PARLAMENTO EUROPEU ALTERAÇÕES 1-9. Comissão do Desenvolvimento 2008/2152(INI) Projecto de parecer Csaba Őry (PE412.

Transcrição

1 PARLAMENTO EUROPEU 2004 Comissão do Desenvolvimento /2152(INI) ALTERAÇÕES 1-9 Csaba Őry (PE v01-00) sobre o controlo orçamental dos fundos da UE para o Afeganistão (2008/2152(INI)) AM\ doc PE v01-00

2 AM_Com_NonLegOpinion PE v /7 AM\ doc

3 1 Considerando B-A (novo) B-A. Considerando que a obrigação de prestar contas, a transparência e a gestão orientada para resultados se contam entre os princípios essenciais que norteiam a cooperação para o desenvolvimento, como estabelecido em diversas convenções internacionais, nomeadamente a Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda; 2 Glenys Kinnock Considerando B-B (novo) B-B. Considerando que, no Afeganistão, a ajuda internacional representa 90 % do dinheiro público, o que ilustra tanto as elevadas necessidades como a elevada dependência em relação à ajuda neste país; 3 Glenys Kinnock N.º 3 AM\ doc 3/7 PE v01-00

4 3. Questiona a canalização de fundos através do orçamento geral do governo ("apoio orçamental") por fundos fiduciários multidoador com contribuições do orçamento comunitário, quando se considera que o Afeganistão ainda não cumpre as condições para que a CE participe directamente num programa de apoio orçamental; considera que quando essas condições estiverem reunidas, o apoio orçamental deverá ser de carácter sectorial; 3. Constata a canalização de fundos através do orçamento geral do governo ("apoio orçamental") por fundos fiduciários multidoador com contribuições do orçamento comunitário, quando se considera que o Afeganistão ainda não cumpre as condições para que a CE participe directamente num programa de apoio orçamental; considera que quando essas condições estão reunidas, o apoio orçamental de carácter sectorial é o ideal, mas reconhece que esta pode não ser a abordagem adequada no caso afegão; 4 Glenys Kinnock N.º 3-A (novo) 3-A. Frisa, além disso, que se não se contar com os governos, se pode comprometer os esforços para reforçar os sistemas nacionais e construir instituições do Estado eficazes; 5 N.º 4 PE v /7 AM\ doc

5 4. Chama a atenção para que o ICD prevê 1 que os programas de apoio orçamental deverão ser acompanhados de auxílio aos esforços de países parceiros para desenvolver capacidades de fiscalização e auditoria e aumentar a transparência e o acesso do público à informação; frisa que este trabalho deverá também ser realizado quando o "apoio ao orçamento" é canalizado por outros doadores ou por fundos fiduciários multidoador; 4. Chama a atenção para que o ICD prevê 1 que os programas de apoio orçamental deverão ser acompanhados de auxílio aos esforços de países parceiros para desenvolver capacidades de fiscalização e auditoria e aumentar a transparência e o acesso do público à informação; frisa que este trabalho deverá também ser realizado quando o "apoio ao orçamento" é canalizado por outros doadores ou por fundos fiduciários multidoador e realça o papel importante que as organizações da sociedade civil podem desempenhar no controlo deste apoio orçamental; 6 N.º 6 6. Manifesta a sua extrema preocupação perante os riscos a que os elementos que prestam a cooperação para o desenvolvimento no Afeganistão se encontram expostos, evidenciados pela morte em Agosto de 2008 de quatro desses elementos; considera que a segurança dos cooperantes civis é comprometida pela distinção nebulosa entre operadores militares e civis devido à utilização de Equipas de Reconstrução Provinciais militares para realizar acções de desenvolvimento nas províncias; 6. Manifesta a sua extrema preocupação perante os riscos a que os elementos que prestam a cooperação para o desenvolvimento no Afeganistão se encontram expostos, evidenciados pela morte em Agosto de 2008 de quatro desses elementos; considera que a segurança dos cooperantes civis é comprometida pela distinção nebulosa entre operadores militares e civis devido à utilização de Equipas de Reconstrução Provinciais militares para realizar acções de desenvolvimento nas províncias; apela, por conseguinte, ao restabelecimento de uma distinção clara entre o pessoal militar e 1 Artigo 25., n.º 1, alínea b) do ICD AM\ doc 5/7 PE v01-00

6 civil; 7 N.º 7 7. Lamenta que as relações entre agentes não estatais (ANE) e o Governo do Afeganistão nem sempre se processem da melhor forma e apela para que sejam feitos todos os esforços para melhorar essas relações; lembra igualmente a necessidade de estabelecer uma definição estrita de ANE sem fins lucrativos a nível nacional; 7. Lamenta que as relações entre agentes não estatais (ANE) e o Governo do Afeganistão nem sempre se processem da melhor forma e apela para que sejam feitos todos os esforços para melhorar essas relações; lembra igualmente a necessidade de estabelecer uma definição estrita de ANE sem fins lucrativos a nível nacional, após a consulta dos próprios ANE; 8 Juan Fraile Cantón N.º 8 8. Recorda os problemas específicos enfrentados pelas mulheres do Afeganistão durante o regime talibã e subsequentemente, e observa que as atitudes culturais instituídas nessa época só podem ser modificadas gradualmente; convida a Comissão a ter em conta os aspectos de género em todas as suas acções de desenvolvimento no país; 8. Recorda a discriminação particularmente severa sofrida pelas mulheres no Afeganistão durante o regime talibã e subsequentemente; condena qualquer prática legal, cultural e religiosa de discriminação contra as mulheres que as exclua da vida pública e política e as segregue na sua vida quotidiana; insta a Comissão a combater estas práticas em todas as suas acções de desenvolvimento no país; PE v /7 AM\ doc

7 Or. es 9 N.º 8 8. Recorda os problemas específicos enfrentados pelas mulheres do Afeganistão durante o regime talibã e subsequentemente 1, e observa que as atitudes culturais instituídas nessa época só podem ser modificadas gradualmente; convida a Comissão a ter em conta os aspectos de género em todas as suas acções de desenvolvimento no país; 8. Recorda a opressão e discriminação enfrentadas pelas mulheres do Afeganistão durante o regime talibã e os problemas que estas enfrentam agora, e observa que embora as atitudes culturais só possam ser modificadas gradualmente, o actual governo deverá fazer mais para defender os seus direitos; convida a Comissão a atribuir recursos humanos específicos na sua delegação no Afeganistão à integração dos aspectos de género em todas as suas acções de desenvolvimento no país; 1 Descritos no ponto 33 da resolução do Parlamento Europeu de 8 de Julho de 2008 sobre a estabilização do Afeganistão: desafios para a UE e a comunidade internacional. AM\ doc 7/7 PE v01-00