Patrimônio Imaterial
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- Heitor Araújo de Lacerda
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1 Patrimônio Imaterial fortalecendo o sistema nacional
2 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN Brasília,
3 PATRIMÔNIO IMATERIAL 2014 IPHAN A reprodução desta publicação, na íntegra ou em parte, é permitida desde que citada sua fonte. Publicado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Inspire Gestão Cultural (Inspire EAD). Organização: Lucas dos Santos Roque e Maria Helena Cunha Produção: Christiane Birchal Inspire Gestão Cultural Revisão técnica: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Setor de Cultura da Representação da UNESCO no Brasil Revisão editorial e projeto gráfico: Unidade de Comunicação, Informação Pública e Publicações da Representação da UNESCO no Brasil Brasil. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Patrimônio imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília : IPHAN, p. Incl. Bibl. ISBN: Patrimônio cultural imaterial 2. Brasil I. Título Esta publicação é parte de ação coordenada entre o Programa Regular da UNESCO Capacity Building on Living Heritage ( BRZ) e o Projeto de Cooperação Técnica Difusão da Política do Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil (914BRZ4012), entre o IPHAN e a Representação da UNESCO no Brasil, e visa a contribuir na gestão integrada da política de promoção e salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. Os autores são responsáveis pela escolha e pela apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo desta publicação não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites. 2
4 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL SUMÁRIO PREFÁCIO...5 APRESENTAÇÃO...7 CORDEL: Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional Eliane Franco Pereira INTRODUÇÃO Lucas dos Santos Roque e Maria Helena Cunha Um breve histórico: do curso à publicação Sistema Nacional de Patrimônio Imaterial: conquistas e desafios Educação a distância (EAD): desafios de um processo formativo PATRIMÔNIO IMATERIAL: Fortalecendo o Sistema Nacional Tratando de conceitos Mônia Silvestrin Referências bibliográficas Fórum de discussão a Instrumentos e práticas de salvaguarda (Turma 1) Márcia Sant Anna Referências bibliográficas Fórum de discussão b Instrumentos e práticas de salvaguarda (Turma 2) Rívia Bandeira Referências bibliográficas Fórum de discussão Instrumentos de gestão e políticas de fomento Maria Elizabeth Costa Referências bibliográficas Fórum de discussão Convenção da UNESCO de 2003 Lucas dos Santos Roque Referências bibliográficas Fórum de discussão Participação e gestão do patrimônio Letícia Vianna Referências bibliográficas Fórum de discussão
5 PATRIMÔNIO IMATERIAL 2.6 Legislação brasileira (PNPI, estados e municípios) Mário Pragmacio Referências bibliográficas Fórum de discussão Intersetorialidade, patrimônio e desenvolvimento Juliana Santilli Referências bibliográficas Fórum de discussão AVALIAÇÕES E CONSIDERAÇÕES SOBRE O CURSO FICHA TÉCNICA
6 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL PREFÁCIO UNESCO e IPHAN: princípios e estratégias em alinhamento para salvaguarda e promoção do Patrimônio Imaterial A proposição e a implementação de políticas públicas com foco no Patrimônio Imaterial, em sinergia com princípios e instrumentos normativos da UNESCO, vêm conferindo um papel de destaque ao Brasil, a exemplo do Decreto n 3.551/2000 1, voltado ao Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem o Patrimônio Cultural brasileiro. Esse protagonismo na concepção e na instituição de um instrumento legal que mobiliza o Estado para conhecer e registrar passos fundamentais para proteger e promover as formas de expressão do Patrimônio Imaterial, influenciou a conformação da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial 2, aprovada pela UNESCO em 2003 e já ratificada por mais de 150 países. Em meio ao fenômeno da crescente massificação cultural, ocorrido nas últimas décadas, perceber a importância e ativar mecanismos para preservação e promoção das tradições populares, os saberes, as manifestações culturais e lugares onde elas se realizam, significou não somente um avanço setorial no campo em questão, mas um alinhamento a políticas mais amplas de valorização da cidadania e respeito à diversidade cultural. Grandes desafios têm se interposto à efetivação dessas políticas, dos quais podemos mencionar a articulação federativa mediante a dimensão do território e a complexidade dos marcos e instrumentos legais, tendo-se em vista as limitações existentes para profissionalizar a gestão local. Mais recentemente, os impactos causados por intervenções em grande escala, afetando diversas comunidades, vêm exigindo novos arranjos institucionais, físicos e simbólicos, que assegurem sustentabilidade ao processo de desenvolvimento e crescimento econômico. 1. BRASIL, BRASIL,
7 PATRIMÔNIO IMATERIAL Temos nos alinhado a algumas ações do IPHAN em prol da expansão do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial, especialmente por meio de estratégias que envolvem o fortalecimento de instâncias regionais e locais, ao mesmo tempo em que visualizamos um movimento de aproximação entre tais políticas e outras áreas, pela transversalidade de algumas temáticas. Nesse contexto, as experiências para difusão de conteúdos e capacitação de agentes e gestores locais, das quais temos participado desde o ano de 2008, em parceria com o IPHAN, vêm se confirmando como uma estratégia bem-sucedida para disseminar os princípios gerais, as políticas e os instrumentos de identificação, documentação e salvaguarda do Patrimônio Imaterial. A experiência mais recente, que referencia essa publicação, mobilizou diretamente 400 pessoas, selecionadas a partir de mais de três mil inscrições, envolvendo as instâncias públicas estadual, municipal e sociedade civil, em todos os estados brasileiros. Sua dinâmica, a exemplo das referidas edições anteriores, tem contribuído para o diálogo entre especialistas, gestores locais e demais agentes, favorecendo o debate e consequentes respostas a demandas tão distintas, distribuídas pelo país. Torna-se gratificante compartilhar os conteúdos resultantes dessa ação com os leitores, na expectativa de que possam, por sua vez, atuar para a multiplicação de iniciativas que venham a fortalecer o tema dentro do conjunto das políticas públicas brasileiras para o desenvolvimento sustentável. Representação da UNESCO no Brasil 6
