Fidalga, 2735 Agualva - Cacém, com o telefone (900 utentes/trimestre); (xxiii) Dr. Jaime Manuel Marques Midões Correia - Praça 25 de Abril, 15 1º, 2560 Torres Vedras, com o telefone (15 utentes/dia); (xxiv) Magalhães & Venância, Lda. - Av. Vasco da Gama, 52 1º.Esq, 1100 Lisboa, com o telefone (480 utentes/trimestre); (xxv) Dr.ª Maria Perpétua Gomes Rocha - Av. Miguel Bombarda 123 1º.C, 1050 Lisboa, com o telefone (120 utentes/trimestre); (xxvi) Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. - Rua Prof. Francisco Gentil, 21, 1º. Dtº, 1600 Lisboa, com o telefone (720 utentes/trimestre); (xxvii) Dr.ª Ana Cristina Hidalgo Medeiros Lino de Sousa - Rua 31 de Janeiro, 10, 2725 Mem Martins, com o telefone (720 utentes/trimestre); (xxviii) Pereira Coutinho & Associados Prestação de Cuidados Médicos, Lda. - Av. 25 de Abril, nº. 10 Cave/Pátio, 2750 Cascais, como telefone (288 utentes/trimestre); (xxix) Teresa Antunes, Lda. - Av. da República, 62-3º. Dtº, Lisboa, com o telefone ou (300 utentes/trimestre); (xxx) Unidade de Endoscopia Digestiva, no Hospital Particular - Rua Luis Bivar, 30, 1050 Lisboa com o telefone (720 utentes/trimestre); (xxxi) Unignóstico Unidade de Profilaxia e Diagnóstico Gastrenterológico, Lda. - Rua da Estrela, 29 1º.Dtº., 1200 Lisboa com o telefone (600 utentes/trimestre). 6

7 14. Os actos de colonoscopia total e a colonoscopia esquerda integram o conjunto dos actos da Tabela da Área F Endoscopia Gastrenterológica do SNS (códigos e 006.1, respectivamente). 15. De acordo com tal Tabela da Área F Endoscopia Gastrenterológica, os preços praticados e em vigor em Janeiro 2008 são os constantes da tabela infra Actos Valores SNS Colonoscopia esquerda Preço convencionado 39,13 Colonoscopia total Preço convencionado 51,21 II.2 A Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. e a Dra. A. 16. A Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda., é um prestador convencionado do SNS, para a valência de Endoscopia Gastrenterológica, na lista disponibilizada pela ARS LVT; 17. Que presta serviços em dois estabelecimentos distintos, a saber, nos Serviços Médicos de Enfermagem de Telheiras, sitos na R. Prof. Francisco Gentil, em Telheiras, e no Centro Clínico e de Enfermagem de S. Carlos, sito na R. 31 de Janeiro em Mem Martins. 18. Efectivamente, a entidade Mediscop [é detentora de] acordo para os 2 consultórios acima indicados independentemente de os espaços se inserirem noutras clínicas cfr. ofício da ARS LVT, de 10 de Fevereiro de 2009, junto aos autos. 19. Em diligência efectuada pela ERS, no dia 2 de Maio de 2008, para marcação de exame de colonoscopia como utente do SNS e como particular, respectivamente, foi informado pela Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda., - in concreto, pela funcionária do estabelecimento sito na Rua Prof. Francisco Gentil, em Telheiras -, que as marcações de exames de colonoscopia (i) (ii) para utentes do SNS, apenas seriam realizadas a partir das 8h 00min. no dia 2 de Julho de 2008 (sendo a marcação efectuada para Agosto), cfr. memorando da diligência junto aos autos, e para particulares, a marcação poderia ser efectuada para 6 ou 13 de Maio de 2008 cfr. memorando da diligência junto aos autos. 20. Nas mesmas datas, a ERS procedeu à marcação de exame de colonoscopia na qualidade de utente do SNS e como particular, respectivamente, junto da Mediscop - 7

8 Prestação de Serviços Médicos, Lda. (estabelecimento sito na Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins) tendo a assistente da referida prestadora comunicado que as marcações de colonoscopias (i) (ii) para utentes do SNS, apenas seriam realizadas a partir de 2 de Junho de 2008 (às 8 horas da manhã), e para particulares, a marcação poderia ser efectuada no dia 12 de Maio de 2008 cfr. memorando da diligência junto aos autos. 21. Por ofício de pedido de elementos de 21 de Maio de 2008, foi o prestador confrontado com os factos em apreço e solicitadas diversas informações. 22. Em resposta ao subsequente pedido de elementos da ERS, pelo qual foi e entidade em questão confrontada com os factos resultantes das diligências da ERS, veio a Dra. A. sócia da Mediscop e Gastrenterologista responsável no estabelecimento da Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins, comunicar o número de exames realizados, nomeadamente os constantes no quadro infra: N.º de exames realizados no 4.º trimestre de 2007 e 1.º trimestre de 2008 [ ] 23. Bem como justificar a diferença temporal praticada na marcação dos exames complementares de diagnóstico consoante a entidade financiadora dos utentes cfr. resposta datada de 21 de Maio de 2008 enviada à ERS e subscrita pela prestadora, A.; 24. Referindo, a esse propósito, que: [Nos] 10 anos de parceria sempre honrar[am] o compromisso que assumi[ram], apesar das inúmeras dificuldades que encontr[am]. Nesta zona (Mem Martins) não há alternativas ao [ ] Centro Clínico para a realização destes exames. Algumas Clínicas próximas realizavam, em tempos, um número irrisório de exames para a ARS (4/mês), mas as últimas informações são que até esse ridículo n.º abandonaram ; 25. Acrescentando a referida prestadora que 8

