LEI ANTICORRUPÇÃO (LEI DE ) IMPORTANTES EFEITOS SOBRE AS EMPRESAS E OS AJUSTES INTERNOS EXIGIDOS DORAVANTE!

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1 ESPECIALIDADES TRIBUTÁRIO SOCIETÁRIO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E SOCIETÁRIO CONSTITUIÇÃO E EXTINÇÃO DE SOCIEDADES DEFESAS FISCAIS CONTRA AUTOS DE INFRAÇÃO DEFESAS ADMINISTRATIVAS EM GERAL MANDADOS DE SEGURANÇA EM DIREITO PÚBLICO AÇÕES DECLARATÓRIAS DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO- TRIBUTÁRIA ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL EXECUÇÃO FISCAL ADVOGADOS ENDEREÇO ADONILSON FRANCO Al. Santos, º andar, cjs. 407/408/409 RUBENS PEREIRA DE NOVAES JR Jardins São Paulo (SP) CEP CLEOMEDES VILAR DE VASCONCELOS Tel.: (+55) DÁVILA BARBOSA SENZIALE MACHADO E- mail: franco@francoadvogados.com.br Web: CORRESPONDENTES: BELO HORIZONTE BLUMENAU CAMPINAS CUIABÁ DISTRITO FEDERAL FORTALEZA RECIFE - MANAUS PORTO ALEGRE RIO DE JANEIRO SANTA CATARINA SÃO LUIS LICITAÇÕES PÚBLICAS (ANÁLISES DE EDITAL, IMPUGNAÇÃO E RECURSOS LICITATÓRIOS) RECURSOS E DEFESAS PERANTE TRIBUNAIS DE CONTA AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL PROCESSOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AÇÕES TRABALHISTAS (DEFESAS OU INICIAIS) CONTRATOS PÚBLICOS OU PRIVADOS (INCLUSIVE INTERNACIONAIS EM INGLÊS) PROCESSOS ADMINISTRATIVOS PERANTE MINISTÉRIOS PÚBLICOS PARECERES JURÍDICOS EM DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO MARCAS E PATENTES FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL/EXTRAJUDICIAL LEI ANTICORRUPÇÃO (LEI DE ) IMPORTANTES EFEITOS SOBRE AS EMPRESAS E OS AJUSTES INTERNOS EXIGIDOS DORAVANTE! Fruto das manifestações populares que tomaram conta de todo o País em junho/2013, a Lei Anticorrupção, aprovada em menos de dois meses pelo Congresso Nacional tem por claro objetivo alcançar os corruptores. Fundamentalmente seu objetivo são as empresas e seus dirigentes (administradores). A premissa da lei é de que só existe corrupção porque as empresas corrompem os funcionários públicos e não, ao contrário, porque sem a corrupção dos funcionários públicos o País nada se consegue, como está a comprovar o recente caso do ISS no Município de São Paulo em que, sem propina as construtoras não conseguiam as liberações de seus projetos e cujos desdobramentos ameaçam agora alcançar a alta cúpula do Executivo municipal, incluindo aí o ex- Prefeito de São Paulo! Não se considera que a corrupção só existe porque a administração pública assim o exige, seja para enriquecer os próprios corruptos, seja para financiar campanhas políticas ou para enriquecer políticos às vezes, tudo isso junto. É incrível que políticos enriqueçam com salários incapazes de tornar alguém milionário, mas é o que ocorre, de fato, no País. Os requisitos para aplicação dessa nova Lei Anticorrupção são, em síntese, dois: a) conduta ilícita por parte da PJ; b) prejuízo ao poder público, nacional ou estrangeiro. Essa lei entrará em vigor em (180 dias contados de , data de sua publicação). E até aquela data será regulamentada, quando alguns aspectos necessários para sua aplicação serão disciplinados. Seu alcance não se limita às empresas que participam de procedimentos licitatórios, mas todas que mantenham relações com o setor público.