8 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL APRESENTAÇÃO Disseminando a política de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial A comemoração dos dez anos da Convenção de 2003 da UNESCO para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial 3 é um momento apropriado para promover a reflexão e fortalecer capacidades em torno da política brasileira de salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, tendo como foco a sua descentralização e o aumento da escala de participação de estados, municípios e sociedade civil. Após mais de uma década da assinatura do Decreto n 3.551/2000 4, que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem Patrimônio Cultural brasileiro e criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, em âmbito federal, verifica-se um grande avanço profissional no setor e a criação de ações de mapeamento, inventários de referência cultural, pesquisas para registros de bens, editais para financiamento. Entretanto, grande parte dessas ações ainda está muito restrita à área federal e, apesar de estados e municípios se mobilizarem para a criação de suas legislações concorrentes sobre o assunto, é cada vez mais evidente a necessidade de se aumentar o alcance da política e incentivar a formação de profissionais que tenham a percepção ampla de todo o processo, e que possam responder, de forma mais reflexiva e efetiva, a essa nova demanda em seus estados e municípios. Ao optar pela edição de um curso livre a distância (EAD) com o tema Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional, por meio do Projeto Difusão da Política do Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil, parceria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com a Representação da UNESCO no Brasil, pretendeuse levar os conceitos e instrumentos, que já estão consolidados no âmbito federal, para as demais esferas de governo, buscando-se também a participação fundamental de organizações não governamentais e indivíduos com interesse na área, em todo território nacional. Experiências anteriores na mesma área tiveram bastante êxito, tais como: o Curso Patrimônio Imaterial: Política e Instrumentos de Identificação, Documentação e Salvaguarda, realizado, em duas turmas, em 2008 e 2009, e aquele realizado pelo Centro 3. Idem. 4. BRASIL,
9 PATRIMÔNIO IMATERIAL Regional para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da América Latina (CRESPIAL), em 2011, que versava sobre Registro e Inventário do Patrimônio Imaterial. Apesar da divulgação realizada somente junto às redes sociais, houve uma grande procura, com mais de três mil inscrições, o que determinou a realização de mais uma turma, e deixou claro que há interesse e necessidade de ações desse tipo. O IPHAN acredita que a realização dos cursos e a publicação do seu conteúdo, que ora é colocado à disposição, oferecerá a um público mais amplo de profissionais as informações necessárias para a difusão da política e da legislação do PCI, consolidando e fortalecendo o Sistema Nacional de Patrimônio e, em consequência, o próprio Sistema Nacional de Cultura. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) 8
10 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL CORDEL Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional Eliane Franco Pereira Assistente social, aluna da Turma 2 I A meus colegas vou falar, Aos professores vou contar, Nesse cordel audacioso, Que irei confabular. II Vocês nem imaginam, Como me dá aflição, Escrever essas palavras, Cheias de muita emoção! III Pensem o quanto é bom! Conhecer a grandeza, Do patrimônio imaterial, Em EAD, ó que beleza! IV Muitas informações, E conteúdos também, Riquezas por demais! Os comentários contêm. V Ah! Ia me esquecendo, Do que estou falando, É do curso do IPHAN, Inspire EAD aproximando. VI IPHAN e UNESCO unidos, Na luta para preservar, Os Patrimônios Imateriais, Inspire EAD veio encampar! VII Planos de salvaguarda, A PCIs miscigenados, Legados dos ancestrais, Também sincretizados! VIII Tomamos cafezinhos, Sem importar a hora, Ana, tutora valente! Estava no aqui e agora! IX Tamanha envergadura! Nas retóricas procedentes, Comentadas em pouco tempo, Tão corrido como o vento. X Adaptação e Ambientação em EAD, Que a Patrícia Faria orientou, E Tratando de Conceitos, A Mônia Silvestrin ensinou! XI Instrumentos e Práticas de Salvaguarda, Tivemos Rívia Bandeira de Alencar, Instrumentos de Gestão e Práticas de Fomento, Elizabeth Costa! Dinâmica no comentar. XII Convenção 2003 UNESCO, Sabem quem foi o doutor? O Lucas dos Santos Roque, Que é um mestre de valor! XIII Participação Social dos atores, E Gestão do Patrimônio Imaterial, Letícia Costa Rodrigues Vianna, Levantou questões da política cultural. XIV Legislação Brasileira, ó gente! Mário Pragmácio regente, PNPI, estados e municípios, Eita! Dominou legalmente! XV Intersetorialidade, Patrimônio, E Desenvolvimento também, Juliana Santilli é competente! Empoderamento..., ela tem! XVI Algumas colegas marcantes, Com uma forte mentalidade, Pra não ser injusta com os outros, Eu não falo a identidade. XVII Cursamos Patrimônio Imaterial, Fortalecendo o Sistema Nacional Viajamos em EAD pelo Brasil, Foi bastante sensacional! XVIII Só temos a agradecer, Pela boa oportunidade, Que a coordenação técnica, Concedeu-nos com a verdade. XIX E agora pessoal! E aí? O curso chegou ao fim. Só vai deixar saudade, ai! O peito aperta em mim. XX No meu cofo de segredos, Guardo todos com afeição, Desculpem a rima truncada, Mas estão no meu coração! Cururupu (Ma), 14/07/2013 9