9 [ ] deslo[ca-se] ao Centro Clínico de S. Carlos 2 dias por semana, cerca de 3 h em cada um deles. Sendo que [ ] do tempo que despend[e] no Centro Clínico, reserv[a] 2/3 para exames convencionados com a ARS, e 1/3 para exames/consultas de especialidade de outras entidades e particulares. ; E que Em relação às marcações dos utentes da ARS, divulg[am] um dia para [a sua realização]. Nesse dia atende[m] e marca[m] TODOS os exames dos utentes que [os] procuram entre as 8 e as 10h [ ]. 26. Porém, Este enorme afluxo de utentes resulta num preenchimento da agenda que pode atingir os 4 ou 5 meses. Repetiremos a data de marcação no primeiro dia livre, sendo que procurarão, ainda, [ ] rastrear as situações mais urgentes através da análise dos pedidos dos Médicos de Família, atendendo e considerando os pedidos ocasionais que esses colegas [lhes] fazem chegar, e chamando os doentes que conside[ram] mais urgentes quando surge uma oportunidade para um dia extra de exames Já concretamente quanto às quotas praticadas pela predita prestadora, considerou [ ] claramente razoável que reserve uma quota (de 1/3) da [sua] disponibilidade para realizar os exames aos [s]eus doentes da consulta, aos doentes da AdvanceCare e aos doentes particulares. ; 28. Uma vez que [ ] tais exames val[e]m o quadruplo do que a ARS paga, s[ão] pagos na hora, ou, no caso da AdvanceCare, com um atraso relativamente razoável, e sem sobressaltos., ao passo que [ ] a ARS atrasou o pagamento em cerca de 1 ano durante o ano 2006/2007, com grandes irregularidades de pagamento. ; 29. Apesar da ARS LVT ter recentemente [ ] vindo a recuperar esse atraso, mas ainda recebe[m] cerca de 6 meses depois da entrega mensal dos comprovativos dos exames!. 30. Mais ainda referiu tal prestadora que [ ] a tabela dos valores convencionados não é revista desde 2003, sendo os valores praticados cerca de 1/4 dos habitualmente cobrados pelo exame particular, ou 1/3 do praticado pelas seguradoras! ; 31. Afirmando, por último, que 9

10 Há diferença temporal nas datas de marcações? É claro que sim. Mas se a ARS fizer actualizações regulares dos valores praticados, se recuperar e garantir regularidade nos pagamentos que efectua, se alargar a rede de convencionados para permitir outras alternativas aos utentes, então todos os que dependemos desses pagamentos temos a garantia de poder pagar as nossas contas, pelo que teremos todo o gosto em marcar os exames convencionados com a ARS de forma semelhante ao praticado com as outras entidades de saúde Por último, a ERS solicitou junto da ARS LVT alguns esclarecimentos tendo por base o quadro factual supra exposto, a qual, por resposta de 10 de Fevereiro de 2009, e concretamente quanto à entidade convencionada Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda., veio informar que i) MEDISCOP- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS, Lda. Resp. Téc. DR.ª ( ) Rua Prof. Gentil, 21-1.º Dt.º, 1600 LISBOA ( ) Exames por via oral ( ) Tratamentos por via oral ( ) Exames por via ano-rectal ( ) Tratamento por via ano-rectal ( ), Colonoscopia Esquerda e Colonoscopia Total Facturou colonoscopia total e esquerda em ii) MEDISCOP- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS, Lda. Resp. Téc. DR.ª ( ) Rua 31 de Janeiro, 10, 2725 MEM MARTINS 3 Cfr. resposta da Dra. A. ao pedido de elementos da ERS, junta aos autos. 10

11 ( ) Exames por via oral ( ) Tratamentos por via oral ( ) Exames por via ano-rectal ( ) Tratamento por via ano-rectal ( ), Colonoscopia Esquerda e Colonoscopia Total. iii) Em Agosto, Setembro, Outubro e Novembro de 2008 a entidade Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. facturou à ARS LVT [ ] colonoscopias totais e [ ] colonoscopias esquerdas; iv) A entidade Mediscop [é detentora de] acordo para os 2 consultórios acima indicados independentemente de os espaços se inserirem noutras clínicas ; e v) Ainda que [a]s duas responsáveis técnicas são ambas sócias da referida entidade [ ], justificando o facto de a Dra. A. haver procedido à resposta ao pedido de elementos da ERS de uma forma geral relativamente aos estabelecimentos da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. cfr. resposta da ARS LVT de 10 de Fevereiro de 2009, junta aos autos. 33. Ainda quanto aos esclarecimentos e informações solicitadas pela ERS, veio a ARS LVT, (i) (ii) juntar cópia do documento correspondente à norma de adesão da convenção para prestação de cuidados de saúde no âmbito da endoscopia gastrenterológica; o qual fazia referência ao consultório sito na Rua Prof. Francisco Gentil (Telheiras)[ ] [como] possui[ndo] capacidade de atendimento para ( ) doentes/dia, num horário de atendimento das 15 às 20h 30 min, às 3as e 5as feiras [ ] ; 11

