III SEMINÁRIO INTERNACIONAL VIOLÊNCIA E CONFLITOS SOCIAIS: ILEGALISMOS E LUGARES MORAIS

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1 III SEMINÁRIO INTERNACIONAL VIOLÊNCIA E CONFLITOS SOCIAIS: ILEGALISMOS E LUGARES MORAIS GT - DESIGUALDADES, TERRITÓRIOS E RISCOS SOCIAIS Título - Quando os assentados chegaram : tempo e experiência social no MST Autor - Marcos Paulo Campos (UFC)

2 INTRODUÇÃO Este trabalho visa compreender a experiência social relativa à formação do Movimento Sem Terra (MST) no estado do Ceará tendo por referência a memória relativa à primeira ocupação de terra realizada pelo Movimento em território cearense. A ocupação ocorreu em maio de 1989, a partir da mobilização de trabalhadores rurais e suas famílias para ocupar as Fazendas Reunidas São Joaquim, uma gleba de 24 mil hectares localizada na cidade de Madalena 1, no Sertão Central do estado. O trabalho com a memória da ocupação de terra visa interpretar os sentidos conferidos pelos militantes do Movimento a essa experiência e em que medida essas percepções constituem uma temporalidade nas tensões entre ação contestadora e estrutura fundiária. Os relatos dos participantes da ocupação reconstróem a experiência vivida na ação numa elaboração discursiva agrupada como o tempo que se construiu quando os assentados chegaram. Nesse sentido, convém pontuar a centralidade das falas de Dona Maria Lima, pela liderança que exercia nos conflitos sociais e na organização de trabalhadores rurais no Sertão Central à época, e de Seu Sitônio, por sua condição de pequeno produtor mobilizado para a primeira ocupação realizada pelo MST no Ceará, como discursos explorados na interpretação aqui realizada. A temporalidade presente nos relatos agrega a ação pastoral do cristianismo de libertação, a mobilização social para a ocupação, o acampamento na propriedade questionada e os desdobramentos posteriores à ação do MST. De acordo com as palavras de Dona Maria, 2 naqueles anos, devido falarem muito que a reforma agrária ia sair, os patrões ficaram muito revoltados e num queriam dar direito de moradia a ninguém e nem terra pra trabalhar. Foi preciso ir pra rua, o povo ir pra rua buscar alimento... Aí a opressão foi grande da policia com os trabalhadores. As coisas foram piorando demais... Aí vem o caso de se reunir o sindicalista e a igreja e dizer: vai haver uma marcha dos pobres que não vão mais agüentar viver assim. Eles vão se arriscar, vão lutar! 1 Município localizado a 180 KM da capital cearense.

3 Quando os assentados chegaram é o tempo de articulações, reuniões preparatórias, atuação das lideranças locais e militantes enviados pelo MST de outras regiões do país ao Ceará, elaboração da estratégia de deslocamento das famílias e escolha da propriedade a ser ocupada. Nesta temporalidade, apresentam-se os vínculos entre os ocupantes e sua rede de entidades de apoio constituída por Igreja, sindicatos, institutos de assessoria e partidos políticos. Também as relações entre o Movimento e as instituições estatais, o processo de desapropriação, o estabelecimento da comunidade assentada e as modificações relativas ao regime de trabalho, à sociabilidade e ao engajamento político. Essa elaboração vincula-se ao processo de expansão nacional da ação do MST e às transformações locais e nacionais ocorridas no contexto da redemocratização. A fala de Seu Sitônio, participante da ocupação e militante do MST desde então, configura os elementos apontados. Diz ele, 3 entre a primeira reunião e a segunda demorou uns dois meses. Todo mundo perguntava se não ia haver nada (...). Aí foi quando eles chegaram de novo, marcaram o dia. Só não diziam a hora. Diziam que tava tudo preparado. Quem quisesse levar a família tinha que deixar tudo no ponto que o carro vinha pra levar tudo! E já diziam que era pra ocupar a fazenda, que era ocupação. Na época a gente entendeu logo, porque quem quis... entendeu logo que era ocupação. Rapaz, desde que eu saí, quando eu saí pra vir pra terra, pra cá, eu já me considerei do Movimento A temporalidade construída nas percepções dos militantes sem terra apontam um processo social de elaboração de uma coletividade. O movimento social de luta pela reforma agrária que veio a estabelecer-se no Ceará a partir dos acontecimentos de 1989, parafraseando Thompson, não surgiu tal como o sol numa hora determinada (1987, p. 9). Ao contrário, sua construção fez-se como experiência vivida por trabalhadores e trabalhadoras do meio rural cearense antes mesmo da realização da ocupação cuja ocorrência não pode ser desconsiderada. Um movimento social não se faz somente no instante da reivindicação, mas sim nas articulações de sentidos, interesses e identidades comuns de pessoas cujos contextos sociais se assemelham. As particularidades da elaboração do MST no Ceará não são ocorrências atomizadas, pois estão articuladas à extensão nacional do Movimento, como se pode ver a seguir.

