PUBLIC LIMITE PT CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 18 de junho de /12 LIMITE PV CONS 27 RELEX 437

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1 Conseil UE CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 18 de junho de /12 LIMITE PUBLIC PV CONS 27 RELEX 437 PROJETO DE ATA Assunto: 3166.ª reunião do Conselho da União Europeia (NEGÓCIOS ESTRANGEIROS) realizada em Bruxelas em 14 de maio de /12 mam/ll/jv 1 DG C

2 ÍNDICE Página 1. Adoção da ordem do dia provisória... 3 ATIVIDADES NÃO LEGISLATIVAS 2. Aprovação da lista de pontos "A" Afeganistão PPMO Vizinhança Meridional... 4 Síria 6. México Ucrânia Rússia Diversos... 5 ANEXO Declarações sobre as Filipinas... 6 Declarações sobre o Vietname... 8 Declarações sobre a Mongólia /12 mam/ll/jv 2 DG C

3 1. Adoção da ordem do dia provisória 8887/1/12 REV 1 OJ/CONS 20 RELEX 347 O Conselho adotou a ordem do dia em epígrafe. ATIVIDADES NÃO LEGISLATIVAS 2. Aprovação da lista de pontos "A" 8888/12 PTS A 30 O Conselho aprovou os pontos "A" constantes dos seguintes documentos: 1) 9812/12 O ponto 15 passa a ter a seguinte redação: 15. Projeto de conclusões do Conselho sobre o Iémen 9905/12 COMEM 168 PESC 600 aprovado pelo Coreper, 2.ª Parte, em ) 9812/12 ADD 1: 16. Síria 9615/12 PESC 562 RELEX 409 COMEM 152 COARM 112 FIN 323 a) Decisão de execução do Conselho que dá execução à Decisão 2011/782/PESC que impõe medidas restritivas contra a Síria 9752/12 PESC 575 COMEM 160 COARM 114 FIN 329 OC ADD 1 RESTREINT UE b) Regulamento de execução do Conselho que dá execução ao artigo 32.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 36/2012 que impõe medidas restritivas tendo em conta a situação na Síria 9755/12 PESC 576 RELEX 420 COMEM 161 COARM 115 FIN 331 OC ADD 1 RESTREINT UE aprovado pelo Coreper, 2.ª Parte, em Relações com a Ucrânia Definição da posição da União Europeia tendo em vista a décima quinta reunião do Conselho de Cooperação UE-Ucrânia (Bruxelas, 15 de maio de 2012) 9744/12 PESC 574 NIS 40 COEST 146 aprovado pelo Coreper, 2.ª Parte, em /12 mam/ll/jv 3 DG C

4 3. Afeganistão Projeto de conclusões do Conselho 9719/12 PESC 571 COASI 71 ASIE 42 COPS 156 CIVCOM 168 O Conselho debateu o papel, as competências e as capacidades da UE em relação ao Afeganistão, em previsão da Conferência de Chicago, e reiterou a sua mensagem relativa a um sério e continuado empenhamento da UE após No que se refere à segurança, a polícia civil continuará ser o centro da assistência da UE. O Conselho adotou as conclusões constantes do documento 9875/ PPMO Projeto de conclusões do Conselho 9876/12 COMEP 14 PESC 596 O Conselho debateu o Processo de Paz no Médio Oriente e adotou as conclusões constantes do documento 9909/ Vizinhança Meridional Síria 9601/12 COMAG 38 PESC 560 COHAFA 61 SY 14 O Conselho debateu a situação da Vizinhança Meridional, em especial na Síria, na Líbia e na Argélia e adotou as conclusões do Conselho sobre a Síria que figuram no doc. 9888/ México O Conselho realizou um breve debate no contexto da próxima cimeira UE-México e no contexto mais amplo do desenvolvimento das relações UE-ALC. A título de introdução, a Alta Representante deu informações sobre as suas duas visitas ao México em fevereiro, que incluíram uma reunião com o Presidente Felipe Calderón, com quem foram abordados os seguintes temas: direitos humanos, criminalidade organizada, comércio, ambiente, alterações climáticas e desenvolvimento sustentável. A UE manifestou o seu apoio aos esforços e aos progressos do México no domínio das alterações climáticas. 9931/12 mam/ll/jv 4 DG C

