Ana Maria Bénard da Costa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ana Maria Bénard da Costa"

Transcrição

1

2 Ministério da Educação Título Educação e transição para a vida pós-escolar de alunos com deficiência intelectual acentuada: caracterização das respostas educativas proporcionadas aos alunos dos 2º e 3º ciclos com currículos alternativos ao abrigo do DL 319/91 Coordenação: Ana Maria Bénard da Costa Equipa de Trabalho: Ana Isabel Costa Pinto Fernanda Isabel Gomes Filomena Pereira Francisco Ramos Leitão José Vaz Pinto Manuela Micaelo Maria Noémia Duarte Fino Serafim Queirós Supervisão científica de: Joaquim Bairrão ESTUDO REALIZADO NO ÂMBITO DO PROJECTO CURRÍCULOS FUNCIONAIS TRANSIÇÃO PARA A VIDA ACTIVA DO INSTITUTO DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL Programa CITE 2001 Lisboa, 2004 EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. ii

3 AGRADECIMENTOS A equipa responsável por este Projecto vem agradecer, em primeiro lugar, a colaboração prestada por todos os professores que tornaram possível a realização do mesmo, através das suas respostas ao questionário colocado na página do Instituto de Inovação Educacional. Em seguida, vem expressar o seu reconhecimento à Dr.ª Maria Emília Brederode Santos e à Dr.ª Maria José Martins que, durante a execução do Projecto, exerciam funções de Presidente e de Vice-Presidente do Instituto de Inovação Educacional e que prestaram um apoio incondicional ao trabalho desenvolvido. Dirige, ainda, o seu agradecimento ao Supervisor deste Projecto, o Professor Doutor Joaquim Bairrão cuja colaboração, prestada a título gratuito, proporcionou uma orientação técnica de qualidade inestimável. Esta equipa agradece, igualmente, a contribuição dos parceiros que colaboraram neste Projecto: a Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação do Porto, o Núcleo de Orientação Educativa e Educação Especial e a Fenacerci. Finalmente, dirige o seu agradecimento à Dr.ª Sónia Fontes da Fenacerci, ao Dr. Augusto Santos da Cooperativa Rumo, à Dr.ª Isabel Paiva da Cercizimbra e ao Dr. Belarmino Costa da Cercifafe pela sua presença em reuniões de trabalho e pela valiosa contribuição que prestaram. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. iii

4 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 1 I ENQUADRAMENTO GERAL DO PROJECTO CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJECTO NO ÂMBITO DO TRABALHO DESENVOLVIDO PELO INSTITUTO DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL Primeira fase do Projecto Segunda fase do Projecto Terceira fase do Projecto CONTRIBUTOS RELEVANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO A intervenção da OCDE Intervenção de Especialistas Norte Americanos Marcos significativos dos anos A Política Inclusiva do Reino Unido Relatório da "Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação de Alunos com Necessidades Especiais" intitulado "Transição da Escola para o Emprego" II EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ACENTUADA OBJECTIVOS DO ESTUDO ASPECTOS METODOLÓGICOS Instrumento utilizado Amostra Metodologia de tratamento de dados DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS GLOBAIS Política de escola sobre os processos de transição Tomada de iniciativas com vista à transição Início do processo de transição Tipo de actividades a desenvolver Integração pós-escolar Processo de avaliação e intervenção Intervenientes Objectos de avaliação Desenvolvimento do processo de transição Trabalho de equipa EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. iv

5 Liderança Coordenação entre a escola e os locais de estágio Acompanhamento após a saída da escola Estabelecimento de parcerias Certificação após o período de transição Situação dos alunos e ex-alunos Opinião da escola sobre a transição e opções de mudança Dificuldades na transição para a vida pós-escolar Considerações sobre a legislação existente Possibilidade de melhoria do processo de transição RESULTADOS COMPARATIVOS DOS TRÊS SUBGRUPOS DE ESCOLAS Política de escola sobre os processos de transição Início do processo de transição Tipo de actividades a desenvolver Integração pós-escolar Processo de avaliação e intervenção Intervenientes Trabalho de equipa Estabelecimento de parcerias Certificação após o período de transição Situação de alunos e ex-alunos Opinião da escola sobre a transição e opções de mudança Considerações sobre a legislação existente Possibilidades de melhoria no processo de mudança III - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PERCEBER QUAIS OS PRINCÍPIOS E AS PRÁTICAS DAS ESCOLAS NA EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ACENTUADA Actividades desenvolvidas pelas escolas no processo de transição e seu enquadramento legal Idade de início e conclusão do processo de transição e respectiva certificação Obstáculos sentidos pelas escolas ao desenvolvimento da educação funcional e do processo de transição Avaliação e intervenção Acompanhamento aos ex-alunos após a saída da escola EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. v

6 2- PERCEBER SE EXISTE UMA RELAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS E AS PRÁTICAS ADOPTADOS PELOS TRÊS GRUPOS DE ESCOLAS (ESCOLAS IP, DL 319 E PT), DEFINIDOS DE ACORDO COM O GRAU DE ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO COM QUE ENCARAM OS RESPECTIVOS PROGRAMAS DE TRANSIÇÃO NOTA FINAL BIBLIOGRAFIA EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. vi

7 QUADROS Quadro 1 - Distribuição das Escolas por DRE Quadro 2 - Taxa de Retorno dos Questionários por DRE Quadro 3 Distribuição dos Alunos frequências e percentagens Quadro 4 - Alunos do R.E.E. e com C.A. percentagens do total Quadro 5 Alunos com C.A. percentagens em relação aos alunos com R.E.E Quadro 6 Alunos em programas de transição - percentagens do total, do R.E.E. e com C.A...26 Quadro 7 Recursos Humanos das Escolas da Amostra Quadro 8 Ratio Alunos do R.E.E. e com C.A./ Recursos Humanos Quadro 9 - Actividade a desenvolver no processo de transição - frequências Quadro 10 - Enquadramento pós-escolar dos ex-alunos - frequências Quadro 11 - Intervenientes no processo de avaliação e intervenção - frequências Quadro 12 - Avaliação dos alunos - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 13 - Avaliação da família - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 14 - Avaliação da comunidade - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 15 - Responsável pela coordenação do processo de transição - frequências absolutas e relativas dos indicadores Quadro 16 - Forma como se processa a coordenação entre a escola e os locais de estágio - frequências absolutas e relativas dos indicadores Quadro 17 - Acompanhamento ao aluno após a saída da escola frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 18 - Protocolos formais e colaboração entre as escolas e outros serviços - frequências...46 Quadro 19 - Certificação específica dos alunos - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria... 49

8 Quadro 20 - Situação dos alunos após a saída da escola frequências e percentagens do total Quadro 21 - Dificuldades na transição dos alunos para a vida pós-escolar frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 22 - Aspectos a serem prioritariamente consagrados na legislação sobre a transição - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 23 Obstáculos à melhoria na transição - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 24 - Aspectos da transição passíveis de progresso - frequências e percentagens dos indicadores, do total e por categoria Quadro 25 Actividades a desenvolver no programa de transição - frequências e percentagens dos três grupos de escolas Quadro 26 - Enquadramento pós-escolar dos ex-alunos frequência e percentagens dos três grupos de escolas Quadro 27 - Intervenientes no processo de avaliação e intervenção - frequência e percentagens dos três grupos de escolas Quadro 28 - Protocolos formais e colaboração entre as escolas e outros serviços - frequência e percentagens dos três grupos de escolas Quadro 29 Certificação específica dos alunos frequência e percentagens dos três grupos de escolas Quadro 30 - Alunos em situação de transição e saídos da escola, por grupos etários frequência e percentagens dos três grupos de escolas Quadro 31 - Situação dos alunos após a saída da escola frequência e percentagens dos três grupos de escolas EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. viii

9 GRÁFICOS Gráfico 1. Situação das escolas face ao processo de transição Gráfico 2 Idades de início do processo de transição Gráfico 3 - Avaliação do aluno Gráfico 4 - Avaliação do contexto familiar Gráfico 5 - Avaliação da comunidade Gráfico 6 - Tipo e periodicidade da coordenação do processo de transição Gráfico 7 - Acompanhamento do aluno, após a saída da escola Gráfico 8 Existência de certificação específica dos alunos com C.A Gráfico 9 - Tipo de certificação específica dos alunos com C.A Gráfico 10 - N.º de alunos com processo de transição na escola e saídos no ano lectivo anterior, por grupos etários Gráfico 11 - Posição das escolas face à dificuldade, legislação e melhoria da transição Gráfico 12 - Dificuldades na transição dos alunos para a vida pós-escolar Gráfico 13 - Aspectos a serem prioritariamente consagrados na legislação sobre a transição Gráfico 14 - Factores que segundo a escola impedem a melhoria dos processos de transição Gráfico 15 - Aspectos do processo de transição em que a escola pensa fazer progressos num futuro próximo... 64

