UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I

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1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO I

2 As informações dos meios interno e externo são fornecidas ao sistema nervoso central (SNC) pelos receptores sensoriais que detectam estímulos como tato, som, luz, dor, frio e calor.

3 Todas as vias sensoriais têm certos elementos em comum. Elas começam com um estímulo, na forma de energia física que atua sobre um receptor sensorial. O receptor é um transdutor que converte o estímulo em um sinal intracelular, em geral uma mudança no potencial de membrana. Se o estímulo produz uma mudança que atinge o limiar, são gerados potenciais de ação que passam ao longo de um neurônio sensorial para o SNC, onde os sinais de entrada são integrados.

4 Os receptores do sistema sensorial variam amplamente em complexidade, desde terminações ramificadas de um neurônio sensorial único até células complexas extremamente organizadas, como os fotorreceptores. Os receptores mais simples consistem em um neurônio com terminações nervosas livres ( nuas ).

5 Nos receptores mais complexos, as terminações nervosas são envoltas por cápsulas de tecido conectivo. Os axônios dos receptores simples e dos complexos podem ser mielinizados ou não mielinizados.

6 Os receptores são divididos com base no tipo de estímulo ao qual são mais sensíveis. Mecanorreceptores: receptores cutâneos do tato e de pressão. Nociceptores: detectam estímulos potencialmente nocivos (dor, calor e frio extremos). Quimiorreceptores: estimulados por alterações na composição química do meio. Receptores do paladar e do olfato, receptores viscerais (sensíveis às alterações na concentração plasmática de O 2, do ph e da osmolalidade). Fotorreceptores: cones e bastonetes da retina, sensíveis à luz. Termorreceptores: detectam alterações de temperatura.

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8 Como os receptores convertem os diversos estímulos físicos em sinais elétricos? O primeiro passo é a transdução, que é a conversão da energia do estímulo em informação que pode ser processada pelo sistema nervoso. Em muitos receptores, a abertura ou fechamento de canais iônicos converte a energia mecânica, química, térmica ou luminosa diretamente em uma mudança no potencial de membrana. Alguns mecanismos de transdução sensorial incluem a transdução de sinal e sistemas de segundo mensageiro que iniciam a mudança no potencial de membrana.

9 A mudança no potencial de membrana do receptor sensorial é um potencial graduado denominado potencial receptor. Em algumas células, o potencial receptor desencadeia um potencial de ação que percorre a fibra sensorial até o SNC. Em outras células, os potenciais receptores influenciam a secreção de neurotransmissores pela célula receptora, os quais, por sua vez, alteram a atividade elétrica de um neurônio sensorial associado.

10 Um neurônio sensorial tem um campo receptivo Os neurônios sensoriais somáticos e visuais são ativados pelos estímulos que ocorrem dentro de uma área física específica conhecida como campo receptivo do neurônio. P. ex., um neurônio da pele sensível ao tato responde à pressão que ocorre dentro do seu campo receptivo.

11 No caso mais simples, um campo receptivo está associado com um neurônio sensorial (o neurônio sensorial primário na via), o qual, por sua vez, faz sinapse com um neurônio do SNC (o neurônio sensorial secundário). Entretanto, os campos receptivos frequentemente se sobrepõem com campos receptivos vizinhos.

12 Os neurônios sensoriais dos campos receptivos vizinhos podem exibir convergência, na qual vários neurônios pré-sinápticos enviam sinais para um número menor de neurônios póssinápticos. A convergência permite que múltiplos estímulos sublimiares simultâneos se somem no neurônio (secundário) pós-sináptico. Quando múltiplos neurônios sensoriais primários convergem para um único neurônio sensorial secundário, seus campos receptivos individuais se fundem em um único grande campo receptivo secundário.

13 O tamanho dos campos receptivos secundários determina o quanto uma dada área é sensível a um estímulo. P. ex., a sensibilidade para o tato é demonstrada por um teste de discriminação de dois pontos.

14 Em algumas regiões da pele, como os braços e as pernas, alfinetes colocados a uma distância de 20 mm um do outro são interpretados pelo cérebro como uma única alfinetada. Nestas áreas, muitos neurônios primários convergem sobre um único neurônio secundário, de modo que o campo receptivo secundário é muito grande.

