ILUSTRÍSSIMA SENHORA, DANIELA BORBA DE GODOY, MD PREGOEIRA DO SESCOOP/SP.

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1 ILUSTRÍSSIMA SENHORA, DANIELA BORBA DE GODOY, MD PREGOEIRA DO SESCOOP/SP. RECURSO ADMINISTRATIVO EDITAL Nº 002/2.018 PROCESSO LICITAÇÃO Nº GRÁFICA & EDITORA TRIUNFAL LTDA EPP, já qualificada no processo de Ata de Registro de Preços em epígrafe, por seu sócio Administrador, vem à presença de Vossa Senhoria, para tempestivamente, o que estatui o art. 109, 3º, da Lei nº 8.666/93, Lei Nº /02 e legislações pertinentes a espécie, propor o presente, RECURSO ADMINISTRATIVO, em face da decisão de Vsa; que desclassificou nossa empresa do certame, o que fazemos a partir dos fatos e fundamentos que passa a expor: I. DA TEMPESTIVIDADE. Destaca-se, ab initio, a tempestividade do presente recurso. Após o ato de desclassificação, nossa empresa ofereceu intenção de recorrer da decisão de desclassificação, dentro do prazo legal. RESUMO DOS FATOS O pregão em questão teve 14 (quatorze) participantes para a fase inicial, sendo que cada um dos participantes ao que consta cumpriu as determinações legais para o inicio da fase de lances. Ocorre que estranhamente ainda na fase de analise de propostas a nobre pregoeira classificou apenas os quatro primeiros colocados e desclassificou todos os demais licitantes, com fundamento no item 8.5 do Edital: 8.5. Serão consideradas desclassificadas do certame as propostas que, em razão dos critérios definidos nos subitens 8.2 e 8.3 deste edital, não integrarem a lista de classificadas para a fase de lances Será classificada para a fase de lances a proposta de menor preço e aquelas que não excederem a 15% (quinze por cento) do seu valor. 1

2 8.3. Quando não forem classificadas, no mínimo, três propostas na forma definida no subitem anterior, serão classificadas para a fase de lances sempre que atenda às demais condições definidas no edital, a de menor preço e as duas melhores propostas subsequentes. RAZÕES DA REFORMA Pois bem, se levarmos em consideração que o procedimento adotado pela nobre pregoeira, fosse aos moldes do pregão presencial, tudo bem, porém se trata de pregão eletrônico, cujas regras não admitem este tipo de procedimento, uma vez que como se pode aferir no próprio sistema consta como critério de seleção: TODAS AS PROPOSTAS, isso em 22/03/2.018, p.p as 11:08:31. Leve-se em consideração ainda que no ano passado o SESCOOP/SP utilizou a modalidade de pregão presencial, sendo que este ano lançou mão da modalidade Pregão eletrônico e por certo houve equivoco na elaboração do edital e condução do procedimento. Portanto os itens do edital 8.2, 8.3, 8.5, 8.6, 8.7 e 8.8, são típicos da modalidade de pregão presencial, pois co mo já dito se admitido todos os participantes que ofertaram propostas iniciais, a rigor todos estes estariam habilitados para a fase de lances e não foi isso que ocorreu, maculando assim totalmente o pregão eletrônico em questão. 2