10 INTRODUÇÃO Este Projecto insere-se num trabalho de investigação-acção que se desenvolveu no Instituto de Inovação Educacional (IIE) desde e que teve por objectivo estudar em que medida era adoptada uma abordagem funcional na educação de alunos com deficiência intelectual acentuada bem como pesquisar as estratégias utilizadas no apoio à sua transição da escola para a vida pós-escolar. Para se levar a cabo esta tarefa foi constituída uma equipa formada por um elemento do IIE e por colaboradores externos, todos eles com responsabilidades na área das necessidades educativas especiais (em equipas de apoio ou de coordenação) em diversas regiões do país. Foi ainda solicitado o apoio de um supervisor científico. O Projecto integra três fases, duas das quais já concluídas, estando em curso uma terceira, composta por três estudos - análise questões acima referidas, através da elaboração e aplicação de dois questionários e três estudos de caso. O trabalho que a seguir se apresenta é o resultado da análise de um destes questionários. No primeiro capítulo considerámos importante enquadrar este trabalho em acções de diversa ordem que contribuíram para a importância dada em Portugal à educação funcional e transição para a vida pós-escolar dos alunos com deficiência intelectual acentuada. O segundo capítulo é composto por quatro secções. Na duas primeiras serão explicitados os objectivos deste estudo, bem como aspectos metodológicos. Nas secções seguintes apresentaremos a descrição e interpretação dos resultados, primeiro de forma global e depois organizados em função de três diferentes grupos de escolas, no que se refere à respectiva política relativa ao processo de transição: escolas que afirmam ter iniciativas regulares nesta matéria, com base em planos específicos de transição ; escolas que referem ter iniciativas regulares baseadas no Dec. Lei. 319/91; escolas que afirmam desenvolver unicamente iniciativas pontuais. Por último, seguem-se as conclusões do estudo e recomendações que delas derivam. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 1

11 I ENQUADRAMENTO GERAL DO PROJECTO EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 2

12 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJECTO NO ÂMBITO DO TRABALHO DESENVOLVIDO PELO INSTITUTO DE INOVAÇÃO EDUCACIONAL 1.1. Primeira fase do Projecto Numa primeira fase ( ), foi realizado um Projecto intitulado "Currículos Funcionais" o qual visou os seguintes objectivos: elaborar um conjunto de materiais capazes de orientar os professores na utilização de currículos funcionais com alunos com deficiência intelectual acentuada; realizar uma investigação acção sobre a aplicação dos currículos funcionais em diferentes escolas do país e proceder a uma avaliação do trabalho realizado com cada aluno e dos resultados obtidos; elaborar uma obra que englobasse, numa primeira parte, uma análise descritiva do que se entende por currículos funcionais, qual a população a que se dirigem, que princípios lhes estão subjacentes e quais as condições que devem acompanhar a sua utilização e, numa segunda parte; elaborar um currículo funcional que pudesse ser utilizado pelos professores como fonte de inspiração para as actividades a introduzir nos programas educativos dos alunos; elaborar um documento constituído pelos instrumentos a utilizar pelos professores na avaliação dos alunos e na elaboração dos programas educativos. A investigação-acção acima referida procurou responder às seguintes questões: Que tipo de conhecimentos e de competências podem e devem ser ensinados a estes alunos? Que critérios devem presidir à selecção das matérias a incluir num programa individual? EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 3

13 Como utilizar um Currículo Funcional de forma adequada para cada aluno? No caso dos alunos integrados em turmas regulares, como orientar o currículo regular numa perspectiva funcional e como agregar matérias funcionais? Qual o equipamento necessário para o desenvolvimento do currículo funcional? Como assegurar a colaboração dos pais e de diferentes recursos da comunidade? Como envolver os diferentes elementos de uma equipa de uma escola especial na aplicação do currículo funcional? Esta pesquisa foi realizada em duas escolas de educação especial e em sete escolas de ensino regular, situadas na Região Centro, na Região de Lisboa e Vale do Tejo e na Região do Alentejo. A investigação centrou-se na acção directa de 21 professores que orientavam 42 alunos, sendo apoiados pelos 7 colaboradores externos da equipa do Projecto. Como resultado deste trabalho foram editados pelo IIE os seguintes livros: Costa, A. M. et al (1996). Currículos Funcionais vol.1 - Sua Caracterização. Lisboa: IIE Costa, A. M. et al (1996). Currículos Funcionais vol.2 - Instrumentos para Desenvolvimento e Aplicação. Lisboa: IIE Costa, A. M. et al (s/d). Formulários Utilizados na Avaliação do Projecto de Investigação sobre Currículos Funcionais. Lisboa: IIE 1.2. Segunda fase do Projecto Numa segunda fase, este Projecto visou a produção de materiais que servissem de base a acções de formação destinadas a professores que pretendessem utilizar a perspectiva funcional na educação de alunos com deficiência intelectual acentuada. Esta proposta de trabalho derivou do facto de haver conhecimento de que um número crescente de alunos com este tipo de limitações estava a frequentar escolas regulares e de que muitos professores procuravam aplicar currículos numa perspectiva funcional sem que, para tal, EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 4

14 tivessem a devida preparação. A leitura dos livros editados pelo IIE acima referidos e o eventual contacto com outros títulos sobre a mesma matéria (a maioria dos quais em língua inglesa) tinham provocado, de facto, um crescente interesse por esta orientação educativa mas, por si só, não garantiam a formação necessária para a sua utilização quer no contexto da escola, quer no contexto da sala de aula. Reconhecendo esta carência, a equipa referida agregou mais dois elementos da zona Norte do país e apresentou a proposta de realização de uma segunda fase do Projecto, intitulada "Difusão dos Currículos Funcionais". Os objectivos desta segunda fase do trabalho que teve lugar em 1998 e 1999 consistiram em: Elaborar um livro intitulado "Currículos Funcionais - Manual para a Formação de Docentes", cuja estrutura formal foi inspirada na obra da UNESCO "Conjunto de Materiais para a Formação de Professores" e que, tal como este, constituiria um suporte na organização de Seminários para Professores. Este livro foi editado pelo IIE em Outubro de Avaliar as potencialidades formadoras desta obra, através de uma aplicação prévia da mesma a 37 professores de 11 escolas das diversas regiões do país e posterior revisão do texto inicial, com base nas sugestões apresentadas pelos formandos. As conclusões desta avaliação foram incluídas no livro acima referido. Editar um vídeo que demonstrasse a aplicação dos currículos funcionais em diversas escolas. Este vídeo foi produzido pelo IIE em 2001 e foi intitulado "Eles têm Lugar no Mundo" Terceira fase do Projecto Em 2001, a equipa responsável por este estudo considerou importante avaliar a actual situação educativa e a forma como se processa a transição para a vida pós-escolar dos alunos com deficiência intelectual acentuada, integrados em Escolas EB 2,3 do país, de modo a poder apresentar as recomendações e propostas destinadas a melhorar esta situação. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 5

15 Foi assim delineada esta fase do Projecto intitulada "Educação e transição para a vida pós-escolar dos alunos com deficiência intelectual acentuada nas escolas do Ensino Básico do 2º e 3º ciclo" que visou os objectivos acima descritos. Para atingir estes objectivos foram utilizadas as seguintes estratégias: Elaboração de um questionário dirigido aos órgãos de gestão das escolas seleccionadas, tendo por objectivo recolher dados sobre a política e as práticas destas em relação à educação e transição dos alunos em causa; Elaboração de um questionário dirigido aos professores de apoio de algumas escolas, de modo a recolher dados mais precisos e pormenorizados sobre a intervenção realizada junto de um número restrito de alunos; Realização de estudos de caso sobre uma escola de cada região do país para obter uma visão global sobre o respectivo funcionamento, os recursos de que dispõe, os alunos com deficiência intelectual que atendem, a intervenção que com eles realizam e os resultados que têm sido obtidos. Nesta terceira fase, o IIE habilitou-se ao concurso do Secretariado Nacional de Reabilitação intitulado CITE tendo-lhe sido concedido um subsídio financeiro para a sua realização. 2. CONTRIBUTOS RELEVANTES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO Até aos anos 80 do século que passou, os objectivos da educação especial centraram-se, essencialmente, na resposta a uma questão: como educar alunos com incapacidades de modo a possibilitar a aquisição de conhecimentos académicos tão próximos quanto possível dos que caracterizavam os programas educativos estabelecidos para a generalidade da população escolar. As preocupações dos educadores centravam-se em saber como ensinar estes alunos, de modo a facultar-lhes uma escolarização de grau tão elevado quanto possível. Uma vez atingida a idade limite estabelecida para esta acção educativa ou uma vez considerada completa a escolaridade por critérios de qualquer outra ordem, a escola (ou antes o sistema educativo no seu conjunto) considerava a sua missão cumprida e o aluno ficava entregue ao acompanhamento da família, EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 6

