MUDANÇAS TERRITORIAIS E POPULACIONAIS NO ESTADO DO PIAUÍ NOS ANOS 90: Aspectos socioeconômicos e demográficos dos municípios produtores de soja

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1 MUDANÇAS TERRITORIAIS E POPULACIONAIS NO ESTADO DO PIAUÍ NOS ANOS 90: Aspectos socioeconômicos e demográficos dos municípios produtores de soja Antonio de Ponte Jardim 1 - Introdução Este capítulo tem por objetivo caracterizar, de modo sintético, os principais aspectos da ocupação demográfica do Estado do Piauí entre 1991 e 2000, a sua relação entre território e população, como indicador de concentração e dispersão da população. Neste período os cerrados do sudoeste e sul do Piauí começaram a serem ocupados pelo cultivo da soja. O estado do Piauí sofreu um processo de fragmentação de seu território, inclusive no interior das microrregiões produtoras de soja. A partir da relação entre território e população, se dará ênfase às condições de ocupação demográfica dos principais municípios produtores de soja no Piauí, a partir de 1991; aos aspectos do crescimento demográfico no Estado, como um todo e na região da sojecultura; à questão da atividade da população e de sua ocupação econômica; as condições migratórias e o seu impacto nas áreas de soja. Finalmente, analisar-se-á as condições socioeconômicas da maioria da população residente nos municípios com cultivo de soja. A partir dessas relações levantaremos, ao longo deste capítulo, algumas questões sobre o impacto da soja no desenvolvimento econômico sobre a população local, procurando avaliar a situação da ocupação demográfica e as condições socioeconômicas dos municípios no período inicial do cultivo da soja no Piauí. Neste sentido, pergunta-se: será que as condições socioeconômicas da população residente melhoram ou não com a vinda da cultura da soja? 2 Mudanças territoriais e populacionais no Estado do Piauí nos anos 90 Os principais municípios produtores de soja do Estado do Piauí encontram-se no Sudoeste e Sul do Estado, onde se localizam os tabuleiros do Alto Parnaíba e a Chapada das Mangabeiras correspondendo as microrregiões do Alto Parnaíba, Alto Médio Gurguéia e Bertolínia, onde se encontram a maioria dos cerrados piauienses, áreas de expansão da soja no estado. O estado do Piauí possuía somente 6% da população nordestina e 16,2% da área do Nordeste, Entretanto, foi um dos estados onde houve grande fragmentação territorial entre os anos 1991 e Foram criados 103 novos municípios no período de 9 anos que, em sua maioria, possuíam até 10 mil habitantes (tabela 1). Entretanto, cerca de 30% da população Neste capítulo contamos com a coloboração de Italmar Santos Oliveira na elaboração dos dados provenientes dos Censos demográficos de 1991 e

2 piauiense residida em sua capital, Teresina, em 2000 e outros 30% nos municípios com até 20 mil habitantes. No Piauí 30% da população vivia em 74% dos municípios que correspondiam a 31 municípios de até 20 mil habitantes, em Estes valores crescem no período intercensitário ( ) de 90,5% responsável por 46,1% da população residente. Neste período, o número de municípios cresceu na ordem 87,3% enquanto que a população piauiense foi de 10,1%, ou seja, em Tabela 1 Número de municípios e população segundo o tamanho populacional, 1991, TAMANHO NÚMERO DE MUNICÍPIOS POPULAÇÃO POPULACIONAL Até 10 mil habitantes De 10 a 20 mil hab De 20 a 50 mil hab De 50 a 100 mil hab De 100 a 500 mil hab De 500 a 1 milhão hab Total Fonte: Censos Demográficos de 199, torno de 1 % aa. Estes dados estariam apontando para uma nova distribuição espacial da população, via fragmentação do território no período de ou polarização entre o urbano metropolitano e o rural, com concentração populacional em áreas urbanas, voltado para agricultura capitalista? Acreditamos que outros fatores estariam contribuindo para esta fragmentação, por exemplo, entre eles, a disputa por recursos federais alocados diretamente nos municípios, como um dos elementos fundamentais na sustentação orçamentária da maioria dos municípios que não dispõe de recursos próprios. Constata-se que somente 1 município (Parnaíba) possuía população entre 100 e 500 mil habitantes, ou seja, é considerado município de porte médio demográfico 1, com aproximadamente 128 mil habitantes em 1991 e 132 mil em Este crescimento foi superior a crescimento médio anual do Estado ( 3,72% aa contra 1,08% aa). A fragmentação territorial do Piauí contribuiu, por um lado, para a polarização do Estado em termos populacionais e territoriais no sentido que os centros de 20 a 100 mil habitantes vêm perdendo população, enquanto que os com menos de 20 mil habitantes aumentaram em número e em termos populacionais. Por outro, mais de 30 % da população, em 2000, estava residindo nos 2

3 principais centros regionais do Estado. Esta situação nos sugere que está havendo uma ruralização do Piauí, com esvaziamento de sua população rural, com fortes contradições sociais e econômicas estampadas nos índices de exclusão sociais são um dos maiores do país (Lima, 2003), principalmente em suas áreas urbanas. No cômputo geral da distribuição espacial piauiense observa-se que há uma equidistribuição entre população e território, no sentido que a curva de Lorenz e o índice de Gini estão ao redor de 50% 2. O mesmo não se poderá afirmar em relação às condições sócioeconômicas, como veremos posteriormente. A fragmentação do território piauiense ocorreu com municípios de baixa densidade demográfica e com concentração de sua população em áreas urbanas sem infraestrutura urbana e de equipamentos sociais, que é um indício do processo de precarização e exclusão social da maioria do homem do campo, advinda da disputas políticas, onde a introdução do agronegócio é responsável na área da soja por esse processo, pelo fato que ele necessita de grandes extensões de terra, pouca mão-de-obra que a utiliza temporariamente. Outro aspecto a ser considerado é que antes da ocupação do agronegócio os cerrados piauienses eram considerados vazios demográficos, onde existiam pastagens naturais, com criação de gado extensiva, mas não estavam desocupados demograficamente. Os cerrados continuam a apresentarem vazios demográficos só com uma diferença: antes, extração e criação de gado extensivo; hoje, desmatamento e instalação do agronegócio e decrescimento na população rural e baixa densidade demográfica, especialmente nos principais municípios produtores de soja (tabela 4). A introdução da soja foi responsável pelas profundas alterações na relação sociais, econômicas e políticas na região da sojicultura. A relação entre fragmentação do território piauiense e a introdução da modernização no campo não estaria associada ao controle político da distribuição espacial da população no território e a ocupação dos chamados vazios demográficos? A densidade demográfica como a fragmentação do território possivelmente se associada à geografia política do voto e à distribuição de recursos federais. Podem revelar também aspirações de manutenção ou mudança em relação ao controle da ordem política locais (Bras, 1995, pp: 15-22), onde a captação de recursos do governo federal servirá, por um lado, de estímulo para o aumento considerável de municípios, por outro, a alteração do território significa perda de recursos para os municípios mãe em favor dos novos municípios (Alves, Alves, 2008) e a deterioração em suas condições socioeconômicas. 3 - As condições populacionais das microrregiões produtoras de soja no Piauí O Piauí ao nível nacional continua a ser considerado como um estado de baixa densidade demográfica, ocupando a 25ª posição no ranking nacional nas condições socioeconômicas do país. Condições estas que se reproduzem em seu interior. Estas contradições poderão ser evidenciadas 3