15 Áreas sensoriais da pele mais sensíveis, como a ponta dos dedos, têm campos receptivos menores, com uma proporção de 1:1 entre neurônios sensoriais primários e secundários. Nestas regiões, dois alfinetes separados por menos de 2 mm podem ser percebidos como dois toques separados.

16 O SNC integra a informação sensorial A informação sensorial de grande parte do corpo entra na medula espinal e segue por vias ascendentes até o encéfalo. Algumas informações sensoriais vão diretamente para o tronco encefálico via nervos cranianos. A informação sensorial que inicia reflexos viscerais é integrada no tronco encefálico ou na medula espinal e em geral não chega à percepção consciente. Um exemplo de reflexo visceral inconsciente é o controle da pressão sanguínea por centros do tronco encefálico.

17 Cada divisão principal do encéfalo processa um ou mais tipos de informação sensorial. O bulbo recebe aferências dos sons e do paladar. Informações sobre o equilíbrio são processadas principalmente no cerebelo.

18 Estas vias, junto com aquelas que levam informações somatossensoriais, projetam-se para o tálamo, o qual atua como uma estação de retransmissão e processamento antes que a informação seja repassada para o cérebro.

19 Somente a informação olfatória não passa pelo tálamo. A informação sobre os odores vai do nariz via primeiro nervo craniano bulbo olfatório e para o córtex olfatório no cérebro. Talvez por causa dessa aferência direta para o cérebro que os odores estejam tão intimamente vinculados à memória e à emoção.

20 Se todos os estímulos são convertidos em potenciais de ação nos nervos sensoriais e todos os potenciais de ação são idênticos, como o SNC pode saber a diferença entre calor e pressão, ou entre uma alfinetada no dedo do pé ou da mão?

21 A codificação e o processamento distinguem as propriedades do estímulo A codificação de um estímulo que incide no receptor em uma sensação reconhecível recebe o nome de codificação sensorial. Os sistemas sensoriais codificam 4 características de um estímulo: 1) natureza, ou modalidade 2) localização 3) intensidade 4) duração.

22 A modalidade se refere ao tipo de energia transmitida pelo estímulo. A forma particular de energia a que o receptor é mais sensível recebe o nome de estímulo adequado.

23 A localização depende de onde o estímulo incide no corpo. Uma unidade sensorial é um único axônio e todos os seus ramos periféricos; o campo receptivo de uma unidade sensorial é a distribuição espacial a partir da qual um estímulo produz uma resposta naquela unidade. Um dos mecanismos mais importantes que possibilitam a localização de um estímulo é a inibição lateral.

24 Os neurônios sensoriais dos receptores localizados na borda periférica do local de estimulação têm sua atividade inibida quando comparados aos neurônios sensoriais na região central do estímulo. A inibição lateral aumenta o contraste entre o centro e a periferia de uma área estimulada e, portanto, a habilidade do cérebro de localizar a entrada sensorial.

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26 A intensidade é codificada pela amplitude da resposta do receptor ou pela frequência de disparos de potenciais de ação. A duração refere-se ao intervalo entre o início e o fim da resposta no receptor.

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28 Se um estímulo de intensidade constante for aplicado ao receptor, a frequência de potenciais de ação no axônio sensorial declinará ao longo do tempo - adaptação ou dessensibilização. O grau de adaptação é variável nos diferentes sentidos. Os receptores podem ser classificados como receptores de adaptação rápida (fásicos) ou receptores de adaptação lenta (tônicos).

29 Correspondem aos mecanismos neurais responsáveis pela aquisição de informações sensoriais do que se passa em todo o corpo. Por serem gerais, contrastam com os chamados sentidos especiais, que são especificamente a visão, a audição, a olfação, o paladar e o equilíbrio.

30 1) Sensações somáticas mecanorreceptivas tato e posição do corpo estímulo é o deslocamento mecânico de algum tecido do corpo; 2) Sensações termorreceptivas frio e calor; 3) Sensação de dor ativada por qualquer fator que lesione os tecidos.

31 Projeção das vias da percepção somática Os receptores da sensibilidade somática são encontrados tanto na pele quanto nas vísceras. A ativação dos receptores desencadeia potenciais de ação nos neurônios sensoriais primários associados. Na medula espinal, muitos dos neurônios sensoriais primários fazem sinapse com interneurônios que funcionam como neurônios sensoriais secundários.

32 A localização da sinapse entre o neurônio sensorial primário e o neurônio secundário varia de acordo com o tipo de receptor. Os neurônios associados com receptores de nocicepção, temperatura e tato grosseiro fazem sinapse com seus neurônios secundários assim que entram na medula espinal.