16 eventualmente com a colaboração de serviços especialmente destinados à população adulta portadora de deficiência, no caso destes existirem. A partir dessa década, nos E.U.A. e, posteriormente em muitos outros países, acentuouse a consciência de que não existia uma relação directa entre o investimento feito nos diferentes programas educativos destinados a este tipo de alunos - investimento esse que em certos países era muito considerável - e o sucesso da sua integração social e profissional. Ou seja, começou a ser questionado o resultado obtido a médio e longo prazo pelas escolas e classes especiais, dotadas de um crescente número de recursos humanos e materiais e pelas intervenções de professores especializados, de terapeutas, de psicólogos, de auxiliares e de outros técnicos. Especialmente no caso dos alunos com deficiências graves do foro intelectual, verificava-se que um grande número dos que tinham saído de programas educativos permanecia inactivo, dependente das famílias, ou inseridos em instituições segregadas. Esta situação começou a inquietar quer os pais, quer os serviços implicados no seu acompanhamento e como primeira resposta a esta inquietação foram despoletados inúmeros estudos chamados de follow-up ou de follow-along que investigaram a situação desta população, procurando conhecer, entre outros dados, se estavam ou não ocupados em algum tipo de trabalho, e no caso afirmativo qual a remuneração que auferiam, qual o tipo de tarefas que lhes eram propostas, onde e com quem viviam, em que ocupavam os seus tempos livres e qual o seu enquadramento social. Os resultados destes estudos vieram confirmar a baixa de qualidade de vida de grande percentagem destes ex-alunos - considerando que a autonomia pessoal, o convívio social, a fruição dos recursos da comunidade e a realização profissional são factores indispensáveis para definir esta qualidade. Como consequência surgiram, em diversos países, numerosas iniciativas visando alterar esta situação, actuando quer a nível das estruturas educativas, quer a nível das vocacionadas para o apoio à população adulta. Estas iniciativas procuraram atingir alguns objectivos, nomeadamente: Analisar os programas educativos, no que diz respeito aos conteúdos do ensino, à forma como se ensina e, ainda, ao local onde a aprendizagem tem lugar. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 7

17 Promover o encontro e a colaboração entre a escola e os serviços passíveis de intervir junto dos jovens após o fim da sua escolaridade. Fomentar o desenvolvimento de meios de ajuda indispensáveis para garantir a esta população, segurança, autonomia e inserção social e profissional, ao longo da vida. Estas medidas estiveram na base da proliferação de programas educativos numa perspectiva funcional e da expansão de projectos de transição para a vida adulta (ou vida activa, ou vida pós-escolar) os quais, em certos países, nomeadamente nos E.U.A. e no Reino Unido, foram consignados em diplomas legais e tornados obrigatórios. Educar alunos com necessidades especiais - nomeadamente os portadores de deficiência intelectual - passou a ter como objectivo central não unicamente a sua capacitação académica, mas, sobretudo, o desenvolvimento de competências que contribuíssem para uma futura inserção social e profissional e para uma vida autónoma e integrada. Ao longo dos últimos 20 anos, estas orientações e estes programas experimentados noutros países, tiveram uma inevitável repercussão em Portugal quer através da literatura, quer através do contacto com peritos estrangeiros, que nos visitaram e com quem contactámos em Seminários e Congressos, quer ainda através da participação em programas internacionais. A multiplicidade das incitavas desenvolvidas nesta área, as inúmeras obras publicadas, e as medidas legais estabelecidas em diferentes países tornam inviável, no âmbito deste estudo, proceder a uma análise exaustiva destes dados. Assim, limitamo-nos a referir unicamente os que, de forma mais directa, tiveram uma influência nos programas de educação especial e, mais concretamente, no percurso realizado ao longo do Projecto aqui descrito A intervenção da OCDE Entre 1983 e 1988 a OCDE esteve envolvida num Projecto intitulado "Educação dos jovens deficientes e sua transição para a vida activa" em que Portugal participou sob a coordenação do Secretariado Nacional de Reabilitação. Numa primeira fase ( ), este Projecto incidiu sobre a educação das crianças e jovens com deficiência nos vários níveis de ensino não superior, englobando os objectivos da política educativa, os EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 8

18 aspectos de organização do sistema de ensino, a integração nas escolas regulares, os serviços de apoio e a formação de professores. Numa segunda fase ( ), o Projecto incidiu sobre a " Transição para a Vida Activa dos Jovens Deficientes" tendo sido abordados, entre outros, os seguintes temas: integração no ensino secundário unificado e no ensino complementar; integração na formação profissional, em estruturas regulares e especializadas; orientação profissional; papel das empresas; emprego protegido e apoio ocupacional. Focando especificamente esta segunda fase do Projecto, há a referir que ela consistiu na análise, por parte de dois peritos da OCDE 1, de um relatório elaborado pelo Secretariado Nacional de Reabilitação com a colaboração de professores e técnicos portugueses, na sua visita a algumas estruturas de formação e reabilitação portuguesas, em comunicações apresentadas num Seminário e na entrega de um relatório final ao governo português contendo os seus comentários, criticas e sugestões de mudança. 2 Este Projecto da OCDE contribuiu, de forma significativa, para uma tomada de consciência por parte de diversos técnicos das áreas da educação especial, da formação profissional e da reabilitação, acerca das contradições e das carências existentes neste sector bem como do desfasamento existente entre muitas das orientações vigentes no nosso país e as existentes noutros países da Europa e nos Estados Unidos. Há a referir, de forma específica, as seguintes recomendações: O desenvolvimento da integração dos alunos com deficiência nas estruturas de ensino regulares e a implementação de programas adequados a estes alunos nos cursos técnico-profissionais do ensino secundário. A reformulação progressiva das estruturas então denominadas "pré-profissionais" e das estruturas de reabilitação, transferindo a formação profissional dos jovens (alunos ou ex-alunos) para o meio normal de trabalho. 1 Este peritos foram o Dr. Enrico Montobio e o Dr. Aimé Labregère 2 A Transição para a Vida Activa dos Jovens deficientes em Portugal - Relatório da OCDE (1988) Ed. SNR EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 9

19 A profunda alteração dos centros ditos de formação profissional para deficientes que, de facto, entre nós, impunham elevados requisitos de admissibilidade, o que impedia a sua utilização pelos jovens com reais incapacidades. A reestruturação das estratégias utilizadas na orientação profissional dos jovens que procuram emprego (a cargo do Instituo de Emprego e Formação Profissional) de modo a melhorar a articulação entre os serviços responsáveis pela orientação escolar e os que se ocupam da orientação profissional, e a criar condições para uma transição harmoniosa entre a escola e a vida activa. A promoção de um maior envolvimento das empresas, reformulando-se a legislação existente nesta matéria, nomeadamente no que diz respeito ao apoio financeiro às que empregam trabalhadores com deficiência. A alteração da forma como é exercida a administração e o financiamento dos diferentes serviços implicados, propondo-se uma maior simplificação, descentralização, flexibilização, colaboração inter-ministerial e participação dos utentes e das comunidades em que se inserem Intervenção de Especialistas Norte Americanos COLABORAÇÃO DO PROFESSOR EUGENE EDGAR, DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE WASHINGTON, E DA PROFESSORA SUSAN HASAZI DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE VERMONT, DOS EUA O Professor Eugene Edgar esteve em Portugal a colaborar com a Divisão de Ensino Especial entre Abril e Junho de 1985, como bolseiro da Fundação Fulbright e a Professora Susan Hasazi contactou com diversos técnicos portugueses desta área em Seminários realizados no Secretariado Nacional de Reabilitação, nesse mesmo ano. Estes dois Professores tinham realizado diversos estudos na área da educação e transição para a vida activa de alunos com deficiência intelectual acentuada, estudos esses que tiveram um enorme impacto e contribuíram para uma profunda transformação dos respectivos programas educativos nos Estados Unidos. O seu trabalho tinha consistido em estudo de follow-up e de follow-along com ex-alunos da educação especial após a saída da escola e revelaram a reduzida eficácia do sistema educativo em EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 10