4 APONTAMENTOS SOBRE O MST A literatura especializada consagra o momento histórico em que o Movimento Sem Terra se constituiu como a redemocratização do Brasil. Processo ocorrido nas décadas de 70/80 do século passado, permeado pelo surgimento de ações coletivas de reivindicação nomeadas de novos atores no campo político brasileiro. Dentre esses, Maria Gohn (2004) percebe os movimentos sociais como agentes de dinamização do espaço público caracterizados por ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam distintas formas da população se organizar e expressar suas demandas (p. 13). Lutas por moradia, creche, saúde, educação, emprego, reforma agrária e demais direitos sociais aglutinaram segmentos populares, trabalhadores do campo e da cidade e setores da classe média em grupos, associações, sindicatos e organizações coletivas que configuraram o ambiente de reconstrução da vida democrática nacional pela mobilização em torno da cidadania. Em meio a essa efervescência, localizo o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra como movimento social de luta pela reforma agrária surgido na articulação entre as tensões ocorridas no meio rural devido ao processo de modernização agrícola promovido pelo regime ditatorial, a ação pastoral dos setores das igrejas cristãs orientados pela Teologia da Libertação e a mobilização de contingentes populacionais de trabalhadores sem perspectiva de trabalho na terra e sem inclusão na cidade. O MST entra na cena política com significação para além de suas reivindicações específicas, pois incluiu a luta por reforma agrária num conjunto amplo de transformações da sociedade e assume estratégias de ação questionadoras da secular estrutura de propriedade privada da terra em nosso país. Os trabalhos de Fernandes (2000), Branford e Rocha (2004), Fernandes e Stédile (1999) e Medeiros (2003) apontam como marco histórico do surgimento do MST um encontro ocorrido na cidade de Cascavel-PR em Participaram deste encontro mais de cem trabalhadores rurais vindos de 13 estados, principalmente do sul, sudeste e centro-oeste. A mobilização foi realizada pela Comissão Pastoral da Terra e contou com apoio de bispos e padres católicos ligados à corrente progressista, pastores luteranos, sindicatos de trabalhadores rurais, intelectuais e partidos políticos. Vale ressaltar, aquilo 4

5 que Fernandes considera a fase de gestação do MST, ou seja, a ocorrência de diversas lutas e enfrentamentos anteriores ao encontro de Cascavel que mobilizaram contingentes sociais de população sem terra na luta contra o latifúndio antes mesmo da estruturação do Movimento. A expansão do Movimento Sem Terra da região centro-sul do Brasil para o norte e o nordeste ocorreu como estratégia definida coletivamente pela organização como forma de atingir um de seus objetivos principais, a saber: ser um movimento social de caráter nacional. Em sua expansão, a realização de ocupações de terra figura como principal forma de aglutinação de militantes nas fileiras do Movimento, bem como, estratégia central para obtenção de desapropriações. Fernandes (2000) afirma que o MST nasceu da ocupação da terra (...), essa ação e sua reprodução materializam a existência do Movimento, iniciando a construção de sua forma de organização (p. 19). Nesse sentido, compreender a experiência do Movimento Sem Terra passa pelo entendimento dos processos que envolveram a realização de ocupações e o significado político assumido por essas ações. Contemporaneamente, o MST mantém-se como ação de massas, apesar de certo refluxo dessa forma de fazer política no seio da sociedade civil, para a contestação de grandes propriedades consideradas improdutivas. A enorme repercussão das ações do Movimento nas de comunicações de massa confirma sua relevância na política nacional. No Ceará, os primeiros contatos entre as lideranças de trabalhadores rurais do estado e o MST ocorreram a partir da participação de trabalhadores rurais e agentes de pastoral do Sertão Central, região marcada por conflitos de terra, no 1º Congresso Nacional do MST ocorrido em Curitiba PR no ano de No Congresso, os cearenses Dona Maria Lima, Seu Sebastião (já falecido), Irª Cleide e Irª Tereza avaliaram as possibilidades de construção do Movimento no estado e solicitaram o envio de militantes do MST de outras regiões do Brasil ao Ceará para apoiar as lideranças locais no debate com as famílias de trabalhadores rurais e na organização de ocupações. Três anos depois, no final de 1988, foram enviadas duas lideranças do Movimento, oriundas do Espírito Santo, para a região do Sertão Central. Em 1989, a mobilização realizada pelas lideranças locais e os enviados do Movimento Sem Terra promoveu a ocupação que se deu na fazenda de 5

