DELIBERAÇÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE (VERSÃO NÃO CONFIDENCIAL)

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1 DELIBERAÇÃO DO CONSELHO DIRECTIVO DA ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE (VERSÃO NÃO CONFIDENCIAL) Considerando as atribuições da Entidade Reguladora da Saúde (doravante ERS) conferidas pelo artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio; Considerando os objectivos da actividade reguladora da ERS estabelecidos no artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio; Considerando os poderes de supervisão da ERS estabelecidos no artigo 42.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio; Visto o processo registado sob o n.º ERS/027/09; I. DO PROCESSO I.1. Origem do processo 1. Em 2 de Outubro de 2008, a ERS recebeu uma reclamação apresentada pelo utente F. residente na Rua [ ], em Lisboa, relativa a uma consulta de

2 dermatologia como utente do SNS, em 23 de Setembro de 2008, no Consultório da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel (Folha de Reclamação n.º ). 2. A entidade prestadora de cuidados de saúde Sónia Maria Ruivo Pimentel, identificada com o NIPC , com sede na Av. Columbano Bordalo Pinheiro, 73 4º Esq. Lisboa, e registada no Sistema de Registo Entidades Reguladas (SRER) da ERS sob o n.º 14504, presta consultas convencionadas nas instalações de um consultório sitas na Avenida Óscar Monteiro Torres, n.º 59 1.º Frente, 1000 Lisboa. 3. Na sequência dessa exposição, o Conselho Directivo da ERS deliberou, em 4 de Maio de 2009, a abertura de um processo de inquérito que corre termos sob o registo n.º ERS/027/09. I.2. A exposição do utente 4. Sumariamente, o utente F., trouxe ao conhecimento da ERS que, no dia 2 de Outubro de 2008, procedeu à marcação de consulta, a título particular, e que após obtenção de credencial da médica de família solicitou a realização da consulta como utente do SNS, o que foi negado pela entidade reclamada. 5. O exponente alega ainda ter sido informado que, por tal facto, perdeu o direito à consulta anteriormente marcada. I.3. Diligências 6. No âmbito da investigação desenvolvida pela ERS, realizaram-se, entre outras, as diligências consubstanciadas em (i) em pedidos de elementos enviados à Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, em 15 de Outubro de 2008, em 2 de Março e 29 de Maio de 2009; (ii) em pedidos de elementos enviados ao utente, em 19 de Março de 2009; (iii) pesquisa no SRER da ERS, relativa às convenções detidas pela profissional de saúde em causa;

3 (iv) contacto telefónico estabelecido com o consultório da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, com vista à marcação de uma consulta de dermatologia na qualidade de utente do SNS. II. DOS FACTOS 7. O utente F. contactou o consultório da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, no dia 23 de Setembro de 2008, para marcação de uma consulta de dermatologia. 8. Durante o acto de marcação da referida consulta, foi solicitada a informação ao utente sobre se a consulta seria pelo SNS ou a título particular, tendo este último referido que seria a título particular; 9. E a consulta sido, então, agendada para o dia subsequente. 10. No dia da realização da consulta, 24 de Setembro de 2008, o utente em questão, munido de uma credencial emitida pela sua médica de família, solicitou que a consulta de dermatologia fosse ao abrigo da convenção com o SNS, e já não a título particular; 11. O que terá levado a que perdesse o direito à consulta marcada. 12. Confrontada pela ERS sobre o conteúdo da exposição recebida por esta Entidade, a profissional de saúde veio referir que i) possui convenções com alguns organismos, entre as quais a ARS de LVT [e que t]odas as consultas (privadas e convencionadas) são de marcação prévia e as convencionadas são em número limitado (estipulado quando do acordo com os diversos organismos, neste caso o SNS); ii) iii) o utente marcou uma consulta, por telefone, a título particular e no dia seguinte exigiu ser observado ao abrigo do SNS; tal pretensão não foi acatada pelo facto de não existirem vagas para consultas convencionadas ou seja, o número de consultas pela ARS já estava completo e no [seu] consultório atende quem que[r] e quando que[r] ;

4 iv) mais referindo que o senhor em causa agiu de má fé, sabia com certeza que as consultas através da ARS não são imediatas por vezes têm um atraso de 2 meses, e tentou vergonhosamente ultrapassar todos os outros pacientes que aguardam o dia da consulta. Porquê? É diferente dos outros? Seria uma injustiça para todos os outros pacientes ter sido observado Era urgente? Bastava ter sido sincero ou recorrer a um hospital público (nem necessitava de credencial ). A falsidade e desonestidade não fazem parte do meu dia-a-dia, quer pessoal, quer profissional. Infelizmente lidámos diariamente e cada vez mais e nas mais diversas situações com pessoas idênticas a este senhor: mal formadas, de carácter duvidoso, tentando sobrepor-se às regras e aos outros; não olhando a meios para atingir os fins. NÃO PACTUO, quer pela minha formação moral quer pela minha formação académica com espertezas, injustiças ou más educações. [ ] cfr. resposta da referida prestadora de cuidados de saúde à reclamação apresentadas pelo utente, de 20 de Outubro de 2008 e junta aos autos. 13. A prestadora de cuidados de saúde Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel possui, efectivamente, uma convenção com o SNS, celebrada com a Administração Regional de Saúde de Lisboa, para a prestação de consultas de dermatologia nas instalações sitas na Avenida Óscar Monteiro Torres, n.º 59 1.º Frente, 1000 Lisboa; 14. Conforme melhor resulta da listagem de entidades convencionadas do SNS na área de Lisboa, junta aos autos, e que foi transmitida à ERS pela ARSLVT em 15 de Abril de Efectivamente, de tal listagem de entidades convencionadas do SNS fornecida pela ARSLVT, para a valência de especialidades médico-cirúrgicas (consultas), na especialidade de dermatologia, consta a referência