11 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL 1 Introdução Lucas dos Santos Roque Coordenador de conteúdo Maria Helena Cunha Coordenadora pedagógica A publicação Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional é resultado da organização do conteúdo de duas turmas do curso homônimo realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pela Representação da UNESCO no Brasil, por meio do Projeto Difusão da Política do Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil e oferecido na modalidade a distância pela plataforma Inspire EAD. O curso foi realizado entre os meses de março e julho de 2013 e contou com a coordenação de conteúdo de Lucas dos Santos Roque, com a coordenação técnica e pedagógica de Maria Helena Cunha e com a participação de vários especialistas que ministraram as disciplinas de temas específicos. 1.1 Um breve histórico: do curso à publicação Em uma rápida retrospectiva histórica, o curso Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional, durante o seu processo de inscrições, superou as expectativas iniciais com relação às 200 vagas gratuitas oferecidas inicialmente para profissionais de todo o país, pois as inscrições alcançaram um número superior a 3,3 mil pessoas. A primeira turma do curso teve início em março de 2013, mas essa demanda muito superior ao previsto inicialmente levou aos organizadores do curso a considerarem a necessidade de estruturação de uma segunda turma, que teve início em maio de 2013, um pouco depois da finalização da primeira. O processo de seleção teve como base os critérios definidos em conjunto entre as instituições realizadoras e os organizadores do curso, com a perspectiva de orientar os membros da comissão de todo o processo seletivo. Para tanto, na primeira turma levou-se em consideração, prioritariamente, profissionais com atuação na área específica, tendo como perspectiva um melhor aproveitamento e aplicabilidade do curso. Assim, foram selecionados a partir da definição do perfil de público, considerando a proporcionalidade por segmento (experiência/função) e a proporcionalidade regional, além de critérios específicos, como o envolvimento com a base social e no 11
12 PATRIMÔNIO IMATERIAL campo do Patrimônio Cultural Imaterial (PCI); sujeitos com potencial de multiplicação do conhecimento adquirido; profissionais de regiões/municípios onde há bem inventariado, em processo de registro e/ou registrado, onde não há nenhuma instituição de preservação/salvaguarda de patrimônio e municípios considerados estratégicos. Dessa forma, considerando que o foco principal do curso foi estabelecer um processo que levasse ao fortalecimento do Sistema Nacional de Patrimônio Imaterial, e diante do número excessivo de inscrições recebidas, optou-se por abrir a segunda turma, com perfis de alunos mais diversificados com relação aos segmentos de atuação em comparação à primeira. Essa forma de estruturação propiciou a manutenção do foco da primeira turma mais concentrado na estruturação do Sistema Nacional, com representantes dos estados e municípios, e na segunda turma com a ampliação dos atores envolvidos no processo de salvaguarda do Patrimônio Imaterial, a saber: pesquisadores, membros de ONGs e estudantes, dentre outros. No total, foram selecionados 418 alunos, com representação de praticamente todos os estados brasileiros, Distrito Federal, capitais e cidade do interior dos estados, como podemos ver no relato de um dos participantes: Para mim, que moro num município do interior do RS, foi uma oportunidade muito importante poder fazê-lo a distância, pois se fosse semipresencial, já não teria condições de participar. Desejo que muito em breve eu possa fazer um curso de pós-graduação a distância, para conseguir me instrumentalizar ainda mais sobre patrimônio. (Turma 1) Reiteramos que a excessiva procura para a realização do curso demonstra a dimensão e a importância que a temática do Patrimônio Imaterial têm ganhado em todo o Brasil. Essa constatação ressalta a importância desta publicação, que tem como um de seus principais objetivos a disponibilização do conteúdo gerado para o curso e durante a sua realização, o que significa ampliar a capacidade de alcance e circulação de conhecimentos específicos para além dos alunos que tiveram a oportunidade de acesso gratuito ao curso, suprindo uma deficiência no setor cultural, no que diz respeito às referências bibliográficas. O depoimento abaixo corrobora a importância de se disponibilizar o conteúdo do curso para um número maior de pessoas da área: O curso trouxe muitos conceitos e reflexões que contribuíram para um maior esclarecimento sobre o Patrimônio Cultural Material e Imaterial. Os textos, embora eu não tenha conseguido ler tudo, são de uma riqueza muito grande e que servirá de consulta para os trabalhos que realizo. (Turma 1) O conteúdo desta publicação tem como base as informações e os dados gerados desde o processo de seleção até a conclusão das duas turmas. Para tanto, foram considerados os questionários de avaliação respondidos pelos alunos, o resultado conceitual gerado durante os fóruns de debates, estabelecidos por professores e alunos na plataforma, bem 12
13 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL como a veiculação dos textos referenciais produzidos pelos professores responsáveis pelas disciplinas. 1.2 Sistema Nacional de Patrimônio Imaterial: conquistas e desafios A realização do curso a distância Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional e, consequentemente, a produção desta publicação têm como objetivo fortalecer as capacidades locais para estruturação e execução de políticas de Patrimônio Imaterial nos estados e municípios brasileiros, por meio da capacitação de gestores culturais para atuarem na salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial legislação, identificação, reconhecimento, apoio e fomento à sustentabilidade. Para a estruturação conceitual do curso, levou-se em consideração que é fato inegável o avanço das políticas públicas de preservação do Patrimônio Cultural brasileiro nas últimas décadas. Um importante marco nesse sentido foi a ampliação da noção de Patrimônio Cultural, a qual passou a considerar não somente os aspectos materiais das manifestações culturais, mas também suas dimensões natural e imaterial. Essa ampliação, consolidada nas últimas décadas do século XX, demandou, por sua vez, que fossem implementados novos instrumentos de pesquisa e arcabouços jurídicos que garantissem a salvaguarda dos bens culturais sob essa perspectiva ampliada. É nesse contexto que se dá a criação do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI), por meio do Decreto n 3.551, de , o qual instituiu o Registro como