33 A maior parte dos neurônios do tato discriminativo (fino), da vibração e os proprioceptores possuem axônios muito longos que se projetam para cima pela medula espinal até o bulbo.

34 Todos os neurônios sensoriais secundários cruzam a linha média do corpo em algum ponto, de modo que as sensações do lado esquerdo do corpo são processadas pelo hemisfério direito do cérebro, e vice-versa.

35 No tálamo, os neurônios sensoriais secundários fazem sinapse com os neurônios sensoriais terciários, os quais por sua vez se projetam para a região somatossensorial do córtex cerebral. Muitas vias sensoriais enviam ramos para o cerebelo, de modo que ele pode usar a informação para coordenar o equilíbrio e os movimentos do corpo.

36 O córtex somatossensorial é a parte do cérebro que reconhece onde os tratos sensoriais ascendentes se originam. Cada via sensorial tem uma região correspondente no córtex. Dentro da região cortical destinada para uma parte específica do corpo, colunas de neurônios são dedicadas a tipos particulares de receptores.

37 O tamanho dessas áreas é diretamente proporcional ao nº de receptores sensoriais especializados em cada área periférica respectiva do corpo. Um grande nº de terminações nervosas especializadas é encontrado nos lábios e no polegar, apenas poucas estão presentes na pele que recobre o tronco.

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39 Tato, pressão e vibração (modalidades sensoriais táteis) detectados pelos mesmos tipos de receptores (táteis). Diferenças: 1) Sensibilidade tátil: estimulação de receptores táteis da pele ou dos tecidos abaixo da pele; 2) Sensação de pressão: resulta da deformação de tecidos profundos; 3) Sensação de vibração: resultado dos sinais sensoriais repetitivos e rápidos.

40 Respondem a muitos estímulos diferentes e estão entre os receptores mais comuns do corpo. Respondem a muitas formas de contato físico: estiramento, pressão contínua, ondulação ou toque leve, vibração, textura.

41 Encontrados tanto na pele como em regiões mais profundas do corpo. Assumem muitas formas. Alguns são terminações nervosas livres, como os que circundam a base dos pelos; outros são mais complexos.

42 A) Terminações nervosas livres: são encontradas em toda parte, na pele e em muitos tecidos, podendo detectar tato e pressão.

43 São provocadas por terminações nervosas livres, mecanorreceptivas de adaptação rápida e muito sensíveis. Estas sensações são transmitidas por pequenas fibras amielínicas do tipo C, semelhantes àquelas que transmitem dor lenta e contínua; as sensações são manobras para se livrar de algo irritante.

44 B) Corpúsculo de Meissner: é uma terminação nervosa mielinizada grossa (tipo Aβ), alongada e encapsulada. Presentes nas porções não pilosas da pele (glabra), particularmente abundantes na ponta dos dedos, lábios e em outras áreas da pele onde nossa capacidade de discernir as características espaciais das sensações táteis é muito desenvolvida. Se adaptam em segundos após o estímulo. Respondem às mudanças de textura e a vibrações lentas.

45 C) Receptores táteis com a terminação expandida discos de Merkel. Pontas dos dedos, pele com pelos. Transmitem um sinal inicialmente forte mas que se adapta parcialmente e, em seguida, um sinal mais fraco e contínuo que se adapta lentamente. Sensíveis à pressão sustentada e à textura.

46 D) O leve movimento de qualquer pelo do corpo estimula uma fibra nervosa conectada à base do pelo. Cada pelo mais sua fibra nervosa basal é chamado órgão terminal do pelo, que é um receptor de tato. De adaptação rápida, detecta sobretudo o movimento de objetos sobre a superfície do corpo ou seu contato inicial com o corpo.

47 E) Órgãos terminais de Ruffini: camadas mais profundas da pele e tecidos internos mais profundos. Adaptam-se muito lentamente, importantes para a sinalização de estímulos contínuos de deformação dos tecidos sinais de tato e de pressão intensos e prolongados.

48 F) Corpúsculos de Pacini: são compostos de terminações nervosas encapsuladas em camadas de tecido conectivo. São encontrados nas camadas subcutâneas da pele e nos músculos, nas articulações e nos órgãos internos. São de adaptação rápida, particularmente importantes para a detecção da vibração de tecidos ou de outras alterações rápidas do estado mecânico dos tecidos.