20 preparar os jovens com deficiência intelectual acentuada para uma vida activa e para uma inserção social e profissional com qualidade. O investimento verificado no sistema educativo norte americano, em estratégias sofisticadas de avaliação e planeamento educativo, em recursos materiais e humanos e em programas individualizados para alunos com deficiência intelectual acentuada não mostrava ter tido uma tradução aceitável na sua inserção social, na sua entrada no mundo do trabalho ou na sua capacidade para uma vida autónoma. Como consequência destes resultados, publicados em diversas revistas da especialidade, foram encomendadas pelo Governo Federal propostas de reformulação dos programas educativos e foram lançadas inúmeras incitavas tendentes a proporcionar aos alunos experiências diversificadas de contacto com a comunidade e mais especificamente com treinos de tipo laboral em locais normais de trabalho. A divulgação destas experiências, a par da implementação de acções de formação e de um aumento da informação bibliográfica sobre estes assuntos, tiveram um impacto importante nos departamentos de Educação Especial e pode afirmar-se que prepararam o terreno para o futuro desenvolvimento dos programas de educação funcional que constituem um dos objectos de estudo deste Projecto. COLABORAÇÃO DO PROFESSOR LOU BROWN, DA UNIVERSIDADE DE MADISON, WISCONSIN, EUA Em 1986, a Divisão de Ensino Especial da DGEBS teve acesso aos artigos escritos pelo Professor Lou Brown sobre a temática do ensino e da integração no meio laboral de crianças e jovens com deficiência intelectual acentuada. Pode considerar-se que este facto provocou uma alteração decisiva nas orientações educativas até então adoptadas em relação a esta população, tendo diversos professores portugueses tomado contacto com as estratégias, por ele adoptadas, visando a preparação dos alunos para uma inserção familiar, escolar e social de qualidade e a sua transição para uma vida adulta tão activa e autónoma quanto possível. Foi com base em conceitos enunciados por Lou Brown e nos instrumentos de trabalho por ele criados que o IIE empreendeu o Projecto de Investigação "Currículos Funcionais" cuja terceira fase agora apresentamos. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 11

21 Assim, podemos dizer que todo o Projecto que aqui apresentamos se baseia, de forma mais ou menos directa, na obra de Lou Brown e nas orientações e estratégias por ele desenvolvidas. A vinda do Professor Lou Brown a Portugal em Outubro de 1994, as comunicações que fez em Seminários aqui realizados e o contacto que estabeleceu com a equipa responsável por este projecto vieram reforçar a sua influência e cimentar o apoio dele recebido. COLABORAÇÃO DO PROFESSOR PETER VALLETUTTI DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA VIRGÍNIA, EUA Entre Abril e Junho de 1990 este especialista, autor de livros de referência sobre a educação funcional, esteve na Divisão de Ensino Especial como consultor, ao abrigo do programa Fulbright e o seu tempo foi utilizado na orientação de cursos sobre os currículos funcionais para professores de alunos com deficiência mental. A sua intervenção veio possibilitar a iniciação de muitos dos professores portugueses nesta perspectiva educativa e veio contribuir para a elaboração de um primeiro projecto sobre esta temática, no âmbito da Divisão acima referida. A partir deste projecto, realizado com a colaboração da CERCI de Lisboa e de uma escola regular desta cidade, surgiu uma primeira versão do "Currículo Funcional" que veio mais tarde a ser reformulado e editado pelo IIE Marcos significativos dos anos 90 Durante os anos 90, a transição dos alunos com necessidades especiais, da escola para vida activa, passou a constar das agendas de inúmeros Departamentos Educativos de numerosos países e o número de publicações sobre esta temática subiu em flecha. Elaboraram-se currículos funcionais de teor diverso, realizaram-se projectos de investigação sobre a sua aplicação e sobre projectos de transição; produziram-se materiais de apoio para pais, professores e empresários; aprovaram-se diplomas legais que levavam à concretização de medidas diversas neste âmbito. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 12

22 De facto, as estatísticas conhecidas sobre o nível de desemprego dos jovens com deficiência, sobre os alunos saídos das escolas secundárias sem diploma final, sobre a falta de competências adquiridas na escola capazes de facilitar a integração na vida activa, levaram muitos países a considerar seriamente a reforma das orientações educativas dos jovens, bem como as articulações entre a escola, a formação laboral e o trabalho. Estas perspectiva educativa funcional visando, não somente a criança e o jovem em idade escolar, mas procurando, igualmente, promover a sua qualidade de vida enquanto adulto contribuiu para que, em muitos países, se desenvolvessem novas estratégias capazes de fomentar o emprego, a residência em espaços de tipo familiar, a existência de grupos de apoio promotores de auto-estima e auto determinação, o suporte a jovens que decidem criar laços conjugais, o apoio genérico de ordem social, cultural e formativo. De entre esta multiplicidade de iniciativas, limitamo-nos aqui a referir, algumas das que constituíram marcos especialmente significativos para o desenvolvimento deste Projecto em Portugal. A CONFERÊNCIA MUNDIAL DE SALAMANCA, EM 1994 A Declaração de Salamanca e Enquadramento da Acção na Área das Necessidades Educativas Especiais, adoptada pela Conferência Mundial sobre "Necessidades Especiais: Acesso e Qualidade" 4 realizada em Salamanca em Junho de 1994 e aprovada por representantes de 92 governos (incluindo Portugal) e 25 organizações não governamentais, tem constituído, desde a sua publicação e difusão a nível dos diferentes continentes, um marco decisivo nas orientações das políticas e das práticas nesta área. Inspirada no princípio da inclusão e no "reconhecimento da necessidade de actuar com o objectivo de conseguir escolas para todos - instituições que incluam todas as pessoas, aceitem as diferenças, apoiem a aprendizagem e respondam às necessidades individuais" esta Declaração refere no Artigo E - Áreas Prioritárias - no n.º 56 o tema "Preparação para a Vida Adulta". Neste ponto recomenda-se, entre outras medidas, que: 3 Costa et al. (1996). Currículos Funcionais Instrumentos para Desenvolvimento e Aplicação. Lisboa: IIE 4 Este Conferência foi organizada pela UNESCO em colaboração com o Governo Espanhol. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 13

23 "Os jovens com necessidades educativas especiais precisam de ser apoiados para fazer uma transição eficaz da escola para a vida activa. As escolas devem ajudá-los a tornarem-se activos economicamente e proporcionar-lhes as competências necessárias na vida diária, oferecendo-lhes uma formação nas áreas que correspondem às expectativas e às exigências sociais e de comunicação na vida adulta, o que exige técnicas de formação adequadas, incluindo a experiência directa em situações reais fora da escola. O currículo dos alunos com necessidades educativas especiais que se encontram nas classes terminais deve incluir programas específicos de transição, apoio à entrada no ensino superior, sempre que possível, e treino vocacional subsequente que os prepare para funcionar, depois de saírem da escola, como membros independentes e activos nas respectivas comunidades". Dado que os objectivos deste Projecto, iniciado muito antes de 1994, se identificavam de forma total com estas recomendações da Declaração de Salamanca, a leitura deste ponto constituiu um incentivo da maior importância para o prosseguimento das actividades nesta área assumidas pelo IIE. Os objectivos que nos tínhamos proposto eram apontados como prioritários, a nível mundial, e as acções necessárias para os alcançar eram aquelas que se procuravam desenvolver no âmbito dos currículos funcionais. Ou seja, podemos considerar que este estudo sobre os currículos funcionais e sobre as medidas necessárias para os implementar constituem uma resposta a este desafio lançado na Conferência Mundial de Salamanca e expresso na Declaração nela emitida. ENCONTRO SOBRE "TRANSIÇÃO DE JOVENS COM DEFICIÊNCIA MENTAL PARA A VIDA ADULTA" REALIZADO PELO IIE, EM JUNHO DE 1995 No momento em que o IIE estava a realizar a primeira fase do Projecto sobre "Currículos Funcionais", a equipa responsável pelo mesmo organizou este Encontro com a duração de dois dias e que reuniu 46 participantes de serviços públicos (Ministério da Educação e Ministério do Emprego e Segurança Social) e organizações não governamentais de várias regiões do país. Esta iniciativa teve como principais objectivos: proporcionar um debate sobre a situação educativa dos alunos com deficiência mental e a sua transição para vida adulta; proceder a um levantamento, realizado por diferentes sectores e diferentes profissionais, das várias barreiras com que EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 14