instrumento de proteção e salvaguarda dos bens de natureza imaterial. Ainda de acordo com esse Decreto, em seu artigo 2º: São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro: I. O Ministro de Estado da Cultura; II. Instituições vinculadas ao Ministério da Cultura; III. Secretarias de Estado, de Município e do Distrito Federal; IV. Sociedades ou associações civis. Torna-se evidente a possibilidade e a necessidade do envolvimento dos diferentes entes federados e da sociedade civil nos processos de instauração de Registro, ainda que a instrução desses processos deva ser supervisionada pelo IPHAN, e na própria implementação do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial. Considerando as características dos bens de natureza imaterial saberes, fazeres, celebrações e formas de expressão assim como o processo de abertura para a implementação de processos participativos, toda a Política de Patrimônio Imaterial está baseada na participação e no protagonismo das comunidades detentoras no processo de pesquisa, inventário e implementação das ações de salvaguarda. 5. Idem. 13
14 PATRIMÔNIO IMATERIAL Nota-se que, diferentemente das políticas voltadas para a preservação do Patrimônio Material, o processo de Registro é considerado não somente como um ato administrativo, mas, também, como um ato social, o qual vem carregado dos vários sentidos dados pelos envolvidos nesse processo: poder público, comunidade detentora, ONGs, dentre outros. Além disso, a efetividade das ações de salvaguarda está diretamente associada à forma de condução dessas ações e ao envolvimento direto da comunidade detentora. Esse caráter participativo, expresso tanto no Decreto n 3.551/ quanto no PNPI, fez com que essa noção de Patrimônio Imaterial fosse amplamente difundida para todos os entes federados, bem como entre as ONGs e nas comunidades detentoras. Pode-se dizer que a noção da importância dos bens de natureza imaterial (seja esta ou não a denominação utilizada nos discursos) é atualmente reconhecida por grande parte da população do país. Entretanto, o reconhecimento da importância do Patrimônio Imaterial não se converteu necessariamente em implementação de políticas de salvaguarda em âmbito estadual e municipal. O cenário que se tem hoje no país é da existência de profundas desigualdades em relação à implementação de políticas públicas de salvaguarda do Patrimônio Imaterial e de consolidação do Sistema Nacional de Patrimônio Imaterial. Assim, tendo como premissa que a salvaguarda do Patrimônio Imaterial é realizada, em última instância, pelas comunidades portadoras, o curso e a publicação Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional buscam aprofundar o entendimento do papel das comunidades em todo o processo de planejamento e execução das políticas públicas de gestão e promoção desse tipo de patrimônio. Também enfocam a questão da legislação sobre o patrimônio, tratando dos principais aspectos e utilizando estudos de caso nos âmbitos internacional com a análise de um importante marco para a consolidação da ideia de Patrimônio Imaterial, que foi a Convenção de 2003 da UNESCO, nacional, estadual e municipal. A perda e os riscos a que estão submetidas as manifestações do Patrimônio Imaterial são também enfocados como conteúdo, bem como o papel do Estado na sua salvaguarda. Tem-se o contraponto dos principais instrumentos de preservação do Patrimônio Cultural brasileiro, a saber: inventário; registro; planos de salvaguarda; políticas de incentivos fiscais; educação patrimonial; e listas UNESCO; também são abordados conteúdos que apresentam as suas características, seus alcances, seus impactos e suas potencialidades. A dinamicidade, as interações com aspectos de identidade, o território e o meio ambiente são algumas das dimensões que compõem os bens de natureza imaterial, e tratar desses temas e manifestações tão dinâmicos em um formato de curso a distância, para um público que abrange todo o território nacional e, em seguida, transformá-lo em uma versão para a publicação, são desafios postos sob o ponto de vista metodológico e da organização de conteúdos. 6 Ibid. 14
15 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL No que diz respeito ao conteúdo, dar voz aos participantes é fundamental para a avaliação dos caminhos escolhidos, pois quando se escuta que o curso me capacitou para melhor trabalhar com as comunidades e falar com mais propriedade sobre o Patrimônio Imaterial, nos permite auferir que os resultados foram positivos, e que a ampliação do acesso às informações geradas é necessária como uma iniciativa democrática e contribuirá para o fortalecimento do Sistema Nacional. Assim, continuamos com o depoimento de um dos alunos: Eu achei o curso muito esclarecedor, os professores excelentes, e o material disponibilizado igualmente satisfatório. O curso ultrapassou as minhas expectativas, aumentando ainda mais minha conscientização com relação ao Patrimônio Imaterial, e a vontade de contribuir para a salvaguarda dos bens imateriais. (Turma 1) A resolução desse desafio se deu com a participação de especialistas em cada um dos temas abordados e com a utilização de diferentes tipos de materiais de apoio. Esses materiais, associados às discussões estabelecidas nos fóruns, promoveram a troca de experiências, o aprofundamento do conhecimento acerca dos conceitos e dos instrumentos relacionados ao tema. Identifica-se como desdobramento do curso a ampliação do acesso ao conteúdo por iniciativa dos próprios alunos, quando um deles afirma: que dispus o conteúdo do curso e os textos para os membros da equipe que trabalha comigo (arquiteta, historiadora e estagiários de arquitetura e história) e repassei para os membros do Conselho de Patrimônio como forma de difusão do conteúdo curso, em uma ação multiplicadora. (Turma 1) Essa é uma das iniciativas que são incentivadas pelo formato de educação a distância, quando os alunos extrapolam o ambiente virtual e compartilham os conhecimentos adquiridos durante a realização do curso, cumprindo o papel de multiplicadores de um processo formativo. Em uma perspectiva de continuidade, outro aluno afirma sobre essa possibilidade: O assunto é muito novo pra mim e não tenho o conhecimento necessário sobre o Patrimônio Imaterial da minha região. Acho interessante montar um grupo de estudo para provocar discussões, reflexões e trocas com outros que também se interessam pelo assunto no meu município. (Turma 1) 1.3 Educação a Distância (EAD): desafios de um processo formativo Como dito anteriormente, foi um grande desafio trabalhar conceitualmente os diversos conteúdos dentro de um formato de curso que abrangesse grande parte da discussão em torno do tema Patrimônio Imaterial conteúdos que, pela própria natureza, são dinâmicos e complexos. No entanto, esse desafio torna-se ainda mais evidente quando 15