4 através de suas microrregiões, especialmente as do Alto Parnaíba, Bertolínia e Alto Médio Gurguéia, onde estão localizados os principais municípios produtores de soja do Estado, que detêm somente 5% da população do Estado e 4,7% dos migrantes, em 2000 (tabela 2). Ressalta-se, entretanto, pelo fato de ser uma área não populosa não significa que não haja contradições sociais e econômicas entre o desenvolvimento econômico e social locais. Grande parte da apropriação dos lucros advindos do agronegócio não fica nos municípios nos municípios produtores de soja, e que devido a baixa participação política da população e a sua relação com o clientelismo, os dividendos da riqueza não traz benefícios para a maioria da população local, mas exclusão social e concentração de renda para uma minoria. A introdução de novas formas produtivas no campo alteraram profundamente as escalas econômicas e sociais, ao nível local e regional (Swyngedow, 1997), cujas conseqüências têm impactos sobre a constituição da população local, assim como a forma de percepção, concepção e representação da realidade local (Jardim, 2007). Estaria a modernização econômica do Piauí associada aos acordos políticos e a tomada do poder local? Esta questão não poderá ser respondida diretamente, haja vista que somente temos indícios de mudanças vistas através dos indicadores econômicos e sociais, cujas relações demonstram estruturas e tempos socialmente diferenciados, que se apresentam como contraditórios, mas na realidade se complementam quando associados entre si, estampando a modernização no campo do sudoeste e sul piauienses. A análise da participação da mobilidade da população (migrante, migrante pendular e imigração), e das suas condições de atividade 3 - Economicamente Ativa (PEA) e da população ocupada, assim como a sua participação no conjunto da população residente de cada microrregião, em 2000, nos permite verificar que, a exceção de Bertolínia, a contribuição dos não migrantes era superior a do Estado em relação à mobilidade de sua população (tabela 4), o que nos indica a permanência de estrutura sociais e econômicas tradicionais na região, apesar das transformações na estrutura fundiária recente associada aos processos migratórios. Que fatores estariam contribuindo para imobilidade da população numa área de modernização capitalista no campo? No caso de Bertolínia, aproximadamente um terço de sua população era migrante (pendular e imigrante), onde mais de um quinto trabalhava e/ou estudava em município diferente de sua residência, percentual superior ao do Estado. Este fato é importante a ser destacado no sentido que poderá estar indicando, por um lado, que o desenvolvimento econômico da região trouxe, provavelmente, melhorias nas condições de vida e de trabalho para a maioria da população local, uma vez que o trabalho e/ou estudo não estão na região de residência. Por outro, destaca-se que Bertolínia foi uma das microrregiões piauienses que apresentou uma das menores taxas de desocupação no Estado, 2000, em torno de 8% de sua população e, portanto, com uma das maiores 4

5 taxas de ocupação e de dependência econômica no Estado, em Estes dados poderão estar indicando, por um lado, melhorias nas condições sócio-econômicas da população, o permite que Tabela 2 Participação Percentual da Residente, Não Migrante, Migrante, Migrante Pendular, Imigrante, PEA E Ocupada, Segundo Microrregiões do Piauí Microrregiões 2000 Não Migrante Total Migrantes Imigrantes PEA Ocupada Estado ( ) ( ) (849964) ( ) ( ) ( ) Total das principais microrregiões produtoras de soja(*) 5,36 5,64 4,69 4,79 4,56 5,12 Baixo Paranaíba 10,67 11,78 8,06 7,70 10,84 11,28 Litoral Piauiense 9,60 9,49 9,86 14,37 8,80 8,75 Teresina 30,90 25,87 42,69 36,95 32,89 31,05 Campo Maior 7,42 8,50 4,88 5,33 6,75 6,95 Médio Parnaíba 4,40 4,35 4,53 3,84 4,03 4,19 Valença do Piauí 3,63 3,69 3,44 3,12 3,74 3,85 Alto Paranaíba 1,29 1,45 0,90 1,19 1,20 1,25 Bertolínia 1,35 1,30 1,47 1,05 1,22 1,25 Floriano 4,20 4,03 4,61 4,26 4,07 4,13 Alto Médio Gurguéia 2,72 2,89 2,32 2,31 2,57 2,62 São Raimundo Nonato 4,26 4,98 2,59 3,31 4,33 4,52 Chapadas do Extremo Sul 2,68 2,87 2,25 3,07 2,70 2,81 Picos 6,52 6,94 5,54 5,30 6,78 6,91 Pio IX 1,86 2,01 1,50 2,06 1,99 2,12 Alto Médio Canidé 8,50 9,87 5,31 6,15 8,11 8,32 Fonte: IBGE Censo Demográfico de Nota: (*) O percentual do total das principais microrregiões produtoras de soja foi calculado em relação ao total do Estado. parte desta esteja se locomovendo para estudar em outra localidade diferente da de residência (migrante pendular) 4, por outro, expulsão do homem do campo, exigindo uma maior uma mobilidade pendular de sua população. Haverá necessidade de se qualificar esses deslocamentos, uma vez que os empregos no agronegócio são, em sua maioria, qualificados e não absorvem a maioria da população local, no sentido que a mobilidade do capital ocorre através da abertura de novos territórios, seja em relação às novas formas de trabalho, ou em termos de tentativas de expropriação de grupos tradicionais locais (Bernardes, 2007), contribuindo, assim, para uma maior mobilidade espacial de sua população. Por exemplo, a pendularidade nas microrregiões da soja é superior à do Estado (tabela 3). 5