6 propriedade do general Wicar de Paula Pessoa,. Os acontecimentos da madrugada do dia 25 de maio daquele ano, que contaram com cerca de 300 famílias oriundas das cidades de Quixadá, Quixeramobim, Canindé, Boa Viagem e Madalena, resultaram num assentamento nomeado com a data da ação. O ocorrido constituiu-se numa referência da luta pela terra no Ceará. TEMPO E EXPERIÊNCIA SOCIAL NO MST Nas palavras de Seu Andrade, antigo morador da propriedade ocupada, a ocupação de 1989 é assim percebida: 6 quando os assentados chegaram teve muita gente mesmo dessa fazenda, morador, que tinha 100 moradores, esse pessoal se assombraram. A gente não tinha conhecimento com essa coisa. Foi o primeiro assentamento que teve dentro do Ceará esse assentamento 25 de Maio. Quando a gente ouviu falar que tinha 500 pessoas na extrema da terra, foi uma assombração. Muita gente foi embora com medo, medo! Diziam assim: isso é uma reforma agrária que vai entrar A presença de numerosas famílias, tão surpreendente para os moradores 2 da fazenda, foi possível por conta do trabalho de mobilização construído pelas lideranças do MST e as organizações apoiadoras de seu trabalho. Seu Sitônio, já citado, é um desses militantes do MST que participou da ocupação e está assentado no 25 de Maio até hoje. Antes de participar da ocupação, ele já acompanhava reuniões promovidas pela Igreja e pelo sindicato rural no município onde morava, Banabuiú. Seu Sitônio era casado e morava numa pequena propriedade familiar com 25 ha na companhia de seu pai, viúvo, e de outros dois irmãos já casados. Ele, portanto, não era um sem terra, no sentido de ser um trabalhador absolutamente despossuído de terra, mas a pequena gleba de propriedade do seu pai não era mais suficiente para garantir a reprodução dos três núcleos familiares residentes. Como ele mesmo diz, a terra estava ficando pouca. A fala corrobora com a discussão de Jorge Neto (2009) e Carvalho (2009) a respeito das dificuldades vividas pelas 2 Trabalhadores rurais que residiam com suas famílias na propriedade no período anterior à ocupação dos sem terra e lá trabalhavam sob o regime de moradia, uma forma de trabalho de sujeição do trabalho no meio rural nordestino.