5 A Comissão assinalou o êxito da cooperação com o México e, de um modo mais geral, a necessidade de rever a parte relativa ao comércio do acordo global de Considerou que a Cimeira poderia ser uma ocasião de combater o protecionismo na América Latina (foi mencionada a Argentina), visto haver uma necessidade imperiosa de segurança jurídica para os investidores europeus. A Delegação Portuguesa manifestou a sua satisfação na perspetiva da próxima cimeira e pronunciou-se a favor de um aprofundamento do acordo global. A Delegação Espanhola sublinhou a enorme importância das relações com o México e abordou os três pontos seguintes: 1) novo caráter das relações UE-ALC; 2) concorrência entre dois blocos ideológicos na ALC; 3) ausência de ação ou determinação por parte da Comissão em relação à Argentina (recente expropriação de 51% das ações da empresa YPF detidas pela empresa espanhola Repsol): assim, no que se refere à Argentina, a Comissão deveria tomar medidas em relação ao SPG, relançar conjuntamente os esforços da OMC sobre as restrições à importação e empenhar-se muito mais no quadro do G20. Quanto ao SPG, a Alta Representante indicou que estavam a decorrer reflexões internas. 7. Ucrânia Este ponto foi debatido durante o almoço. 8. Rússia Este ponto foi debatido durante o almoço. 9. Diversos Não foi abordada nenhuma questão nesta rubrica. ***** 9931/12 mam/ll/jv 5 DG C

6 ANEXO DECLARAÇÕES A EXARAR NA ATA DO CONSELHO Ad ponto 6 da lista de pontos "A": Relações com as Filipinas DECLARAÇÃO COMUM DA IRLANDA E DO REINO UNIDO "A proposta de decisão do Conselho relativa à assinatura, em nome da União Europeia, do Acordo- -Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República das Filipinas, por outro, (a "proposta") foi apresentada ao Conselho, pela primeira vez, a 6 de setembro de 2010, indicando as seguintes bases jurídicas: artigos 207.º, 209.º e 218.º, n.º 5, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. A 28 de janeiro de 2011, foi proposto o aditamento das seguintes bases jurídicas: artigos 79.º, n.º 3, 91.º, 100.º e 191.º, n.º 4, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. A Irlanda e o Reino Unido lamentam que não tenha sido incluída uma disposição do Título V do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia nas bases jurídicas indicadas quando a proposta foi inicialmente apresentada ao Conselho e apelam a uma inclusão atempada no futuro. A Irlanda e o Reino Unido recordam que nenhuma medida adotada nos termos do Título V é vinculativa para a Irlanda ou para o Reino Unido, a não ser que tenha havido uma notificação nos termos do Protocolo n.º 21." DECLARAÇÃO CONJUNTA DA ESPANHA, DA FRANÇA E DO LUXEMBURGO "A Espanha, a França e o Luxemburgo sublinham a importância do Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República das Filipinas, por outro, razão pela qual aprovam a decisão do Conselho relativa à assinatura deste acordo. No entanto, a Espanha, a França e o Luxemburgo recordam a importância da jurisprudência constante do Tribunal de Justiça da União Europeia em matéria de escolha das bases jurídicas para a adoção dos atos da União. De acordo com essa jurisprudência, um ato só se pode fundamentar em várias bases jurídicas se visar simultaneamente vários objetivos ou se possuir várias componentes, que estejam ligadas de forma indissociável, sem que uma seja acessória em relação a outra. Todavia, o recurso a várias bases jurídicas num mesmo ato fica excluído quando os procedimentos de adoção dos atos jurídicos da União previstos pelas referidas bases são incompatíveis. No caso em apreço, a Espanha, a França e o Luxemburgo consideram que decorre destes princípios que os artigos 207.º e 209.º do TFUE constituem tal como proposto pela Comissão as bases jurídicas adequadas para a decisão em causa, possuindo as outras bases jurídicas mencionadas um caráter acessório. Além disso, se houvesse que reter como base jurídica o artigo 79.º, n.º 3, do TFUE, seria necessário cindir a decisão do Conselho relativa à assinatura do acordo. 9931/12 mam/ll/jv 6