2 Página 2 de 9 Os processos administrativos serão abertos pelas autoridades máximas de cada órgão público afetado, de qualquer dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). No âmbito do Executivo federal esse papel caberá à Controladoria Geral da União (CGU), embora cada Ministério e Secretaria tenha competência para iniciar processos administrativos dessa natureza, conduzidos por comissão formada por dois ou mais servidores, cujo prazo para conclusão do processo investigatório é de 180 dias, prorrogáveis (o Regulamento dessa lei deverá estabelecer o prazo máximo para prorrogação dos trabalhos da comissão investigativa o qual, por enquanto, é indefinido). O maior risco que se impõe às empresas é o de denúncia muitas vezes infundada de seus empregados, o que a lei estimula até mesmo oferecendo vantagens para as empresas que adotarem políticas internas de auditorias de compliance (ajustamento às normas legais para efeito de alcançar boa governança corporativa, independentemente do porte e do tipo jurídico da empresa, isto é, Ltda, S/A de capital aberto ou fechado, Simples, etc). É necessário, assim, criar Código de Conduta, realizar auditorias e controle de processos, treinar os funcionários desestimulando o envolvimento em atos de corrupção. As áreas das empresas mais próximas de riscos são as de patrocínio, marketing, investimento social e aquelas que pagam comissões. Mas não apenas essas, claro. Os efeitos dessa nova lei podem ter reflexos nas relações trabalhistas, tributárias, societárias, licitatórias, concorrencial, penal, dentre outras. É dizer, um mesmo caso aberto pela administração pública com base na Lei Anticorrupção poderá ter desdobramentos na lei de licitações (Lei 8666/93), na lei de improbidade administrativa (Lei 8429/92), autorizar a abertura de ação civil pública (Lei 7347/85), processo anticoncorrencial no CADE (Lei 12529/2011) e ação penal (Código Penal). Já se antevê restrições das instituições financeiras na concessão de crédito para empresa que participe de licitações públicas e contra a qual se descubra, posteriormente, tenha fraudado processos licitatórios! Assim, a área de compliance deverá ser fortemente incentivada por representar uma atenuante na aplicação das punições posto que a Lei prevê mecanismos de delação premiada para a empresa que denunciar a prática de atos ilegais, cuja pena, em razão do compliance efetivamente atuante pode ser reduzida em 2/3. Doravante processos de due diligences terão que incorporar também itens anticorrupção. Em certa medida essa nova lei se ajusta à sua equivalente americana, Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). A partir de fevereiro de 2014, a aplicação de penas a empresas multinacionais, no exterior, poderá autorizar a abertura de investigação no Brasil com aplicação de penas aqui também. Igualmente, atos de corrupção praticados por empresas brasileiras no exterior ou no Brasil contra o patrimônio estrangeiro ou contra compromissos internacionais assumidos pelo Brasil (como a Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais promulgada pelo Decreto no 3678/2000) serão também punidos por essa lei.

3 Página 3 de 9 De um modo geral pode- se afirmar que, se essa lei pegar, criará um ambiente muito melhor para o convívio entre as empresas, principalmente aquelas que, desde há muito, vêm se recusando a participar desse ambiente tão hostil em que as desonestas levam imensas vantagens competitivas. Vejamos seus principais aspectos e efeitos práticos: I - RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E CIVIL DAS PJS PELA PRÁTICA DE ATOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NACIONAL OU ESTRANGEIRA (ART. 1º). 1. Responsabilização administrativa e civil significa perda do direito de contratar com a administração pública (pena administrativa), por exemplo, e obrigatoriedade de reparar o prejuízo provocado à administração pública (pena de natureza patrimonial cível no caso, responsabilização de natureza civil, o que inclui também a multa aplicada pela administração pública). 2. A responsabilização não tem implicação automática no campo penal (Código Penal), tributário (CTN), trabalhista (CLT), concorrencial (Lei 8666/93), etc. Para essas existem leis próprias, como o Código Penal, a lei contra crimes tributários (Lei 8137/90), a própria CLT e normas contra prática anticoncorrencial e crimes contra a ordem econômica (CADE), bem como normas contra atos de improbidade administrativa (Lei 12846, art. 29). São alcançadas por essa norma quaisquer empresas, independentemente de seu tipo societário, porte, inclusive aquelas não formalmente constituídas. II - RESPONSABILIZAÇÃO OBJETIVA (ART. 2º). 1. Isso significa que para efeito de determinação da prática infrativa e sua responsabilização por parte da PJ não será necessária a comprovação de culpa ou dolo. Basta a comprovação da prática de atos lesivos praticados no interesse da PJ ou em seu benefício, exclusivo ou não (a isso se denomina culpa objetiva). III - RESPONSABILIZAÇÃO SOLIDÁRIA (ART. 3º). 1. Os dirigentes ou administradores serão responsabilizados juntamente com a PJ. Entretanto, serão responsabilizados na medida de sua culpa (art. 3º, 2º). Aqui, nesse ponto, a regra da culpa objetiva prevista na lei perde força. Como penalizar a PJ, independentemente de culpa ou dolo e, ao mesmo tempo, pela mesma infração penalizar seus dirigentes ou administradores desde que comprovada a culpa ou dolo deles? Na medida em que as responsabilidades desses agentes (PJ e dirigentes) é