6 Tabela 3 Porcentagem da população não-migrante, migrante total, pendular, imigrante, PEA e população ocupada, segundo o estado do Piauí e microrregiões Microrregiões Não Migrante Total Mobilidade da Mobilidade Pendular Imigração PEA Ocupada Estado 70,11 29,89 17,01 12,89 40,34 36,10 Total das principais microrregiões 73,83 26,17 15,21 10,97 37,55 34,49 produtoras de soja Baixo Paranaíba 77,42 22,58 13,28 9,30 41,00 38,10 Litoral Piauiense 69,30 30,70 11,42 19,28 36,97 32,92 Teresina 58,70 41,30 25,89 15,41 42,94 36,29 Campo Maior 80,34 19,66 10,41 9,25 36,68 33,80 Médio Parnaíba 69,23 30,76 19,51 11,25 36,96 34,40 Valença do Piauí 71,25 28,75 17,68 11,07 41,58 38,27 Alto Paranaíba 78,95 21,04 9,10 11,94 37,76 35,00 Bertolínia 67,57 32,43 22,40 10,03 36,26 33,31 Floriano 67,21 32,79 19,72 13,06 39,06 35,47 Alto Médio Gurguéia 74,52 25,48 14,51 10,97 38,09 34,84 São Raimundo Nonato 81,82 18,18 8,18 10,00 40,97 38,31 Chapadas do Extremo Sul 74,90 25,10 10,36 14,75 40,61 37,74 Picos 74,60 25,40 14,93 10,47 41,93 38,26 Pio IX 75,87 24,13 9,85 14,28 43,22 41,30 Alto Médio Canidé 81,34 18,66 9,35 9,32 38,46 35,33 Fonte: IBGE Censo Demográfico de Nota: A migração pendular refere-se à definição censitária das pessoas que se deslocam do município de residência a outro para trabalhar e ou estudar. As taxas de desocupação da PEA estadual 5 variam de 15,5 % (Teresina) a 4,5% (Pio IX), sendo as microrregiões da sojicultura apresentam taxas de desocupação intermediárias, ao nível estadual, entre 8,5% (Alto Médio Gurguéia) e 7,3% (Alto Parnaíba). Em relação à Teresina observa-se também que 15,4% de sua população é migrante, especialmente pendular (26% trabalha e ou estuda fora de município e 15% são não naturais do capital do estado). Apesar das altas taxas de desocupação a imobilidade da população residente é alta no Piauí, onde as regiões mais tradicionais, a exemplo de São Raimundo Nonato apresenta o maior percentual (81,8%); em seguida Alto Médio Canindé e Campo Maior com 81,3% e 80,3%, respectivamente. Estas microrregiões estão entre as que apresentavam as menores taxas de desocupação no Piauí, em 2000, provavelmente as suas atividades estão direcionadas para economia local e interna. Neste sentido, a questão da imobilidade da população piauiense poderá estar indicando a permanência de atividades tradicionais, com base na agricultura de subsistência e 6

7 da agricultura familiar, direcionadas para o mercado local, onde a mobilidade populacional interna tende a ser baixa. Tabela 4 Distribuição percentual da população residente, não migrante, da mobilidade populacional, da PEA e da população ocupada, no estado e nas microrregiões produtoras de soja no Piauí Microrregião Principais Municípios Produtores de soja 2000 Não Migrante Total Migrante Mobilidade populacional Mobilidade Pendular Imigrantes PEA Ocupada Estado ( ) Total das principais microrregiões 5,36 produtoras de soja Micro Alto Parnaíba Piauiense ( *) (36 543) ( ) 5, (28 851) ( ) 4, (7 692) ( ) 4, (3 327) ( ) 4, (4 365) ( ) 4, (13 798) ( ) 5, (12 791) Total dos municípios Baixa Grande do Ribeiro 21,29 23,40 13,38 21,67 7,06 18,17 18,81 Ribeiro Gonçalves 15,66 13,74 22,84 19,30 25,54 16,64 16,83 Santa Filomena 16,50 18,28 9,84 6,01 12,76 19,26 26,07 Uruçui 46,55 44,58 53,94 53,02 54,64 45,93 44,29 Micro Bertolínia (*) (38 482) (26 002) (12 478) (8 620) (3 858) (13 955) (12 819) Total dos municípios 17,37 18,91 14,18 13,62 15,42 20,27 20,43 Antonio Almeida 7,41 8,60 4,91 4,40 6,07 8,80 8,27 Sebastião Leal 9,97 10,30 9,26 9,22 9,36 11,47 12,16 Micro Alto Médio Gurguéia (*) (77 275) (57 583) (19 689) (11 212) (8 477) (29 434) (26 920) Total dos Municípios 64,74 66,09 60,78 69,76 60,80 63,78 63,33 Alvorada do Gurguéia 5,45 4,69 7,68 9,51 5,27 6,56 6,44 Bom Jesus 20,61 19,81 22,93 22,88 22,99 20,28 19,46 Currais 5,48 6,32 3,01 3,31 2,62 5,67 5,99 Gilbués 13,24 14,33 10,03 9,78 10,36 11,81 11,32 Monte A. do Piauí 13,24 14,14 10,59 10,25 11,05 11,76 11,89 Palmeira do Piauí 6,73 6,79 6,53 5,04 8,51 7,71 8,22 Fonte: IBGE Censo Demográfico de Nota: (*) os percentuais foram calculados em relação à microrregião. 7