7 Com efeito, decorre dos Protocolos n.ºs 21 e 22 anexos aos Tratados nos quais a União se funda que determinados Estados-Membros não participam na adoção pelo Conselho dos atos propostos em aplicação da Parte III, Título V, do TFUE. Além disso, esses Estados-Membros não ficam vinculados pelas disposições de um acordo internacional se o mesmo for celebrado pela União em aplicação desse Título. Assim, o recurso a uma base jurídica do âmbito da Parte III, Título V, do TFUE, implica que o Conselho se reúna com uma composição específica e que os atos adotados com esse fundamento tenham um âmbito de aplicação específico. Daí resulta que as bases jurídicas que figuram na Parte III, Título V, do TFUE são incompatíveis com as demais bases jurídicas dos Tratados, sobre as quais o Conselho se pronuncia a 27 e que são aplicáveis ao conjunto dos Estados-Membros. Por conseguinte, se fosse necessário, de um ponto de vista jurídico, incluir o artigo 79.º, n.º 3, do TFUE nas bases jurídicas da decisão relativa à assinatura do Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação com a República das Filipinas, haveria que cindir esta decisão em dois atos formalmente distintos: uma primeira decisão do Conselho, em aplicação da Parte III, Título V, do TFUE, daria lugar à aplicação dos Protocolos n.ºs 21 e 22; uma segunda decisão do Conselho seria adotada em conformidade com o procedimento decorrente das bases jurídicas materiais que não relevam desse Título. Em ambos os casos, as bases jurídicas mencionadas pelas decisões do Conselho conjugar-se-iam com o artigo 218.º do TFUE, que constitui a sua base processual e não material." DECLARAÇÃO DA COMISSÃO "A proposta da Comissão previa que os artigos 207.º (comércio) e 209.º (desenvolvimento), em conjugação com o artigo 218.º, n.º 5, do TFUE constituíssem a base jurídica da decisão relativa à assinatura, em nome da União Europeia e, à aplicação provisória de certas disposições do Acordo de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República das Filipinas, por outro. A Comissão regista que o Conselho tomou, por unanimidade, a decisão de alterar a referida decisão por forma a acrescentar-lhe mais quatro bases jurídicas, a saber, os artigos 91.º e 100.º (transportes), o artigo 191.º, n.º 4 (ambiente) e o artigo 79.º, n.º 3 (readmissão) do TFUE. Todavia, a Comissão considera que o acordo não prevê obrigações concretas que vão além da cooperação para o desenvolvimento e do comércio. A Comissão considera, pois, que os artigos 207.º e 209.º, em conjugação com o artigo 218.º, n.º 5, do TFUE, são suficientes como base jurídica para a União Europeia proceder à assinatura do Acordo de Parceria e Cooperação. A Comissão reserva-se todos os direitos legais nesta matéria." 9931/12 mam/ll/jv 7

8 DECLARAÇÃO DA ÁUSTRIA "A Áustria declara que, não obstante a obrigação de citar outras bases jurídicas materiais, o artigo 218.º do TFUE constitui a única base jurídica processual para a adoção de uma decisão relativa à assinatura ou de uma decisão relativa à celebração de um acordo da União. O artigo 218.º, n.º 8, do TFUE define as regras de votação no Conselho. A Áustria declara que por "comum acordo" se deve entender o acordo dos Estados-Membros exigido para a entrada em vigor do Acordo de Parceria e Cooperação." *** Ad ponto 7 da lista de pontos "A": Relações com o Vietname DECLARAÇÃO CONJUNTA DA ESPANHA, DA FRANÇA E DO LUXEMBURGO "A Espanha, a França e o Luxemburgo sublinham a importância do Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República Socialista do Vietname, por outro, razão pela qual aprovam a decisão do Conselho relativa à assinatura deste acordo. No entanto, a Espanha, a França e o Luxemburgo recordam a importância da jurisprudência constante do Tribunal de Justiça da União Europeia em matéria de escolha das bases jurídicas para a adoção dos atos da União. De acordo com essa jurisprudência, um ato só se pode fundamentar em várias bases jurídicas se visar simultaneamente vários objetivos ou se possuir várias componentes, que estejam ligadas de forma indissociável, sem que uma seja acessória em relação a outra. Todavia, o recurso a várias bases jurídicas num mesmo ato fica excluído quando os procedimentos de adoção dos atos jurídicos da União previstos pelas referidas bases são incompatíveis. No caso em apreço, a Espanha, a França e o Luxemburgo consideram que decorre destes princípios que os artigos 207.º e 209.º do TFUE constituem tal como proposto pela Comissão as bases jurídicas adequadas para a decisão em causa, possuindo as outras bases jurídicas mencionadas um caráter acessório. Além disso, se houvesse que reter como base jurídica o artigo 79.º, n.º 3, do TFUE, seria necessário cindir a decisão do Conselho relativa à assinatura do acordo. Com efeito, decorre dos Protocolos n.ºs 21 e 22 anexos aos Tratados nos quais a União se funda que determinados Estados-Membros não participam na adoção pelo Conselho dos atos propostos em aplicação da Parte III, Título V, do TFUE. Além disso, esses Estados-Membros não ficam vinculados pelas disposições de um acordo internacional se o mesmo for celebrado pela União em aplicação desse Título. Assim, o recurso a uma base jurídica do âmbito da Parte III, Título V, do TFUE, implica que o Conselho se reúna com uma composição específica e que os atos adotados com esse fundamento tenham um âmbito de aplicação específico. Daí resulta que as bases jurídicas que figuram na Parte III, Título V, do TFUE são incompatíveis com as demais bases jurídicas dos Tratados, sobre as quais o Conselho se pronuncia a 27 e que são aplicáveis ao conjunto dos Estados-Membros. 9931/12 mam/ll/jv 8