12 (iii) e ao Centro Clínico na Rua 31 de Janeiro, Mem Martins que [ ] possui a mesma capacidade de atendimento de ( ) doentes/dia, num horário de atendimento das 15 às 20h 30min, às 2as e 6as feiras [ ] ; 34. Faz-se ainda notar que em carta enviada pela Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. ao Coordenador da Sub - Região de Saúde de Lisboa é referido que a mesma havia [ ] adquiri[do] recentemente um colonoscópio [ ] pelo que pretend[iam] iniciar a realização de Fibrosigmoidoscopias, colonoscopias Esquerda e Colonoscopias Totais Em anexo a uma tal carta foi junto dois documentos intitulados 2º Aditamento à Ficha Técnica 1 e 2º Aditamento à Ficha Técnica 2, elaborados pela própria Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda., e que entre outros elementos refere, com interesse para a questão em análise nos presentes autos, que No ponto VI Exames Efectuados, (nos exames por via ano-rectal), acrescenta-se: ( ) Colonoscopia Esquerda e Colonoscopia Total, todos com biopsias eventuais. ; - note-se que este documento data de 1 de Novembro de Com efeito, foi a própria Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. que, em Outubro de 2000, pediu à ARS o alargamento da sua convenção para os actos de ( ), colonoscopias Esquerda e Colonoscopias Totais. 37. Por outro lado, em novas diligências efectuadas pela ERS, no dia 11 de Março de 2009, para marcação de exame de colonoscopia como utente do SNS nos dois estabelecimentos da Mediscop, foi informado pela entidade Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. (e pelas funcionárias de ambos os estabelecimentos) que as marcações de colonoscopias para utentes do SNS apenas seriam realizadas a partir das 8h 00min no dia 1 de Abril de 2009 (sendo a marcação efectuada para Maio); 4 Vide carta da Mediscop prestação de Serviços Médicos, Lda. dirigida ao Coordenador da Sub- Região de Saúde de Lisboa, em 1 de Outubro de

13 38. Sendo que o estabelecimento da referida entidade sito da Rua Prof. Francisco Gentil, em Telheiras, alegou que os referidos exames se realizariam apenas às terças-feiras à tarde; e 39. O estabelecimento sito na Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins, afirmou que os exames se realizam às segundas e quartas-feiras cfr. memorandos das diligências efectuadas junto aos autos. 40. Note-se, contrariando o estipulado contratualmente com a ARS LVT, aliás conforme resulta de todo o referido e documentado pela entidade in casu, bem como pela própria ARS LVT. III. DO DIREITO III.1 Enquadramento Geral 41. De acordo com o art. 3.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro, a ERS tem por objecto a regulação, a supervisão e o acompanhamento, nos termos previstos naquele diploma, da actividade dos estabelecimentos, instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde. 42. As atribuições da ERS, de acordo com o art. 6.º n.º 1 do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro, compreendem a regulação e a supervisão dos estabelecimentos, instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde, no que respeita ao cumprimento das suas obrigações legais e contratuais relativas ao acesso dos utentes aos cuidados de saúde, à observância dos níveis de qualidade e à segurança e aos direitos dos utentes ; 43. Constituindo atribuição desta Entidade Reguladora, nos termos da alínea a) do n.º 2 daquele preceito legal, defender os interesses dos utentes. 44. Constitui objectivo da ERS, em geral, nos termos da alínea a) do nº. 1 do art. 25.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro assegurar o direito de acesso universal e igual a todas as pessoas ao serviço público de saúde, bem como, nos termos da alínea c) do mesmo preceito legal, assegurar os direitos e interesses legítimos dos utentes. 13

14 45. Mais se concretiza na alínea a) do n.º 2 daquela norma, que, para efeito de assegurar o direito de acesso dos utentes, incumbe à ERS zelar pelo respeito da liberdade de escolha nas unidades de saúde privadas. 46. À ERS cabe, entre outras competências, prevenir e punir os actos de rejeição discriminatória ou infundada de pacientes nos estabelecimentos do SNS, enquanto concretização da garantia do direito de acesso universal e igual a todas as pessoas ao serviço público de saúde cfr. alínea d) do n.º 2 do artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro; 47. Por outro lado, recorde-se que se encontram sujeitos à regulação da ERS, entre outros, As entidades, estabelecimentos, instituições e serviços prestadores de cuidados de saúde, integrados ou não na rede de prestação de cuidados de saúde, independentemente da sua natureza jurídica cfr. al. a) do n.º 1 do art. 8.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro; 48. Sendo, consequentemente, a Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. um operador, para efeitos do referido art. 8.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro. III.2. Das entidades convencionadas com o SNS - quadro legal aplicável e enquadramento da realidade verificada 49. O n.º 4 da Base I da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, estabelece que os cuidados de saúde são prestados por serviços e estabelecimentos do Estado ou, sob fiscalização deste, por outros entes públicos ou por entidades privadas, sem ou com fins lucrativos, consagrando-se nas directrizes da política de saúde estabelecidas na mencionada Lei que é objectivo fundamental obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde, seja qual for a sua condição económica e onde quer que vivam, bem como garantir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços (Base II). 50. Ora, nos termos do n.º 2 da Base IV da Lei de Bases da Saúde, para efectivação do direito à protecção da saúde, o Estado actua através de serviços próprios, celebra acordos com entidades privadas para a prestação de cuidados e apoia e fiscaliza a restante actividade privada na área da saúde. 14