8 Tabela 5 Participação percentual da população não migrante, da mobilidade populacional, da PEA e da ocupação na população residente, segundo microrregiões dos principais municípios produtores de soja do Piauí Microrregião Principais Municípios Produtores de soja Não Migrante Total Migrante Mobilidade populacional Mobilidade Pendular Imigrantes PEA Ocupada Estado 70,11 29,89 17,11 12,89 43,86 36,10 Total das principais microrregiões produtoras de soja 73,83 26,17 15,21 10,97 37,55 34,49 Micro Alto Parnaíba Piauiense 78,95 21,05 9,10 11,94 37,76 35,00 Total dos municípios 78,95 21,05 9,10 11,94 37,76 35,00 Baixa Grande do Ribeiro 86,77 13,23 9,27 3,96 32,23 30,93 Ribeiro Gonçalves 69,29 30,71 11,22 19,49 40,13 37,63 Santa Filomena 87,46 12,55 3,32 9,24 44,07 42,56 Uruçui 75,60 24,39 10,37 14,02 37,25 33,30 Micro Bertolínia 67,57 32,43 22,40 10,03 36,26 33,31 Total dos municípios 73,53 26,46 17,56 8,90 42,31 39,17 Antonio Almeida 78,46 21,50 13,29 8,21 43,07 37,18 Sebastião Leal 69,86 30,14 20,73 9,41 41,75 40,65 Micro Alto Médio Gurguéia 74,52 25,48 14,51 10,97 38,09 34,84 Total dos Municípios 76,07 23,92 13,62 10,30 37,53 34,08 Alvorada do Gurguéia 64,07 35,93 25,31 10,62 45,88 41,18 Bom Jesus 71,65 28,35 16,11 12,24 37,48 32,89 Currais 85,99 14,01 8,77 5,25 39,44 38,09 Gilbués 80,69 19,30 10,71 8,58 33,97 29,80 Monte A. do Piauí 79,61 20,39 11,23 9,16 33,82 31,30 Palmeira do Piauí 75,25 24,74 10,87 13,87 43,66 42,59 Fonte: IBGE Censo Demográfico de A análise geral da participação da população residente e de sua mobilidade e imobilidade, assim como as condições ocupação da população (ativa ou não), em termos quantitativos, representam em torno de 4 a 5% do Estado, em cada uma das categorias em análise. Apesar do impacto da migração nessas microrregiões, este foi diferenciado e, no computo geral, menor do que a mobilidade da população no interior do Estado (tabelas 4 e 5). A exceção da microrregião de Bertolínia, onde um terço de sua população era migrante, principalmente pendular, ou seja, não trabalha e nem estuda no município de residência 6, onde as oportunidades de trabalho e de estudo eram baixas para este contingente populacional, cujo principal município de influência era Floriano, importante centro regional. Entre as microrregiões da sojicultura o peso da expansão da soja também foi diferenciado. Por exemplo, a microrregião do Alto Parnaíba onde a totalidade de seus municípios são produtores 8

9 de soja, destacando-se o município de Uruçuí, com o maior peso populacional (47% da população). Na microrregião do Alto Médio Gurguéia correspondia a 65% da população da microrregião, com destaque Bom Jesus, com 21% da população total. Finalmente, Bertolínia, com 17% da população. Já os municípios de Landri Sales, Manoel Emídio e Bertolínia não eram produtores de soja, em Em Sebastião Leal 69% dos deslocamentos da população eram pendulares. Em segundo lugar, a micro Alto Médio Gurguéia é a que apresenta maior mobilidade pendular de sua população (com 14,5%). No município de Alvorada do Gurguéia um quatro de sua população realizada pendularidade cujos destinos são também Floriano, o que corresponde a 70% de sua mobilidade populacional (IBGE, Regiões de Influência das Cidades, 1993) na região. Ressalta-se também que devido às relativas taxas de desocupação da população dessas microrregiões (7,3% para Alto Médio Parnaíba, 8,1% para Bertolínia e 8,5% para Alto Médio Gurguéia), a mobilidade espacial de suas respectivas populações esteja provavelmente ligada às necessidades de estudo, embora não se descarte as condições de trabalho. Neste sentido, haverá necessidade de estudos específicos sobre a mobilidade populacional nessas microrregiões, no sentido que grande parte da população é não migrante (forte imobilidade populacional) e, por outro lado, quais são os principais municípios de destino dos migrantes pendulares na região? Floriano certamente, por ser um centro importante regionalmente, em termos financeiros com diferentes agencias bancárias, cuja área de influência são os municípios de Antonio Almeida, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Bom Jesus, Palmeira do Piauí, Ribeiro Gonçalves e Uruçui, para citar os principais municípios produtores de soja Os principais municípios produtores de soja no contexto piauiense. A implantação da soja foi responsável por profundas mudanças na estrutura populacional e territorial do sudoeste e sul do Piauí. Os municípios pertencentes às microrregiões do Alto Parnaíba, Bertolínia e Alto Médio do Gurguéia representavam, em conjunto, 19% da área territorial do Piauí e somente 3% da população, em 2000, cuja densidade demográfica era de 6 vezes menor que a estadual, no mesmo período; com uma variação de 1 a 4 habitantes por Km 2. Portanto, apresenta, em seu conjunto, uma das mais baixas densidades demográficas do Estado (tabela 6). Uma área de baixa densidade demográfica não significa, necessariamente, desocupação territorial, mas pode indicar-nos diferentes modalidades de ocupação demográfica e de utilização de seu território, como ressaltamos anteriormente. No caso dos cerrados do Piauí, antes do advento da soja estava ocupada com pecuária extensiva e nos seus grotões agricultura de subsistência, em grande parte. Com a introdução do cultivo da soja houve mudanças profundas na 9

10 forma de utilização do território: inicialmente a utilização de mão de obra intensiva, para limpar o terreno e, posteriormente, intensificação do emprego de tecnologia e uso de trabalho especializado, responsáveis pelo aumento da produtividade da terra e expulsão do homem do campo. Este processo tem implicações diretas sobre a modernização do campo, sem inclusão social, uma vez que a maioria da população estava ligada à agricultura de subsistência e a criação. Tabela 6 Área, população e densidade demográfica, segundo os principais municípios produtores de soja Principais Municípios Produtores de Soja Área em Km 2 Densidade Demográfica (hab/km 2 ) Estado , ,27 11,30 Total 47981, ,67 1,94 Antonio Almeida 652, ,52 4,37 Alvorada do Gurguéia 2 131, ,98 Baixa Grande do Ribeiro 7 808, ,00 Bom Jesus 5 469, ,31 2,91 Currais 3 156, ,34 Gilbués 3 495, ,85 2,93 Monte Alegre do Piauí 2 417, ,91 4,23 Palmeira do Piauí 2 021, ,20 2,57 Ribeiro Gonçalves 3 979, ,99 1,44 Santa Filomena 5 285, ,06 1,14 Sebastião Leal 3 111, ,23 Uruçui 8 452, ,88 2,01 Fonte: IBGE Censo Demográfico de 1991, A expulsão do homem do campo nos cerrados e em algumas áreas manteve-se uma baixa densidade demografia, caracterizadando-se pela continuidade dos chamados vazios demográficos, onde a população foi substituída pela introdução de relações capitalistas de produção e de trabalho, cujas mudanças são fundamentais para se entender o processo recente de ocupação dos cerrados piauienses. Desse modo, não faz sentido analisar a densidade demográfica desvinculada da organização social e produtiva 7 assim como de suas condições históricas de produção e de existência (Pinto, 1973). A expulsão do homem do campo nos principais municípios produtores de soja, principalmente da área rural, que no caso de Antonio Almeida a 14,1% aa e de Ribeiro Gonçalves 12,7% aa. Isto significa que ao continuar o ritmo de expulsão do homem do campo num prazo entre 5 e 5 1 / 2 anos não teremos mais população vivendo na área rural destes municípios 8 (tabela 7) 10