9 Por conseguinte, se fosse necessário, de um ponto de vista jurídico, incluir o artigo 79.º, n.º 3, do TFUE nas bases jurídicas da decisão relativa à assinatura do Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação com a República Socialista do Vietname, haveria que cindir esta decisão em dois atos formalmente distintos: uma primeira decisão do Conselho, em aplicação da Parte III, Título V, do TFUE, daria lugar à aplicação dos Protocolos n.ºs 21 e 22; uma segunda decisão do Conselho seria adotada em conformidade com o procedimento decorrente das bases jurídicas materiais que não relevam desse Título. Em ambos os casos, as bases jurídicas mencionadas pelas decisões do Conselho conjugar-se-iam com o artigo 218.º do TFUE, que constitui a sua base processual e não material." DECLARAÇÃO DA COMISSÃO "A proposta da Comissão previa que os artigos 207.º (comércio) e 209.º (desenvolvimento), em conjugação com o artigo 218.º, n.º 5, do TFUE constituíssem a base jurídica da decisão relativa à assinatura, em nome da União Europeia e, à aplicação provisória de certas disposições do Acordo- -Quadro global de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República Socialista do Vietname, por outro. A Comissão regista que o Conselho tomou, por unanimidade, a decisão de alterar a referida decisão por forma a acrescentar-lhe mais três bases jurídicas, a saber, os artigos 91.º e 100.º (transportes) e o artigo 79.º, n.º 3 (readmissão) do TFUE. Todavia, a Comissão considera que o acordo não prevê obrigações concretas que vão além da cooperação para o desenvolvimento e do comércio. A Comissão considera, pois, que os artigos 207.º e 209.º, em conjugação com o artigo 218.º, n.º 5, do TFUE, são suficientes como base jurídica para a União Europeia proceder à assinatura do Acordo de Parceria e Cooperação. A Comissão reserva-se todos os direitos legais nesta matéria." DECLARAÇÃO DA ÁUSTRIA "A Áustria declara que, não obstante a obrigação de citar outras bases jurídicas materiais, o artigo 218.º do TFUE constitui a única base jurídica processual para a adoção de uma decisão relativa à assinatura ou de uma decisão relativa à celebração de um acordo da União. O artigo 218.º, n.º 8, do TFUE define as regras de votação no Conselho. A Áustria declara que por "comum acordo" se deve entender o acordo dos Estados-Membros exigido para a entrada em vigor do Acordo de Parceria e Cooperação." *** 9931/12 mam/ll/jv 9