15 51. Assim, o Ministério da Saúde e as administrações regionais de saúde podem contratar com entidades privadas a prestação de cuidados de saúde aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde sempre que tal se afigure vantajoso, nomeadamente face à consideração do binómio qualidade-custos, e desde que esteja garantido o direito de acesso ; 52. Daqui decorre que a rede nacional de prestação de cuidados de saúde abrange os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos privados e os profissionais em regime liberal com quem sejam celebrados contratos nos termos do número anterior, no âmbito da qual é aplicável o direito de acesso dos utentes aos cuidados de saúde cfr. n.º 3 e 4 da Base XII da Lei de Bases da Saúde. 53. Em tais casos de contratação com entidades privadas ou do sector social, os cuidados de saúde são prestados ao abrigo de acordos específicos, por intermédio dos quais o Estado incumbe essas entidades da missão de interesse público inerente à prestação de cuidados de saúde no âmbito do SNS, passando essas instituições a fazer parte do conjunto de operadores, públicos e privados, que garantem a imposição constitucional de prestação de cuidados públicos de saúde (art. 64.º da Constituição da República Portuguesa). 54. Por outro lado, o Estatuto [do SNS] aplica-se às instituições e serviços que constituem o Serviço Nacional de Saúde e às entidades particulares e profissionais em regime liberal integradas na rede nacional de prestação de cuidados de saúde, quando articuladas com o Serviço Nacional de Saúde. cfr. artigo 2.º do Estatuto do SNS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro. 55. Os prestadores convencionados com o SNS integram, assim, a rede nacional de prestação de cuidados de saúde, tal como definida no n.º 4 da Base XII da Lei de Bases da Saúde. 56. Nesta medida, todos os prestadores convencionados do SNS para o exame de colonoscopia deverão atender todos os utentes portadores de credenciais emitidas pelos respectivos Centros de Saúde na qualidade de utentes do SNS e nunca a título particular; 57. O que significa, designadamente, que aos utentes do SNS apenas poderão ser cobradas as taxas moderadoras correspondentes aos actos em causa, sem prejuízo das isenções previstas no art. 2.º do Decreto-Lei n.º 173/2003, de 1 de Agosto. 58. Por outro lado, a alínea b) do n.º 2 do art. 10.º do Decreto-Lei n.º 97/98, de 18 de Abril, relativo aos direitos e deveres das entidades convencionadas, estabelece que os 15

16 operadores convencionados estão obrigados a prestar cuidados de saúde de qualidade aos utentes do SNS, em tempo útil, nas melhores condições de atendimento, e a não estabelecer qualquer tipo de discriminação. 59. E note-se que ao referir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços de saúde, a Base II da Lei de Bases da Saúde quer significar igual tratamento para igual necessidade ou, dito de outra forma, tratamento distribuído de acordo com as necessidades; 60. Aplicando-se um tal conceito independentemente da fonte de financiamento, aliás em conformidade com a política de saúde e princípios constitucionais. 61. Assim, o recurso a acordos ou convenções, por parte do Estado, para cumprimento da imposição constitucional de prestação de cuidados públicos de saúde, deverá ter sempre como pressuposto a garantia de que os direitos dos utentes do SNS não são, por tal facto, prejudicados ou total ou parcialmente exauridos de conteúdo. 62. Tudo concorre, desta forma, para a imposição clara e inequívoca das regras relativas ao acesso à prestação de cuidados de saúde e à não discriminação dos utentes do SNS às entidades do sector social e/ou do sector privado que, pela via do recurso à contratação com o Estado, integram a rede nacional de prestação de cuidados de saúde. 63. Constitui, então, dever das entidades convencionadas receber e cuidar dos utentes, em função do grau de urgência, nos termos dos contratos que hajam celebrado, bem como, nos termos do n.º 2 do artigo 37.º do Estatuto do SNS, aprovado pelo Decreto- Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro, cuidar dos doentes com oportunidade e de forma adequada à situação, isto é, de forma pronta e não discriminatória. 64. No mesmo sentido, prevê o art. 5.º do Decreto-Lei n.º 97/98, de 18 de Abril que as convenções se destinam a contribuir para a necessária prontidão, continuidade e qualidade na prestação de cuidados de saúde e a equidade do acesso dos utentes aos cuidados de saúde. 65. Assim sendo, não podem tais entidades convencionadas para o exame de colonoscopia recusar a prestação de cuidados de saúde a utentes do SNS com base em quaisquer motivos de ordem financeira, de gestão ou outra, sob pena de colocarem em crise a missão de interesse público que o Estado lhes atribuiu mediante a celebração de convenção com o SNS. 16