11 Tabela 7 Taxas de crescimento médio geométrico anual, urbano e rural, segundo os municípios produtores de soja do Piauí, entre Principais Municípios Produtores de Soja Taxas de crescimento médio geométrico anual Total Urbana Rural Total 1, 670 5, 012-0, 723 Antonio Almeida -5, 863 4, , 067 Alvorada do Gurguéia Baixa Grande do Ribeiro Bom Jesus - 1, 429 2,868-10, 547 Currais Gilbués 0, 283 5, 748-2, 604 Monte Alegre do Piauí 0, 890 1, 327 0, 740 Palmeira do Piauí 1, 756 6, 533 0, 420 Ribeiro Gonçalves - 7, 825 1, , 655 Santa Filomena 0, 795 3, 096-0, 584 Sebastião Leal Uruçui 0, 744 2, 430-1, 821 Fonte: IBGE Censo Demográfico de 1991, Apesar da taxa de crescimento médio anual dos principais municípios produtores de soja ter sido superior à estadual, o seu crescimento foi devido à migração e a concentração da população em áreas urbanas no período , onde a maioria das taxas de crescimento da população rural foi negativa, a exceção de Monte Alegre e Palmeira do Piauí, o que demonstra a expulsão da população do campo e de sua concentração nas áreas urbanas, com indícios de periferização urbana. A criação de novos municípios na área da soja e a sua expansão (Alvorada do Gurguéia, Baixa Grande do Ribeiro e Sebastião Leal), a partir dos anos 1991, e o aumento considerável da produtividade (tabela 8) é um indicador da tecnificação da produção e uma Proxy da expulsão do homem do campo, haja vista que o cultivo da produção da soja necessita de muito pouca mão-de- obra e de grandes extensões para o aumento de sua produção, por ser uma oleaginosa que necessita grande quantidade de insumos agrícolas. Ao compararmos as taxas de crescimento médio anual da população e o crescimento da produtividade da soja, de modo geral, verificamos que o aumento da área plantada aumentou na ordem de 21,1 vezes e a produtividade de 35,4 vezes, em relação a 1991, enquanto que a população rural decresceu a menos de um por centro ao ano, no período de 9 anos. As exceções foram Antonio Almeida e Baixa Grande do Ribeiro que exibiram taxas superiores a um por cento. Ao continuar o crescimento demográfico da área rural de Antônio Almeida, a sua população rural duplicará aproximadamente em 4 anos e Baixa Grande do Ribeiro em 12 anos. Por outro lado, os 11

12 municípios que mais expulsaram população rural foram Ribeiro Gonçalves, com um incremento de 192,2% na área plantada, Monte Alegre do Piauí e Uruçui (tabela 8). Tabela 8 Principais municípios produtores de soja do Piauí, área plantada (ha), produção (t) e relação tonelada por hectare Principais Municípios Produtores de Soja Área Plantada (ha) Produção (t) Área plantada (ha) Produção (t) Estado Total Antonio Almeida Alvorada do Gurguéia Baixa Grande do Ribeiro Bom Jesus Currais Gilbués Monte Alegre do Piauí Palmeira do Piauí Ribeiro Gonçalves Santa Filomena Sebastião Leal Uruçui Fonte: IBGE/DPE/COAGRO Produção Agrícola Municipal, 1991, O impacto da migração nos principais municípios produtores de soja foi considerável, conforme podemos observar na tabela 10, onde verifica que cerca de 25% de sua população residente é migrante. Estudos realizados sobre a região da sojecultura do Piauí demonstram que a maioria da população é imigrante, proveniente de fora do Estado, especialmente do Sul do País e do Centro-oeste (Alves, 2005). Observa-se também que na maioria dos municípios a população é rural e no município de Alvorada do Gurguéia além de ser rural é imigrante. Em relação aos demais municípios destacam-se: Sebastião Leal com 30% de sua população migrante localizada principalmente na área rural; Ribeiro Gonçalves com 31% de sua população migrante residente especialmente na área urbana; Palmeira do Piauí com 25% de sua população migrante residindo especialmente na área rural; Bom Jesus, com 28% de sua população migrante residindo na área rural. Em relação aos municípios onde a maioria da população é não migrante (com maior grau de imobilidade) esta se localiza indistintamente na área urbana ou rural, com predominância na área rural. Neste sentido, destacam-se os municípios de: Antonio Almeida, com a maioria de sua população não migrante e residente na área urbana; Baixa Grande do Ribeiro, com 87% da população não migrante e a sua maioria na área rural; Bom Jesus, com 72% da população não migrante e residindo na área urbana; 12

13 Currais com 86% de sua população é não migrante e se localiza principalmente na área rural; Gilbués com 81% de sua população não migrante e residente principalmente na área rural; Palmeira do Piauí 75% de sua população é não migrante e reside principalmente na área rural; Ribeiro Gonçalves onde 69% da população é não migrante e reside na área urbana; Destaca-se, finalmente, Uruçui com 76% da população não migrante e residente na área urbana. Os municípios com alto percentual de pessoas que apresentam duas situações (mobilidade e imobilidade): aqueles onde a taxa de desocupação é alta (Antonio Almeida, Bom Jesus e Currais), provavelmente passaram por mudanças profundas em sua estrutura organizacional e produtiva, cujos fatores estão associados aos associados aos processos de exclusão e de mudança nas relações produtivas (Singer, 1970), responsáveis pelas altas taxas de desocupação. Por outro lado, a pesar das altas taxas de imobilidade, as pessoas não migrantes estavam ligadas em grande parte à agricultura de subsistência e a agricultura para o consumo interno. 13