24 se deparam na sua aprendizagem e na preparação para uma vida autónoma e integrada sob o ponto de vista social e profissional; apresentar um conjunto de estratégias capazes de ultrapassar essas barreiras. A equipa responsável pelo Projecto referido esperava que o resultado dos trabalhos deste Encontro pudesse contribuir para o seu conhecimento sobre as perspectivas dos diferentes serviços nele presentes e para a apoiar na tarefa que estava a empreender. Do conjunto de propostas elaboradas pelos diferentes grupos de trabalho que funcionaram neste Encontro, salientamos as seguintes: Em relação à educação das crianças e jovens: Concretização das orientações consignadas pelo DL 319/91, dotando as escolas de recursos para responderem às necessidades educativas destes alunos. Aplicação de currículos funcionais, em estreita complementaridade com os currículos comuns. Organização, nas escolas do 2º e 3º ciclos e nas escolas secundárias de estágios laborais na comunidade. Em relação à transição para a vida adulta: Definição de uma política relativa à transição. Elaboração de documentos dirigidos às escolas contendo sugestões de práticas a seguir. Estabelecimento das bases de uma cooperação intersectorial, englobando serviços públicos, autarquias e organizações privadas. Publicação de legislação relativa à elaboração de "Planos de Transição Individual" para os alunos com deficiência na fase terminal da sua escolaridade, com a participação de todos os agentes envolvidos neste processo, incluindo as famílias e os próprios alunos. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 15

25 Em relação à estratégia a adoptar para assegurar o atendimento dos jovens após a sua escolaridade propôs-se, ainda, a criação de equipas multisectoriais, abrangendo, cada uma, uma população de cerca de habitantes, que teriam como objectivo o apoio à inserção social e laboral dos jovens com deficiência, a ajuda na solução do enquadramento residencial, a necessária assistência de ordem médica, jurídica, financeira ou outra. Finalmente foi recomendado que se iniciassem estudos tendo por objectivo promover a integração destes alunos nas estruturas de formação profissional existentes, destinados à população em geral, dependentes do ME ou do IEFP. As conclusões e recomendações deste Encontro foram enviadas à consideração dos gabinetes Ministeriais do ME e do MESS. GRUPO DE TRABALHO ORGANIZADO PELO DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE "TRANSIÇÃO PARA A VIDA ADULTA DE JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS" Em funcionou no Departamento de Educação Básica um grupo de trabalho que englobou elementos do Núcleo de Orientação Educativa e Educação Especial, de diversas Instituições Privadas de Educação Especial, do IEFP, do IIE e do SNR e que teve por objectivo produzir um documento orientador sobre a educação e transição para a vida adulta dos alunos com deficiência intelectual. Este documento teve como alvo as escolas Básicas dos 2º e 3º ciclos e os diferentes serviços de coordenação do sistema educativo não superior. O trabalho realizado no âmbito deste grupo permitiu recolher dados sobre o tema em estudo e confrontar conhecimentos e pontos de vista dos diferentes serviços e instituições nele representados. Foi possível que os vários intervenientes chegassem a acordo sobre as principais linhas orientadoras de um processo de transição e que levassem a cabo a elaboração de uma brochura intitulada Transição para a Vida Adulta Jovens com Necessidades Educativas Especiais contendo um capítulo sobre "Ensino Funcional" que engloba uma recolha de informações sobre o ponto da situação nesta área e um conjunto de recomendações a adoptar pelas escolas, tendo em vista o seu desenvolvimento. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 16

26 Há que realçar neste documento: Os princípios orientadores consignados para a transição: universalidade, integração, individualização, funcionalidade e transitoriedade. A recomendação relativa ao processo de transição, apresentando-se um diagrama em que se explicita a relação entre o currículo regular e o currículo alternativo para os alunos em causa. As orientações gerais relativas às faixas etárias dos alunos na fase de transição, a constituição das equipas responsáveis por este processo, os parceiros a envolver, os conteúdos curriculares a contemplar, o treino laboral a ser ministrado. A acção desenvolvida por este grupo de trabalho veio, sem dúvida, reforçar as actividades em curso no IIE, no âmbito do Projecto que aqui apresentamos, e contribuir para aprofundamento da matéria em análise A Política Inclusiva do Reino Unido A partir da segunda metade dos anos 90, foram publicados no Reino Unido importantes documentos relativos à orientação inclusiva da política educativa que constituíram um apoio e um reforço às acções em curso nesta área no IIE. Entre eles há a referir o "Code of Practice on the Identification and Assessment of Special Education Needs" (1994), o Revised National Curriculum" (1999) e o "Guide to Transition Planning for Secondary and Special Schools" (2001). Estes textos contribuíram para colocar na agenda política de muitos países a promoção da inclusão, a reorganização das escolas de modo a poderem responder a todas as crianças e jovens e a gerir a diversidade de forma eficaz e a reestruturação das escolas especiais de modo a constituírem centros de recursos para o sistema regular de ensino. No trabalho desenvolvido pelo IIE foi patente esta influência, especialmente através das orientações emanadas pelo "Guide to Transition Planning for Secondary and Special Schools". Salientamos como mais significativas as seguintes orientações: EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 17

27 O processo de transição deve: Ser participativo (envolver os jovens de foram significativa). Ter um carácter holístico (enquadrar os diferentes aspectos da vida futura: residência, vida social, educação, preparação profissional e trabalho). Garantir apoio aos jovens e suas famílias (sob o ponto de vista legislativo e administrativo). Ser continuado (ser elaborado a curto, médio e longo prazo). Ter um carácter inclusivo (as escolas secundárias devem responder às necessidades de transição do todos os alunos, proporcionando apoio e recursos suplementares para os que apresentam necessidades especiais). Ter uma perspectiva de colaboração (implicar a colaboração de pais, professores, serviços de emprego, empresas e outros serviços cuja participação seja necessária). O processo de transição deve implicar: Pessoal de serviço social. Psicólogos educacionais. Pessoal das equipas docentes das escolas secundárias e escolas póssecundárias. Pessoal dos serviços de emprego e de outros serviços afins. Organizações Não Governamentais (ONG's) e voluntariado. Em relação aos jovens o processo de transição deve garantir: O envolvimento dos próprios jovens ao longo de todo o processo de transição, procurando-se respeitar as suas escolhas e opções relacionadas EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 18

28 não só com a sua futura vida profissional, mas também com os aspectos de ordem familiar e afectivo, a sua inserção social, os seus tempos livres. A atenção às questões e dúvidas que apresentem. O reconhecimento das suas necessidades e a disponibilização dos meios de apoio necessários. Em relação à equipa responsável pela transição o Guia recomenda que: O processo tenha início após o aluno ter completado 14 anos de idade. As escolas tenham conhecimento de todos os regulamentos relativos aos passos a dar e os incorporem nos seus próprios regulamentos internos. Sejam clarificados a nível da escola as responsabilidades dos diferentes intervenientes: director, responsável de ciclo, director de turma, responsável pelos apoios educativos e outros. Seja identificado um responsável pelo processo de transição de cada aluno. Seja clarificada a forma como as informações e decisões são registadas e transmitidas a quem de direito. Sejam estabelecidos os necessários protocolos entre a escola, os serviços de emprego, os serviços sociais e de saúde e outros. Se estabeleça uma base de dados que permita uma constante actualização sobre o funcionamento do processo. Se elabore um "Plano de Transição" em que devem participar o pessoal da escola designado para tal, assim como os pais, os alunos e representantes dos serviços externos à escola, relevantes para a execução deste processo. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 19

29 2.5. Relatório da "Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação de Alunos com Necessidades Especiais" intitulado "Transição da Escola para o Emprego" Em Outubro de 2002, foi publicado o Relatório da Agência acima referida com a colaboração de 16 países e de 60 profissionais directamente envolvidos nesta área e que procurou responder às seguintes questões: Em que consiste o processo de transição? Qual a razão de ser deste processo? Quais as estratégias para o seu desenvolvimento? Como deve o processo de transição ter lugar? Embora o estudo realizado pela Agência Europeia tenha tido uma população alvo mais vasta que o projecto que aqui apresentamos (no primeiro caso foi visado o conjunto de alunos com necessidades educativas especiais e no segundo exclusivamente os que apresentam deficiência intelectual acentuada), consideramos da maior relevância a sua inclusão neste capítulo introdutório. De facto, este documento formulado dentro do contexto de países da Europa constitui uma obra de referência sobre esta matéria e verifica-se que as conclusões e recomendações nele incluídas coincidem, na sua maioria, com as sugeridas neste projecto. Assim, este documento constitui mais um elemento a ser atentamente considerado numa futura reformulação que venha a ser realizada em Portugal sobre a educação e transição dos alunos com necessidades especiais em Portugal. Como resultado deste estudo, os aspectos considerados como mais relevantes no complexo processo de transição foram os seguintes: A existência e implementação de medidas de política e de intervenções práticas. A participação dos alunos e o respeito pelas suas escolhas pessoais. O desenvolvimento de um programa educativo individual adequado. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 20