5 DRª. SÓNIA MARIA RUIVO PIMENTEL Av. Óscar Monteiro Torres, 59 1ºFte LISBOA ( 4ª.feiras das 9 às 14 h ) Tel / utentes/trimestre HOMOL./VIG./92/07/ Surgindo, aliás, em tal lista como o único estabelecimento prestador de cuidados de saúde convencionado do SNS para a especialidade de dermatologia. 17. Por pedido de elementos da ERS de 29 de Maio de 2009, solicitaram-se diversas informações à prestadora de cuidados de saúde em questão; 18. A qual, na sua subsequente resposta, de 8 de Junho de 2009, informou esta Entidade sobre o número de consultas realizadas, e concretamente que o i) número total de consultas de dermatologia realizadas em 2008 ascendeu a [ ], desagregado (por entidade e por trimestre) conforme o quadro infra [ ] ii) número total de consultas de dermatologia realizadas no 1.º e 2.º trimestre de 2009 ascendeu a [ ], desagregado (por entidade e por trimestre) conforme o quadro infra [ ] 19. Por outro lado, pelo referido pedido de elementos da ERS solicitou-se, entre outros elementos, a [ ] identificação do concreto número da distribuição da capacidade de atendimento pelas diferentes entidades financiadoras dos utentes (por ex: SNS, Subsistemas, seguros e particulares); 20. Tendo a prestadora de cuidados de saúde Dra. Sónia Pimentel, na sua resposta à solicitação da ERS, referido que a sua capacidade de atendimento é de [ ] a [ ] doentes por semana, com a seguinte distribuição pelas entidades por semana: SNS [ ] ([ ]+[ ]); Médis [ ] a [ ] (variável);

6 AdvanceCare ([ ] a [ ]); S.A.M.S. [ ] (variável); Particulares Consoante vagas e disponibilidade. cfr. a referida resposta de 8 de Junho de 2009, junta aos autos. 21. Ainda quanto aos esclarecimentos e informações solicitadas pela ERS, veio a profissional de saúde juntar cópia do documento correspondente à proposta de contrato da convenção para prestação de cuidados de saúde no âmbito das especialidades médico-cirúrgicas (Dermatologia); 22. Em anexo a um tal contrato foi junto um documento intitulado de Ficha Técnica, elaborado pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel e que entre outros elementos refere, também com interesse para a questão em análise nos presentes autos, que o horário é às quartas-feiras das 9 horas às 14 horas cfr. a referida Ficha Técnica junta pela prestadora de cuidados de saúde Dra. Sónia Pimentel aquando da sua referida resposta ao pedido de elementos da ERS. 23. Por outro lado, da diligência efectuada pela ERS, no dia 17 de Junho de 2009, para marcação telefónica de consulta de dermatologia no estabelecimento prestador de cuidados de saúde em questão como utente do SNS A assistente informou que apenas estão a marcar consultas para Agosto. Mais referindo que a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel realizava consultas às terças-feiras à tarde e quartas-feiras de manhã cfr. memorando da diligência efectuada junto aos autos; 24. Pelo que o horário de atendimento efectiva e realmente praticado é, então, distinto daquele estipulado contratualmente com a ARS LVT, aliás conforme resulta de todo o referido e documentado pela entidade in casu. 25. Por outro lado, recorde-se que no dia 23 de Setembro de 2008 foi possível ao exponente obter uma consulta como particular para o dia imediatamente seguinte; 26. Mas já não como utente do SNS, tendo-lhe aliás sido recusada a prestação da consulta quando o mesmo pretendeu que aquela fosse efectuada ao abrigo da convenção com o SNS. 27. Aliás, e conforme resulta das alegações da prestadora de cuidados de saúde em causa, existe um procedimento de marcação de consultas diferente consoante se

7 trate de utentes do SNS ou utentes de outros sistemas de saúde ou utentes particulares; 28. Sendo que [ ] as consultas através da ARS não são imediatas por vezes têm um atraso de 2 meses [ ] cfr. a resposta de 20 de Outubro de 2008 da prestadora de cuidados de saúde à reclamação do utente, junta aos autos. 29. Por último, e por solicitação desta Entidade, a profissional de saúde em causa, enviou a Norma de Adesão para prestação de cuidados de saúde no âmbito das especialidades médico-cirúrgicas (Dermatologia), homologada por despacho de ; 30. Onde é mencionado que a prestadora de cuidados de Saúde Dra. Sónia Pimentel possui capacidade de atendimento para utentes por dia num horário de atendimento das 9 h às 14 horas, às quartas-feiras. III. DO DIREITO III. 1. Das atribuições e competências da ERS 31. De acordo com o n.º 1 do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, a ERS tem por missão a regulação da actividade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde. 32. Sendo que estão sujeitos à regulação da ERS, nos termos do n.º 1 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, [...] todos os estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, do sector público, privado e social, independentemente da sua natureza jurídica, nomeadamente hospitais, clínicas, centros de saúde, laboratórios de análises clínicas, termas e consultórios. 33. Sendo, consequentemente, o consultório da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel um estabelecimento prestador de cuidados de saúde, para efeitos do referido art. 8.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio. 34. As atribuições da ERS, de acordo com o disposto no n.º 2 do art. 3.º do Decreto- Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, compreendem [ ] a supervisão da actividade e funcionamento dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde no que respeita:

8 a. Ao cumprimento dos requisitos de exercício da actividade e de funcionamento; b. À garantia dos direitos relativos ao acesso aos cuidados de saúde e dos demais direitos dos utentes; c. À legalidade e transparência das relações económicas entre os diversos operadores, entidades financiadoras e utentes. 35. Por seu lado, constituem objectivos da actividade reguladora da ERS, em geral, nos termos do art. 33.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio: [ ] b) Assegurar o cumprimento dos critérios de acesso aos cuidados de saúde, nos termos da Constituição e da lei. 36. Tal objectivo regulatório de assegurar o cumprimento dos critérios de acesso aos cuidados de saúde é concretizado também nas alíneas a) e b) do artigo 35.º Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, que estabelecem ser incumbência da ERS: a) Assegurar o direito de acesso universal e equitativo aos serviços públicos de saúde ou publicamente financiados; b) Prevenir e punir as práticas de rejeição discriminatória ou infundada de pacientes nos estabelecimentos públicos de saúde ou publicamente financiados; [ ]. III. 2. Do quadro legal aplicável aos prestadores convencionados do SNS III. 2.1 Na Lei de Bases da Saúde e no regime jurídico das convenções aprovado pelo Decreto-Lei n.º 97/98, de 18 de Abril 37. Conforme resulta do n.º 4 da Base I da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 48/90, de 24 de Agosto, os cuidados de saúde são prestados por serviços e estabelecimentos do Estado ou, sob fiscalização deste, por outros entes públicos ou por entidades privadas, sem ou com fins lucrativos, consagrando-se nas directrizes da política de saúde estabelecidas na mencionada Lei que é objectivo fundamental obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde,