17 III.3. Da concreta realidade da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. 66. Recorde-se que na sequência das diligências realizadas pela ERS, no dia 2 e 5 de Maio de 2008, para marcação de exames de colonoscopia como utente do SNS e como particular, respectivamente, foi informado pela Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda., - in concreto, pela funcionária do estabelecimento sito na Rua Prof. Francisco Gentil, em Telheiras -, que as marcações de exames de colonoscopia (i) (ii) para utentes do SNS, apenas seriam realizadas a partir das 8h 00min. no dia 2 de Julho de 2008 (sendo a marcação efectuada para Agosto), cfr. memorando da diligência junto aos autos, e para particulares, a marcação poderia ser efectuada para 6 ou 13 de Maio de 2008 cfr. memorando da diligência junto aos autos. 67. Nas mesmas datas, a ERS procedeu à marcação de exame de colonoscopia na qualidade de utente do SNS e como particular, respectivamente, junto da Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. (estabelecimento sito na Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins) tendo a assistente da referida prestadora comunicado que as marcações de colonoscopias (i) (ii) para utentes do SNS, apenas seriam realizadas a partir de 2 de Junho de 2008 (às 8 horas da manhã), e para particulares, a marcação poderia ser efectuada no dia 12 de Maio de 2008 cfr. memorando da diligência junto aos autos. 68. Posteriormente, em diligência efectuada no dia 11 de Março de 2009, para marcação de exame de colonoscopia como utente do SNS junto da entidade Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda., foi a ERS informada que as marcações de exames de colonoscopias seriam realizadas a partir das 8h 00min no dia 1 de Abril de 2009 (sendo a marcação efectuada para Maio) e os exames de colonoscopias seriam efectuados (i) (ii) no estabelecimento da referida entidade sito da Rua Prof. Francisco Gentil, em Telheiras, às terças-feiras à tarde; e no estabelecimento da referida entidade sito da Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins, às segundas e quartas-feiras. 17

18 69. Ou seja, pode concluir-se que a organização de agenda da entidade Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. resulta em maiores tempos de espera de uns utentes face a outros (designadamente, particulares), o que significa uma efectiva discriminação negativa dos primeiros face aos segundos. 70. Tais factos são elucidativos de que os procedimentos seguidos para a marcação e realização de exames, tal como gizados pelo prestador, resultam numa evidente discriminação entre os utentes que ali se deslocam baseada apenas e tão só na entidade financiadora do exame. 71. Ademais, confrontando as informações recolhidas nas diligências supra referidas com o teor da norma de adesão enviada pela ARS LVT, pode concluir-se que a Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. realiza, actualmente, actos e exames a utentes do SNS muito aquém da capacidade de atendimento e fora dos horários contratados. 72. Aliás, relembre-se que, e de acordo com os números avançados pela entidade, apenas foram realizados [ ] exames no 1.º trimestre de 2008, para a valência de Endoscopia Gastrenterológica cfr. tabela de número de exames praticados pela Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda E é o próprio prestador quem admite a discriminação ora em discussão, na resposta enviada à ERS datada de 21 de Maio de 2008; 74. Na qual, e quando questionada quanto às quotas praticadas, admitiu reservar [ ] uma quota (de 1/3) da [sua] disponibilidade para realizar os exames aos [s]eus doentes da consulta, aos doentes da AdvanceCare e aos doentes particulares. ; 75. Mais admitindo que a reserva de determinada quota se fundamenta, única e exclusivamente, no facto de [ ] tais exames val[ere]m o quadruplo do que a ARS paga, s[ão] pagos na hora, ou, no caso da AdvanceCare, com um atraso relativamente razoável, e sem sobressaltos., ao passo que [ ] a ARS atrasou o pagamento em cerca de 1 ano durante o ano 2006/2007, com grandes irregularidades de pagamento Na verdade, contesta o prestador a não revisão desde 2003 da [ ] tabela dos valores convencionados [ ], sendo os valores praticados cerca de 1/4 dos habitualmente cobrados pelo exame particular, ou 1/3 do praticado pelas seguradoras!. 5 5 Cfr. resposta da Dra. A. ao pedido de elementos da ERS, junta aos autos. 18

19 77. Por outro lado, note-se ainda que é o próprio prestador que está a realizar exames de colonoscopia, em horário diferenciado do contratado. 78. O referido prestador, contratou com a ARSLVT a realização de exames de colonoscopia a utentes do SNS indicando possuir capacidade de atendimento num determinado horário, no consultório sito na rua Prof. Francisco Gentil (Telheiras) [ ], num horário de atendimento das 15 às 20h 30 min, às 3as e 5as feiras [ ] ; 79. E no Centro Clínico na Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins que [ ] num horário de atendimento das 15 às 20h 30min, às 2as e 6as feiras [ ] ; 80. Sendo que como melhor resulta da diligência da ERS efectuada no dia 11 de Março de 2009, a Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda., realiza exames de colonoscopias (i) (ii) no estabelecimento da referida entidade sito da Rua Prof. Francisco Gentil, em Telheiras, apenas e somente às terças-feiras à tarde, quando o deveria fazer às terças e quintas-feiras; e no estabelecimento da referida entidade sito da Rua 31 de Janeiro, em Mem Martins, às segundas e quartas-feiras, quando o deveria fazer às segundas e sexta-feiras. 81. Decorrendo daqui o incumprimento, aliás, assumido pela entidade e resultante das diligências telefónicas efectuadas pela ERS, da norma de adesão no respeitante ao horário estabelecido junto da ARS LVT para a realização de exames de colonoscopia. 82. Assim, de todo o exposto resulta que a entidade Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. realiza tais exames em desigualdade de circunstâncias temporais relativamente a utentes do SNS face a utentes de outras entidades financiadoras, e concretamente quanto aos utentes particulares. 83. Relembre-se que, de acordo com as diligências efectuadas pela ERS, a dilação da marcação do exame de colonoscopia em prejuízo dos utentes do SNS praticada por tal prestador podia ascender a mais de 2 meses; 84. O que configura uma clara sujeição dos utentes do SNS a maiores tempos de espera para dar preferência ao atendimento de outros utentes (designadamente, particulares ou beneficiários de seguros de saúde), consubstanciando, assim, uma discriminação negativa dos primeiros face aos segundos. 19