30 O envolvimento directo e cooperação de todos os actores envolvidos: família, agentes educativos e serviços. A necessidade de uma relação de trabalho estreita entre os serviços de educação e os serviços de emprego. Cada um destes temas é tratado de modo a clarificar os obstáculos que se apresentam à sua implementação e as medidas que devem ser tomadas para os ultrapassar. O Relatório inclui ainda um conjunto de recomendações dirigidas, quer aos responsáveis pela política educativa, quer aos agentes educativos, relacionadas com as questões-chave acima referidas e que constituem medidas práticas capazes de facilitar o processo de transição dos alunos da escola para a vida activa. De entre estas recomendações, realçamos as que mais se aproximam das que foram sugeridas pelo projecto aqui apresentado: Promover medidas de política coordenadas entre os diferentes serviços. Garantir às escolas os recursos necessários de modo a que possam implementar os programas educativos individuais dos alunos e o trabalho com as suas famílias. Assegurar que haja um programa de transição inserido em cada programa educativo individual a iniciar antes do fim da escolaridade obrigatória. Assegurar que os certificados dos alunos incluam as qualificações obtidas e que sejam evitadas as considerações de ordem discriminatória. Garantir que se estabeleça uma eficaz cooperação entre os diferentes serviços, ficando claramente estabelecido o respectivo âmbito de actuação. Criar medidas de incentivo às empresas e empregadores. Prever a existência de um profissional que actue como elemento de referência para cada aluno. EDUCAÇÃO E TRANSIÇÃO PARA A VIDA PÓS-ESCOLAR DE ALUNOS COM D.I.A. 21

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma*

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma* Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma* Glória Macedo, PQND do 4º Grupo do 2º Ciclo do EB e Formadora do CFAE Calvet de Magalhães, Lisboa A Reorganização Curricular do Ensino Básico

Leia mais

Lei n.º 21/2008 de 12 de Maio

Lei n.º 21/2008 de 12 de Maio Lei n.º 21/2008 de 12 de Maio Primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, que define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos

Leia mais

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS INSTI INSTUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO

Leia mais

NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Instituto Politécnico De Setúbal

Leia mais

Novembro de 2008 ISBN: 978-972-614-430-4. Desenho gráfico: WM Imagem Impressão: Editorial do Ministério da Educação Tiragem: 5 000 exemplares

Novembro de 2008 ISBN: 978-972-614-430-4. Desenho gráfico: WM Imagem Impressão: Editorial do Ministério da Educação Tiragem: 5 000 exemplares Título: Educação em Números - Portugal 2008 Autoria: Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE)/Ministério da Educação Edição: Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE)/Ministério

Leia mais

Divisão de Assuntos Sociais

Divisão de Assuntos Sociais Divisão de Assuntos Sociais Programa de Apoio às Entidades Sociais de Odivelas (PAESO) Índice Pág. Preâmbulo 1 1. Objectivos 2 2. Destinatários 2 3. Modalidades de Apoio 2 3.1. Subprograma A - Apoio à

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 21 de julho de 2014. Série. Número 132

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 21 de julho de 2014. Série. Número 132 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Segunda-feira, 21 de julho de 2014 Série Sumário SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS Despacho n.º 196/2014 Aprova o Calendário Escolar dos estabelecimentos

Leia mais

Projecto de Lei n.º 54/X

Projecto de Lei n.º 54/X Projecto de Lei n.º 54/X Regula a organização de atribuição de graus académicos no Ensino Superior, em conformidade com o Processo de Bolonha, incluindo o Sistema Europeu de Créditos. Exposição de motivos

Leia mais

Regulamento Interno. Dos Órgãos. de Gestão. Capítulo II. Colégio de Nossa Senhora do Rosário

Regulamento Interno. Dos Órgãos. de Gestão. Capítulo II. Colégio de Nossa Senhora do Rosário Colégio de Nossa Senhora do Rosário Capítulo II Dos Órgãos Regulamento Interno de Gestão Edição - setembro de 2012 Índice do Capítulo II Secção I Disposições Gerais 1 Secção II Órgãos e Responsáveis das

Leia mais

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA (Aprovado pela Portaria 47/2011, de 26 de Janeiro) Internato 2012/2016 ÍNDICE GERAL INTRODUÇÃO 1 1. DURAÇÃO

Leia mais

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO Resumo A Reorganização Curricular formalmente estabelecida pelo Decreto-lei

Leia mais

Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na Escola Portuguesa

Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na Escola Portuguesa Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na Escola Portuguesa Projecto-piloto em desenvolvimento no ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional) com financiamento e apoio

Leia mais

Ministério das Obras Públicas

Ministério das Obras Públicas Ministério das Obras Públicas ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS CAPÍTULO I Natureza e Atribuições Artigo 1.º (Natureza) O Ministério das Obras Públicas é o órgão da administração pública

Leia mais

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL A Amnistia Internacional Portugal defende a manutenção Formação Cívica nos 2.º

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

Reitoria. No plano orçamental para 2009 foi definida uma provisão no valor de 300.000 euros para o Programa - Qualidade.

Reitoria. No plano orçamental para 2009 foi definida uma provisão no valor de 300.000 euros para o Programa - Qualidade. Reitoria Circular RT-05/2009 Programa Qualidade 2009 Apesar dos constrangimentos financeiros impostos pelo orçamento atribuído para 2009, é importante garantir que são apoiadas as experiências e os projectos

Leia mais

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN 1645-9180

Nº 13 AEC - Papel e Acção na Escola. e-revista ISSN 1645-9180 1 A Escola a Tempo Inteiro em Matosinhos: dos desafios estruturais à aposta na formação dos professores das AEC Actividades de Enriquecimento Curricular Correia Pinto (*) antonio.correia.pinto@cm-matosinhos.pt

Leia mais

Regimento do Conselho Municipal de Educação

Regimento do Conselho Municipal de Educação Considerando que: 1- No Município do Seixal, a construção de um futuro melhor para os cidadãos tem passado pela promoção de um ensino público de qualidade, através da assunção de um importante conjunto

Leia mais

Portaria nº 1102/97. DR. Nº 254 I-B de 3 de Novembro

Portaria nº 1102/97. DR. Nº 254 I-B de 3 de Novembro 1 Portaria nº 1102/97 DR. Nº 254 I-B de 3 de Novembro As cooperativas e associações de ensino especial sem fins lucrativos corporizam uma importante experiência educativa e podem constituir um recurso

Leia mais

Critérios Gerais de Avaliação

Critérios Gerais de Avaliação Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha - Fundão Ano Lectivo 2010/2011 Ensino Básico A avaliação escolar tem como finalidade essencial informar o aluno, o encarregado de educação e o próprio professor,

Leia mais

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO -

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO - CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO - CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Objecto O presente regulamento interno destina-se a definir e dar a conhecer os princípios a que obedece a constituição,

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando a vontade comum do

Leia mais

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1º Âmbito de aplicação 1 O presente Regulamento Geral (RG) aplica-se

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª

PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 609/XI/2.ª Cria o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família Exposição de motivos A Escola defronta-se hoje com uma multiplicidade de tarefas a que a sociedade e principalmente

Leia mais

SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SEGURANÇA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Maio 2015 Ficha Técnica Autor Direção-Geral da Segurança Social (DGSS) - Direção de Serviços de Instrumentos de Aplicação (DSIA) Edição e propriedade

Leia mais

Agrupamento de Escolas n.º 2 de Beja. Regulamento Interno. Biblioteca Escolar

Agrupamento de Escolas n.º 2 de Beja. Regulamento Interno. Biblioteca Escolar Agrupamento de Escolas n.º 2 de Beja Regulamento Interno 2014 1. A 1.1. Definição de A é um recurso básico do processo educativo, cabendo-lhe um papel central em domínios tão importantes como: (i) a aprendizagem

Leia mais

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA. IFSP Campus São Paulo AS ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA. IFSP Campus São Paulo AS ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS LICENCIATURA EM MATEMÁTICA IFSP Campus São Paulo AS ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS O componente curricular denominado Atividades Acadêmico-Científico- Culturais foi introduzido nos currículos

Leia mais

Manual de Avaliação dos alunos do pré-escolar ao 9º ano de escolaridade

Manual de Avaliação dos alunos do pré-escolar ao 9º ano de escolaridade Manual de Avaliação dos alunos do pré-escolar ao 9º ano de escolaridade Índice Nota Introdutória Legislação Conceitos/Glossário de termos Princípios Orientadores e finalidades Documentos Nota Introdutória:

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N 1 DE MARCO DE CANAVESES (150745) Plano de Ação de Melhoria

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N 1 DE MARCO DE CANAVESES (150745) Plano de Ação de Melhoria AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N 1 DE MARCO DE CANAVESES (150745) Plano de Ação de Melhoria 2015l2017 ÍNDICE ÍNDICE: INTRODUÇÃO... 3 ÁREAS DE AÇÃO DE MELHORIA.... 4 PLANOS DE AÇÃO DE MELHORIA.. 5 CONCLUSÃO...