4 Página 4 de 9 solidária, a apuração da culpabilidade ou dolo dos dirigentes vai, com certeza, atrelar a apuração da culpa ou dolo por parte da PJ. Isso vai gerar muita controvérsia no Judiciário enfraquecendo a força da lei. 2. A responsabilidade da PJ prossegue com ela mesmo tendo havido alteração contratual, ou ato societário de transformação, incorporação, fusão ou cisão (art. 4º). Portanto, de nada adiantará promover alteração societária para fugir da responsabilização administrativa e civil, como até agora costumava ocorrer na prática. 3. No entanto, a sucessora responderá apenas pelo pagamento de multa e reparação do dano causado, não respondendo por outras penalidades aplicáveis por atos e fatos ocorridos antes do ato societário como, por exemplo, proibição do direito de contratar com a administração pública, prevista na lei geral de licitações (Lei 8666/93), exceto se houve simulação ou intuito de fraude, devidamente comprovados. Aqui também a responsabilização deixa de ser objetiva para se tornar subjetiva na medida em que se exige comprovação da simulação ou intuito de fraude (art. 4º, 1º). 4. Também respondem solidariamente os consórcios constituídos para o atendimento a uma licitação pública, por exemplo (art. 4º, 2º). No caso de consórcios de empresas esse é um risco adicional que agora se apresenta, isto é, empresas honestas participantes de consórcios formados para o fornecimento de bens e serviços para a administração pública poderão se ver envolvidas em processos administrativos ou judiciais abertos com base na nova lei apenas porque um de seus parceiros no consórcio tenha adotado práticas enquadradas como atos de corrupção. IV - ATOS CONSIDERADOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ART. 5º) 1. São aqueles que provoquem prejuízo ao patrimônio público, nacional ou estrangeiro, princípios da administração pública (como aqueles previstos na lei geral de licitações, Lei 8666/93, art. 3º) ou compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, tais como: a) oferecer propina a agente público ou a terceiros a ele relacionados (art. 5º, I); b) financiar, custear ou patrocinar a prática de atos ilícitos (art. 5º, II); c) utilizar- se de laranjas para a prática de ilícitos (art. 5º, III); d) frustrar ou fraudar licitações públicas (art. 5º, IV, a ); e) impedir, perturbar ou fraudar licitação pública (art. 5º, IV, b e d ); f) afastar licitante mediante direcionamento da licitação (art. 5º, IV, c ); g) criar de modo fraudulento ou irregular, PJ para participar de licitação pública (art. 5º, IV, e ); h) obter vantagem com modificações ou prorrogações de contratos de fornecimento público, sem autorização legal, mediante emprego de fraude (art. 5º, IV, f ); i) fraudar o equilíbrio econômico- financeiro dos contratos celebrados com o poder público (art. 5º, IV, g ); j) dificultar a investigação ou fiscalização do poder público, inclusive agências reguladoras e órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional, ou intervir em sua atuação (art. 5º, V). V - PENALIDADES APLICÁVEIS INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA (ARTS. 6º A 17)

5 Página 5 de 9 a) São aplicáveis contra a PJ as seguintes penalidades: a) multa de 0,1% a 20% do faturamento bruto (excluídos os tributos) no exercício social anterior ao da instauração do processo administrativo, cujo montante não poderá ser inferior à vantagem obtida pela PJ, quando possível sua estimação; b) publicação da decisão condenatória em jornal de grande circulação ou publicação nacional, além de afixação, por 30 dias, no próprio estabelecimento e na internet (art. 6º, I e II e 5º). b) Serão responsáveis pela condução dos processos administrativos para apuração de responsabilidade da PJ as autoridades máximas do órgão público envolvido (executivo, legislativo ou judiciário), seja da esfera federal, estadual ou municipal (art. 8º). 1. A publicação da decisão condenatória em jornal de grande circulação e na internet, por si, será devastadora para a imagem pública da empresa. 2. As sanções podem ser cumulativas e serão precedidas de manifestação da advocacia pública ou assistência judiciária (art. 6º, 1º e 2º) e não exclui a obrigação de reparação integral do dano causado (art. 6º, 3º). Se não for possível aplicar o percentual de multa (0,1% a 20%), esta será fixada entre o mínimo de R$ 6 mil e o máximo de R$ 60 milhões (art. 6º, 4º). Sabidamente não há setor da economia com margem de lucro igual ou superior a 20% do faturamento bruto! 