20 85. Pelo que, em conclusão, ao atender os seus utentes em função da entidade financiadora e não da estrita ordem de chegada dos utentes ou do carácter prioritário da concreta situação clínica, a Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda., enquanto entidade integrada na rede nacional de prestação de cuidados de saúde, violou não só a citada alínea b) do n.º 2 do art. 10.º do Decreto-Lei n.º 97/98, de 18 de Abril, como também o n.º 2 do artigo 37.º do Estatuto do SNS. IV. DA AUDIÊNCIA DE INTERESSADOS IV.I Da pronúncia da Mediscop- Prestação de Serviços Médicos, Lda. 86. Em cumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 101.º do Código de Procedimento Administrativo, notificou-se a Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. para, querendo, se pronunciar sobre o conteúdo do projecto de deliberação que lhe foi dado a conhecer. 87. A Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. exerceu, efectivamente, tal direito de pronúncia e, sumariamente, veio aos autos dizer que 6 : [ ] 3. A Mediscop presta serviços de médicos com consulta de gastrenterologia e realização de exames gastrenterológicos em dois consultórios: a. No SMET (Serviços Médicos de Enfermagem de Telheiras), sito na R. Prof. Francisco Gentil, em Telheiras, cuja Gastrenterologista responsável é a Dr. C. D.; e b. No Centro Clínico e de Enfermagem de S. Carlos, sito na R. 31 de Janeiro em Mem Martins, cuja Gastrenterologista responsável é a Dr.ª C. S.. 6 Vide carta da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. com data de 7 de Abril de 2009, junto aos autos. 20

21 Cada consultório funciona independente do outro, com responsáveis técnicos diferentes, com normas, decisões e funcionamento que cada um, e apenas a ele próprio diz respeito. Os exames são efectuados pelas duas Gastrenterologistas já referidas, cada uma delas funcionando no seu consultório, e contabilizados mensalmente em conjunto para a posterior entrega à ARS LVT. [ ] 5. [Do] contrato [entre a Mediscop e a ARS LVT] constam as fichas técnicas dos referidos consultórios, com referência à capacidade de atendimento dos consultórios e ao horário de presença das Gastrenterologistas. Estas fichas técnicas sofreram duas actualizações: em Outubro de 2000, à data da aquisição do material para colonoscopia e fibrosigmoidoscopia, com alargamento das convenções para a realização destes exames; e em Março de 2005, em resposta ao [...] ofício [da ARS LVT] de 14/03/05. Nesta altura foram actualizados alguns dados, nomeadamente o horário do consultório de Mem Martins e da Capacidade de atendimento para 10 a 20 doentes/dia dependendo do tipo de exame efectuados. [ ] 7. Do contrato para a prestação de cuidados de saúde no âmbito da Endoscopia Gastrenterológica, celebrado entre a Mediscop e a ARS LVT em Setembro de 1998, pode ler-se na cláusula 19ª que as Administrações Regionais de Saúde devem proceder à conferência e pagamento das facturas no prazo máximo de 50 dias a contar da data da sua apresentação. O atraso inicial dos pagamentos era de 5-6 meses. Durante o ano de 2007 este atraso agravou-se consideravelmente e chegou a atingir 12 meses (as facturas de Novembro e Dezembro de 2006 foram pagas em Novembro de 2007, a de Janeiro e Fevereiro de 2007 em Dezembro de 2007). Mais recentemente tem havido uma recuperação deste atraso dos 21