9 seja qual for a sua condição económica e onde quer que vivam, bem como garantir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços (Base II). 38. Ora, nos termos do n.º 2 da Base IV da Lei de Bases da Saúde, para efectivação do direito à protecção da saúde, o Estado actua através de serviços próprios, celebra acordos com entidades privadas para a prestação de cuidados e apoia e fiscaliza a restante actividade privada na área da saúde. 39. Assim, o Ministério da Saúde e as administrações regionais de saúde podem contratar com entidades privadas a prestação de cuidados de saúde aos beneficiários do Serviço Nacional de Saúde sempre que tal se afigure vantajoso, nomeadamente face à consideração do binómio qualidade-custos, e desde que esteja garantido o direito de acesso ; 40. Daqui decorre que a rede nacional de prestação de cuidados de saúde abrange os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e os estabelecimentos privados e os profissionais em regime liberal com quem sejam celebrados contratos nos termos do número anterior, no âmbito da qual é aplicável o direito de acesso dos utentes aos cuidados de saúde cfr. n.º 3 e 4 da Base XII da Lei de Bases da Saúde. 41. Em tais casos de contratação com entidades privadas ou do sector social, os cuidados de saúde são prestados ao abrigo de acordos específicos, por intermédio dos quais o Estado incumbe essas entidades da missão de interesse público inerente à prestação de cuidados de saúde no âmbito do SNS, passando essas instituições a fazer parte do conjunto de operadores, públicos e privados, que garantem a imposição constitucional de prestação de cuidados públicos de saúde (art. 64.º da Constituição da República Portuguesa). 42. Por outro lado, o Estatuto [do SNS] aplica-se às instituições e serviços que constituem o Serviço Nacional de Saúde e às entidades particulares e profissionais em regime liberal integradas na rede nacional de prestação de cuidados de saúde, quando articuladas com o Serviço Nacional de Saúde. cfr. artigo 2.º do Estatuto do SNS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro. 43. O consultório da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, na qualidade de estabelecimento prestador de cuidados de saúde convencionado com o SNS para consultas de dermatologia integra, assim, a rede nacional de prestação de

10 cuidados de saúde, tal como definida no n.º 4 da Base XII da Lei de Bases da Saúde. 44. Por outro lado, recorde-se que ao referir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços de saúde, a Base II da Lei de Bases da Saúde quer significar igual tratamento para igual necessidade ou, dito de outra forma, tratamento distribuído de acordo com as necessidades; 45. Aplicando-se um tal conceito independentemente da fonte de financiamento, aliás em conformidade com a política de saúde e princípios constitucionais. 46. Assim, o recurso a acordos ou convenções, por parte do Estado, para cumprimento da imposição constitucional de prestação de cuidados públicos de saúde, deverá ter sempre como pressuposto a garantia de que os direitos dos utentes do SNS não são, por tal facto, prejudicados ou total ou parcialmente exauridos de conteúdo. 47. Tudo concorre, desta forma, para a imposição clara e inequívoca das regras relativas ao acesso à prestação de cuidados de saúde e à não discriminação dos utentes do SNS às entidades do sector social e/ou do sector privado que, pela via do recurso à contratação com o Estado, integram a rede nacional de prestação de cuidados de saúde. 48. Constitui, então, dever das entidades convencionadas receber e cuidar dos utentes, em função do grau de urgência, nos termos dos contratos que hajam celebrado, bem como, nos termos do n.º 2 do artigo 37.º do Estatuto do SNS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro, cuidar dos doentes com oportunidade e de forma adequada à situação, isto é, de forma pronta e não discriminatória. 49. No mesmo sentido, prevê o art. 5.º do Decreto-Lei n.º 97/98, de 18 de Abril que as convenções se destinam a contribuir para a necessária prontidão, continuidade e qualidade na prestação de cuidados de saúde e a equidade do acesso dos utentes aos cuidados de saúde ; 50. Sendo que a alínea b) do n.º 2 do art. 10.º do Decreto-Lei n.º 97/98, de 18 de Abril, relativo aos direitos e deveres das entidades convencionadas, estabelece de forma inequívoca que os operadores convencionados estão obrigados a prestar cuidados de saúde de qualidade aos utentes do SNS, em tempo útil, nas melhores condições de atendimento, e a não estabelecer qualquer tipo de discriminação.

11 51. Ora, já se viu que não podem as entidades convencionadas com o SNS recusar a prestação de cuidados de saúde a utentes do SNS com base em quaisquer motivos de ordem financeira, de gestão ou outra, sob pena de colocarem em crise a missão de interesse público que o Estado lhes atribuiu mediante a celebração de convenção com o SNS; 52. E violarem, de forma clara, as suas obrigações relativas ao acesso dos utentes aos cuidados de saúde. 53. E daqui decorre a inadmissibilidade dos comportamentos verificados da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, ao rejeitar infundadamente a realização de uma consulta a um utente do SNS; 54. Tal como decorre a inadmissibilidade da verificação de desigualdade de circunstâncias temporais no atendimento dos utentes do SNS relativamente a utentes de outras entidades financiadoras de utentes, e concretamente quanto aos utentes particulares. 55. Recorde-se que o utente contactou o consultório da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, no dia 23 de Setembro de 2008, para marcação de uma consulta de dermatologia a título particular, tendo obtido vaga para o dia imediatamente subsequente; 56. Mas quando, no dia da realização da consulta, solicitou que a consulta de dermatologia fosse ao abrigo da convenção com o SNS, e já não a título particular, tendo para o efeito apresentado a credencial emitida pela sua médica de família, foi-lhe negada tal pretensão; 57. Tal como lhe foi negada a própria realização da consulta. 58. Ora, refira-se desde logo que o dia em causa era, precisamente, uma quarta-feira e, consequentemente, coincidente com o dia indicado na Norma de Adesão relativamente à capacidade de atendimento da prestadora de cuidados de saúde em questão. 59. Por outro lado, e segundo a explicação fornecida pela prestadora de cuidados de saúde, tanto terá tido por fundamento o facto de não existirem vagas para consultas convencionadas ou seja, o número de consultas pela ARS já estava completo e no [seu] consultório atende quem que[r] e quando que[r] ; 60. Mais esclarecendo que [ ] as consultas através da ARS não são imediatas por vezes têm um atraso de 2 meses [ ] Era urgente? Bastava ter sido sincero ou