7 populações rurais nas décadas de 1970/1980 e coloca para Seu Sitônio a possibilidade de se reconhecer na identidade de sem terra por não dispor de terra suficiente para garantir sua sobrevivência. Na região do Sertão Central já ocorriam conflitos por terra e a Comissão Pastoral da Terra 3 também realizava o trabalho de base. Irª Cleide, então coordenadora da CPT na região do Sertão Central, afirma: quando a Fátima [Ribeiro] começou a mobilizar os trabalhadores a gente dava um apoio muito forte para a luta. A citada Fátima Ribeiro e José Rainha foram enviados pelo Movimento ao Ceará para articular a formação do MST no estado em parceira com os trabalhadores rurais cearenses que haviam participado do congresso em Curitiba. Sobre isso, Dona Maria Lima diz: 7 quando os conflitos aumentaram, souberam no sul porque já tinha começado o Movimento lá. Aí eles vieram ajudar. Quando eu tava numa reunião muito grande, chegaram dizendo: lá na rua da igreja tinha uma pessoa procurando pela senhora. Eu disse: diga que venha até aqui. Tinha mesmo, que quando chegou foi Fátima Ribeiro vinda do Espírito Santo. A participação nas reuniões promovidas pela Igreja e pelo sindicato possibilitou a Seu Sitônio ter notícia dos conflitos por terra espalhados pela região, embora não tenha participado diretamente de nenhum. Em um dos encontros promovidos pelo sindicato, Fátima Ribeiro foi levada para apresentar aos trabalhadores a perspectiva de organização do Movimento e de participação em uma ocupação. Seu Sitônio admite ter, inicialmente, desconfiado da fala de Fátima, pois num via ninguém falando nisso, nem jornal nem nada mas, diante da argumentação dela sobre a realização de ocupações no sul que resultaram em assentamentos, acabou aceitando participar. O contexto de repressão à organização dos trabalhadores rurais relaciona-se com o estabelecimento da União Democrática Ruralista 4 (UDR) no Ceará. A UDR reunia proprietários rurais e sua atuação era marcada por uma 3 Organismo de ação social da Igreja Católica que atua em conflitos agrários 4 Os proprietários de terra passaram a se organizar politicamente na UDR para impedir propostas de reforma agrária apresentadas na abertura democrática que atravessou toda a década de 1980.

8 agressiva repressão à organização dos trabalhadores no campo. Apesar das adversidades, nove pessoas da região onde Seu Sitônio morava decidiram participar da ação. Entre a reunião e o dia marcado para a ocupação houve cerca de dois meses. Tudo ocorria com estratégias de sigilo. Seu Sitônio afirma que não sabia onde ocorreria a ocupação, pois só quem sabia eram eles, as lideranças do MST. Contudo, Seu Sitônio entendia esse caráter sigiloso. Diz ele: se eu soubesse pra onde ia eu podia muito bem dizer pro amigo da fazenda fulano de tal. Aí não podia dar certo, porque naquela época bastava um fazendeiro mandar um recado que a policia chegava na hora. A repressão violenta dos proprietários organizados na UDR era reconhecida como possível complicador da ocupação e indica uma aliança entre fazendeiros e Estado para conter questionamentos à concentração fundiária. Uma aliança que se expressava concretamente nos conflitos rurais e em dimensões amplas na política nacional. Para Barreira, no Brasil, nos momentos de ruptura ou nos grandes marcos políticos, as alianças foram entre o Estado, que se consolidava, e os grandes proprietários de terra; ou entre uma burguesia urbano-industrial emergente e a burguesia agrária (BARREIRA, 1992, p. 17). Um exemplo seria a Constituição de 1988, a primeira da história do Brasil a trazer a questão da reforma agrária relacionada ao tema da função social. Embora sua elaboração tenha sido acompanhada por intensa participação popular, o texto constitucional não incorporou a reforma agrária tal como defendida pelos movimentos sociais e sindicais do campo. Branford e Rocha (2004) apontam que a derrota sofrida pela reforma agrária na Assembléia Constituinte se deveu à forte atuação da UDR sobre os deputados. Por volta de nove horas da noite do dia 24 de maio, chegaram à localidade onde morava Seu Sitônio os caminhões que iriam transportar os ocupantes. Segundo ele, 8 o dia nós sabia, só não sabia a hora. Quem quisesse levar a família tinha que deixar tudo no ponto que o carro vinha pra levar tudo. Ficamos esperando o dia todinho, quando foi à boquinha da noite o carro chegou. Passamos por dentro da cidade de Quixeramobim, fomos noutras fazendas pegar gente e quando fomos chegar no local tava lotado já. Iam uns 30 caminhões nessa estrada de Quixeramobim a Madalena. Quando foi no outro dia, três horas da manhã, chegamos no ponto pra amanhecer o dia.