3. As penas vão muito além da mera reparação do prejuízo causado à administração pública posto incluir a reparação do dano, a pena de multa e, sendo o caso, a pena de perdimento dos bens, direitos ou valores. Pode ser que os empresários e administradores se perguntem: e quanto aos funcionários públicos que tenham se beneficiado de propinas o que se sucederá com eles? Para eles, no caso de licitação pública a lei reserva pena de multa e até prisão; a lei de improbidade administrativa reserva- lhes pena de afastamento de serviço público e multa; a lei penal prevê prisão, etc. Essa nova lei não prevê, entretanto, obrigação de devolução, por parte dos agentes públicos, dos bens, direitos ou valores recebidos fraudulentamente! 4. Na aplicação das sanções serão considerados: a) gravidade da infração; b) vantagem auferida; c) consumação ou não da infração; d) grau de lesão ou perigo de lesão; e) efeito negativo produzido pela infração; f) situação econômica do infrator; g) cooperação da PJ para apurar as infrações cometidas; h) existência de mecanismos internos na PJ capazes de prevenir atos de corrupção, inclusive existência de auditorias (compliance), incentivos à denúncia de irregularidades e aplicação efetiva de Códigos de Ética e de conduta os quais serão avaliados pelos órgãos julgadores de acordo com parâmetros estabelecidos em Regulamento a ser expedido até (art. 7º, I a VIII e par. único); i) o valor dos contratos mantidos pela PJ com o setor público lesado (art. 7º, IX). 5. Sobre a letra h, imediatamente acima, verifica- se ter- se tornado absolutamente necessário o estabelecimento de Códigos de Ética e de Condutas internas a serem observados por todos os funcionários, bem como a realização de auditoria que comprove a observância ao Código de Ética, além de campanhas de incentivo à denúncia de irregularidades nas relações da empresa com o setor público. Esse é o mecanismo capaz de reduzir as penas administrativas aplicáveis à empresa, especialmente a pena de multa.

6 Página 6 de 9 6. Entretanto, o incentivo à denúncia de irregularidades tem o seu reverso, já que poderá estimular os empregados a oferecerem denúncias infundadas contra as empresas para as quais trabalham ou ameaçá- las de fazê- lo apenas para chantageá- las, provocando estrago inestimável em sua imagem pública se consumada a ameaça. Nesse caso, a empresa será vítima e terá que buscar, no Judiciário, reparação que, na maioria das vezes, nem de longe reparará o prejuízo causado. 7. Tome- se o exemplo de empresa que sequer forneça para a administração pública, mas que será alcançada pela Lei Anticorrupção. O caso da espanhola Zara, ocorrido recentemente, bem ilustra essa possibilidade. Aquela empresa foi acusada de empregar trabalho em condição de semiescravidão na produção de suas peças do vestuário. Isso envolveu o Ministério Público do Trabalho, vazou para a imprensa e provocou um estrago enorme à imagem pública dela. Na verdade, soube- se depois, aquela empresa contratava uma empresa fornecedora e esta, a sua vez, terceirizava a produção, aí, sim, contratando imigrantes latino americanos em situação ilegal no País. Suponha- se que um empregado denuncie seu empregador por prática semelhante e indique que a fiscalização trabalhista tenha recebido propina para não autuá- lo. Pronto, estará feito o estrago, mesmo que depois seja comprovado que a empresa era inocente no episódio! 8. A União, Estados e Municípios deverão constituir órgãos para instaurar processos administrativos de responsabilização das PJs. No âmbito da União a Controladoria Geral da União (CGU) fará esse papel (art. 8º, 2º). O Estado de São Paulo espera a regulamentação dessa lei para constituir órgão próprio, administrativo, com a função de centralizar a condução desses processos debaixo da Corregedoria- Geral da Administração estadual (CGA), o que deverá ocorrer até fevereiro de A comissão responsável pela condução dos processos administrativos terá 180 dias contados da publicação do ato que a instituir prorrogáveis por prazo indefinido, o qual deverá ser fixado em Regulamento dessa Lei, para apresentar relatórios sobre os fatos apurados e responsabilização da PJ, sugerindo as sanções aplicáveis (art. 10, 3º). A conclusão da comissão será remetida para o julgamento à autoridade que autorizou a instauração do processo (art. 12). 10. A PJ terá prazo de 30 dias, contados da intimação, para apresentar sua defesa, prazo esse muitas vezes exíguo (art. 11). 11. Concluído o processo e não havendo pagamento do dano causado, o crédito será inscrito na Dívida Ativa para o início de processo de Execução (art. 13, par. único). Nesse caso, a empresa terá que oferecer bens à penhora e poderá vir a ser impedida de obter certidões necessárias para contratar com a administração pública, obter créditos junto a instituições financeiras oficiais, etc. 12. A comissão designada para apurar responsabilidade da PJ dará conhecimento de seus trabalhos ao Ministério Público para apuração de eventuais delitos de natureza penal (art. 15), inclusive cível (improbidade administrativa, etc). 13. Embora não esteja esclarecido nessa Lei Anticorrupção, são aplicáveis no processo administrativo federal as regras da Lei 9784/89, a qual rege o processo administrativo não tributário. E, nos Estados e Municípios que não tiverem regras próprias para o procedimento administrativo, também será aplicável essa lei federal, subsidiariamente.