12 recorrer a um hospital público (nem necessitava de credencial ).[ ] cfr. resposta da referida prestadora de cuidados de saúde à reclamação apresentadas pelo utente, de 20 de Outubro de 2008 e junta aos autos. 61. Porém, e como melhor resulta de todo o enquadramento legal exposto, desde logo constitui um comportamento ilícito a execução de atendimento de utentes segundo um conceito que veementemente se critica de no meu consultório atendo quem quero e quando quero ; 62. Uma vez que tal consultório, é como visto, publicamente financiado e regido por um enquadramento legal estrito que a prestadora de cuidados de saúde Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel inexplicavelmente aparenta desconhecer; 63. Sem prejuízo de ser seu dever o conhecimento do mesmo. 64. Por outro lado, e como parecerá claro, não pode a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel pretender beneficiar daquilo que representa o facto de ser o único sublinhe-se, único consultório com convenção do SNS para consultas de dermatologia a utentes do SNS; 65. Bem como do financiamento (público) da sua actividade de que daí resulta e contrariamente a todos os outros prestadores de cuidados de saúde que assentam a sua actividade integralmente em actividade privada (e que, portanto, não beneficiam de fundos públicos para a sua actividade) -; 66. E pretender agir na sua actividade numa lógica de atendo quem quero e quando quero. 67. Como parecerá claro, não é seguramente para um tal tipo de comportamento ou política de atendimento que o Estado celebrou com tal prestadora uma convenção para atendimento dos utentes do SNS; 68. Tal como se a referida prestadora pretender manter essa sua política de atendimento, deverá extrair as necessárias consequências e deixar de ser publicamente financiada. 69. Por outro lado, recorde-se que a referida prestadora veio referir que o número de consultas pela ARS já estava completo [ ] e que [ ] as consultas através da ARS não são imediatas por vezes têm um atraso de 2 meses [ ].

13 70. Sucede, porém, que como melhor resulta da listagem de entidades convencionadas fornecida pela ARSLVT, a prestadora em questão assumiu perante o SNS uma capacidade de atendimento de 240 consultas por trimestre; 71. O que efectivamente equivale às 20 consultas por semana referidas pela própria Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel. 72. Sucede, porém, que como a própria veio informar a ERS, o número de consultas realizadas não dão suporte à afirmação de que o número de consultas pela ARS já estava completo: i) número total de consultas de dermatologia pelo SNS realizadas em 2008 apenas foram de a [ ], desagregado (por trimestre) conforme o quadro infra [ ] ii) número total de consultas de dermatologia realizadas no 1.º e 2.º trimestre de 2009 foram de [ ], desagregado (por trimestre) conforme o quadro infra [ ] 73. Ou seja, nunca a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, no período temporal em referência, esteve sequer perto de atingir a sua capacidade de 240 consultas por trimestre disponibilizada ao SNS; Sendo que no que concretamente respeita ao 3.º trimestre de 2008, e que engloba a data dos factos em análise, realizou apenas e somente [ ] consultas a utentes do SNS, isto é, bastante menos do que 50% da sua capacidade; 74. Pelo que tampouco se afigura necessário analisar da natureza da capacidade de atendimento declarada pela prestadora de cuidados de saúde na Norma de Adesão, designadamente sobre se a mesma implicaria, ou não, uma limitação quantitativa relativamente ao atendimento de utentes do SNS; 75. Uma vez que, como visto, o efectivo atendimento de utentes do SNS se encontra manifestamente aquém de tal capacidade de atendimento.

14 76. Consequentemente, também por tal facto se revela sem justificação o facto de que [ ] as consultas através da ARS não s[ão] imediatas por vezes têm um atraso de 2 meses [ ] ; 77. O que, aliás, foi comprovado aquando da diligência telefónica realizada pela ERS para marcação de consulta como utente do SNS, em 17 de Junho de 2009, e da qual resultou a informação de [ ] que apenas estão a marcar consultas para Agosto Ora, tanto representa a desigualdade de circunstâncias temporais que a prestadora de cuidados de saúde em questão aplica no atendimento dos utentes do SNS relativamente a utentes de outras entidades financiadoras de utentes, e concretamente quanto aos utentes particulares. 79. Ou seja, a prestadora de cuidados de saúde Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel rejeitou, de forma infundada, o utente do SNS F.; 80. Tal como sujeita, de forma clara, os utentes do SNS a maiores tempos de espera para dar preferência ao atendimento de outros utentes (designadamente, particulares), praticando, assim, uma discriminação negativa dos primeiros face aos segundos; 81. E concomitantemente adoptou uma prática de rejeição infundada e discriminatória no seu estabelecimento que, por via da convenção com o SNS, é considerado como publicamente financiado. III.2.2 No Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio: enquadramento da realidade verificada enquanto violação dos critérios de acesso aos cuidados de saúde 82. O direito de acesso aos cuidados de saúde é, também e desde logo, conformado pelo Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio. 83. Efectivamente, e no que concretamente respeita ao objectivo regulatório da ERS de assegurar o cumprimento dos critérios de acesso aos cuidados de saúde, as alíneas a) e b) do artigo 35.º Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, estabelecem, como visto, que é incumbência da Entidade a) Assegurar o direito de acesso universal e equitativo aos serviços públicos de saúde ou publicamente financiados; e

