Ética, Profissão e Cidadania Professor Paulo Sérgio Walenia. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 1
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1 Ética, Profissão e Cidadania Professor Paulo Sérgio Walenia 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 1
2 Nesta seção os seguintes assuntos serão abordados: Definição Conceitos Direitos Básicos do Principais pontos do CDC Interferência com o Código Civil 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 2
3 Definição O Código Brasileiro de Defesa do (CDC) é um ordenamento jurídico, um conjunto de normas que visam a proteção e defesa aos direitos do consumidor, assim como disciplinar as relações de consumo entre fornecedores e consumidores finais e as responsabilidades que tem esses fornecedores (fabricante de produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor final, estabelecendo padrões de conduta, prazos e penalidades. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 3
4 Conceitos é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário final. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 4
5 Conceitos Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 5
6 Conceitos Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 6
7 Direitos Básicos do I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 7
8 Direitos Básicos do III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 8
9 Direitos Básicos do V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 9
10 Direitos Básicos do VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 10
11 Direitos Básicos do IX - (Vetado); X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 11
12 Direitos Básicos do Art. 7 Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade. Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 12
13 Normas Técnicas Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (...) VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 13
14 Saúde e Segurança Art. 8º - Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 14
15 Saúde e Segurança Art. 9º - O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. Art O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 15
16 Saúde e Segurança Finalmente, é importante destacar que a Saúde e Segurança dos consumidores competem aos diversos setores da organização: 1. Engenharia de projetos 2. Engenharia de produção 3. Controle de qualidade 4. Compras 5. Marketing e publicidade 6. Vendas 7. Centro de atendimento 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 16
17 Saúde e Segurança Engenharia de projetos: depois dos dirigentes, provavelmente os projetistas são os maiores responsáveis para que um produto seja seguro. A maioria dos engenheiros nunca recebeu um treinamento formal sobre prevenção de acidentes. Seus esforços nessa área, via de regra, são baseados somente em suas próprias opiniões sobre se existe ou não um determinado risco, em condições óbvias e aparentes ou em informações passadas a eles por supervisores, colegas de trabalho ou através de publicações técnicas. Para minimizar os problemas que essa situação pode acarretar, resultando em produtos inseguros, é necessário que os engenheiros de projeto recebam um treinamento adequado sobre Segurança de Produtos e observem os critérios estabelecidos pelo staff de segurança (isto é válido também para todos os outros setores relacionados a seguir). 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 17
18 Saúde e Segurança Engenharia de produção: os engenheiros da produção devem assegurar que os defeitos ou mudanças de manufatura não degradem a segurança do produto como, por exemplo, a existência de pontos ou bordas pontiagudas ou superfícies ásperas desnecessárias que podem ferir pessoas, ou podem cortar ou danificar o isolamento de fios, provocando choques elétricos nos usuários. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 18
19 Saúde e Segurança Compras: materiais, componentes etc. devem ser adquiridos de acordo com as especificações estabelecidas. Deve existir um estreito relacionamento com o staff de segurança do produto, a fim de serem controlados os itens que são críticos em termos de segurança, e aqueles em que devem ser enfatizados sua confiabilidade e controle de qualidade. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 19
20 Responsabilidades Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 20
21 Responsabilidades 1 O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação. 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado. 3 O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar: I - que não colocou o produto no mercado; II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 21
22 Responsabilidades Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 22
23 Responsabilidades 1 O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 3 O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 4 A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 23
24 Responsabilidades Art Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes no recipiente da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 24
25 Responsabilidades Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I-a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II-a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. 1 A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. 2 São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 25
26 Responsabilidades Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade. Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 26
27 Responsabilidades Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. 1 Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores. 2 Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 27