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51 As diferentes graduações térmicas (frio congelante, gelado, frio, indiferente, morno, quente e muito quente) são discriminadas por pelo menos três tipos de receptores sensoriais: receptores para frio, receptores para calor e receptores para dor (estimulados somente pelos graus extremos de calor ou de frio).

52 Os receptores para frio e para calor se localizam imediatamente abaixo da pele em pontos separados discretos. Na maioria das áreas do corpo, existem entre 3 e 10 vezes mais pontos para frio que pontos para calor.

53 Estimulação dos receptores térmicos sensações de gelado, frio, indiferente, morno e quente Efeitos de diferentes temperaturas sobre as respostas dos quatro tipos de fibras nervosas: 1) uma fibra para dor estimulada pelo frio 2) Uma fibra para o frio 3) Uma fibra para o calor 4) Uma fibra para a dor estimulada pelo calor. Estas fibras respondem diferentemente em diferentes níveis de temperatura.

54 Na região muito fria, somente as fibras para dor-frio são estimuladas. Conforme as temperaturas se elevam para +10º ou 15º C, os impulsos para dor-frio são interrompidos, mas os receptores para frio começam a ser estimulados, atingindo um pico de estimulação em 24ºC e diminuindo levemente acima de 40ºC. Acima dos 30ºC, os receptores para calor começam a ser estimulados. Uma pessoa determina as diferentes graduações das sensações térmicas pelos graus relativos de estimulação das diferentes terminações. Graus extremos de frio e calor são dolorosos; Ambas as sensações, quando intensas o suficiente, geram quase a mesma qualidade de sensação.

55 Quando um receptor para frio é subitamente submetido a uma queda abrupta de temperatura, inicialmente ele se torna fortemente estimulado, mas esta estimulação cai rapidamente durante os primeiros segundos e de modo progressivamente mais lento durante os próximos 30 minutos ou mais. O receptor se adapta em grande parte, mas nunca em 100%.

56 Receptores que respondem a vários estímulos nocivos (químicos, mecânicos ou térmicos) que causam ou têm potencial de causar danos aos tecidos. A ativação dos nociceptores inicia respostas adaptativas protetoras. Não estão limitados à pele. O desconforto do uso excessivo de músculos e articulações nos ajuda a evitar danos adicionais nestas estruturas.

57 Duas sensações podem ser percebidas quando os nociceptores são ativados: dor e prurido. Os nociceptores, algumas vezes, são chamados de receptores de dor, ainda que a dor seja uma sensação percebida e não um estímulo. A dor nociceptiva é mediada por terminações nervosas livres cujos canais iônicos são sensíveis a vários estímulos químicos, mecânicos e térmicos.

58 Nociceptores mecânicos: respondem a pressões mais intensas, potencialmente prejudiciais. Nociceptores térmicos: são ativados por temperaturas superiores a 45ºC ou por frio intenso na pele. Nociceptores sensíveis a substâncias químicas: respondem a diferentes agentes, como bradicinina, histamina, alta acidez e irritantes do ambiente. Nociceptores polimodais: respondem a combinações de diferentes estímulos.

59 Canais de membrana denominados receptores vaniloides respondem à lesão por calor, bem como à capsaicina, a substância química que faz com que as pimentas picantes queimem a boca. Recentemente foi identificada uma proteína de membrana que responde tanto ao frio quanto ao mentol, uma das razões porque alimentos com sabor de menta são percebidos como frios.

60 A ativação do nociceptor é modulada por substâncias químicas locais que são liberadas quando ocorre dano tecidual: K +, histamina e prostaglandinas liberados pelas células danificadas; serotonina liberada pelas plaquetas ativadas pelo tecido danificado; peptídeo conhecido como substância P, o qual é secretado por neurônios sensoriais primários.

61 Estas substâncias químicas, que também medeiam a resposta inflamatória no local da lesão, ativam ou sensibilizam nociceptores, diminuindo o seu limiar de ativação. A sensibilidade aumentada à dor no local do dano tecidual é denominada dor inflamatória.

62 Os nociceptores podem ativar duas vias: 1) respostas protetoras reflexas, que são integradas na medula espinal 2) vias ascendentes para o córtex cerebral que tornam a sensação consciente (dor ou prurido). Os neurônios sensoriais primários dos nociceptores terminam no corno dorsal da medula espinal. Ali eles fazem sinapse com os neurônios sensoriais secundários que se projetam para o encéfalo ou para interneurônios de circuitos locais.

