Intervenções locais para a Adaptação das florestas mediterrânicas às alterações climáticas na Europa
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- Eduardo Monteiro
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1 O Projecto CLIMADAPT Intervenções locais para a Adaptação das florestas mediterrânicas às alterações climáticas na Europa Paulo Silva Associação de Defesa do Património de Mértola
2 índice 1. O trabalho da ADPM ( ) 02. O projecto CLIMADAPT (alterações climáticas/biodiversidade/desertificação/cooperação/sinergias/) 03. Experiencias locais Centro de Sensibilização Ambiental Monte do Vento e Parque Natural do Vale do Guadiana 2 / 25
3 O trabalho da ADPM ( ) Desde a sua fundação em 1980, a ADPM tem desenvolvido uma estratégia de intervenção, com base na articulação entre a conservação da natureza e o desenvolvimento socioeconómico. A partir da necessidade de intervir em diferentes sectores que foram considerados cruciais para o processo de desenvolvimento da região, várias questões começaram a tomar forma e a serem consolidadas. Para fazer face à problemática foi necessário formar uma equipa interdisciplinar que trabalham juntos no projecto colectivo de Mértola, onde a participação dos actores locais tem sido um factor chave. 3 / 25
4 O trabalho da ADPM ( ) PROTOCOLO DE PARCERIA COM O WWF CENTRO DE ESTUDOS E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL DO MONTE DO VENTO 1995 Criação do PARQUE NATURAL VALE DO GUADIANA segundo PROCESSOS PARTICIPATIVOS UM CORDÃO VERDE PARA O SUL DE PORTUGAL 2004/ COOPERAÇÃO COM MOÇAMBIQUE - PROJECTO MONAPO: RUMO AO DESENVOLVIMENTO 2006/2007 MESTRADO EM ECONOMIA REGIONAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL em parceria com a Universidade do Algarve, Instituto Politécnico de Beja e Campo Arqueológico de Mértola PROJECTO FAJA III RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA FAIXA PÍRITICA IBÉRICA RESTAURO ECOLÓGICO DE LINHAS DE ÁGUA, em parceria com a CCDR Alentejo e a Junta de Andaluzia 4 / 25
5 O trabalho da ADPM ( ) 2008 EXPLORAÇÃO DE SISTEMAS AGRO-FLORESTAIS NA MARGEM ESQUERDA DO GUADIANA UMA ESTRATÉGIA PARA A SUSTENTABILIDADE NO MEIO RURAL 2009 MOSAICOS MEDITERÂNICOS: MODELO DE RESILIÊNCIA DOS ECOSSISTEMAS MEDITERÂNICOS (Agricultura, Floresta, Água, Biodiversidade, Alterações Climáticas) 2009 VALORIZAÇÂO DOS RECURSOS SILVESTRES DO MEDITERRÂNEO (Economia, Mercado, Produtos Endógenos) PROJECT FOR CLIMADAPT : ADAPTATION OF MEDITERRANEAN WOODLANDS TO CLIMATE CHANGE EFFECTS (Floresta, Alterações Climáticas) 5 / 25
6 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Fonte de Financiamento Período de implementação: Junho 2010 a Maio 2013 (36 meses) Parceria 6 / 25
7 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate 8 parceiros, 5 países MED Parceiros com competências adequadas Envolvimento dos actores chave na gestão florestal 7 / 25
8 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate O contexto/problemática Alterações climáticas: um fenómeno inevitável (IPCC 2009) Alterações já em curso Mediterrâneo: Uma das regiões mais afectadas segundo os cenários As comunidades internacionais e europeias exigem medidas mais eficientes de mitigação mas também de adaptação Gestores de áreas naturais/florestais sem soluções concretas Falta de transferência da investigação e conhecimento produzido para os actores locais/gestores Oportunidades e serviços em risco (biodiversidade, solo, paisagens, empregos rurais, protecção civil) 8 / 25
9 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Origens Várias experiencias e trocas de conhecimento da parceria: Problématique de la forêt méditerranéenne (IIC), RECOFORME, DESERTNET, MOONRISES (IIIB), FAJA (IIIA), OCR Incendi Workshops de preparação coordenados pela AIFM ( ) Prioridade para a nova década Necessidade de disseminação de boas práticas sobre reabilitação de habitats, engenharia ecológica, silvicultura Necessidade de adaptação das politicas locais 9 / 25
10 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Objectivos do projecto Implementar e fomentar praticas concretas de adaptação às alterações climáticas face declínio dos ecossistemas florestais, à erosão, fogos florestais, perda de biodiversidade. Mais precisamente sobre silvicultura adaptativa, reabilitação de áreas degradadas Envolvimento de diferentes actores e melhoria da gestão face à adaptação Melhoria da cooperação internacional e criação de redes de difusão de conhecimento Promover e disseminar resultados práticos Criação de processos standart dentro da Bacia do Mediterrâneo 10 / 25