15 b) Prevenir e punir as práticas de rejeição discriminatória ou infundada de pacientes nos estabelecimentos públicos de saúde ou publicamente financiados. 84. Outrossim, é estabelecido, na alínea b) do n.º 2 do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, que Constitui contra-ordenação, punível com coima de 1000 a 3740,98 ou de 1500 a ,81, consoante o infractor seja pessoa singular ou colectiva: [ ] b) A violação das regras relativas ao acesso aos cuidados de saúde, incluindo a violação da igualdade e universalidade no acesso ao SNS e a indução artificial da procura de cuidados de saúde; [ ]. 85. O Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, veio, então, tipificar como ilícito contraordenacional comportamentos que consubstanciem uma violação das regras relativas ao acesso aos cuidados de saúde; 86. Designada mas não limitadamente quando os mesmos representem uma violação da igualdade e universalidade no acesso ao SNS. 87. Sucede, porém, que os comportamentos da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel não se encontravam tipificados, até ao momento da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, enquanto ilícito contra-ordenacional. 88. Assim, e apesar da violação das regras de acesso aos cuidados de saúde, e designadamente da igualdade e universalidade no acesso ao SNS, serem já preocupações regulatórias da ERS ao abrigo do anterior Decreto-Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro, apenas com o referido Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, é que as mesmas foram erigidas à categoria de ilícito contra-ordenacional punível com coima; 89. Sendo que, nos termos do n.ºs 1 e 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de Outubro, na redacção resultante da Lei n.º 109/2001, de 24 de Dezembro, (Regime Geral das Contra-Ordenações e Coimas RGCO) 1 A punição da contra-ordenação é determinada pela lei vigente no momento da prática do facto ou do preenchimento dos pressupostos de que depende.

16 2 - Se a lei vigente ao tempo da prática do facto for posteriormente modificada, aplicar-se-á a lei mais favorável ao arguido, salvo se este já tiver sido condenado por decisão definitiva ou transitada em julgado e já executada. 90. Ora, os factos supra apresentados são anteriores a 26 de Junho de 2009, data de entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, não sendo, consequentemente, subsumíveis à ilicitude contra-ordenacional a que agora poderiam estar sujeitos; 91. O que ademais constitui a imediata decorrência do princípio fundamental da proibição de aplicação retroactiva de lei contra-ordenacional. 92. Assim, a presente análise dos factos faz-se somente à luz do referido objectivo regulatório de assegurar o cumprimento dos critérios de acesso aos cuidados de saúde; 93. O qual consubstanciava já, à data dos mesmos, uma atribuição da ERS por lhe incumbir, entre outras competências, prevenir e punir os actos de rejeição discriminatória ou infundada de pacientes nos estabelecimentos do SNS, enquanto concretização da garantia do direito de acesso universal e igual a todas as pessoas ao serviço público de saúde cfr. al. d) do n.º 2 do artigo 25.º do Decreto- Lei n.º 309/2003, de 10 de Dezembro; 94. Sem que, pelas razões vindas de referir, sejam os factos subsumíveis ao referido tipo contra-ordenacional estabelecido na al. b) do n.º 2 do artigo 51.º do Decreto- Lei n.º 127/2009, de 27 de Maio. III. 3. Das considerações efectuadas pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel relativamente ao exercício do direito de reclamação por parte dos utentes que recorrem ao serviços prestados por entidades privadas convencionadas 95. Após verificada a existência, no acesso aos cuidados de saúde prestados pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, de tempos de espera diferentes, para os utentes beneficiários do SNS e para os utentes particulares e beneficiários de subsistemas de saúde e/ou seguros privados, concluiu-se pela veracidade dos factos relatados pelo exponente e, consequentemente, pela oportunidade e fundamento do exercício do seu direito de reclamação.

17 96. Revela-se assim necessário analisar a posição expressa pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel quanto ao próprio exercício do direito de reclamação por parte dos utentes que recorrem aos serviços prestados por entidades privadas convencionadas. 97. Recorde-se que a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel, na exposição de 24 de Outubro de 2008 em resposta ao pedido de elementos da ERS, referiu que [o] senhor em causa agiu de má fé, sabia com certeza que as consultas através da ARS não são imediatas [ ] no meu consultório atendo quem quero e quando quero! [ ] 98. Desde já se refira que não somente um tal entendimento da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel é censurável; 99. Como evidencia o próprio desconhecimento ou porventura desrespeito ou alheamento demonstrado e relativo às obrigações que entendeu livremente assumir quando voluntariamente decidiu prestar cuidados de saúde ao público em geral, e aos seus utentes, aos utentes do SNS de quem beneficia face ao facto de possuir uma convenção - e aos utentes dos subsistemas com quem contratou Em face de um tal posicionamento, revela-se necessário recordar e sublinhar à Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel que os cidadãos, enquanto utentes que recorrem a entidades prestadoras de cuidados de saúde, sejam elas públicas ou privadas, convencionadas ou não, são titulares de um direito fundamental à reclamação, o qual se encontra consagrado, desde logo, na Lei de Bases da Saúde, a qual estabelece, na sua Base XIV, n.º 1 alínea g), o direito dos utentes a ( ) reclamar e fazer queixa sobre a forma como são tratados ( ) Independentemente dos concretos fundamentos que possam levar ao exercício de um tal direito de reclamação, e que in concreto no que respeita à prestação de cuidados de saúde caberá em última análise à ERS avaliar, deve então a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel saber conviver com um tal direito fundamental dos cidadãos e dos seus utentes E um tal direito dos utentes de apresentarem reclamações ou queixas surge ainda concretizado no Decreto-lei n.º 127/2009, de 27 de Maio, que estabelece o quadro legal da ERS, e no seu artigo 48.º, refere que