22 pagamentos, efectuados dentro do prazo estabelecido no contrato desde Nov Relativamente à marcação de uma colonoscopia, veio alegar que [ no projecto de deliberação], as diligências de marcação do exame num e noutro consultório (em Telheiras e em Mem Martins), são confusas. 89. Quanto ao número de exames propostos a Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. refere que [e]m relação à capacidade de atendimento, [ ] preenche[ram] erradamente as fichas técnicas entregues à data do contrato com a ARS, uma vez que interpretaram como a capacidade de atendimento global, os doentes para consultas, exames complementares e outros. Por outro lado, nem todos os exames demoram o mesmo tempo [ ]. Foi por esta razão que corrigir[am] o número inicialmente proposto na resposta [ à ARS] [ ] de 14/03/05, e posteriormente na actualização informática do sistema de gestão de acordo e convenções, onde acorda[ram] ( ) doentes semanais. 90. No que se refere ao número de exames efectuados vem a referida entidade mencionar que a carta que [lhes] foi enviada como resposta ao pedido de informação de 21/5/08, refere apenas os exames efectuados no consultório de Mem Martins, não são portanto os dados globais da Mediscop. Só em colonoscopias totais a Mediscop facturou à ARS LVT [ ] exames em 2008, valores que não coincidem com os referidos [pela ERS]. 91. Por último, e no que respeita à discriminação dos utentes do SNS na marcação de exames, veio a Mediscop alegar que nunca foi intenção discriminar utentes nem prejudicar ninguém. Devido à enorme afluência de utentes na procura da colonoscopia, tentamos rastrear as situações de maior urgência, e antecipar tais marcações. Porque também os nossos utentes não convencionados com o SNS não podem ser discriminados nem prejudicados pela enorme afluência dos utentes do SNS, damos prioridade a todos aqueles que tragam informação clínica preocupante, pedidos de urgência dos médicos assistentes, ou a qualquer outra situação que nos pareça duvidosa. 92. Consequentemente, a Medicop informou que iria proceder à alteração dos seus procedimentos de forma a cessar a discriminação de utentes, e concretamente (i) A Mediscop irá proceder à actualização das fichas técnicas dos dois consultórios, actualizando a capacidade de atendimento e o horário da presença física da Gastrenterologia responsável, que, no entanto, será 22

23 sempre passível de ajustes ocasionais. A Mediscop participará esta alteração à ARS LVT no prazo máximo de trinta dias. (ii) A Mediscop atenderá os utentes em função da sua ordem de chegada, independentemente da sua entidade financiadora, até preencher a sua disponibilidade de agenda para o período em causa. A Mediscop manterá uma avaliação clínica dos pedidos de exames, de forma a rastrear todos aqueles que lhe pareçam urgentes, independentemente da sua entidade financiadora, atendendo de forma prioritária aqueles que assim o justifiquem. V.II Apreciação 93. Refira-se, ab initio, que os argumentos apresentados pela Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. foram devidamente considerados e ponderados; 94. Verificando-se, no entanto, que os mesmos não são de molde a infirmar os factos e sua apreciação tal como constantes do projecto de deliberação da ERS; 95. A Mediscop - Prestação de Serviços Médicos, Lda. veio, então e recorde-se, alegar que [ ] foram actualizados alguns dados, nomeadamente o horário do consultório de Mem Martins e da Capacidade de atendimento para ( ) doentes/dia dependendo do tipo de exame efectuados. ; 96. Contudo, e como melhor resulta da informação constante do ofício da ARS LVT, de 10 de Fevereiro de 2009, a capacidade de atendimento da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. é de ( ) utentes/trimestre, possuindo cada um dos estabelecimentos da Mediscop uma capacidade de atendimento de ( ) utentes/dia; 97. Ou seja, a ARS LVT não corroborou a Mediscop quanto à alegada alteração da Capacidade de atendimento para ( ) doentes/dia dependendo do tipo de exame efectuados. 98. Quanto ao facto de descrição das diligências efectuadas pela ERS terem sido confusas, refira-se que se dúvidas houvesse no que concerne a esta questão, já a Mediscop poderia ter solicitado os esclarecimentos que entendesse convenientes aquando do pedido de elementos da ERS com data de 21 de Maio de 2008, e pelo qual foi a entidade confrontada directamente com o quadro factual de tais diligências; 23

24 99. Tal como o poderia ter feito relativamente ao próprio projecto de deliberação notificado Ora, não somente em tais dois momentos não solicitou quaisquer esclarecimentos; 101. Como ressalta à evidência, atenta quer a sua resposta ao referido pedido de elementos, quer a sua pronúncia relativamente ao projecto de deliberação notificado, que a Mediscop compreendeu plenamente quer o quadro factual de tais diligências, quer os resultados das mesmas; 102. E de onde resulta, então, que a explanação dessas diligências foi suficientemente clara; 103. Tal como é claro que, desta forma, a Mediscop queda silente quanto àquilo que foram os resultados das diligências efectuadas pela ERS no âmbito do presente processo Alega ainda o prestador que o número de exames de colonoscopias totais [ ] factur[ados] à ARS LVT [foi de] [ ] exames em 2008, [ ] e não o indicado pela ERS Ora, mau grado ter esta Entidade vindo a indicar como período de facturação o ano de 2008 tout court certo é que os dados se referem aos meses de Agosto, Setembro, Outubro e Novembro de 2008 e à entidade Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda Ou seja, o período temporal é distinto Mais se referindo que os dados foram fornecidos pela ARS LVT em ofício datado de 10 de Fevereiro de Sem prejuízo de tal questão ser irrelevante para a análise que aqui se efectua Quanto à alegação de que [ ] nunca foi intenção discriminar utentes nem prejudicar ninguém, ela encontra-se em directa, absoluta e insanável contradição com os factos e elementos probatórios existentes nos autos Efectivamente, a exposição do utente reclamante contradita directamente a posição defendida pela Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda.; 111. Recordando-se a exposição do utente J., que veio referir que 24

