DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
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- Vera Coradelli
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1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Fontes do Direito Internacional Público: Tratados Internacionais Parte1 Profa. Renata Menezes
2 . Iter procedimental da celebração dos Tratados. Tratados = Atos solenes. Logo, muitas formalidades.. Fases: a) formação do texto (negociações, adoção, autenticação) e assinatura;
3 b) aprovação parlamentar (referendum) por parte de cada Estado interessado em se tornar parte no tratado (fase interna); c) ratificação ou adesão do texto convencional, concluída com a troca ou depósito dos instrumentos que a consubstanciam; e d) promulgação e publicação do texto convencional na imprensa oficial do Estado (fase interna). Apenas aplicabilidade interna (!).
4 Veja: CVDT/69 não se ocupou das chamadas fases internas de celebração de tratados - texto convencional respeitou regras constitucionais sobre competência para concluir tratados. Conjugação fases internacionais e fases internas: procedimento complexo dos poderes da União, agregando vontades do Poder Executivo e do Poder Legislativo viés mais democrático ao processo de celebração de tratados. Trata-se de tendência característica dos textos constitucionais contemporâneos.
5 . Condições de validade: Contratantes tenham: 1) capacidade para tal; 2) agentes signatários legalmente habilitados (por meio de carta de plenos-poderes, assinada pelo Chefe do Executivo e referendada pelo Ministro das Relações Exteriores);
6 3) mútuo consentimento (livre e inequívoco direito de opção do Estado, manifestado em documentação expressa) ; 4) objeto lícito e materialmente possível (promessa de uma prestação ilícita, amoral ou fisicamente irrealizável é incapaz de formar um vínculo jurídico válido).
7 . Falta de uma condição: tratado inválido, declarado pelos tribunais internacionais competentes (Ex.: CIJ).. Autoridade competente para negociar: Direito Constitucional de cada Estado. Autoridade (designada pela Constituição) competente para delegar essa competência negocial a outrem (aos plenipotenciários).
8 . Competência para celebração de Tratados: - Chefes de Estado (e Governo): competência originária - Ministros de Relações Exteriores: competência derivada Obs.: Vide CVDT/69, art. 7, 2:
9 . Art. 7, 2, CVDT: (...) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado: a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado;
10 b) os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados; c) os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência ou organização internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do texto de um tratado em tal conferência, organização ou órgão.
11 . Críticas à exigência da Carta de Plenos Poderes Logo, Carta de Plenos Poderes = símbolo de soberania. Porém: comunicações rápidas entre governo e plenipotenciário + assinatura somente sem condão de gerar vínculo (salvo a exceção do art. 12 da Convenção de Viena de quando se dispõe no próprio tratado que a assinatura terá efeito de vinculação).
12 . Brasil: competência privativa do Chefe do Executivo para celebrar tratados. CF/88: compete privativamente ao Presidente da República - "manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos" (art. 84, inc. VII), - "celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional" (art. 84, inc. VIII).
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