14 Tabela 9 Principais municípios produtores de soja do Piauí, população residente em percentual, migrante, não migrante, segundo situação domiciliar, urbana e rural Principais Municípios Produtores de Soja e Condição da Residente 2000 Total Urbana Rural Total 48,63 51,37 Migrante 24,73 12,03 12,70 Não Migrante 75,27 36,60 38,67 Antonio Almeida 67,19 32,81 Migrante 21,51 14,45 7,06 Não Migrante 78,49 52,74 25,75 Alvorada do Gurguéia 35,12 64,88 Migrante 74,69 26,12 48,46 Não Migrante 25,31 8,89 16,42 Baixa Grande do Ribeiro 47,00 53,00 Migrante 13,23 6,22 7,01 Não Migrante 86,77 40,78 45,99 Bom Jesus 68,83 31,17 Migrante 28,35 19,51 8,84 Não Migrante 71,65 49,32 22,33 Currais 16,56 83,44 Migrante 14,01 2,32 11,69 Não Migrante 85,99 14,24 71,75 Gilbués 44,20 55,80 Migrante 19,30 8,53 10,77 Não Migrante 80,70 35,67 45,03 Monte Alegre do Piauí 26,12 73,88 Migrante 20,39 5,33 15,06 Não Migrante 79,61 20,79 58,82 Palmeira do Piauí 27,20 72,80 Migrante 24,74 6,73 18,01 Não Migrante 75,26 20,47 54,79 Ribeiro Gonçalves 52,25 47,75 Migrante 30,71 16,05 14,66 Não Migrante 69,29 36,20 33,09 Santa Filomena 41,80 58,20 Migrante 12,55 5,25 7,30 Não Migrante 87,45 36,55 50,90 Sebastião Leal 36,71 63,29 Migrante 30,14 11,06 19,08 Não Migrante 69,86 25,65 44,21 Uruçui 65,32 34,68 Migrante 24,39 15,93 8,46 Não Migrante 75,61 49,39 26,22 Fonte: IBGE Censo Demográfico de Nota: os migrantes neste estudo são as pessoas não naturais do município de residência. Portanto, refere-se à migração acumulada. A população não migrante refere-se as pessoas naturais do município, o que não significa que não sejam migrantes de retorno e pendular. O percentual da população não migrante pode ser visto como uma Proxy da imobilidade da população municipal. 14

15 3.2 - As condições da Força de Trabalho e as condições socioeconômicas da população A análise da força de trabalho, vista indiretamente pela PEA e a sua ocupação, as taxas de desocupação da população ativa, onde a soma das riquezas produzidas pelo conjunto da população (PIB) são indicadores das condições socioeconômicas da população residente no Piauí e, em especial, na área da soja, na época do Censo Demográfico de 2000, o que nos permite qualificar as condições de existência da população residente. Em relação às condições da Força de Trabalho observa-se um alto grau de dependência da população em relação à população ocupada. Esta dependência está associada não só a estrutura etária da população como também às condições de ocupação da população, no sentido que uma alta taxa de dependência não significa necessariamente uma alta taxa de desocupação e vice-versa. (tabela 9), principalmente nas atividades ligadas à agricultura familiar e de subsistência. Consta-se que ao nível de dependência econômica nos principais municípios produtores de soja é semelhante ao do Estado, embora a taxa de desocupação no conjunto destes seja menor do que a estadual. Observa-se também que o município de Antonio Almeida apresenta a maior taxa de desocupação do conjunto dos municípios e o maior percentual de não migrantes na área urbana. Acredita-se que uma das possíveis explicações está associada ao processo de ocupação pela soja, que em 2000 que obteve uma das maiores produtividades por hectare (tabela 8). Além do mais, grande parte de dessa população encontra-se na área urbana (tabela 9). Destaca-se, em segundo lugar, Gilbués e Currais com maior desocupação. No caso de Gilbués a maioria de sua população encontra-se na área rural, com uma taxa de dependência superior ao conjunto dos municípios e do Estado. Os municípios produtores de soja nos revelam estruturas sociais e econômicas bastantes excludentes e complementares que, ao mesmo tempo, variam de maior a menor integração na estrutura produtiva local, no sentido que nos revelam um maior ou menor nível de integração da população local (tabelas 10 e 11). A relação entre PIB per capita e as condições socioeconômicas nos permitem visualizar a o efeito da soja associada às questões de exclusão e pobreza existentes na maioria dos municípios produtores de soja no Piauí. Observa-se que somente Ribeiro Gonçalves possuía um PIB per capita superior ao Estadual, equivalente a 11,6 salários mínimos contra 10,5 do Estado. Todos os principais municípios sojicultores possuem um alto grau pobreza e de exclusão social (tabela 11), a exemplo dos demais municípios piauienses, sendo que em grande parte desses municípios há um processo de imobilidade e de concentração de suas respectivas populações nas áreas urbanas, voltadas para a informalidade do trabalho (vendedores ambulantes, prestadores de serviços, sem qualificação, entre outros aspectos). Apesar desta situação, todos os índices por nós considerados são inferiores aos do Estado, o que significa, possivelmente, por lado, maior distri- 15