16 PATRIMÔNIO IMATERIAL se trata de um curso no formato a distância (EAD) com a perspectiva de alcançar um público de abrangência nacional, tendo que considerar a própria diversidade cultural brasileira, além das questões sociais, políticas e econômicas. Superados os desafios conceituais e metodológicos para a realização do curso a distância Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional, é importante ressaltar que a EAD no Brasil tem sido uma ferramenta de formação profissional que tem proporcionado condições reais de acesso a conhecimentos específicos para um grande número de pessoas distantes dos grandes centros urbanos, o que significa investir na democratização do direito de aquisição de saberes, como fonte de construção da cidadania. É preciso considerar que vivemos em um país de grandes extensões territoriais e com uma diversidade cultural extraordinária, o que faz da aprendizagem virtual uma das principais oportunidades de acesso à educação formal e informal de vários profissionais. Um dos participantes do curso reafirma em sua avaliação que: Só mesmo [para] reforçar meus cumprimentos pela iniciativa e dizer que esta ação traz um grande fortalecimento, principalmente aos municípios do interior, como o nosso, que necessitam muito deste tipo de atividade para o alcance de melhores resultados em seu trabalho e maior integração com os demais. (Turma 1) As novas tecnologias da informação e a metodologia de ensino para EAD tornaram-se ferramentas facilitadoras que garantem um processo contínuo de formação, por meio da aprendizagem colaborativa e do compartilhamento de ideias e reflexões coletivas, incentivando a participação ativa e a interação permanente entre os participantes e seus pares profissionais. O envolvimento completo de um aluno no curso permite que ele extrapole o ambiente exclusivo da plataforma e crie oportunidade de dar continuidade aos seus estudos e à busca de conhecimento: O fato de exercitar o pensamento de acordo com o conhecimento me deu muita vontade de voltar a estudar. Foi uma vivência especial em um momento em que necessitava de renovação, desmistificando, inclusive, o estudo à distância, que é uma oportunidade incrível na contemporaneidade. Gosto de fazer parte e de estar integrada a isso. Gostaria de continuar debatendo alguns temas e dúvidas específicos no trabalho prático, como poderei fazer? (Turma 1) Nesse espaço virtual, é possível interagir alunos, monitores, professores, coordenadores para trocas de experiências e construção de conhecimento comum entre os pares profissionais, criando condições para a formação de redes de cooperação a partir de um ambiente de estudo que tem como princípio o processo formativo na diversidade. Nem sempre a tecnologia torna-se uma ferramenta virtual de estudos amigável e compatível com o perfil de alunos, tanto que um dos alunos da primeira turma expõe o seu problema: 16
17 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL É a primeira vez que participo de um curso nesta modalidade e, pelo que percebo, a interação entre as pessoas não é um aspecto fácil de resolver; ocorre que, considerando o meu ritmo de vida e de trabalho, minha autoavaliação diz que não estou conseguindo alcançar a minha própria expectativa com relação ao aproveitamento do curso, portanto, não tenho sugestões a fazer. (Turma 1) A escolha por uma metodologia de formação a distância busca responder às necessidades de uma formação continuada e estimula o compartilhamento do seu conteúdo com outros profissionais à sua volta, principalmente, quando se trata do mesmo ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, tem a capacidade de incentivar o acompanhamento dos profissionais nos desafios e atividades cotidianas, motivando-os no desenvolvimento de seus trabalhos. Isso é visto no depoimento de um dos alunos do curso, que entre outros, afirma: Tenho a dizer que este curso foi um verdadeiro aprendizado para mim. Atualmente, trabalho na Secretaria de Turismo do município e todo conteúdo do curso partilhei em forma de oficinas para os nossos funcionários. Foi um verdadeiro sucesso. (Turma 2) De forma mais específica, com a relação à metodologia dos cursos a distância realizados pela plataforma Inspire EAD, é seguido o modelo pedagógico em que metade das atividades envolve autoinstrução (leitura de textos e artigos de especialistas), e a outra metade envolve aprendizagem colaborativa e a criação de uma comunidade virtual, por meio da participação de um fórum de debates entre professores e alunos. Além disso, são disponibilizados outros espaços na plataforma para a complementaridade da busca de interatividade e conhecimentos, como o Cafezinho, espaço de diálogos informais e área para cadastro de perfil dos participantes, com o objetivo de integração dos alunos, documentos específicos para a turma, notícias e midiateca, que é uma biblioteca digital multimídia. Neste último item, uma dos participantes relata a seguinte experiência com a plataforma: Em geral, tirando as particularidades já mencionadas, estou bastante satisfeita com o curso, inclusive [destaco] a midiateca, que nos fornece o acesso a conteúdos com primazia e com riqueza de conhecimentos, como também todos os conteúdos que são postados pelos professores em suas aulas as quais já participamos. (Turma 2) O que norteou a construção da plataforma foi o estabelecimento de um ambiente em que todos possam navegar e acessar os conteúdos facilmente e, posteriormente, discutir os temas apreendidos no fórum de debates, junto aos professores. Assim, para alcançar um maior número de pessoas na diversidade territorial em todo o Brasil, independentemente da região, de norte a sul, no interior ou nas capitais, estruturou- -se uma plataforma de navegação simples, amigável e sem muitos recursos visuais e pirotecnias que possam dificultar o acesso em determinadas localidades. 17