9 Diversas questões se colocam a partir do relato de Seu Sitônio. Uma delas é a estrutura organizativa do Movimento que constitui níveis de decisão e militância. A posse de informações, como o local exato da ocupação, é forte indício da existência de uma hierarquização traduzida em lideranças e militantes de base. As lideranças são agentes de mobilização, debate político e organização permanente do MST com atuação territorial ampla e capacidade de decisão e direção política daqueles que fazem parte do Movimento, mas integram instâncias de atuação localizada, os militantes de base. Mesmo Dona Maria Lima, engajada no MST antes de Seu Sitônio, relata: quando chegou em Sertanejo foi que o Neto, do grupo da pastoral da juventude, disse: D. Maria Lima, sabe pra onde nós vamos? Vamos pra serra do General Wicar. Aí eu quis me assombrar. Eu disse: Meu Deus, lá onde estão os pistoleiros. Apesar do receio de Dona Maria, a ocupação não foi reprimida com violência. Ela mesma afirma que houve facilidade no caso das Fazendas Reunidas São Joaquim por conta da gleba já estar em processo de desapropriação. Diz ela que não foi difícil porque a terra já tava desapropriada e foi o primeiro assentamento. Nós já tinha as pessoas. Quando o sem terra ocupa uma terra eles [os proprietários] já sabem, eles já tão devendo. Outro aspecto percebido pela militante do MST é a constituição da rede de apoio ao Movimento em que já estavam CPT e sindicatos rurais. Contudo, setores do governo estadual também se incluem. Dona Maria diz que Eudoro Santana abriu as portas pra nós entrar. Nesse tempo ele era secretário do Tasso, mas Já tavam querendo se desentender porque ele queria as coisas de um jeito, que era pra ajudar os trabalhador, e o Tasso não. O relato revela que o acontecimento se inclui no contexto de mudanças por quais passavam o Ceará e indica tensões postas ao executivo estadual frente à ação dos sem terra. Segundo Rejane Carvalho (2009), no contexto de desestruturação das velhas formas de economia e de política no Ceará, duas forças de reorganização do exercício do poder se anunciaram. A primeira, materializada na presença dos movimentos de trabalhadores rurais, inclusive com expressão no cenário político partidário. A segunda, marcada pela participação de grupos empresariais na disputa por postos de comando político, com destaque para a eleição de Tasso Jereissati ao governo do estado em Eleição ocorrida 9

10 devido à incapacidade das antigas lideranças se reproduzirem no poder por conta do abalo do sistema de lealdade política de seus currais eleitorais ocorrido com a desarticulação da economia algodoeira, braço econômico da dominação tradicional no estado (LEMENHE, 1995). O assentamento que resultou do encontro entre moradores e militantes do MST por meio da ocupação constituiu-se como uma referência para a luta pela terra no Ceará. Segundo Toinho, filho de Dona Maria Lima, atual dirigente estadual do MST e participante da ocupação, o 25 de Maio é lembrado sempre por ter sido o primeiro, mas tem uma referencia também porque está dando certo (...). Só pra você ter uma idéia, hoje no 25 de maio nós temos mais de 20 pessoas que cursou pedagogia no MST, que é pedagogo formado pra discutir essa questão da educação no Movimento. Toinho se refere ao projeto Pedagogia da Terra realizado numa parceira entre MST, INCRA e UFC que graduou como pedagogos militantes do Movimento. Além disso, o dirigente admite que sem o 25 de Maio não teria sido possível produzir lideranças para a luta pela terra na perspectiva do MST. Diz ele que, com quinze ou vinte dias depois da ocupação nós já fomos preparar foi outra e quem teve nessa outra ocupação já foram as lideranças que saíram lá do 25 de Maio. Apesar de a convergência ser o tom majoritário das recordações dos ocupantes, ela não impede diferentes percepções das mudanças ocorridas após a ocupação. Para as lideranças do Movimento, o 25 de Maio é a referência para a mobilização de outros contingentes de população rural com vistas à desapropriação de terras via ocupação. As exaltações das melhorias ocorridas na vida dos trabalhadores depois da desapropriação são consubstanciadas num discurso para o convencimento de outros a fazer o mesmo. Nesse sentido, ocultações relativas às dificuldades e, mais ainda, a apresentação das adversidades como parte de um percurso vivido coletivamente em direção a um futuro representado em suas possibilidades mais positivas estruturam uma reelaboração do acontecimento atualizando os objetivos do Movimento. Para os assentados militantes de base o assentamento é o lugar onde é possível estabelecer uma vida familiar, laboral e comunitária. Casar, ter filhos, trabalhar para viver, integrar uma comunidade, acessar políticas públicas são questões evocadas para quem vê o assentamento como morada da vida (HEREDIA, 1979), um lugar de 10