16 buição de renda, via poder público e, por outro, apesar as condições de pobreza, associada à desocupação está relacionada à formas de subsistência e não monetárias que minora as distancias socio-econômicas em relação ao restante do Piauí. Tabela 10 Percentual da PEA, da população ocupada e taxa de ocupação da população, segundo os principais municípios produtores de soja do Piauí Principais Municípios Produtores de Soja PEA (1) Ocupada (2) Taxa de Desocupação (3) PIB Per Capita (Em real, 2002) Estado 40,34 89,49 10, ,91 Total 37,96 91,69 8,31 - Antonio Almeida 43,09 86,32 13, ,33 Alvorada do Gurguéia 45,88 87,75 10, ,45 Baixa Grande do Ribeiro 32,23 95,97 4, ,29 Bom Jesus 37,48 87,77 12, ,01 Currais 39,44 96,58 3, ,89 Gilbués 33,97 87,71 12, ,47 Monte Alegre do Piauí 33,82 92,54 7, ,06 Palmeira do Piauí 43,66 97,53 2, ,32 Ribeiro Gonçalves 40,13 93,77 6, ,67 Santa Filomena 44,07 96,58 3, ,05 Sebastião Leal 41,75 97,38 2, ,21 Uruçui 37,25 89,40 10, ,71 Fonte: IBGE Censo Demográfico de 2000 e Secretaria de Planejamento do Estado do Piauí Piauí em Números, Notas: 1) Porcentagem da PEA = Economicamente Ativa sobre a Total; 2) Porcentagem da Ocupada = sobre a PEA; 3) Taxa de desocupação = 1 PEA OCUP/PEA x ) Taxa de dependência = (2)/(1). A associação entre PIB per capita e as condições de ocupação da população permite observar também que há divergências fundamentais entre os principais municípios produtores de soja. Por exemplo, Ribeiro Gonçalves possuía maior PIB do conjunto de municípios, o equivalente a 11,6 salários mínimos 9, valor este superior ao estadual, detinha uma taxa de desocupação relativamente baixa (6,2%), o que significa uma adequação entre a ocupação e as condições econômicas da Força de Trabalho. Este município apresentava também o menor índice de pobreza no conjunto dos municípios em questão, assim como o menor índice de exclusão social (tabela 12), o que significa que possuía as melhores condições de vida, no conjunto dos municípios em questão. Por outro lado, Gilbués detinha o menor PIB per capita, equivalente a 5, 04 salários mínimos e Monte Alegre do Piauí, com o segundo menor PIB per capita (5,4 salários mínimos) e uma taxa de desocupação 7,5%, o que nos revelam processos de exclusão diferenciados, cujas estruturas sociais e econômicas estão provavelmente relacionadas à atividades tradicionais. A análise das condições socioeconômicas da população residente em Alvorada do Gurguéia e Sebastião Leal nos revelam que estes municípios eram os que possuíam a maior 16

17 incidência de pobreza no conjunto dos municípios produtores de soja (tabela 11), cujos índices eram 0,156 e sua posição no ranking estadual 179º lugar, enquanto o Sebastião Leal índices de pobreza e exclusão social da ordem de 0,196 e 0,332, sendo este último o maior índice do conjunto dos municípios em análise. Tabela 11 Índices de pobreza, emprego formal, desigualdade, alfabetização, escolaridade, violência e exclusão social, segundo os principais municípios produtores de soja do estado do Piauí Principais Municípios Produtores de Soja Índice de Pobreza Índice de emprego formal Índice de desigualdade Índice de alfabetização Índice de escolaridade Índice de exclusão social Ranking estadual Estado 0,045 0,067 0,019 0,135 0,124 0,247 25º Antonio Almeida 0,231 0,055 0,035 0,680 0,305 0,368 22º Alvorada do Gurguéia 0,156 0,023 0,019 0,554 0,232 0, º Baixo G. do Ribeiro 0,285 0,034 0,029 0,528 0,192 0, º Bom Jesus 0,333 0,041 0,076 0,631 0,322 0,381 13º Curais 0,201 0,000 0,004 0,558 0,186 0, º Gilbués 0,291 0,022 0,048 0,579 0,292 0,342 67º Monte A. do Piauí 0,225 0,007 0,020 0,529 0,237 0, º Palmeira do Piauí 0,294 0,017 0,013 0,595 0,197 0,334 87º Ribeiro Gonçalves 0,394 0,033 0,059 0,621 0,262 0,366 25º Santa Filomena 0,246 0,009 0,024 0,588 0,207 0, º Sebastião Leal 0,196 0,000 0,008 0,584 0,224 0, º Uruçui 0,332 0,022 0,046 0,633 0,287 0,371 18º Fonte: Fundação CEPRO LIMA, Gerson Portela Atlas da exclusão social no Piauí, Em relação aos índices de escolaridade destacam-se os municípios de Bom Jesus e de Antonio Almeida, em oposição a Currais, monte Alegre do Piauí, Baixa Grande do Ribeiro e Santa Filo-mena, que apresentam as piores condições ocupando a posição de 198º, 180º, 154º e 155º lugares, respectivamente. Quais seriam as possíveis explicações para Antonio Almeida e Bom Jesus, municípios que apresentam também altas taxas de desocupação da sua PEA, para a existência de uma relação positiva entre escolaridade e ocupação? Provavelmente, os índices de escolaridade não estão voltados para as atividades agropecuárias, mas para os serviços especializados que não existem e/ou não absorvem as pessoas mais qualificadas, o que possivelmente explica a pendualaridade em relação ao município de Floriano. Portanto, Mostra também um desperdício da qualificação de suas respectivas populações ativas e nos revela um dos possíveis indicadores de emigração na região. Em relação aos municípios com uma população menos escolarizada (Currais, Baixa Grande do Ribeiro e Palmeira do Piauí) apresentam baixas taxas de desocupação, o que nos 17

18 poderá estar indicando altos índices de pessoas empregadas na agricultura familiar e de subsistência, frente à cultura da soja, assim como o aumento nas suas futuras taxas de emigração. 4 - Considerações Finais Destacamos ao longo deste estudo que a modernização da agricultura via a introdução da soja no estado do Piauí, no seu período inicial ( ), teve impactos demográficos bastante diferenciados, principalmente ao nível local, advindos da própria dinâmica de reestruturação espacial do Estado, via fragmentação de seu território, pela criação de novos municípios. A distribuição da densidade demográfica bem como a fragmentação do território piauiense possivelmente está associado à geografia política do voto, que devido à forte influência e disputa do poder local pode revelar também aspirações de manutenção ou mudança em relação ao controle da ordem social e política locais, onde a captação de recursos do governo federal servirá, por um lado, de estímulo para a criação de novos municípios e por outro a alteração do território também poder significar perda de recursos econômicos para os municípios mãe, em favor dos novos, contribuindo assim para a deterioração das condições socioeconômicas dos municípios de origem. A relação entre os indicadores de ocupação demográfica e os índices de desenvolvimento dos municípios produtores de soja demonstra, por um lado, melhores condições relativas em relação ao Estado, por outro, as condições socioeconômicas de suas populações são bastante diferenciadas, o que evidência a existência de processos de exclusão na população. Revelam-nos também estruturas sociais e econômicas relacionadas à atividades tradicionais, agravadas pelas perdas de arrecadação de impostos, advindas da fragmentação municipal, onde o alto índice de imobilidade populacional pode indicar, por um lado, resistências diferenciadas no contexto regional, principalmente com a introdução da cultura da soja, por outro, a falta de alternativas em relação à organização social e produtiva locais, com conseqüências no aumento da imobilidade da população, cujos reflexos se traduzem na segregação na área rural do Estado. A introdução da soja na região trouxe impactos profundos na estrutura social e produtiva, principalmente nos municípios onde havia agricultura de subsistência e a pecuária era extensiva. O rearranjo produtivo contribuiu não só para a perda da posse das terras como também a representatividade política local para os sojicultores, cujos interesses se fazem sentir na ocupação de cargos eletivos chaves nos destinos da região. A ocupação territorial da população quando vista somente pela densidade demográfica não nos revela as desigualdades socioeconômicas existentes no interior dos municípios, pelo fato que 18