7 Página 7 de 9 Ocorre que essa lei estabelece o prazo de 30 dias para a manifestação da administração pública sobre cada etapa dos processos administrativos, além de exigir amplo direito de defesa e contraditório. Ocorre que esse prazo, na aplicação da Lei Anticorrupção fica excepcionalmente dilatado para 180 dias. 14. A personalidade jurídica será desconsiderada sempre que a PJ tiver sido utilizada com abuso de direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática de atos ilícitos ou para provocar confusão patrimonial, caso em que as sanções aplicáveis à PJ serão extensíveis aos administradores e sócios (art. 14). Sobre isto, aplicáveis também as regras do Código Civil, art Notar que a Lei Anticorrupção diz abuso de direito, não abuso de forma, de modo que, em princípio, as formas jurídicas escolhidas pela PJ para conduzir seus negócios não poderão ser questionadas pela Comissão instaurada para apurar corrupção porque, enquanto não regulamentadas as disposições do Código Tributário Nacional (art. 116, par. único), prosseguem sendo legítimas as opções do contribuinte que estruture seus negócios da forma que resulte em menor carga tributária. E o que isso tem a ver com a Lei Anticorrupção se o objetivo desta é reparar o prejuízo à administração pública? Tem tudo a ver: tome- se como exemplo casos recentes em que processos administrativos analisados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) foram concluídos com decisões favoráveis aos contribuintes em razão do que 3 de seus conselheiros, representantes da fiscalização e que votaram a favor dos contribuintes, foram afastados por determinação do Ministro da Fazenda. Se houver suspeita de corrupção na obtenção da decisão favorável, processos baseados nessa nova lei poderão ser instaurados em casos semelhantes. E se o caso envolvido for fundado em abuso de forma e não de direito, as decisões que tenham favorecido os contribuintes poderão ser confirmadas caso em que, em princípio, afastarão a aplicação dessa nova lei anticorrupção. 16. É admitido acordo de leniência pelo qual a PJ se compromete a se autodenunciar em troca de redução de sua pena. Para isso deve colaborar com as investigações e o processo administrativo, desde que sua colaboração resulte em identificação dos demais envolvidos na infração e na rápida obtenção de informações e documentos que comprovem o ilícito (art. 16, I e II). No âmbito federal será da CGU a competência para firmar acordo de leniência (art. 16, 10). 17. O acordo de leniência somente será celebrado se a PJ: a) manifestar seu interesse em cooperar; b) cessar completamente seu envolvimento na infração; c) admitir sua participação no ilícito e cooperar permanentemente com as investigações e o processo administrativo conduzido para sua apuração (art. 16, 1º). 18. O acordo de leniência afastará da PJ e do grupo econômico do qual participa a pena de ter seu nome publicado em jornal de grande circulação e na internet, além do que preservará seu direito de prosseguir recebendo incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimo públicos (art. 16, 2º e 5º), mas não as eximirá da obrigação de reparar integralmente o dano causado (art. 16, 3º). 19. Nos casos de ilícitos em licitação pública o acordo de leniência poderá afastar ou atenuar a sanções administrativas previstas na Lei Geral de Licitações (Lei 8666/93): a) multa; b) advertência; c) suspensão; d) declaração de inidoneidade.

