PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais. da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

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1 PARLAMENTO EUROPEU Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais 2008/2026(BUD) PARECER da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais dirigido à Comissão dos Orçamentos sobre o projecto de orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2009 (C6-0309/ /2026(BUD)) Secção III - Comissão Relatora: Karin Jöns AD\ doc PE v02-00

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3 SUGESTÕES A Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais insta a Comissão dos Orçamentos, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar: Observações gerais relativas ao domínio do emprego e dos assuntos sociais 1. Recorda que a maior parte das rubricas orçamentais no domínio do emprego e dos assuntos sociais está sujeita a um quadro financeiro vinculativo para o período de , o mesmo acontecendo com a rubrica relativa ao Fundo Social Europeu, que absorve cerca de 95% das dotações nesta área; nota que o quadro financeiro vinculativo não abrange: o diálogo social e a mobilidade, as agências, os estudos ou os projectos-piloto; 2. Solicita à Comissão que, tendo em conta a próxima revisão Regulamento Financeiro 1, analise os efeitos da cláusula de degressividade; 3. Congratula-se com a criação de uma nova rubrica orçamental ( ), dotada de 6,5 milhões de euros, para a preparação do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social ; 4. Congratula-se com a proposta de consagrar euros à promoção do programa de aprendizagem ao longo da vida e deseja que este montante seja repartido equitativamente pela formação contínua de adultos e pela formação de professores, no respeito do princípio da não discriminação e da igualdade de oportunidades para todos, com vista a ajudar as pessoas que pertencem às categorias mais vulneráveis ou as populações que residem nas zonas mais desfavorecidas da União; Acções de formação e informação destinadas a organizações de trabalhadores ( ) 5. Chama a atenção para o facto de a redução anual das dotações em 1% (cláusula da degressividade) impedir cada vez mais os institutos sindicais europeus ETUI-REHS e Centro Europeu para as Questões dos Trabalhadores - EZA de realizarem projectos europeus, uma vez que os rácios de fundos próprios das organizações que os compõem nos novos Estados-Membros são, de um modo geral, baixos; 6. Convida a Comissão a adoptar em 2009, no âmbito da revisão do Regulamento Financeiro, uma solução para a rubrica orçamental , a fim de limitar a redução anual de dotações para as organizações ETUI-REHS e EZA; Diálogo social e mobilidade (04 03) 7. Lamenta que as dotações para o diálogo social e a mobilidade dos trabalhadores tenham sofrido uma redução de 1,5% desde o exercício anterior e sublinha que o Parlamento 1 Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/2002 do Conselho, de 25 de Junho de 2002, que institui o Regulamento Financeiro aplicável ao orçamento geral das Comunidades Europeias. AD\ doc 3/6 PE v02-00

4 Europeu atribui especial importância a este domínio, sobretudo nos actuais tempos de globalização; 8. Acolha com satisfação o aumento de euros nas dotações afectadas à rubrica orçamental "Relações laborais e diálogo social" ( ); 9. Lamenta a redução do financiamento de euros na rubrica orçamental Informação, consulta e participação dos representantes das empresas ( ), não obstante o Parlamento Europeu ter repetidamente salientado a grande importância dos conselhos de empresa europeus para preservar a paz social nos grupos internacionais e nas empresas com representações em vários Estados-Membros da União; convida a Comissão a analisar até que ponto a adopção de um modelo diferente de concursos poderia ajudar a melhorar, no futuro, a execução da rubrica orçamental ; 10. Lamenta a redução de 1 milhão de euros nas dotações afectadas ao EURES (European Employment Services); salienta que, em 2007, o Parlamento Europeu havia decidido um aumento do financiamento correspondente a esse preciso montante nas dotações para o EURES com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços, e solicita que as dotações previstas no orçamento para 2009 sejam repostas ao nível de 2008; 11. Solicita à Comissão que examine, no âmbito da rubrica orçamental (Livre circulação de trabalhadores, coordenação dos sistemas de segurança social) - a viabilidade de um Cartão Social Europeu para os trabalhadores que exerçam o seu direito de livre circulação, comparável ao Cartão Europeu de Seguro de Doença, que facilite o acesso dos cidadãos aos direitos em matéria de segurança social e reduza a carga administrativa mediante o agrupamento das informações; recomenda que o referido cartão possa abranger inicialmente as matérias contempladas pelo Regulamento (CE) nº 883/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004, relativo à coordenação dos regimes de segurança social, nomeadamente, prestações por doença, pensões, invalidez, acidente, desemprego e as prestações familiares; Agências 12. Lamenta que a Comissão, apesar das suas promessas em contrário, tenha reduzido significativamente as dotações afectadas a três agências cujas actividades são do domínio do emprego e dos assuntos sociais, a saber, Eurofound em Dublim, OSHA em Bilbau e Cedefop em Salónica; 13. Solicita, no interesse dessas agências, que as dotações a disponibilizar na rubrica orçamental relevante do exercício de 2009 sejam, pelo menos, equivalentes às de 2008; PROGRESS ( ) 14. Solicita um aumento de 1 milhão de euros nas dotações para pagamentos no domínio da "Protecção social e inclusão social" e de euros no domínio da "Antidiscriminação e diversidade", a fim de permitir que mais projectos e projectos de maior escala possam ser realizados em 2009; 15. Constata que a cooperação e coordenação entre os serviços de inspecção do trabalho dos PE v /6 AD\ doc