63 Respostas a irritantes que são integradas na medula espinal iniciam reflexos protetores inconscientes rápidos que automaticamente removem a área estimulada da fonte do estímulo. P. ex., reflexo de retirada de uma placa quente.

64 Dor: uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial... Nocicepção: a sensação induzida pela incidência de um estímulo nocivo nos receptores sensoriais. Internacional Association for the Study of Pain (IASP)

65 A dor pode ser classificada como fisiológica (ou aguda) e patológica (ou crônica), que inclui a dor inflamatória e a neuropática. De um modo geral, a dor aguda tem começo súbito e retrocede durante o período de cura. Pode ser considerada uma dor boa, por ser um importante mecanismo protetor. Ex: reflexo de retirada.

66 A dor crônica pode ser considerada uma dor ruim, em razão de sua permanência após a recuperação da lesão e por ser geralmente refratária a fármacos comuns com ação analgésica, como os AINEs, e aos opioides. Ela pode ser provocada por lesão nervosa, como na neuropatia diabética, dano neural induzido por toxinas e por isquemia.

67 A dor geralmente é acompanhada por: Hiperalgesia: resposta exagerada a um estímulo nocivo Alodinia: sensação de dor em resposta a um estímulo inócuo. Ex: sensação dolorosa durante um banho quente quando a pele foi queimada pelo sol.

68 Hiperalgesia e alodinia resultam do aumento da sensibilidade nas fibras aferentes nociceptivas. As células lesadas liberam substâncias químicas como o K +, que despolariza os terminais nervosos, tornando os nociceptores mais responsivos. As células lesionadas também liberam bradicinina e substância P, que sensibilizam ainda mais as terminações nociceptivas.

69 A histamina liberada pelos mastócitos, a serotonina (5- HT) liberada pelas plaquetas, o peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP), liberado pelos terminais nervosos, e as prostaglandinas formadas a partir das membranas celulares contribuem para o processo inflamatório, ativando ou sensibilizando os nociceptores.

70 Algumas substâncias liberadas promovem a liberação de outras (p. ex, a bradicinina ativa as fibras Aδ e C e aumenta a síntese e a liberação de prostaglandinas). A prostaglandina E 2 (um metabólito do ácido araquidônico, formado pela ação da COX) é formada a partir das células lesadas e induz hiperalgesia.

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72 As vias descendentes provenientes do mesencéfalo e do tronco encefálico exercem forte efeito inibitório sobre a transmissão do corno posterior. A inibição descendente é mediada principalmente pelas endorfinas, 5-HT, noradrenalina e adenosina.

73 Os opioides promovem analgesia, em parte por ativarem essas vias descendentes, em parte por inibirem a transmissão no corno dorsal, e em parte por inibirem a excitação das terminações nervosas sensitivas na periferia.

74 Morfina: um dos fármacos com ação analgésica mais eficiente. Família de opioides endógenos endorfinas. Os receptores opioides que ligam a morfina e as endorfinas localizam-se no mesencéfalo, em outras áreas do tronco encefálico e na medula espinal. Os receptores opioides são encontrados em células do gânglio da raiz dorsal e em fibras nervosas aferentes.

75 Na periferia, a reação inflamatória desencadeia a síntese de peptídeos opioides por células do sistema imunológico, os quais atuam nos receptores das fibras nervosas aferentes reduzindo a sensação de dor. Na região do corno dorsal, os receptores opioides présinápticos podem atuar reduzindo a liberação de substância P.

76 A acupuntura em locais distantes da região acometida pela dor promove a liberação de endorfinas encefálicas. A acupuntura na região da dor parece atuar principalmente como o toque ou a massagem.

77 O componente sensorial de um exame neurológico inclui a análise de várias modalidades sensoriais, incluindo tato, propriocepção, sentido de vibração e dor. A integridade da via da dor é avaliada estimulandose a pele com um alfinete e perguntando-se ao paciente se ele percebe o estímulo agudo.

78 Para testar a propriocepção, o examinador segura um dedo do paciente (da mão ou do pé), e este deve estar com os olhos fechados. Ao mover-se o dedo, pergunta-se ao paciente sobre a direção do movimento.