18 PATRIMÔNIO IMATERIAL Dessa forma, consideramos que os recursos tecnológicos aplicados à informação e à comunicação funcionam como facilitadores do processo de aprendizagem, incentivando a participação ativa e a interação permanente, como forma de ampliação e compartilhamento de conhecimentos diferenciados. Assim, a realização das duas turmas do curso Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional tornou-se mais do que uma oportunidade para contribuir e participar da divulgação do conteúdo sobre o Patrimônio Cultural brasileiro e fortalecer, mais especificamente, o Sistema Nacional de Patrimônio Imaterial, mas também de criar as condições para dar continuidade ao trabalho de formação do profissional de cultura. Neste momento, cumprindo um dos objetivos da iniciativa, colocamos à disposição de um maior número de pessoas o acesso a todo o seu conteúdo, por meio desta publicação. 18
19 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL 2. Patrimônio Imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional Para a realização das duas turmas do curso, foi estruturado um conjunto de disciplinas, as quais são apresentadas neste tópico, como o conteúdo principal desta publicação. Além do texto principal do autor/professor e suas respectivas referências bibliográficas, foi incluída uma síntese do fórum de discussão realizado entre alunos e professores na plataforma Inspire EAD, com o objetivo de compartilhar uma parte do debate estabelecido em torno dos temas específicos de cada disciplina. O curso tem como aula inicial a disciplina de Adaptação e Ambientação em EAD, ministrada pela professora Patrícia Faria. O seu objetivo é oferecer o instrumental adequado para uma aprendizagem virtual e estabelecer uma relação amigável com a tecnologia. Objetiva também analisar os vários pontos da plataforma do curso, otimizar a utilização de seus recursos e explicitar a metodologia de aprendizagem adotada. Por fim, visa a apresentar o curso, detalhar o conteúdo de cada aula, os nomes e currículos dos profissionais envolvidos em sua concepção pedagógica. 2.1 Tratando de conceitos Ementa: Analisar e discutir os principais conceitos relacionados ao Patrimônio Cultural brasileiro em suas diferentes dimensões e interações com aspectos de identidade, território, meio ambiente. Referências culturais e patrimônio; conceito de comunidades, sob o ponto de vista da gestão do Patrimônio Cultural, identidade, território e referências culturais. Professora: Mônia Silvestrin Graduada em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em História pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é coordenadora-geral de identificação e registro do Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN. Atua como docente no ensino superior desde 2003 e, como pesquisadora, desenvolve estudos no campo da história das ideias, história cultural e Patrimônio Cultural. 19
20 PATRIMÔNIO IMATERIAL Tratando de conceitos: introdução Este texto tem como objetivo propor alguns olhares acerca de conceitos importantes para o entendimento das políticas e das ações relativas à salvaguarda do PCI. As reflexões aqui apresentadas têm como base textos e documentos referenciais, de cunho acadêmico e/ou institucional, assim como as experiências desenvolvidas no âmbito da política federal do Patrimônio Imaterial. A proposta é apontar uma definição geral desses conceitos 7, de modo que possam fornecer referências para a compreensão do campo do Patrimônio Imaterial, abarcando as questões estruturantes que eles suscitam quando se trata de pensar as práticas de patrimonialização no âmbito da ação estatal. Isso quer dizer que não estaremos tratando aqui do Patrimônio Imaterial per se, mas sempre na perspectiva da sua condição de objeto de políticas públicas O Patrimônio Cultural como objeto de política pública Pensar o Patrimônio Cultural na perspectiva de política pública suscita ao menos duas questões importantes. A primeira é a da existência de marcos legais. Qualquer política pública somente se constitui como tal se houver instrumento legal que autorize a sua criação e regulamente o seu funcionamento. No caso do Patrimônio Cultural, os marcos legais mais conhecidos, além do artigo 216 da Constituição Federal de , são o Decreto-lei n 25, de 1937, que criou o IPHAN 9 e instituiu o Tombamento; e o Decreto n 3.551/ , que instituiu o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e criou o Registro como instrumento de reconhecimento específico para o Patrimônio Imaterial. Considerando que a preservação do Patrimônio Cultural é responsabilidade de todos os entes da União, é muito importante que os estados e os municípios elaborem suas políticas específicas sobre o tema, atendendo aos contextos socioculturais, econômicos e políticos nos quais estão inseridos. Somente quando tivermos uma rede institucional bem estruturada de políticas públicas, com as seus respectivos órgãos, é que poderemos, de fato, trabalhar de forma articulada. Essa é uma das fragilidades em termos de gestão do Patrimônio Cultural no Brasil. 11 A segunda questão relevante diz respeito à relação entre Estado e sociedade civil. Todas as políticas públicas se destinam a atender a demandas de cidadãos, o que significa, hoje, trabalhar na perspectiva da construção compartilhada dessas políticas, de seus programas e ações, assim como garantir a participação de grupos sociais na sua execução e acompanhamento. No caso da política federal de Patrimônio Imaterial, a participação dos detentores e grupos interessados é pressuposto de qualquer uma das suas ações. 7. Muitos desses conceitos apresentam historicidades e trajetórias próprias no campo das ciências sociais, impossíveis de serem abordadas aqui na sua integralidade. Recomendamos, portanto, a leitura dos livros indicados nas bibliografias e os textos complementares, para o aprofundamento das questões abordadas. 8. BRASIL, Na época, Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) (BRASIL, 1937). 10. BRASIL, Ver: CRESPIAL, 2008; FONSECA; CAVALCANTI,