18 Os estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde estão obrigados a comunicar à ERS cópia das reclamações e queixas dos utentes, designadamente as constantes dos respectivos livros de reclamações ( ) ; 103. O que surge, aliás, no seguimento da obrigatoriedade de existência e disponibilização do livro de reclamações estabelecida para todos os consumidores e utentes no âmbito do fornecimento de bens e prestação de serviços no Decreto- Lei n.º 156/2005, de 15 de Setembro, posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 371/2007, de 6 de Novembro; 104. Que igualmente determina que, no tocante às entidades prestadoras de cuidados de saúde, serão as reclamações remetidas e analisadas pela ERS Outrossim, e com particular interesse para a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel por ser entidade convencionada do SNS, igualmente no artigo 5.º da Lei n.º 41/2007, de 24 de Agosto - que aprovou os termos a que deve obedecer a redacção e publicação pelo Ministério da Saúde da Carta dos Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde, bem como estabeleceu um conjunto de obrigações a observar pelos prestadores, designadamente de carácter informativo e instrumentais ao direito dos utentes à prestação de cuidados de saúde dentro dos tempos máximos de resposta garantidos aplicáveis surge reconhecido ( ) aos utentes o direito de reclamarem para a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), nos termos legais aplicáveis, caso os tempos máximos garantidos não sejam cumpridos ; 106. Recordando-se, a este propósito, que o clausulado da proposta de contrato para a prestação de cuidados de saúde no âmbito das especialidades médicocirúrgicas, ao qual a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel aderiu através da sua declaração constante da já referida Norma de Adesão, estabelece, na sua cláusula 14.ª, que O prazo de marcação para a realização da consulta não pode ser superior a dez dias úteis após a sua solicitação De facto aos utentes dos serviços de saúde deve ser garantida a possibilidade de apresentarem reclamações sobre a qualidade dos cuidados prestados, do atendimento ou das condições das instalações, as quais poderão ser efectuadas no livro de reclamações que deverá obrigatoriamente existir em todos os serviços ou estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, bem como por qualquer

19 outro meio (seja por via postal, fax ou mesmo correio electrónico) efectuado directamente para o prestador ou para a ERS, devendo o prestador em causa dar, em qualquer caso, resposta cabal e em tempo útil a tais reclamações Ora, à ERS compete, como já referido, analisar do bem fundado das reclamações que recebe e/ou conhece, sendo certo que in concreto a reclamação apresentada pelo utente em questão não somente não se apresenta sustentada em pressupostos erróneos ou mesmo falsos; 109. Nem tampouco a mesma representa uma qualquer potencial falta de compreensão das informações que hajam sido fornecidas pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel O mesmo é dizer, então, que a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel deverá de antemão reflectir sobre as suas próprias práticas que possam ter conduzido à apresentação da reclamação em questão; 111. Ao invés de a pretender minorar mediante meras alegações genéricas e sem qualquer assento na realidade A este respeito refira-se, desde já, que a análise da veracidade dos factos relatados pelos utentes nas suas reclamações é da competência da ERS; 113. Sendo que, no que ao caso concreto aqui em análise respeita, a situação relatada pelo utente e referente à existência de tempos de espera diferentes consoante a entidade financiadora dos utentes foi, como já visto supra, comprovada pela ERS; 114. Consequentemente, verifica-se não somente que a reclamação apresentada é, em substância, verdadeira e legítima, mas também perfeitamente justificada e fundada; 115. Não se aceitando, então, a incompreensão manifestada pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel quanto ao exercício do direito de reclamação Na realidade, quando um utente pretenda marcar um exame numa entidade convencionada do SNS e verifique que é discriminado, em termos temporais ou qualitativos, no acesso a tal consulta face a um outro utente apenas por razões adstritas às suas entidades financiadoras, não somente o mesmo pode reclamar;

20 117. Como, efectivamente, deve manifestar a sua justificada indignação e proceder à competente reclamação. IV. DA AUDIÊNCIA DE INTERESSADOS 118. Em cumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 101.º do Código de Procedimento Administrativo, notificou-se a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel e o utente F. para, querendo, se pronunciar sobre o conteúdo do projecto de deliberação que lhe foi dado a conhecer. IV.I Da pronúncia da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel 119. A Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel exerceu o seu direito de pronúncia através do ofício que deu entrada na ERS no dia 7 de Outubro de 2009, que se dá aqui por integralmente reproduzida Em suma e sem pretensão de exaustão, veio a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel alegar que: i) Da simples aplicação d[os] princípios [da discriminação] deveria concluirse, logo, pelo arquivamento do processo, uma vez que do modo de marcação das consultas da [profissional de saúde] não resulta qualquer discriminação entre as pessoas que integram cada um dos diferentes grupos que as utilizam: ARS, MEDIS, ADVANCECARE, SAMS, PARTICULARES ; ii) que não se entende que, no elenco dos factos que entendeu relevantes para a decisão da causa (fls.4 a 8 do projecto de deliberação) [a ERS] tenha omitido o facto de no dia 24 de Setembro de 2008 já estar esgotado o número semanal de consultas convencionadas com a ARS - conforme expressamente alegado na sua resposta à reclamação uma vez que se tal facto [ ] suscitou dúvidas [a ERS] deveria ter pedido os elementos de prova que entendesse necessário ao respectivo esclarecimento - mas não podia ignorar que foi invocado pela [profissional de saúde] na sua defesa, sob pena de invalidade da decisão final do inquérito por omissão de um dado essencial ao enquadramento da matéria da reclamação.