79 A sensibilidade vibratória é testada pela colocação de um diapasão em vibração (128 Hz) na pele da ponta de um dedo da mão ou do pé ou de algum osso proeminente dos dedos. A resposta normal é uma sensação de zumbido. A sensação é maior sobre o osso. Um estímulo de pressão com padrão rítmico é interpretado como vibração.

80 Os impulsos responsáveis pela sensação vibratória são transmitidos para a coluna dorsal. Pode ocorrer lesão nessa parte da medula espinal no diabetes melito, na anemia perniciosa e na deficiência de vitamina B12. A elevação do limiar para estímulos vibratórios é um dos primeiros sintomas dessas lesões. As sensações vibratória e proprioceptiva estão muito relacionadas; quando uma diminui, a outra também é reduzida.

81 A estereognosia é a percepção da forma e da natureza de um objeto sem a utilização da visão. Indivíduos saudáveis podem facilmente identificar objetos como chaves e moedas com diferentes denominações. Essa capacidade depende do tato e da sensação de pressão e fica prejudicada quando ocorre lesão na via coluna dorsal. A incapacidade de identificar um objeto com o tato recebe o nome de agnosia tátil.

82 Deficiência na estereognosia é um dos primeiros sinais de lesão no córtex cerebral, o que pode ocorrer na ausência de qualquer defeito detectável nas sensações de tato e pressão quando existe uma lesão no lobo parietal posterior ao giro pós-central. A esterognosia também pode ser expressa como uma incapacidade na identificação visual de objetos (agnosia visual), sons ou palavras (agnosia auditiva), cores (agnosia de cores), ou localização ou posição de uma extremidade (agnosia de posição).

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85 Um tipo de dor referida para a superfície da cabeça a partir de estruturas profundas da mesma. Algumas cefaleias resultam de estímulos dolorosos provenientes de dentro do crânio; outras resultam de dores que se originam fora do crânio, como nos seios nasais.

86 Áreas sensíveis a dor na calota craniana Os tecidos encefálicos propriamente ditos são quase insensíveis à dor. É provável que a principal causa da cefaleia não seja a lesão de uma região encefálica propriamente dita.

87 Áreas sensíveis a dor na calota craniana A distensão dos seios venosos em torno do encéfalo, lesões do tentório ou a distensão da dura na base do encéfalo podem causar dor intensa que é reconhecida como uma cefaleia. Quase todos os tipos de estímulo traumatizante, esmagamento ou distensão dos vasos sanguíneos das meninges podem causar cefaleia.

88 Áreas da cabeça onde a cefaleia intracraniana é referida A estimulação dos receptores para dor na calota intracraniana acima do tentório, incluindo a superfície superior do tentório propriamente dito, desencadeia impulsos dolorosos na porção cerebral do quinto nervo e, portanto, causa cefaleia referida na metade frontal da cabeça, nas áreas de superfície supridas por esta porção somatossensorial do quinto nervo craniano.

89 Áreas da cabeça onde a cefaleia intracraniana é referida Inversamente, os impulsos dolorosos oriundos da região abaixo do tentório entram no SNC, principalmente através dos nervos glossofaríngeo, vago e segundo nervo cervical, que também suprem o couro cabeludo acima, atrás e abaixo da orelha. O estímulo doloroso subtentorial causa cefaleia occipital referida na parte posterior da cabeça.

90 Cefaleia da meningite Meningite - inflamação das meninges, incluindo as áreas sensoriais da dura e em torno dos seios venosos. Este intenso dano pode causar uma dor extrema referida sobre toda a cabeça. Uma das mais graves cefaleias.

91 Cefaleia causada por baixa pressão do líquido cefalorraquidiano A remoção de apenas 20 ml de líquido, particularmente se a pessoa permanecer em pé, geralmente causa uma intensa cefaleia intracraniana. A remoção desta quantidade de líquido remove parte da flotação do encéfalo, que normalmente é proporcionada pelo líquido cefalorraquidiano. O peso do encéfalo distende e distorce as diversas superfícies durais, consequentemente desencadeando a dor que causa a cefaleia.

92 Enxaqueca Tipo especial de cefaleia que se supõe ser consequência de fenômenos vasculares anormais, embora o mecanismo exato seja desconhecido. As enxaquecas geralmente começam com várias sensações prodrômicas, como náusea, perda da visão de uma parte do campo visual, aura visual e outros tipos de alucinações sensoriais. Geralmente, os sintomas prodrômicos começam entre 30 minutos a uma hora antes do início da enxaqueca.