11 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Actividades Grécia - NORTH AEGEAN REGION Lesvos island Colaboradores nacionais: Universidade Aegean e o departamento dos Serviços Florestais da região North Aegean. Território de intervenção: O território envolvido no projecto será a ilha Lesvos e especialmente Lesvos Oeste, com efeitos visíveis de desertificação. Descrição das actividades piloto: Recolha de dados para estimar as mudanças climáticas regionais, avaliação e recomendações de acções de mitigação e de adaptação. Actividades para sensibilizar e informar os cidadãos sobre as alterações climáticas. Focalização na questão dos incêndios florestais. 11 / 25
12 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Actividade Itália Região da Umbria (mountain community "Valnerina" (Terni).) Colaboradores nacionais: organizações públicas, privadas e actores locais, com actividades na prevenção de incêndios florestais. Território de intervenção: área administrativa da comunidade de montanha "Valle del Nera e Monte São Pancrácio. Regiões de Terni, Ferentillo, Arrone e Polino. Cadeia de relevos calcários na região sul da Ombria, ao longo do baixo vale do Rio Nera. O território é caracterizado por relevos muito acentuadas, cobertos por amplos ecossistemas florestais, representados por Quercus ilex e Pinus halepensis. Descrição das actividades piloto: definição de um modelo de organização local, levando à prevenção de incêndios florestais. 12 / 25
13 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Actividade Itália - Ente Parco Nazionale Del Vesuvio (Chefe de fila) Parque Nacional do Vesuvio (Man and Biosphere Reserve) Colaboradores nacionais: Gestores do território, população em geral, universidades Território de intervenção: O Vesúvio tem dois tipo de vegetação distintas. Uma característica de tipo mediterrânico termófilo, com muitos matos de Genista sp. e outra, mais húmida coberta por vegetação florestal mesófila, com predomínio de florestas mistas de Castanea sativa, Quercus ilex, Alnus sp. e Acer sp. Possui uma área de 8500 hectares com relevos acentuados cobertos por terrenos piroclásticos muito instáveis e que originam muitas vezes escorregamentos. Descrição das actividades piloto: Monitorizar e analisar as técnicas de engenharia natural que foram implementadas no passado de forma a estabelecer correlações entre a capacidade de estabilização das raízes e os diferentes tipos de solo, alterações climáticas, stress hídrico. 13 / 25
14 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Actividade França - Office National des Forêts (ONF) (Languedoc-Roussillon and Provence-Alpes-Cote d'azur Regions) Colaboradores nacionais: Organizações de proprietários florestais. Território de intervenção: Área de Grasse nos Alpes- Maritimos. Areas florestais de montanha com Pinus halepensis e Quercus ilex. Descrição das actividades piloto: Adensar a rede de observações dos ecossistemas florestais, incluindo a "fronteira", ou seja, as estações difíceis, as margens de distribuição e áreas de presença real. Experimentar várias técnicas de silvicultura, várias espécies (mesmo exóticas!). Foi feita uma visita a esta área piloto para observação de Cedrus sp. com diferentes idades. Realizou-se uma discussão sobre silvicultura adaptativa e sobre 14 / 25 espécies de substituição. Visitamos outra áreas com Abies sp. danificadas devido ao efeito das alterações climáticas.
15 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Actividade Portugal Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) CESAMB e PNVG Colaboradores nacionais: Autoridade Florestal Nacional, Ponto Focal CNCCD, produtores locais, organizações produtores florestais, Universidades e Institutos de Investigação. Território de intervenção: Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental Monte do Vento (CESAMB) e Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG). Áreas semi-áridas com predominância de matos monoespecificos de Cistus sp., montados de azinho e sobro, pastagens e áreas florestadas com Pinus pinea. Solos esqueléticos (Ex). Regime Torrencial. 15 / 25
16 Território de intervenção Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG)
17 Território de intervenção Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG) Actividades piloto PNVG Dimensão Social Avaliar a capacidade de aumentar a resiliência social face às alterações climáticas como medida de adaptação. Avaliar alterações nas épocas de sementeira e colheita de culturas agrícolas. Avaliação de novas culturas florestais adaptadas aos cenários traçados.