5 Estados-Membros é insuficiente no que diz respeito ao trabalho não declarado; encarrega a Comissão de estudar, no âmbito do PROGRESS ( : Condições de trabalho), a possibilidade de criar uma entidade comparável à EUROPOL competente para combater o trabalho ilegal; 16. Manifesta preocupação com os problemas sociais e habitacionais com que se defronta um grande número de municípios de alguns "antigos" Estados-Membros devido à importante afluência (temporária) de cidadãos provenientes dos países que aderiram recentemente à União, em resultado da livre circulação de serviços e trabalhadores; salienta a necessidade de ajudar esses municípios a criar apoio social à liberdade de circulação, por exemplo, no âmbito do Programa PROGRESS, de preservar a coesão social e de reforçar a sensibilização da população dos municípios que se defrontam temporariamente com esta imigração relativamente à adesão de novos Estados-Membros; Projectos-piloto 17. Chama a atenção para o valor acrescentado europeu dos projectos-piloto na medida em que permitem uma reacção rápida a eventos actuais fora dos programas existentes; salienta a importância dos projectos-piloto para a formulação de iniciativas orientadas para o futuro e para a definição de novas prioridades políticas; 18. É a favor de que seja dada continuidade ao projecto-piloto "Nova situação do emprego no sector da saúde" ( ); recorda que as alterações demográficas implicam uma maior procura de serviços de enfermagem e assistência, causando assim uma mudança da situação de emprego neste sector; refere que o projecto-piloto tem por objectivo promover boas práticas e financiar iniciativas que permitam levar melhor em conta os desafios que se colocam neste domínio; 19. Propõe um projecto-piloto dedicado ao problema da violência contra os idosos, que estude as causas da violência física e psicológica, bem como os métodos e consequências da exploração financeira dos idosos e que proponha estratégias para a sua prevenção e redução; refere, neste contexto, as conclusões do relatório do Parlamento Europeu sobre o "futuro demográfico da Europa", de que cerca de 10% dos idosos são vítimas de violência; 20. Propõe um projecto-piloto relativo às condições de emprego e de vida dos trabalhadores destacados, uma vez que continuam a não existir dados fiáveis sobre essas condições; considera que os estudos devem concentrar-se nos sectores da agricultura, da construção civil e da prestação de cuidados de saúde, dado que empregam a maioria dos trabalhadores destacados. AD\ doc 5/6 PE v02-00

6 RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL EM COMISSÃO Data de aprovação Resultado da votação final +: : 0: Deputados presentes no momento da votação final Suplente(s) presente(s) no momento da votação final Suplente(s) (n.º 2 do art. 178.º) presente(s) no momento da votação final Jan Andersson, Edit Bauer, Iles Braghetto, Philip Bushill- Matthews, Alejandro Cercas, Ole Christensen, Derek Roland Clark, Jean Louis Cottigny, Jan Cremers, Proinsias De Rossa, Harald Ettl, Richard Falbr, Carlo Fatuzzo, Ilda Figueiredo, Roger Helmer, Stephen Hughes, Karin Jöns, Ona Juknevičienė, Jean Lambert, Bernard Lehideux, Elizabeth Lynne, Mary Lou McDonald, Thomas Mann, Maria Matsouka, Elisabeth Morin, Juan Andrés Naranjo Escobar, Csaba Őry, Siiri Oviir, Pier Antonio Panzeri, Rovana Plumb, Jacek Protasiewicz, Bilyana Ilieva Raeva, Elisabeth Schroedter, José Albino Silva Peneda, Jean Spautz, Gabriele Stauner, Ewa Tomaszewska, Anne Van Lancker, Gabriele Zimmer Petru Filip, Donata Gottardi, Rumiana Jeleva, Anne E. Jensen, Dieter-Lebrecht Koch, Sepp Kusstatscher, Claude Moraes, Roberto Musacchio, Csaba Sógor PE v /6 AD\ doc