93 Enxaqueca Uma das teorias da causa da enxaqueca é que emoções ou tensões prolongadas causam um vasoespasmo reflexo de algumas artérias da cabeça, incluindo as artérias que suprem o encéfalo. Teoricamente, o vasoespasmo produz isquemia de porções do encéfalo, sendo responsável pelos sintomas prodrômicos.

94 Enxaqueca A seguir, como o resultado de uma intensa isquemia, algo acontece nas paredes vasculares, talvez a exaustão da contração da musculatura lisa, tornando os vasos sanguíneos flácidos e incapazes de manter o tônus vascular por 24 a 48 h. A pressão arterial nos vasos faz com que eles se dilatem e pulsem intensamente, sendo postulado que a distensão excessiva das paredes das artérias incluindo algumas artérias extracranianas, como a artéria temporal causa a real dor da enxaqueca.

95 Enxaqueca Outras teorias Depressão cortical disseminada Anormalidades psicológicas Vasoespasmo causado pelo excesso de potássio local no líquido extracelular encefálico.

96 Enxaqueca Pode haver uma predisposição genética para a enxaqueca, pois uma história familiar positiva para a enxaqueca é relatada entre 65 a 90% dos casos. A enxaqueca também ocorre duas vezes mais em mulheres que em homens.

97 Cefaleia alcoólica Abuso de álcool. É provável que o álcool, devido a seus efeitos tóxicos sobre os tecidos, irrite diretamente as meninges e cause dor intracraniana.

98 Cefaleia causada por constipação A constipação causa cefaleia em muitas pessoas. Como a cefaleia relacionada à constipação pode ocorrer em pessoas cujos tratos sensoriais para dor na medula espinhal foram seccionados, esta cefaleia não é causada por impulsos nervosos oriundos do cólon. Ela pode resultar da absorção de produtos tóxicos ou de alterações no sistema circulatório, resultante da perda de líquido no intestino.

99 Cefaleias resultantes de espasmo muscular A tensão emocional geralmente faz com que muitos músculos da cabeça, especialmente os músculos ligados ao couro cabeludo e os músculos cervicais ligados ao osso occipital, tornem-se espásticos, sendo postulado como uma das causas de cefaleia. A dor da espasticidade dos músculos da cabeça supostamente é referida nas áreas subjacentes da cabeça e gera o mesmo tipo de cefaleia que as lesões intracranianas.

100 Cefaleias resultantes da irritação nasal e de estruturas nasais acessórias As membranas mucosas do nariz e dos seios nasais são sensíveis à dor, mas não tão intensamente. A infecção ou outros processos irritativos em áreas disseminadas das estruturas nasais geralmente se somam e causam cefaleias que são referidas atrás dos olhos ou, no caso de uma infecção do seio frontal, nas superfícies frontais da testa e do couro cabeludo. A dor oriunda dos seios inferiores, como os seios maxilares, pode ser sentida na face.

101 Cefaleias causadas por distúrbios visuais A dificuldade em focalizar uma imagem claramente pode causar a contração excessiva dos músculos ciliares dos olhos com o intuito de conseguir uma visão nítida. Embora estes músculos sejam extremamente pequenos, acredita-se que a sua contração tônica possa causar a cefaleia retro-orbital. As tentativas excessivas de focalização podem resultar em um espasmo reflexo de vários músculos faciais e extraoculares, o que pode ser uma possível causa da cefaleia.

102 Cefaleias causadas por distúrbios visuais Um segundo tipo de cefaleia que se origina nos olhos ocorre quando estes são expostos à irradiação excessiva oriunda dos raios solares, especialmente a luz UV. Olhar para o sol ou para o arco de uma solda mesmo durante alguns segundos pode resultar em uma cefaleia que dura de 24 a 48 h.

103 Cefaleias causadas por distúrbios visuais A cefaleia algumas vezes resulta da irritação actínica da conjuntiva e a dor é referida para a superfície da cabeça ou na região retro-orbital. Entretanto, a focalização da luz intensa de um arco de solda ou do sol sobre a retina também pode levar à sua queimadura, esta pode ser a causa da cefaleia.

104 GUYTON, A. C. & HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier RAFF, H.; LEVITZKY, M. Fisiologia Médica: uma abordagem integrada. Porto Alegre: AMGH, SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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