3 Com a devida vênia, não cabe a nobre pregoeira, ainda que com embasamento equivocado do edital, desclassificar os demais licitantes na fase de analise de propostas, pois deve ser facultada a TODOS os participantes do pregão a possibilidade de ofertar seus lances. A Administração Pública, por estar adstrita à indisponibilidade de interesse público, não possui plena liberdade na gestão da coisa pública, devendo sempre observar os comandos previstos no ordenamento jurídico. DA ANULAÇÃO DO PREGÃO A licitação pública é um procedimento obrigatório para o Poder Público quando pretende realizar contratos para adquirir, locar, alienar bens, contratar a execução de obras ou serviços. Esse foi o método adotado para se evitar desvio no objetivo principal do processo, qual seja da contratação da proposta que melhor se adéqüe ao interesse público. Nesse contexto, os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade e da isonomia assumem importante papel para inibir e auxiliar no controle de atos que conflitem com essa finalidade pública da licitação. Outrossim, consoante ensina a professora Fernanda Marinela, os princípios da moralidade e da probidade administrativa exigem a observância dos padrões éticos e morais, da correção de atitudes, da lealdade e da boa-fé. A legalidade é princípio fundamental em qualquer Estado de Direito, porquanto o Poder Público estará sujeito aos mandamentos previstos em lei (lato sensu). Ocorre que, como visto anteriormente, na Administração Pública, vigora o princípio da indisponibilidade do interesse público, que é determinado exatamente pela lei. Por esse motivo, o princípio da legalidade assume duas diferentes faces: para os particulares, a regra é a da autonomia da vontade, facultando-se fazer tudo aquilo que a lei não proíba, por outro lado, quando se trata da administração pública, só lhe é dada a possibilidade de fazer aquilo que a lei determine ou autorize. Assim sendo, ato administrativo praticado com afronta à lei deverá ser decretado inválido pela própria administração autora do ato ou pelo Poder Judiciário, mediante provocação. É esse o sentido do artigo 49 da Lei 8.666/93 ao dispor que a autoridade competente pela licitação deverá anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. 3

4 Observa-se, pois, que a administração, em face de seu poder de autotutela, poderá de ofício anular atos viciados, entendimento esse reforçado pelo enunciado da súmula do STF: Súmula A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. A anulação poderá ser total ou parcial, atingindo apenas um determinado ato do procedimento licitatório. Em qualquer caso, operará efeitos ex tunc, retroagindo ao momento de exarado. Por isso mesmo que, nulo o processo licitatório, também o será o contrato firmado. Conforme acima exposto, bem como o prejuízo causado aos demais participantes, pois lhe foram tolhidos o direito a participar do certame (fase de lances), inegável também prejuízo a administração pública, pois por certo não obteve a melhor proposta (menor preço global), ferindo assim os princípios que norteiam a administração pública. Ante o exposto, e com fulcro nas razões alinhavadas, verifica-se que mantido como vencedor a empresa MARQUINHOS ARTES GRÁFICAS LTDA EPP, causa flagrante ofensa não só ao Princípio da Isonomia, mas, principalmente, aos Princípios da que norteiam a administração pública e o da livre concorrência e do Julgamento Objetivo das Propostas, ambos constantes do artigo 3º, da Lei nº 8.666/93, e Lei nº /02, os quais vinculam tanto a Administração Pública quanto os administrados. Há, portanto, inconteste risco à segurança da contratação administrativa, visto que todos os demais participantes tiveram tolhido o direito a participar da fase de lances, pois como já dito, houve a classificação de apenas 04 participantes para a fase de lances com base no equivocado edital, uma vez que a luz da legislação que rege a modalidade de pregão eletrônico, todos estariam aptos a efetuar seus lances. Tendo em vista o acima colacionado, demonstramos que houve inversão da ordem e desclassificação do demais participantes ainda na fase de análise de propostas, razões estas que justificam a anulação do pregão eletrônico em questão. OS PEDIDOS Por todo o exposto, requer: a) O conhecimento do presente recurso para que, em seu mérito, seja julgado procedente para ao final ser declarado nulo o pregão eletrônico nº

5 b) Acaso Vossa Senhoria entenda que a decisão que julgou vencedora a empresa MARQUINHOS ARTES GRÁFICAS LTDA EPP não deva ser reformada, requer sejam os autos encaminhados à Autoridade Competente para apreciação do pedido. PEDIDO ALTERNATIVO C) Assim não entendendo a Nobre Pregoeira, requer seja determinado o retorno do Pregão a fase de análise de propostas e o REFAZIMENTO dos atos eventualmente anulados a partir da etapa imediatamente anterior em que ocorreu o vicio apontado, para conseqüente prosseguimento do pregão. Assis/SP 26 de Março de Termos em que Pede e aguarda Deferimento; Juliano Seike Monteiro CNPJ: / CPF: Sócio Administrador 5