25 [ ] informo que infelizmente a entidade (MEDISCOP-PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MEDICOS, LDA). que supostamente marcaria o exame no dia 02 de Maio, às 08:30h já não aceitava marcações, isto é, 30 minutos depois da abertura já não havia vagas, pelo que teremos um outro consultório com o respectivo pagamento imediato, apesar de julgar ter direito a este exame através do Serviço Nacional de Saúde. - cfr. exposição adicional do utente de 2 de Maio de 2008, junta aos autos E recordando ainda as alegações da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. afirmando que Há diferença temporal nas datas de marcações? É claro que sim. Mas se a ARS fizer actualizações regulares dos valores praticados, [ ] teremos todo o gosto em marcar os exames convencionados com a ARS de forma semelhante ao praticado com as outras entidades de saúde E carrearam-se para os autos provas claras, precisas e concordantes da situação de discriminação a que os utentes do SNS que se dirigem aos estabelecimentos da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. são sujeitos Na realidade, quer para o utente reclamante, quer para a ERS, nas diversas ocasiões em que tentou verificar da marcação de exames de colonoscopia a utentes do SNS, as marcações estavam de facto encerradas; 115. Mas é igualmente oportuno recordar a resposta da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. ao pedido de elementos da ERS de 21 de Maio de 2008, e na qual referiu que [ ] reserv[a] 2/3 para exames convencionados com a ARS, e 1/3 para exames/consultas de especialidade de outras entidades e particulares Como parecerá evidente, tanto significa que a própria Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. admite a existência de tempos de espera diferentes consoante a entidade financiadora dos utentes; 117. E que, consequentemente, admite a prática de discriminação dos utentes do SNS Por outro lado, esclareça-se que a ARSLVT, com propriedade e na sua resposta de 10 de Fevereiro de 2009, junta aos autos, sublinhou o facto de no caso de haver 7 Cfr. resposta da Dra. A. ao pedido de elementos da ERS, junta aos autos. 25

26 alterações à matriz inicial do contrato, as mesmas [têm que ser] aceites pelo 1º outorgante, ou seja, pela ARSLVT Ou seja, a ARSLVT veio informar que a capacidade de atendimento da Mediscop é aquela que consta das fichas técnicas que se encontram na sua posse e que foram por si aceites; 120. E não uma qualquer outra capacidade de atendimento que a Mediscop entenda estabelecer Consequentemente, os interesses organizacionais da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda., estão orientados em função da entidade financiadora e não da ordem de chegada dos utentes ou do carácter prioritário da concreta situação clínica - resultando, por isso, na violação do seu dever, nos termos do n.º 2 do artigo 37.º do Estatuto do SNS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro, de cuidar dos doentes com oportunidade e de forma adequada à situação, isto é, de forma pronta e não discriminatória Cumpre no entanto referir que, a Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. veio alegar que irá proceder a alterações de procedimento na marcação de exames para correcção da discriminação das marcações dos exames dos utentes do SNS com vista a dar cumprimento ao assim projectado deliberar cfr. pronúncia da Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. ao projecto de deliberação notificado e junta aos autos, e concretamente: (i) (ii) A Mediscop irá proceder à actualização das fichas técnicas dos dois consultórios, actualizando a capacidade de atendimento e o horário da presença física da Gastrenterologia responsável, que, no entanto, será sempre passível de ajustes ocasionais. A Mediscop participará esta alteração à ARS LVT no prazo máximo de trinta dias. A Mediscop atenderá os utentes em função da sua ordem de chegada, independentemente da sua entidade financiadora, até preencher a sua disponibilidade de agenda para o período em causa. A Mediscop manterá uma avaliação clínica dos pedidos de exames, de forma a rastrear todos aqueles que lhe pareçam urgentes, independentemente da sua entidade financiadora, atendendo de forma prioritária aqueles que assim o justifiquem. 26

27 123. Julgam-se adequadas tais alterações na medida em que às mesmas subjaz o dever de não discriminação dos utentes do SNS ou em função da entidade financiadora dos mesmos; 124. E o respeito pelo princípio da equidade horizontal, enquanto igual tratamento para igual necessidade ou dito de outra forma, tratamento distribuído de acordo com as necessidades Contudo, e realçando a disponibilidade demonstrada pelo prestador em corrigir os comportamentos objecto da presente deliberação, mantém-se a necessidade de emissão da presente instrução, de forma a garantir o efectivo resultado de respeito pelo dever de não discriminação dos utentes em função das suas entidades financiadoras. VI. DECISÃO 126. O Conselho Directivo da ERS delibera, assim, nos termos e para os efeitos do preceituado nos art. 27.º e 36.º do Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro emitir uma instrução à Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. nos seguintes termos: a) Todos os utentes do SNS, portadores de credenciais, que se dirijam às suas instalações devem ser atendidos na qualidade de utentes do SNS; b) a Mediscop Prestação de Serviços Médicos, Lda. deve atender todos os seus utentes em função da estrita ordem de chegada ou do carácter prioritário da concreta situação clínica, não podendo estabelecer diferentes tempos de espera de acordo com a entidade financiadora; 127. Da presente decisão será dado conhecimento à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I.P A presente decisão será publicitada no sítio oficial da Entidade Reguladora da Saúde, na Internet. O Conselho Directivo 27

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