21 iii) No que respeita a) aos factos 10 e 26 (fls. 4 e 8) o reclamante não perdeu o direito à consulta marcada, que poderia ter sido realizada (o que a [profissional de saúde] não aceitou foi a alteração de última hora pretendida pelo reclamante, o que é muito diferente). b) aos factos 13 e 15 é a [ ] (Sónia Maria Ruivo Pimentel) e não o seu estabelecimento (?)/facto 16 que presta consultas de dermatologia. iv) Que há vários anos e com conhecimento da ARS, as consultas convencionadas com [a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel] passaram a ser realizadas à 3.ª e 4.ª feira. [ E] que durante o passado mês de Julho [de] 2009 a signatária esteve de férias. v) Relativamente à constatação da ERS sobre a existência de um procedimento de marcação de consultas diferente consoante se trate de utentes do SNS ou utentes de outros sistemas de saúde ou utentes particulares, a referida profissional de saúde alega que a conclusão não é verdadeira uma vez que o sistema de marcação das consultas [ ] é igual para todas as pessoas que contactam o seu consultório, sem prejuízo da óbvia necessidade de enquadramento das mesmas num quadro organizativo ; vi) Mais referindo que a norma de adesão (de Janeiro de 1991) a que a ERS faz referência nos factos 29 e 30 nem sequer integra o conceito de convenção definido pelo Decreto-Lei 9[7]/98, de 18/04. vii) Relativamente à norma de adesão subscrita em Janeiro de 1991 pela Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel que a) [a mesma] não reveste a forma nem o conteúdo que o Decreto-Lei n.º 97/98, de 18/04 veio definir para as convenções a celebrar na área da contratação de cuidados de saúde (Vd. Artigo 7º do citado diploma). b) face ao artigo 14º, n.º1 do indicado Decreto-Lei, não tendo a ARS entendido adequar a situação contratual da signatária ao ali disposto, a partir de 31 de Dezembro de 1997 o seu vínculo com a ARS passou a ser um mero acordo para a prestação de consultas de dermatologia;

22 viii) Pelo que independentemente da natureza jurídica da relação contratual [ ] com a ARS, só ela, como profissional liberal poderia integrar o SNS, nunca o seu consultório (fls. 11 ponto 43). ix) Defende igualmente que da expressão retirada do contexto da resposta da [referida profissional de saúde] não pode concluir-se que atende os utentes (da ARS) que quer e quando quer. O que está escrito é o número de consultas pela ARS já estava completo e no meu consultório atendo quem quero e quando quero (esta última parte não tem obviamente a ver com os utentes da ARS).. x) Tais argumentos são igualmente apresentados quanto ao aspecto relativo ao direito à reclamação, sustentando que não pretendeu pôr em causa o direito deste ou de qualquer outro utente de reclamar, tendo sido a má-fé ao marcar uma consulta a título particular quando pretendia usar uma credencial da sua médica de família que provocou a [sua] indignação [ ] e desencadeou a sua reacção à situação criada. xi) Por outro lado, pretende colocar em crise que o consultório [da profissional de saúde seja] publicamente financiado, defendendo que [n]o âmbito da realização destas consultas o financiamento público beneficia os utentes e não a [a profissional de saúde em causa], que apenas recebe do Estado o pagamento dos cuidados médicos que presta.. xii) E nesse âmbito esclarece que não tem regime de exclusividade com a ARS, e que se é a única médica desta área a receber utentes do SNS é seguramente porque não existem outros interessados (recebe por doente [ ] - [ ] sendo o receituário e as vinhetas adquiridas pela própria). xiii) Já quanto aos tempos de espera, veio ainda alegar que a ERS deveria ter tentado averiguar qual o motivo dos eventuais tempos de espera de um a dois meses para a marcação da consultas dos utentes do SNS, e discorda da presunção contida no ponto 77 [ alegando qu]e a ligação da mesma aos ditos tempos de espera não tem qualquer fundamento uma vez que se encontrava de férias no mês de Julho de xiv) Por último, alega que não tem conhecimento de qual era o prazo para a realização das consultas quando, em 1991, assinou a norma de adesão - nem ao longo dos destes 18 anos lhe foi alguma vez dito pela ARS que deveria ver os seus utentes em 10 dias ;

23 xv) Pelo que concluiu a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel que o projecto de deliberação [ ] assenta em pressupostos de facto e de direito que, a manterem-se, irão afectar a validade da decisão final cfr. pronúncia da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel sobre o projecto de deliberação da ERS e junta aos autos. IV.II Apreciação 121. Em face do exposto, verifica-se que a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel pretende colocar em crise os fundamentos em que assentam o projecto de deliberação, essencialmente - criticando o conceito de discriminação plasmado no projecto de deliberação oportunamente notificado, e daí igualmente pretendendo defender a legalidade do seu sistema de marcação de consultas que, como supra visto, recorre a um conceito de pessoas que integram cada um dos diferentes grupos e visa satisfazer uma pretensa necessidade de enquadramento das mesmas num quadro organizativo ; - invocando questões atinentes à sua capacidade de atendimento, como sejam aquelas relativas à alegação de que no dia 24 de Setembro de 2008 já estar[ia] esgotado o número semanal de consultas convencionadas com a ARS, e de que a ARSLVT possuirá conhecimento, há vários anos, que as suas consultas convencionadas passaram a ser realizadas à 3.ª e 4.ª feira; - defendendo a inaplicabilidade do Decreto-Lei n.º 97/98 à sua convenção com o SNS por a mesma ter sido celebrada em data anterior a tal diploma e, concomitantemente, que o vínculo assim existente seria de mera prestação de serviços a título individual o que, ademais, não lhe conferia a característica de publicamente financiado; - defendendo uma diferente interpretação dos factos relativos ao exercício do direito de reclamação; e, por último, - uma inaplicabilidade, por alegado desconhecimento, dos tempos máximos de resposta garantidos à sua actividade convencionada com o SNS.