19 uma baixa densidade demográfica não significa, necessariamente, vazios demográficos que necessitam serem ocupados, mas podem expressar diferentes modalidades de existência de uma população. A densidade demográfica continua entorno de um habitante por km 2, com acentuado crescimento da população urbana, via esvaziamento das áreas rurais. Por isso não faz sentido analisar a densidade demográfica desvinculada da organização social e produtiva. A análise do urbano e do rural nos principais municípios produtores de soja do Piauí nos revela que a concentração da maioria de sua população nas áreas urbanas não significa, necessariamente, que haja expansão de atividades urbanas. Pelo contrário, está diretamente relacionada às atividades voltadas para o campo, assim como uma alta escolarização da população não denota que seja absorvida pelas atividades ligadas à agricultura moderna, mas um possível aumento da circulação da população (especialmente o incremento da emigração e dos movimentos pendulares de parte da população local). Devido à alta imobilidade da população (pessoas não migrantes) existente nas áreas de soja, como um todo, e a não absorção da população desocupada associada aos indicadores da pobreza nos revelam possíveis conflitos existentes na região, ao mesmo tempo, que as áreas produtoras de soja apresentam uma mobilidade pendular superior a do Estado. Haveria necessidade de se qualificar esses deslocamentos, uma vez que os empregos no agronegócio não absorvem a maioria da população local. A introdução de nova forma produtiva e a mudança nas relações sociais de produção se faz sentir na mobilidade espacial do trabalho, em detrimento de tentativas de expropriação de grupos tradicionais locais possivelmente tem contribuindo para uma maior mobilidade espacial de sua população. Por exemplo, a importância do município de Floriano como pólo de influência sobre os municípios produtores de soja (centro importante de comercio e de serviços) e demais municípios da região, sejam do Piauí ou dos municípios limítrofes do Maranhão. Finalmente, a situação existente no início da implantação da soja no Estado do Piauí já nos revelava, no começo dos anos 90, impactos diferenciados na ocupação territorial da população, com implicações diretas na estrutura econômica, social e política locais, cujos efeitos já se podia notar nas condições de vida da população, com alterações profundas nas relações sociais e de produção, com reflexos para todo o estado do Piauí. 19

20 5 - Notas 1 O conceito de município de porte médio demográfico refere-se aos municípios de 100 a 500 mil habitantes que, geral-mente correspondem a cidades industriais e de serviços, possuem importância no contexto regional em relação a gera-ção de fluxos de pessoas, serviços e mercadorias. 2 A curva de Lorenz e o índice de Gini, para dados agrupados, varia de 0 a 1. Em relação ao Gini, quanto mais próximo de 1 maior é a desigualdade entre o número de municípios e a sua população, ou seja, significa que a população está concentrada em poucos municípios. Já a curva de Lorenz mostra-nos que quanto mais próximo a 50% existe uma distribuição eqüitativa entre a população e o número de municípios. 3 Os indicadores de mobilidade/imobilidade da população nos podem revelar mudanças ou permanências na estrutura produtiva local. Correspondem a uma proxy da mudança nas relações sociais de produção e na própria organização da produção que, por sua vez, influem diretamente na organização social, política, espacial e familiar, cuja a dinâmica se expressa na mobilidade da força de trabalho. 4 Ressalta-se que seria importante analisar a condição dos deslocamentos dos migrantes pendulares em relação: município de destino, faixa salarial, nível educacional, faixa etária, entre outros aspectos que poderão qualificar esses migrantes em relação ao local de origem e de destino. No Censo Demográfico de 2000 perguntou-se sobre o município a pessoa trabalhava e/ou estudava. 5 As taxas de desocupação foram calculadas em função do percentual da população ocupada e do percentual da PEA menos um. 6 Devido a não separação entre migração pendular para estudar e trabalhar no Censo Demográfico de 2000 não é possível distinguir, no processo migratório, qual é o maior peso se é para trabalhar ou estudar ou ambas as ações. 7 Hervé Le Bras nos mostra que a questão da densidade demográfica está associada à forma de organização social e a produção da existência humana. 8 Para se saber quando duplica a população, num determinado território, calcula-se a taxa de crescimento médio geométrico anual divide-se por 70, isto porque se a população crescer a um por cento ao ano levará 70 para se duplicar 9 A equivalência em Salários Mínimos foi calculada com base no vigente em maio de 2002, cujo valor era de R$200,00. Bibliografia ALVES, Vicente Eudes Lemos. A mobilidade sulista e a expansão da fronteira agrícola brasileira. AGRÁRIA, São Paulo, Nº2, pp , BERNARDES, Júlia Adão. Modernização Agrícola e trabalho no cerrado brasileiro. IX Colóquio Internacional de Geocrítica, Porto Alegre, 28 de maio a 1 de junho de IBGE Regiões de Influência das Cidades. Rio de Janeiro, JARDIM, A. P. As escalas como constructos sociais. In. JARDIM, A.P. Pensando o espaço e o território na metrópole do Rio de Janeiro. Refletindo possibilidades analíticas sobre migrações intrametropolitanas. Rio de Janeiro/Bauru:KG& B Editora, 2007, p.: LE BRAS, H.- La densité a-t-elle une influence sur les comportements sociaux? Des échelles territoriales différentes Les Annales de la Recherche Urbaine, n 67, 1995, pp LIMA, Gerson Portela (Org.). Atlas da exclusão social no Piauí a herança deixada. Teresina: Fundação CEPRO, PINTO, A V. El pensamiento crítico en Demografía, Chile:CELADE, SINGER, Paul. A economia Política da Urbanização, 8ª edição. São Paulo: Brasiliense, SWYNGEDOW, Erik. Neither Global nor Local: "Glocalization" and the Politics of Scale. In Spaces of Globalization. Kevin R.Cox,ed, pp

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