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando as orientações políticas

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS INFORMAÇÃO Carreiras Médicas e Contratação Colectiva Na sequência da entrada em vigor da nova legislação laboral da Administração Pública (Lei n.º 12 A/2008 e Lei n.º 59/2008),

Leia mais

Regulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009

Regulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009 Instituto Politécnico de Santarém ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO REGULAMENTO DE ESTÁGIO Este regulamento enquadra-se no âmbito do artigo 21.º do regulamento específico do

Leia mais

Diário da República, 1.ª série N.º 120 23 de Junho de 2010 2237

Diário da República, 1.ª série N.º 120 23 de Junho de 2010 2237 Diário da República, 1.ª série N.º 120 23 de Junho de 2010 2237 o previsto para os docentes da educação pré -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, continua aplicar -se o disposto no seu artigo 18.º

Leia mais

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente Regulamento Artigo 1.º Objecto O presente regulamento define o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente a

Leia mais

NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Universidade De Évora A.1.a. Outra(s)

Leia mais

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO

INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO INSPECÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO PROGRAMA AFERIÇÃO EFECTIVIDADE DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS ESCOLAS PROJECTO ESSE Orientações para as visitas às escolas 1 Introdução As visitas às escolas realizadas segundo o modelo

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Secretariado do Conselho de Ministros

Secretariado do Conselho de Ministros Secretariado do Conselho de Ministros Decreto Lei n.º 8/01 de 31 de Agosto Diário da República I Série N.º 40, 31 de Agosto de 001 Considerando que o estatuto orgânico do Secretariado do Conselho de Ministros,

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS. ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA do MARQUÊS

REGULAMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS. ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA do MARQUÊS REGULAMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA do MARQUÊS Artigo 1º - Definição A Biblioteca Escolar - Centro de Recursos Educativos da Escola Secundária Quinta

Leia mais

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS: TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS: Art. 3º - A Escola oferece os seguintes níveis de ensino: I. Educação Infantil: de 0 a 05 anos de idade. Educação Precoce de 0 a 03 anos Educação

Leia mais

www.appc.pt RE PENSAR A ESCOLA PARCERIAS PARA A INCLUSÃO

www.appc.pt RE PENSAR A ESCOLA PARCERIAS PARA A INCLUSÃO Porto, 16 de setembro de 2015 Assunto: CONCLUSÕES DO SEMINÁRIO RE PENSAR A ESCOLA 1º ENCONTRO NACIONAL DE AGRUPAMENTOS DE ESCOLA/ ESCOLAS E CENTROS DE RECURSOS PARA A INCLUSÃO. RE PENSAR A ESCOLA PARCERIAS

Leia mais

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS ENTER TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO

APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS ENTER TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO ENTER APRENDIZAGEM AUTODIRIGIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS PARA JOVENS TOOLBOX SUMÁRIO EXECUTIVO Esta publicação foi adaptada pelo parceiro BEST Institut für berufsbezogene Weiterbildung

Leia mais

COMISSÃO DE DIREITO DO TRABALHO

COMISSÃO DE DIREITO DO TRABALHO 48º Congresso UIA 1 / 5 Setembro 2004 COMISSÃO DE DIREITO DO TRABALHO RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS EM PORTUGAL 3 Setembro 2004 Pedro Botelho Gomes (JPAB - José Pedro Aguiar-Branco & Associados)

Leia mais

Instituto Piaget 2008

Instituto Piaget 2008 A Inclusão Instituto Piaget 2008 Em 1986, a então Secretária de Estado para a Educação especial do Departamento de Educação dos EUA, Madeleine Will, fez um discurso que apelava para uma mudança radical

Leia mais

TURISMO DE PORTUGAL DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS REGULAMENTO GERAL DA FORMAÇÃO

TURISMO DE PORTUGAL DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS REGULAMENTO GERAL DA FORMAÇÃO TURISMO DE PORTUGAL DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS REGULAMENTO GERAL DA FORMAÇÃO INDICE 1 NOTA PRÉVIA 3 2 LINHAS DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA 4 3 PLANO DE FORMAÇÃO 4 4 FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE FORMAÇÃO 6

Leia mais

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA 11ª Classe

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA 11ª Classe PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA 11ª Classe Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Formação Profissional Ficha Técnica Título Programa de Metodologia do Ensino de Matemática

Leia mais

Educação Formação Avançada

Educação Formação Avançada ISEC Instituto Superior de Educação e Ciências Educação Formação Avançada ISEC Instituto Superior de Educação e Ciências Educação Formação Avançada Unidade Científico- Pedagógica de Ciências da Educação

Leia mais

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Actualmente em Macau, designa-se geralmente por compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Leia mais

REGULAMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

REGULAMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA REGULAMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS CURSOS DE MESTRADO QUE CONFEREM HABILITAÇÃO PROFISSIONAL PARA A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO ENSINO BÁSICO O presente regulamento estabelece o enquadramento

Leia mais

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO Ano letivo 2013-2014 Programa de Apoio à Avaliação do Sucesso Académico DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO (Avaliação Formativa) REFERENCIAL IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Agrupamento de Escolas D. Sancho I

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

Apreciação do Anteprojecto de Decreto-Lei sobre o Regime Jurídico da Habilitação Profissional para a Docência

Apreciação do Anteprojecto de Decreto-Lei sobre o Regime Jurídico da Habilitação Profissional para a Docência Apreciação do Anteprojecto de Decreto-Lei sobre o Regime Jurídico da Habilitação Profissional para a Docência Documento elaborado no âmbito das 1ª, 2ª e 3ª Comissões Permanentes e aprovado na reunião destas

Leia mais

CONCLUSÕES. 2. Funcionamento do Núcleo de Educação Especial

CONCLUSÕES. 2. Funcionamento do Núcleo de Educação Especial CONCLUSÕES Analisados os documentos considerados necessários, ouvidos docentes, encarregado de educação e órgão de administração e gestão, e após a observação directa dos apoios prestados, concluiu-se

Leia mais

Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral

Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral «ÁREA DE PROJECTO COMO FAZER?» Autores: Adelaide Campos Adelina Figueira Anabela Almeida Esmeralda Martins Maria José Rodrigues Maria de Lurdes Amaral Centro De Formação Penalva e Azurara Círculo de Estudos

Leia mais

CAPÍTULO I. Denominação, Natureza, Âmbito, Duração, Sede e Objecto

CAPÍTULO I. Denominação, Natureza, Âmbito, Duração, Sede e Objecto REGULAMENTO DO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO CAPÍTULO I Denominação, Natureza, Âmbito, Duração, Sede e Objecto Artigo 1º (Denominação, natureza e âmbito) 1. O Instituto Superior de Ciências Educativas e o Instituto

Leia mais

Regulamento do Prémio de Mérito 2011/2012. Enquadramento

Regulamento do Prémio de Mérito 2011/2012. Enquadramento Enquadramento Lei nº 39/2010, de 2 de Setembro «CAPÍTULO VI Mérito escolar Artigo 51.º -A Prémios de mérito 1 Para efeitos do disposto na alínea h) do artigo 13.º, o regulamento interno pode prever prémios

Leia mais

Avaliação do Pessoal docente

Avaliação do Pessoal docente Avaliação do Pessoal docente Decreto Regulamentar nº 10/2000 de 4 de Setembro BO nº 27, I série Página 1 de 9 Decreto Regulamentar nº 10/2000 de 4 de Setembro BO nº 27, I série A revisão do sistema de

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE EIXO Escola Básica Integrada de Eixo. Ano letivo 2012/2013

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE EIXO Escola Básica Integrada de Eixo. Ano letivo 2012/2013 RELATÓRIO FINAL DE EXECUÇÃO DO PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES RELATIVO A 2012/2013 1 - Enquadramento O presente relatório tem enquadramento legal no artigo 13.º alínea f, do Decreto -Lei nº 75/2008, de 22

