DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
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- Simone Palha
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1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Fontes do Direito Internacional Público: Tratados Internacionais Parte 3 Profa. Renata Menezes
2 . Fases na formação dos tratados: A fase internacional: levada a cabo pelo Poder Executivo. Se desdobram:. negociações preliminares,. adoção do texto,. autenticação,. assinatura,. ratificação e. eventual adesão
3 . NEGOCIAÇÃO: a partir da reunião de representantes dos Estados em local e época preestabelecida. Finalidade: estudar e discutir sobre certo assunto ou tema de interesse comum, para se alcançar um entendimento. Assim: manifestações de vontades, propostas e contrapropostas, concessões feitas por uns Estados em relação a outros, fixação final de posições...
4 - Nos tratados bilaterais: As negociações iniciam-se por meio do envio de nota diplomática, informal, de um país para outro ou de chancelaria para chancelaria. Desenvolvem-se no território de um dos Estados-contratantes (ou terceiro). Se entre tratados e O.I. : sede da Organização.
5 - Nos tratados multilaterais: Normalmente, em conferência internacional ad hoc, sediada no território de um Estado negociador (ou sede de O.I. - neste caso, devem conformar-se às finalidades e aos objetivos desta).
6 No caso das conferências ad hoc: subdivididas em comissões especiais. Comissões: - preparam projeto de tratado a ser discutido e votado pelos Estados presentes, - regulamentam o prazo para fim dos trabalhos, - estabelecem as regras a serem observadas pelas partes durante as negociações, - acompanham do transcurso final dos debates.
7 Tais conferências terminam sempre com uma ata (registro dos textos adotados). Logo, sempre negociações com base em texto de tratado previamente preparado, em forma de projeto (base às conversações). Veja: texto final aprovado pode ser diferente do projeto
8 No Brasil: negociação de ato internacional acompanhada por funcionário diplomático. Ainda: texto final do acordo aprovado, sob o aspecto jurídico, pela Consultoria Jurídica do Itamaraty (MRE) e, sob o aspecto processual, pela Divisão de Atos Internacionais (DAI). Findas as negociações - tratado como concluído (CVDT)
9 . ADOÇÃO DO TEXTO: texto final resultado de acordo de vontades das partes negociantes. Resultado chancelado por ato jurídico - ato da adoção do texto convencional. Vide art. 9, 1 e 2, da Convenção de Viena de 1969: 1. A adoção do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos os Estados que participam da sua elaboração, exceto quando se aplica o disposto no parágrafo 2.
10 2. A adoção do texto de um tratado numa conferência internacional efetua-se pela maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela mesma maioria, decidirem aplicar uma regra diversa. (grifos nossos)
11 Assim: Adoção = procedimento jurídico-diplomático por meio do qual os órgãos do Estado encarregados de negociar o tratado entendem ter havido consenso sobre o texto que se acabou de negociar. Ato de vontade que chancela a redação definitiva do tratado internacional.
12 . Efeitos jurídicos resultantes da adoção do texto: art. 24, 4º, CVDT: Aplicam-se desde o momento da adoção do texto de um tratado as disposições relativas à autenticação de seu texto, à manifestação do consentimento dos Estados em obrigarem-se pelo tratado, à maneira ou à data de sua entrada em vigor, às reservas, às funções de depositário e aos outros assuntos que surjam necessariamente antes da entrada em vigor do tratado.
13 Adoção do texto não se confunde com autenticação (!): Na adoção os membros participantes assumem o texto como conveniente ou sobre o qual se deve formar o consenso conclusivo. Na autenticação há mero ato protocolar de conferir autenticidade e definitividade ao texto.
14 Assim, etapa seguinte à adoção do texto AUTENTICAÇÃO: Ato pelo qual o texto do tratado é considerado "autêntico e definitivo", nos termos do art. 1O da Convenção de Viena de Veja: autenticação apenas operação diplomático-processual em nada significando que o próprio tratado já se faz obrigatório a partir de tal ato!
15 Pelo mesmo art. 10, a, CVDT, negociadores com liberdade para escolher o procedimento de autenticação do texto: O texto de um tratado é considerado autêntico e definitivo: a) mediante o processo previsto no texto ou acordado pelos Estados que participam da sua elaboração; (...)
16 E caso a Convenção seja omissa sobre o procedimento - art. 10, b, CVDT, a saber: (...) b) na ausência de tal processo, pela assinatura, assinatura ad referendum ou rubrica, pelos representantes desses Estados, do texto do tratado ou da Ata Final da Conferência que incorporar o referido texto.
17 . Obs.: alínea b, do art. 10, CVDT: assinatura, assinatura ad referendum ou rubrica. Assinatura: ato que depende de confirmação. Ou seja, toda assinatura já é ad referendum. Saliente- se: quando se refere à assinatura, se refere aos casos previstos no art. 12, mesma convenção (assinatura já vale como comprometimento definitivo, sem necessidade de ratificação - é a chamada assinatura plena ou definitiva).
18 A prática diplomática brasileira NÃO admite a assinatura definitiva. Plenipotenciário apõe assinatura ad referendum. Em seguida, necessário ser referendado no Congresso Nacional, antes da ratificação art. 49, I, CF/88: É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
19 Rubrica = aposição de signo gráfico por parte do plenipotenciário. Prática antiga, seguida pela diplomacia em geral. Permite aos representantes dos Estados consulta aos seus governos no caso de questões ainda controversas ou não completamente definidas.
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