18 Território de intervenção Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento (CESAMB) Projecto de Demonstração do Monte do Vento ADPM adquiriu uma propriedade com 200 hectares com o objectivo de fazer a demonstração de boas práticas que proprietários e gestores podem adaptar de forma a conciliar agricultura, floresta e protecção da natureza numa lógica de desenvolvimento sustentável. Alguns dos exemplos de actividades demonstrativas que temos realizado: Promoção da biodiversidade através de acções de sensibilização e educação ambiental Acções de promoção de conservação e recuperação de solo Prevenção de riscos naturais (fogos, erosão) Fomento do potencial produtivo das propriedades com o objectivo de valorizar economicamente os recursos naturais existentes Utilização de financiamentos disponíveis aos proprietários (AGRO e RURIS)
19 Experiencias piloto Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento (CESAMB) Projecto de restauro florestal (110 hectares ) Objectivos 1. Minimização de riscos - Incêndios - Erosão - Desertificação 2. Ecologia e conservacionismo - Maximização da retenção de carbono - Restauração das funções hidrológicas florestais - Conservação das formações naturais mais ricas - Promoção das sucessões vegetais autóctones 3. Optimização produtiva - Instalação de culturas produtivas tradicionais, baseadas no uso extensivo dos ecossistemas mediterrânicos, personificados pela floresta de crescimento lento, com exploração de não lenhosos (cortiça, silvopastoricia, apicultura). - Aplicação de um Plano Orientador de Gestão adaptada à realidade socioeconómica local, que permita manter e conduzir o projecto.
20 Experiencias piloto Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento (CESAMB) RURIS Florestação de terras agrícolas Duas parcelas (azinheira e sobreiro) Área intervenção 35ha Data da instalação 2005 Parcela 1 arborização com sobreiro (16,29ha) Densidade de plantação Sobreiro 794 arvores/ha Faixas 7 x 7m Compasso 1,8 x 1,8m Exposição Norte Profundidade de ripagem 0,50m
21 Experiencias piloto Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento (CESAMB) AGRO Restabelecimento do potencial de produção silvícola Seis parcelas (silvopastorícia, sobreiro+medronheiro, regeneração natural+sobreiro+azinheira+medronheiro, azinheira, ripícolas, medronheiro) Área intervenção 75ha Data da instalação Parcela 4 Arborização de azinheira (11,33ha) Densidade de plantação azinheira 650 arvores/ha Faixas Sb 7 x 7m Compasso 2,2 x 2,2m Profundidade de ripagem 0,50m Exposição Sul Foram instaladas 1000 leguminosas arbustivas (Cytisus scoparius e Retama sphaerocarpa ou monosperma) Foram utilizados seis espécies de fungos ectomicorrizicos em inóculo. Este foi utilizado em azinheiras, sobreiros. Foi utilizado um inóculo de fungos endomicorrizicos (Glomus sp.) nas arbustivas e de fruto, excepto para o medronheiro.
22 Território de intervenção Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento (CESAMB)
23 Território de intervenção Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento (CESAMB) Actividades piloto Monitorização de perda de solo no projecto RURIS e AGRO Avaliação dos parâmetros biométricos das espécies instaladas e comparação com outras instalações florestais; Monitorização da fauna e flora presentes e comparação com outras áreas (particular enfoque em fungos, aves e leguminosas) Monitorização do projecto de restauro ecológico (engenharia natural) em cursos de água (taxas de sedimentação e favorecimento das espécies vegetais autóctones) Período de analise: 3 anos
24 Project FOR CLIMADAPT : Adaptation of Mediterranean woodlands to climate Antes da implementação das acções-piloto, os parceiros irão fazer um inventário dos efeitos das alterações climáticas nos seus territórios de intervenção. Este será útil para avaliar as acções mais tarde empreendidas. 24 / 25
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26 ADPM 30 Anos de Desenvolvimento Rural Sustentável Paulo Silva Largo Vasco da Gama, s/n Mértola t f
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