21 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL Partir desse princípio significa também trazer para o âmbito das políticas públicas a questão da diversidade, e não apenas como tema ou objeto de projetos, mas fundamentalmente como modos diferentes de conceber o mundo e de agir. Significa dar concretude ao cidadão universal e abstrato que o aparato estatal tradicionalmente elegeu como interlocutor. Isso implica repensar o nosso modelo de Estado e de administração pública, tanto nas suas perspectivas, como nos seus tempos, na sua burocracia, nos seus instrumentos, nas suas dinâmicas. No caso do Patrimônio Imaterial, para o qual os detentores são os elementos-chave na execução das ações e não somente seu público-alvo, esse ponto torna-se mais sensível ainda, pois é necessário considerar as condições de inserção dos grupos nesses processos, as suas possibilidades de acesso, compreensão e manejo das estruturas existentes. Além disso, é preciso criar instrumentos que possam levar em conta suas especificidades, construindo condições para que as políticas sejam, de fato, efetivas. Outro desafio que o campo do Patrimônio Imaterial coloca é a necessidade de se assumir a complexidade e o risco inerentes ao próprio processo de construção dessas ações, pois a participação implica também responsabilidades compartilhadas, mesmo considerando as possibilidades de cada ator envolvido. Sendo assim, os resultados também serão aqueles passíveis de serem pactuados e realizados dentro de um determinado processo, sem estarem necessariamente condicionados pela vontade de um gestor público ou de um ator social em particular. A coordenação desses processos implica, por outro lado, uma alta capacidade de articulação, negociação, mediação por parte dos órgãos governamentais e instituições parceiras e de tempo e recursos para que as coisas possam acontecer. Além disso, é um caminho de mão dupla: também a sociedade civil precisa rever as suas representações acerca do Estado, perceber que ele pode ser diverso, e que vem passando por processos de mudança significativos nas últimas décadas não se pode continuar pensando que o Estado é tão somente o provedor paternalista ou o autoritário repressor Sobre Patrimônio Cultural A. O que é? As palavras que formam a expressão Patrimônio Cultural explicitam os sentidos básicos para a compreensão do que se trata esse conceito. A primeira nos remete à ideia mesma de valor, algo importante, que se acumula e se transmite pelo tempo e pelas gerações, que se constitui como herança. E cultural, claro, porque se refere ao campo da cultura, que se expressa por meio de práticas e expressões culturais. Isso significa que seria uma espécie de herança cultural. Contudo qual herança? De quem? Para quem? A construção da ideia de Patrimônio Cultural se deu no bojo de dois processos históricos muito importantes para o Ocidente: a constituição dos Estados-nações europeus e a formação da história como um campo específico de conhecimento, como ciência, 21
22 PATRIMÔNIO IMATERIAL ambos ocorridos entre o final do século XVIII e início do XIX. Não é difícil entender essa relação íntima entre eles: para unificar populações, culturas, territórios operação imprescindível na construção dos Estados contemporâneos foi preciso elaborar a própria ideia de nação, que se fundamenta em alguns elementos estruturantes: um conjunto de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem comum, experiências vividas, uma única identidade, ou seja, um povo. Isso tudo geralmente associado à existência de um território específico e de um governo único. Nesse contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação, pois era preciso buscar suas origens no passado, evidenciando a continuidade, o caráter e a força do povo que a constituía. Essas características não apareciam somente nos fatos históricos, mas também nas produções artísticas, consideradas o locus privilegiado para a manifestação do espírito de um povo, de suas características essenciais, de sua especificidade, muito próximo daquilo que mais tarde seria associado ao próprio conceito de identidade. Houve um investimento deliberado na construção dessa ideia, afinal, era necessário convencer as pessoas de que elas faziam parte de uma mesma comunidade imaginada, como sugere Benedict Anderson. 12 Investimento político, simbólico, físico, por variados meios arte, literatura, eventos públicos, educação e, porque não, na construção das memórias nacionais e seus respectivos lugares de referência. A concepção do passado como herança da nação está dada como fundamento mesmo da possibilidade de futuro e nesse sentido é necessário preservá-lo, garantir a existência de seus vestígios e sinais, para usufruto das gerações que virão. Por outro lado, o Estado, como poder legítimo instituído, que zela pelo bem da coletividade, torna-se o principal ator nesse processo de guarda da memória. Com isso, voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que restou do passado, que se constitui como vestígio das experiências vividas e do potencial de criação de um povo, é passível de se tornar patrimônio da nação. Naquele momento não se tratava de patrimônio cultural essa é uma perspectiva recente, como veremos adiante, cara ao século XX. Para o século XIX, o patrimônio era essencialmente histórico e artístico. 13 Dito isso, nos encaminhamos para a definição de algumas características desse patrimônio cultural. Primeiro, é importante destacar que não há valores ou sentidos imanentes, naturais em um bem cultural ou em uma prática social a patrimonialização, ou seja, o processo por meio do qual eles se constituem em patrimônios culturais, é sempre uma construção, uma narrativa, uma elaboração discursiva, simbólica, política, que se constitui mediada por um conjunto de saberes técnicos, pelos embates políticos dos diversos atores interessados, pelos contextos e conjunturas presentes no momento da sua elaboração. 12. ANDERSON, Ver: CHOAY,