11 interconhecimento, vida comunitária, associação, propriedade e trabalho coletivos. As distintas formas de perceber as mudanças, vinculadas ao lugar dos sujeitos da recordação no interior da organização, não exclui a convergência de horizontes quando o assunto é a centralidade da ocupação de terra como mecanismo de acesso a melhores condições de vida para a população trabalhadora do meio rural. À TÍTULO DE CONCLUSÃO 11 Quando os assentados chegaram é a memória de um tempo construída em oposição ao passado, aberto pela contestação e que se desdobra desde a ocupação até os dias atuais nas possibilidades postas pela vida comunitária, a propriedade coletiva e a organização política dos trabalhadores rurais. Essa é a temporalidade do encontro entre expectativa e experiência na passagem via ocupação à vida comunitária. Todas as tensões inerentes às estratégias de mobilização, ao processo de ocupação e ao acampamento, unificadas na ação coletiva que conformou a visível irrupção do MST no Ceará, são repostas como agruras menores diante da melhoria de vida possibilitada pelo acesso à terra. Melhorias não só advindas da obtenção de terra, mas de um espaço de relações sociais de vizinhança, associação e sentido comum do viver. A ampliação da percepção dos benefícios conforma uma elaboração política da memória pelo MST com vistas a fazer do discurso sobre o passado uma referência de legitimação da ação do MST no presente. A afirmação dos militantes sobre as positividades da vida no assentamento 25 de Maio nem de longe são uma inverdade, mas compõem uma desatenção não aleatória sobre os conflitos cotidianos do assentamento (possíveis negatividades) que, por vezes, aparecem nas falas dos assentados. Não por acaso, a condição de assentado constitui uma referência central na atribuição de sentido sobre a vida que emergiu após a ocupação do dia 25 de maio de A interpretação da temporalidade formulada na memória dos agentes desse processo aponta para uma experiência social múltipla e contribui na percepção do significado das mudanças sociais que se deram a partir da ação coletiva imprimida no final dos anos de 1980 para melhorar condições de vida e

12 garantir direitos das populações rurais cearenses que ainda hoje figura no cenário político local e nacional sob a forma do Movimento Sem Terra. REFERÊNCIAS - BOFF, Leonardo (Org.); REGIDOR, J. R.; BOFF, Clodovis. A Teologia da Libertação. Balanço e perspectivas. São Paulo: Ática, p. - BARREIRA, César. Trilhas e Atalhos do Poder. Conflitos sociais no sertão. Rio de Janeiro: Rio Fundo, p. - BARREIRA, Irlys. Movimentos Sociais, Cultura e Política: sob o olhar da produção da sociologia brasileira. 21 p (digitado) - BRANFORD, Sue; ROCHA, Jan. Rompendo a Cerca. A história do MST. São Paulo: Editora Casa Amarela, p. - CHAVES, Cristine de A. A Marcha Nacional dos Sem Terra: um estudo sobre a fabricação do social. Rio de Janeiro: Relume Dumará, p. - FERNANDES, Bernardo Mançano. A Formação do MST no Brasil. Petrópolis: Ed. Vozes, p. - GOHN, M. G. (Org.). Movimentos Sociais no Início do Século XXI. Antigos e novos atores sociais. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, p. - ; STÉDILE, João Pedro. Brava Gente. A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. 3º ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, p. - LEMENHE, Maria A. Família, Tradição e Poder: o (caso) dos coronéis. São Paulo: ANNABLUME/Edições UFC, p. - MEDEIROS, Leonilde Servolo de. Reforma Agrária no Brasil: história e atualidade da luta pela terra. São Paulo: FPA, p. - SADER, Eder. Quando Novos Personagens Entraram em Cena. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. - THOMPSON, E. P. A Formação da Classe Operária Inglesa I. 2ª ed. São Paulo: Paz e Terra TOURAINE, Alain. Na Fronteira dos Movimentos Sociais. Sociedade e Estado, Brasília, v. 21, nº1, p , jan/abr

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