8 Página 8 de 9 VI - PENALIDADES APLICÁVEIS INSTÂNCIA JUDICIAL (ARTS. 18 A 21) a) No âmbito judicial poderão ser aplicadas penas de: a) perdimento de bens, direitos ou valores representativos das vantagens obtidos com a infração; b) suspensão ou interdição parcial das atividades da PJ; c) dissolução compulsória da PJ; d) proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos públicos pelo prazo de 5 anos (art. 19, I a IV). b) A multa e o perdimento de bens, direitos e valores serão destinados aos órgãos ou entidades públicas lesados (art. 24). c) A dissolução da PJ será determinada pela Justiça quando comprovado o desvirtuamento da PJ para a prática continuada de ilícitos ou ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários (empresas fantasmas) (art. 19, 1º a 3º). d) O Ministério Público poderá requerer em juízo a indisponibilidade de bens, direito e valores da PJ necessários ao pagamento da multa e reparação integral do dano causado. VII - CRIAÇÃO DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS PUNIDAS (CNEP) (ART. 22) 1. É criado no âmbito federal o Cadastro Nacional das Empresas Punidas (CNEP) que dará publicidade às sanções aplicadas, para onde convergirão os dados relativos às sanções aplicadas (art. 22, 1º). 1. No CNEP constarão a razão social, CNPJ, tipo de sanção, data da aplicação, data final da vigência da penalidade (art. 22, 2º, I a III), os quais ali permanecerão até que decorrido o prazo da sanção ou após cumprimento integral do acordo de leniência e da reparação do dano causado (art. 22, 5º). 1. As infrações de multa, advertência, suspensão temporária e declaração de inidoneidade previstas na Lei Geral de Licitações (arts. 87 e 88) serão também informados no CNEP (art. 23). 1. Além disso, todas as esferas de governo deverão manter atualizados os dados relativos às sanções por eles aplicadas no âmbito da Lei Geral de Licitações, no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) (art. 23). 1. É absolutamente importante esclarecer que se até agora a inscrição dessas informações no Sistema de Cadastramento Unificado de Serviços Gerais (SICAF regulamentado pela IN MARE 5/95) do governo federal tinha efeito nulo para efeitos licitatórios, a partir de não mais será assim. Seu efeito poderá ser devastador para as empresas. Todavia, se, com base no registro lançado pela

9 Página 9 de 9 administração pública no CNEP alguma empresa vier a ser impedida de participar de licitações públicas, deverá buscar imediatamente o Judiciário já que as duas únicas situações em que a Lei Geral de Licitações autoriza a vedação à participação em certames são os casos de suspensão/impedimento e declaração de inidoneidade (Lei 8666/93, art. 87, III e IV). Não sendo esses os casos registrados no CNEP, a administração pública não estará autorizada a impedir a participação de empresas nos certames licitatórios. 2. Já no caso de registro no CEIS será diferente já que ali serão mantidos os dados de empresas inidôneas e suspensas, portanto, impedidas de participar em certames licitatórios. Portanto, ao que parece o que poderá ser confirmado quando essa lei vier a ser regulamentada, ao lado do SICAF existirão doravante, também o CNEP para o registro em Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP) por práticas contra a Lei Anticorrupção e o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) para o registro de empresas que tenham sido suspensas e impedidas de participar de licitações. O SICAF prosseguirá sendo utilizado exclusivamente pela administração pública federal para registro de penalidades de menor potencial ofensivo contra a administração federal, quer na fase licitatória, quer no descumprimento de contratos públicos, como penas de advertência e multa. VIII - PRESCRIÇÃO (ART. 25) a) Prescrevem em 5 anos as infrações administrativas e judiciais, contado esse prazo da data em que o órgão investigativo público tomar ciência da infração ou do dia em que tiver cessado sua prática (art. 25). 3. Prescrição é a perda do direito da administração pública ou do Ministério Público de iniciar ou prosseguir na condução de processos administrativos ou judiciais contra a PJ instaurados com base nessa Lei Anticorrupção. Esse prazo é de 5 anos. E não se confunde com o prazo de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração pública (Lei 8666/93, art. 87, III) ou mesmo declaração de inidoneidade para contratar com a administração pública (Lei 8666/93, art. 87, IV), cujos prazos de penalização, uma vez decretados após findo o processo administrativo ou judicial, serão de 2 anos (suspensão ou impedimento) ou até que extintos os motivos que determinaram essa pena ou ressarcida a administração dos prejuízos causados (inidoneidade). 11 de novembro de Franco Advogados Associados

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