24 IV.II.1 Sobre o conceito e sentido ínsito da não discriminação 122. Recorde-se que a Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel pretende sustentar que a discriminação consubstancia uma situação de diferenciação injustificada que viole o princípio da igualdade, com isso pretendendo defender a legalidade do seu comportamento; 123. E que, ainda que formalmente pretenda transmitir uma aparente compreensão formalística de tal conceito de discriminação, revela uma praxis incompatível com o dito conceito; 124. E que, note-se, é desde logo evidenciada sua própria pronúncia, ou seja, para além dos factos constantes dos autos, que ao pretender defender um comportamento que discrimina os utentes em função das suas entidades financiadoras à luz de um princípio fundamental que o proíbe acaba, então, por assumir que tal sua praxis assenta numa consideração de pessoas que integram cada um dos diferentes grupos E a invocação de uma tal lógica de segregação grupal apenas com base no facto de os utentes serem ARS, MEDIS, ADVANCECARE, SAMS, PARTICULARES bastaria para afastar, desde logo, toda a argumentação da Dra. Sónia Maria Ruivo Pimentel Ainda assim, aproveite-se para esclarecer e aprofundar o conceito e sentido ínsito da não discriminação, para que sobre o mesmo e suas decorrências legais não subjazam dúvidas, rememorando-se, ou porventura aportando-se alguma clarificação sobre o que, real e efectivamente, constitui o conceito e sentido ínsito do princípio fundamental da igualdade; 127. E que na sua vertente negativa conduz à imposição do dever de não discriminação Efectivamente, constitui um princípio fundamental, integrado nos direitos e deveres constitucionalmente consagrados, que Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou

25 orientação sexual. cfr. n.º 2 do artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa (CRP) 129. E se é certo que, tradicionalmente, este princípio da igualdade surge, em primeiro lugar, enquanto resultado da imposição da igual dignidade social e da igualdade dos cidadãos perante a Lei, o mesmo [...] tem a ver fundamentalmente com a igual posição em matéria de direitos e deveres [...] Essencialmente, ele consiste em duas coisas: proibição de privilégios ou benefícios no gozo de qualquer direito ou na isenção de qualquer dever; proibição de prejuízo ou detrimento na privação de qualquer direito ou na imposição de qualquer dever (n.º 2 [do art. 13.º CRP]) cfr. Constituição da República Portuguesa Anotada, J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, Coimbra Editora, Vol. I, 2007, p E se a aplicação clássica de um tal princípio da igualdade se queda, assim, no âmbito da relação entre os cidadãos e o Estado lato sensu, é não menos verdade que O princípio da igualdade pode ter também como destinatários os próprios particulares nas relações entre si (eficácia horizontal do princípio da igualdade.) cfr. Constituição da República Portuguesa Anotada, J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, cit., p Por outro lado, deve ter-se presente que O sentido primário da fórmula constitucional é negativo: consiste na vedação de privilégios e de discriminações. Privilégios são situações de vantagem não fundadas e discriminações situações de desvantagem: [...] discriminações positivas são situações de vantagens fundadas [...] cfr. Constituição Portuguesa Anotada, Jorge Miranda e Rui Medeiros, Coimbra Editora, Tomo I, 2005, p E se por discriminação se entende a [...] acção de isolar ou tratar diferentemente certos indivíduos ou um grupo em relação a outros cfr. Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 8ª Ed.;

26 133. Uma tal acção será, então, contrária ao princípio da igualdade quando a mesma vise ou tenha por efeito colocar indivíduos ou grupos em situação de desvantagem face a outros E note-se que este sentido negativo do princípio da igualdade (isto é, a proibição de discriminação), constitui um verdadeiro e próprio direito pessoal dos cidadãos: A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação. cfr. n.º 1 do artigo 26.º da CRP, destaques nossos; 135. O qual, por se incluir no catálogo constitucional de direitos, liberdades e garantias pessoais é aplicável directamente e goza da especial relevância e protecção decorrente do facto de Os preceitos constitucionais respeitantes aos direitos, liberdades e garantias são directamente aplicáveis e vinculam as entidades públicas e privadas. cfr. n.º 1 do artigo 26.º da CRP, destaques nossos É, então, assente que O direito à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação terá conteúdo útil e autónomo como um direito especial de igualdade, dada a natureza de direito pessoal beneficiador do regime jurídico dos direitos, liberdades e garantias; além disso, apresenta-se como um direito subjectivo fundamentalmente reconduzível a um direito à prática de não discriminação. ; sendo que [...] torna-se mais inteligível o sentido do direito à não discriminação ao colocar-se o efeito tónico nos efeitos, resultados ou impactos materiais [...] na esfera pessoal. cfr. Constituição da República Portuguesa Anotada, J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, cit., pp

27 137. Ora, esse tem sido, igualmente, o entendimento assente do Tribunal Constitucional, que sempre esclareceu que O princípio da igualdade, muito trabalhado jurisprudencial e doutrinariamente, postula que se dê tratamento igual a situações de facto essencialmente iguais e tratamento desigual a situações de facto desiguais, proibindo, inversamente, o tratamento desigual de situações iguais e o tratamento igual de situações desiguais (na jurisprudência do Tribunal Constitucional vejam-se, entre tantos outros, os acórdãos nºs. 39/88, 186/90, 187/90, 188/90, 330/93, 381/93, 516/93, 335/94, 565/96 e 319/2000, publicados, respectivamente, no Diário da República, I Série, de 3 de Março de 1988, e II Série, de 12 de Setembro de 1990, 30 de Julho de 1993, 6 de Outubro do mesmo ano, 19 de Janeiro e 30 de Agosto de 1994, e 16 de Maio de 1996, mantendo-se o último ainda inédito). cfr. Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 436/00, de 17 de Outubro de 2000; 138. Tendo, igualmente, o Alto Tribunal tido oportunidade de acrescentar, em tal seu Aresto, que em qualquer situação se deve [...] aferir jurídico-constitucionalmente a diferença, nos parâmetros finalístico, de razoabilidade e de adequação que o princípio da igualdade subentende. ; 139. O que, aliás, é concordante com o entendimento jurisprudencial do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem que, já no seu Acórdão de 23 de Julho de 1968, relativo aos processos apensos 1474/62; 1677/62; 1691/62; 1769/63; 1994/63; 2126/64, sublinhava que o respeito pelo princípio da igualdade deve aferir-se tanto pelos objectivos, como pelos efeitos das medidas ou práticas que o coloquem em crise: On this question the Court, following the principles which may be extracted from the legal practice of a large number of democratic States, holds that the principle of equality of treatment is violated if the distinction has no objective and reasonable justification. The existence of such a justification must be assessed in relation to the aim and effects of the measure under consideration, regard being had to the principles which normally prevail in democratic societies. destaque nosso

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