28 Responsabilidades Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 1 Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 28
29 Responsabilidades 2 Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 3 Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial iniciase no momento em que ficar evidenciado o defeito. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 29
30 Responsabilidades Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 30
31 Empreita O Código Civil Art O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais. 1 o A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 2 o O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 31
32 Empreita O Código Civil Art Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos. Art Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa correrão por conta do dono. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 32
33 Empreita O Código Civil Art Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos. Art Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa correrão por conta do dono. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 33
34 Empreita O Código Civil Art Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer antes de entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a retribuição, se não provar que a perda resultou de defeito dos materiais e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 34
35 Empreita O Código Civil Art Se a obra constar de partes distintas, ou for de natureza das que se determinam por medida, o empreiteiro terá direito a que também se verifique por medida, ou segundo as partes em que se dividir, podendo exigir o pagamento na proporção da obra executada. 1 o Tudo o que se pagou presume-se verificado. 2 o O que se mediu presume-se verificado se, em trinta dias, a contar da medição, não forem denunciados os vícios ou defeitos pelo dono da obra ou por quem estiver incumbido da sua fiscalização. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 35
36 Empreita O Código Civil Art Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza. Art No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço.. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 36
37 Empreita O Código Civil Art O empreiteiro é obrigado a pagar os materiais que recebeu, se por imperícia ou negligência os inutilizar. Art Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo. Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 37
38 Empreita O Código Civil Art Salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo plano aceito por quem a encomendou, não terá direito a exigir acréscimo no preço, ainda que sejam introduzidas modificações no projeto, a não ser que estas resultem de instruções escritas do dono da obra. Parágrafo único. Ainda que não tenha havido autorização escrita, o dono da obra é obrigado a pagar ao empreiteiro os aumentos e acréscimos, segundo o que for arbitrado, se, sempre presente à obra, por continuadas visitas, não podia ignorar o que se estava passando, e nunca protestou. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 38
39 Empreita O Código Civil Art Se ocorrer diminuição no preço do material ou da mão-de-obra superior a um décimo do preço global convencionado, poderá este ser revisto, a pedido do dono da obra, para que se lhe assegure a diferença apurada. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 39
40 Empreita O Código Civil Art Sem anuência de seu autor, não pode o proprietário da obra introduzir modificações no projeto por ele aprovado, ainda que a execução seja confiada a terceiros, a não ser que, por motivos supervenientes ou razões de ordem técnica, fique comprovada a inconveniência ou a excessiva onerosidade de execução do projeto em sua forma originária. Parágrafo único. A proibição deste artigo não abrange alterações de pouca monta, ressalvada sempre a unidade estética da obra projetada. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 40
41 Empreita O Código Civil Art Se a execução da obra for confiada a terceiros, a responsabilidade do autor do projeto respectivo, desde que não assuma a direção ou fiscalização daquela, ficará limitada aos danos resultantes de defeitos previstos no art. 618 e seu parágrafo único. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 41
42 Empreita O Código Civil Art Mesmo após iniciada a construção, pode o dono da obra suspendê-la, desde que pague ao empreiteiro as despesas e lucros relativos aos serviços já feitos, mais indenização razoável, calculada em função do que ele teria ganho, se concluída a obra. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 42
43 Empreita O Código Civil Art Suspensa a execução da empreitada sem justa causa, responde o empreiteiro por perdas e danos. Art Poderá o empreiteiro suspender a obra: I - por culpa do dono, ou por motivo de força maior; II - quando, no decorrer dos serviços, se manifestarem dificuldades imprevisíveis de execução, resultantes de causas geológicas ou hídricas, ou outras semelhantes, de modo que torne a empreitada excessivamente onerosa, e o dono da obra se opuser ao reajuste do preço inerente ao projeto por ele elaborado, observados os preços; III - se as modificações exigidas pelo dono da obra, por seu vulto e natureza, forem desproporcionais ao projeto aprovado, ainda que o dono se disponha a arcar com o acréscimo de preço. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 43
44 Empreita O Código Civil Art Não se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes, salvo se ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro. 11/8/2017 UTFPR Campus Curitiba DAELT Ética, Profissão e Cidadania 44
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