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA 4470 Diário da República, 1.ª série N.º 178 15 de Setembro de 2011 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA Portaria n.º 267/2011 de 15 de Setembro Tendo em conta o reajustamento da organização curricular dos

Leia mais

Externato Marista de Lisboa Gabinete de Psicologia 2014/2015

Externato Marista de Lisboa Gabinete de Psicologia 2014/2015 1 PLANO DE INTERVENÇÃO DO GABINETE DE PSICOLOGIA ANO LETIVO Psicólogas do Externato Pré-Escolar Dra. Irene Lopes Cardoso 1º Ciclo - (1º e 2º anos) Dra. Irene Lopes Cardoso (3º e 4º anos) Dra. Manuela Pires

Leia mais

Regulamento do Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE)

Regulamento do Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE) Regulamento do Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE) Sob proposta da Directora do CIEP-UE, com parecer favorável da Assembleia de Representantes da Escola de

Leia mais

Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães

Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães Regimento do Conselho Municipal de Educação de Cinfães A Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19º, nº. 2 alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais

Leia mais

PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO. Celina Pinto Leão Universidade do Minho cpl@dps.uminho.pt

PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO. Celina Pinto Leão Universidade do Minho cpl@dps.uminho.pt PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO Celina Pinto Leão Universidade do Minho cpl@dps.uminho.pt O evidente decréscimo de conhecimento básico de matemática por parte dos alunos nos cursos de engenharia,

Leia mais

MINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE

MINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE MINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE Despacho Conjunto n.º 891/99 No domínio da intervenção precoce para crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento,

Leia mais

NCE/14/01231 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/14/01231 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/14/01231 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Instituto Politécnico Do Porto A.1.a.

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES. Sobre Horários. Pessoal docente, escolas públicas. 1 Há novas regras para elaboração dos horários dos professores?

PERGUNTAS FREQUENTES. Sobre Horários. Pessoal docente, escolas públicas. 1 Há novas regras para elaboração dos horários dos professores? PERGUNTAS FREQUENTES Sobre Horários Pessoal docente, escolas públicas 1 Há novas regras para elaboração dos horários dos professores? Sim! A elaboração dos horários dos professores e educadores obedece

Leia mais

PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação:

PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação: PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA E DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO 1) Objecto e finalidades da revisão do regime jurídico da avaliação:

Leia mais

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO FACULDADE EDUCACIONAL DE MEDIANEIRA MISSÃO: FORMAR PROFISSIONAIS CAPACITADOS, SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS E APTOS A PROMOVEREM AS TRANSFORMAÇÕES FUTURAS. ESTÁGIO SUPERVISIONADO LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS Art. 1º O presente instrumento

Leia mais

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 ENVIO DE TEXTO de: Conselho (Emprego e Política Social) para: Conselho Europeu de Nice Nº doc. ant.:

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA RCTS

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA RCTS POLÍTICA DE SEGURANÇA DA RCTS ACTA DA REUNIÃO Nº 1 Data: 27/01/2011 10:00 Ordem de trabalhos: Ponto um: Enquadramento do trabalho a desenvolver neste grupo Ponto dois: Definição do âmbito da política de

Leia mais

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009)

Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) LEGISLAÇÃO Portaria n.º 129/2009, de 30 de Janeiro, Regulamenta o Programa Estágios Profissionais (JusNet 211/2009) ( DR N.º 21, Série I 30 Janeiro 2009 30 Janeiro 2009 ) Emissor: Ministério do Trabalho

Leia mais

Regulamento de Apoio à Mobilidade e Intercâmbio Cultural

Regulamento de Apoio à Mobilidade e Intercâmbio Cultural Regulamento de Apoio à Mobilidade e Intercâmbio Cultural Preâmbulo A Câmara Municipal de Nordeste tem vindo a apoiar ao longo dos anos de forma directa e organizada toda a actividade cultural no concelho

Leia mais

Decreto-Lei nº 25/91, de 11 de Janeiro

Decreto-Lei nº 25/91, de 11 de Janeiro Decreto-Lei nº 25/91, de 11 de Janeiro O quadro legal das sociedades de desenvolvimento regional foi estabelecido pelo Decreto-Lei nºs 499/80, de 20 de Outubro. Desde a data da sua publicação, o sistema

Leia mais

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO Ensino Básico Os conhecimentos e capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos de cada nível e de cada ciclo de ensino têm como referência os programas

Leia mais

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 Revista em Março de 2009 Entidades Municipais, Intermunicipais e Metropolitanas ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1 8 OBJECTIVO 9 FUNÇÕES EQUIVALENTES AO COMPROMISSO DO REVISOR

Leia mais

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE

ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação

Leia mais

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro

Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro Conselho Nacional de Supervisores Financeiros Better regulation do sector financeiro Relatório da Consulta Pública do CNSF n.º 1/2007 1 CONSELHO NACIONAL DE SUPERVISORES FINANCEIROS RELATÓRIO DA CONSULTA

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DO SERVIÇO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

REGULAMENTO INTERNO DO SERVIÇO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s S a n t o s S i m õ e s Regulamento Interno Serviço de Educação Especial 1 Artigo 1.º Definição 1.1. O Presente documento define e regula o funcionamento e a missão

Leia mais

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO Neste capítulo visamos efectuar, em primeiro lugar, uma descrição clara e sucinta do conhecimento na área das atitudes dos alunos face à inclusão de alunos com deficiência e, em segundo lugar, definir

Leia mais

PLANO DE AUTOAVALIAÇÃO

PLANO DE AUTOAVALIAÇÃO AE de maximinos EQUIPA DE AUTOAVALIAÇÃO PLANO DE AUTOAVALIAÇÃO 2012/2013 Equipa de Autoavaliação Alcina Pires Ana Paula Couto Antonieta Silva António Rocha Beatriz Gonçalves José Pedrosa Paula Mesquita

Leia mais

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 Bureau Internacional do Trabalho 1 Ratificação Como são utilizadas as Normas Internacionais do Trabalho?

Leia mais

Délia Falcão. 11 de Janeiro 2012

Délia Falcão. 11 de Janeiro 2012 11 de Janeiro 2012 REGIME JURÍDICO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUA NO CÓDIGO DE TRABALHO (Lei 7/2009 de 12 de Fevereiro) DEVERES DO ESTADO EM MATÉRIA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL: 1. Formação /qualificação

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território Decreto Lei n.º 16/99 de 22 de Outubro Havendo necessidade de se reestruturar o estatuto orgânico do Ministério da Administração do território no quadro da reorganização

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS DE GIL VICENTE. CURSOS PROFISSIONAIS Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho (Proposta de trabalho)

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS DE GIL VICENTE. CURSOS PROFISSIONAIS Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho (Proposta de trabalho) ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS DE GIL VICENTE CURSOS PROFISSIONAIS Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho (Proposta de trabalho) Âmbito e Definição Artigo 1º 1. O presente documento regula

Leia mais

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de 2014. Série. Número 99 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA JORNAL OFICIAL Quarta-feira, 2 de julho de 2014 Série Sumário ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DAMADEIRA Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira

Leia mais

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO APROVADO PELO CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS NO ÂMBITO DO REGULAMENTO N.º 52-A/2005 DO CONSELHO GERAL A formação e avaliação têm

Leia mais

Externato Académico. Projeto Educativo

Externato Académico. Projeto Educativo Externato Académico Projeto Educativo 2015-2018 Índice 1. Introdução... 3 2. Caracterização... 4 2.1. Recursos materiais e educativos... 5 3. Princípios orientadores... 7 3.1.Missão, Visão, Objetivos e

Leia mais

GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL

GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL GUIA DE PROJECTO INTEGRADO PARA O CLIENTE VERSÃO FINAL AUTORES Andy Sutton BRE, Reino Unido TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO PARA A VERSÃO PORTUGUESA Carlos Laia CONTACTO Carlos Laia CEEETA ECO, Consultores em Energia,

Leia mais

Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos)

Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos) Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos) Claire Binyon, Hugo Cruz e Sónia Passos 1. Evolução da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade na ESMAE

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS EMPRESARIAIS. 1.ª Edição 2011-2012

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS EMPRESARIAIS. 1.ª Edição 2011-2012 INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS EMPRESARIAIS 1.ª Edição 2011-2012 Nos termos do disposto no artigo 8.º, n.º 1, a), do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, aprovado

Leia mais

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2007/A de 19 de Novembro de 2007 Regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento da Qualidade e Inovação O Decreto Legislativo Regional

Leia mais