10 Ad ponto 8 da lista de pontos "A": Relações com a Mongólia DECLARAÇÃO CONJUNTA DA ESPANHA, DA FRANÇA E DO LUXEMBURGO "A Espanha, a França e o Luxemburgo sublinham a importância do Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a Mongólia, por outro, razão pela qual aprovam a decisão do Conselho relativa à assinatura deste acordo. No entanto, a Espanha, a França e o Luxemburgo recordam a importância da jurisprudência constante do Tribunal de Justiça da União Europeia em matéria de escolha das bases jurídicas para a adoção dos atos da União. De acordo com essa jurisprudência, um ato só se pode fundamentar em várias bases jurídicas se visar simultaneamente vários objetivos ou se possuir várias componentes, que estejam ligadas de forma indissociável, sem que uma seja acessória em relação a outra. Todavia, o recurso a várias bases jurídicas num mesmo ato fica excluído quando os procedimentos de adoção dos atos jurídicos da União previstos pelas referidas bases são incompatíveis. No caso em apreço, a Espanha, a França e o Luxemburgo consideram que decorre destes princípios que os artigos 207.º e 209.º do TFUE constituem tal como proposto pela Comissão as bases jurídicas adequadas para a decisão em causa, possuindo as outras bases jurídicas mencionadas um caráter acessório. Além disso, se houvesse que reter como base jurídica o artigo 79.º, n.º 3, do TFUE, seria necessário cindir a decisão do Conselho relativa à assinatura do acordo. Com efeito, decorre dos Protocolos n.ºs 21 e 22 anexos aos Tratados nos quais a União se funda que determinados Estados-Membros não participam na adoção pelo Conselho dos atos propostos em aplicação da Parte III, Título V, do TFUE. Além disso, esses Estados-Membros não ficam vinculados pelas disposições de um acordo internacional se o mesmo for celebrado pela União em aplicação desse Título. Assim, o recurso a uma base jurídica do âmbito da Parte III, Título V, do TFUE, implica que o Conselho se reúna com uma composição específica e que os atos adotados com esse fundamento tenham um âmbito de aplicação específico. Daí resulta que as bases jurídicas que figuram na Parte III, Título V, do TFUE são incompatíveis com as demais bases jurídicas dos Tratados, sobre as quais o Conselho se pronuncia a 27 e que são aplicáveis ao conjunto dos Estados-Membros. Por conseguinte, se fosse necessário, de um ponto de vista jurídico, incluir o artigo 79.º, n.º 3, do TFUE nas bases jurídicas da decisão relativa à assinatura do Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação com a Mongólia, haveria que cindir esta decisão em dois atos formalmente distintos: uma primeira decisão do Conselho, em aplicação da Parte III, Título V, do TFUE, daria lugar à aplicação dos Protocolos n.ºs 21 e 22; uma segunda decisão do Conselho seria adotada em conformidade com o procedimento decorrente das bases jurídicas materiais que não relevam desse Título. Em ambos os casos, as bases jurídicas mencionadas pelas decisões do Conselho conjugar-se- -iam com o artigo 218.º do TFUE, que constitui a sua base processual e não material." 9931/12 mam/ll/jv 10

11 DECLARAÇÃO DA COMISSÃO "A proposta da Comissão previa que os artigos 207.º (comércio) e 209.º (desenvolvimento), em conjugação com o artigo 218.º, n.º 5, do TFUE, constituíssem a base jurídica da decisão relativa à assinatura, em nome da União Europeia, e à aplicação provisória de certas disposições do Acordo- -Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e a Mongólia, por outro. A Comissão regista que o Conselho tomou, por unanimidade, a decisão de alterar a referida decisão por forma a acrescentar-lhe mais uma base jurídica, a saber, o artigo 79.º, n.º 3, (readmissão) do TFUE. Todavia, a Comissão considera que o acordo não prevê obrigações concretas que vão além da cooperação para o desenvolvimento e do comércio. A Comissão considera, pois, que os artigos 207.º e 209.º, em conjugação com o artigo 218.º, n.º 5, do TFUE, são suficientes como base jurídica para a União Europeia proceder à assinatura do Acordo de Parceria e Cooperação. A Comissão reserva-se todos os direitos legais nesta matéria." DECLARAÇÃO DA ÁUSTRIA "A Áustria declara que, não obstante a obrigação de citar outras bases jurídicas materiais, o artigo 218.º do TFUE constitui a única base jurídica processual para a adoção de uma decisão relativa à assinatura ou de uma decisão relativa à celebração de um acordo da União. O artigo 218.º, n.º 8, do TFUE define as regras de votação no Conselho. A Áustria declara que por "comum acordo" se deve entender o acordo dos Estados-Membros exigido para a entrada em vigor do Acordo de Parceria e Cooperação." =================== 9931/12 mam/ll/jv 11