23 FORTALECENDO O SISTEMA NACIONAL Outra característica importante é que esse processo de patrimonialização implica sempre seleção. Assim, dizer que algo é patrimônio significa assumir que, diante de um universo imenso de bens culturais, foram eleitos somente alguns para ser patrimônio. Isso significa dizer que eles possuem um valor diferente dos demais. Por outro lado, a dotação desse valor é realizada a partir de critérios específicos, que também variam de acordo com a natureza do bem, com as políticas instituídas, com as concepções de patrimônio cultural vigentes, com os grupos sociais envolvidos. 14 Isso nos coloca uma questão importante, que gera, no senso comum, muita confusão: Patrimônio Cultural não é sinônimo de cultura. É, ao contrário, uma especificação dela, um recorte dentro do seu campo o Patrimônio Cultural sempre é cultura, mas nem toda prática ou bem cultural é patrimônio. A perspectiva da seleção tenta, de um modo ou de outro, responder à seguinte questão: no campo da cultura, o que é importante preservar para as gerações futuras? O primeiro critério que embasa a resposta e que justifica a ideia de patrimônio como herança é a sua inscrição no tempo. Assim, para que uma prática ou bem cultural sejam considerados patrimônio devem ter densidade histórica, estar inscritas em uma ordem temporal. Mesmo para o caso do Patrimônio Imaterial, patrimônio vivo, essa dimensão se explicita por meio do conceito de continuidade histórica, ou seja, da possibilidade de uma prática cultural subsistir no tempo e continuar, para além das mudanças, mantendo suas características estruturantes e seu valor referencial para determinados grupos sociais. B. O Patrimônio Cultural no Brasil a. Histórico No Brasil, o campo do Patrimônio Cultural se estruturou a partir da criação do IPHAN na época SPHAN, em 1937, no contexto dos movimentos intelectuais modernistas que buscavam, como outros grupos, repensar o modelo de nação e identidade brasileiros. 15 O anteprojeto de lei elaborado por Mário de Andrade para a criação da nova instituição propunha uma perspectiva abrangente de Patrimônio Cultural, que incluía algumas dimensões daquilo que hoje chamamos de Patrimônio Imaterial. O texto aprovado como decreto, entretanto, restringiu esse olhar, enfatizando a excepcionalidade histórica e artística como critério principal de reconhecimento, e os vestígios materiais do passado como objetos privilegiados de patrimonialização. Aquilo que se refere ao que denominamos hoje de Patrimônio Imaterial, portanto, caminhou, durante muito tempo, ao largo das políticas patrimoniais. Nesse sentido, vale a pena destacar alguns momentos que se tornaram referenciais no processo brasileiro 14. No caso do Patrimônio Imaterial, esse processo de construção de valor é sempre realizado em conjunto com as comunidades detentoras, a partir de uma solicitação destas. São elas que definem os bens a serem patrimonializados, assim como os sentidos e os valores a eles associados, que os qualificam como patrimônio não há requisitos externos (de excepcionalidade, de singularidade, por exemplo), que definam, a priori, esse valor. É claro que os saberes técnicos das equipes de pesquisas e das instituições de patrimônio e o próprio entendimento do Conselho Consultivo, que é quem delibera, participam desse processo, mas eles não devem ser as partes determinantes na indicação dos valores patrimoniais. 15. CHUVA, 2009; GONÇALVES, 2002; CAVALCANTI, 2000; FONSECA,
24 PATRIMÔNIO IMATERIAL de constituição desse campo. 16 Além do anteprojeto, outra referência importante que se insere no processo de construção da identidade nacional característico do período foi a criação da Comissão Nacional de Folclore, em 1947 e seus desdobramentos nas diferentes regiões do país, por meio da qual se lançou, em 1958, a Campanha Nacional em Defesa do Folclore Brasileiro, dando origem ao Instituto Nacional do Folclore, atual Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), que atualmente faz parte da estrutura do IPHAN. A criação do Centro Nacional de Referências Culturais (CNRC) em 1975, por iniciativa de Aloísio Magalhães, mais tarde, da Fundação Pró-Memória, representa uma inflexão significativa nas práticas de patrimonialização em curso até aquele momento. O trabalho do CNRC tinha como objetivo construir, por meio da pesquisa social-históricaetnográfica, um sistema referencial básico para a compreensão das características e dinâmicas da cultura brasileira, de modo que se pudesse elaborar um modelo de desenvolvimento adequado às necessidades nacionais. 17 Fazia-se necessário também evidenciar a autenticidade e originalidade dessa nação ainda em processo, viva e que encontrava sua possibilidade de um vir a ser justamente naquilo em que ela se revelava de modo mais espontâneo e forte: na vida cotidiana das pessoas, nas práticas e dinâmicas culturais nas quais elas estavam imersas. Em 1997, no âmbito do primeiro Seminário Internacional de Patrimônio Imaterial, realizado pelo IPHAN, foi proposta a criação de grupo de trabalho (GTPI) para desenhar uma política específica para essa dimensão do Patrimônio Cultural, que resultou no Decreto nº 3.551, de A política federal do Patrimônio Imaterial é caudatária, portanto, de estudos que reuniram os conhecimentos acadêmicos produzidos sobre o tema, marcos legais e experiências internacionais sobre a preservação do Patrimônio Cultural, somadas à experiência brasileira na mesma área, dentro e fora do IPHAN. 19 Feito esse breve histórico, que pode ser aprofundado por meio das leituras recomendadas, é necessário tratar da relação entre as dimensões material e imaterial do Patrimônio Cultural. Embora esse campo no Brasil tenha sido construído reiterandose a dicotomia entre esses dois domínios mais em alguns momentos e menos em outros, hoje há uma percepção clara de que esse modelo deve ser superado, pois do mesmo modo que podemos defender que todo o patrimônio é determinado, no processo de seleção e reconhecimento, por estruturas de significação, de dotação de valor ou seja, é, no limite, intangível, pode-se argumentar também que, de fato, não existe Patrimônio Imaterial sem alguma espécie de materialidade por meio da qual ele se concretize ou estabeleça uma relação de interdependência. Do ponto de vista concreto, temos ainda outro dado a ser considerado: na percepção de quem vive o patrimônio, essa separação não existe. As pessoas querem preservar ou 16. Para cronologia completa, ver: IPHAN, 2006c. 17. FONSECA, 2005, p BRASIL, IPHAN, 2006a, p
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