PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares

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1 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares Ofº nº 4746/MAP 9 Junho 2010 Exma. Senhora Secretária-Geral da Assembleia da República Conselheira Adelina Sá Carvalho S/referência S/comunicação de N/referência Data ASSUNTO: RESPOSTA À PERGUNTA N.º 1655/XI/1ª Encarrega-me o Ministro dos Assuntos Parlamentares de enviar cópia do ofício n.º 2277/2010/1429 de 9 do corrente do Gabinete da Senhora Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território sobre o assunto supra mencionado. Com os melhores cumprimentos, O Chefe do Gabinete André Miranda MO Palácio de S. Bento Lisboa - PORTUGAL * Telef: Fax:

2 MINISTERIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRIT~RIO GABINETE DO MINISTRO DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES ENTRADA N.º 4609 DATA: 09/06/2010 Exmo. Senhor Dr. André Miranda Chefe do Gabinete de Sua Excelência o Ministro dos Assuntos Parlamentares Palácio de S. Bento (A.R.) Lisboa Sireferência S/comunicação de Nlreferência Data MAOT/2277/2010/ Proc O Assunto: RESPOSTA A PERGUNTA NQ 1655/Xl/la, DE 3 DE MARÇO DE FALTA DE LICENCIAMENTO DE UMA FÁBRICA DE RESINAS NA FIGUEIRA DA FOZ. Em resposta a Pergunta nq 1655/Xl/l% de 3 de Março de 2010, encarrega-me Sua Excelência a Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território de informar V. Exa. do seguinte: i) De acordo com a Autoridade de Avaliação de Impacte Ambienta1 (AIA), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a fábrica da United Resins referida na V. pergunta não está sujeita a AIA, pelas seguintes razões: a. Segundo o regime jurídico de AIA (RJAIA), no que se refere a indústria química, as instalações que produzem substâncias químicas de base estão enquadradas nos respectivos Anexo I ou II, consoante a sua susceptibilidade de provocar efeitos significativos no ambiente. Dentro do Anexo II, os limiares de abrangência de AIA estão ainda sub-divididos em função da perigosidade; b. A actividade em causa enquadra-se no ponto 6 - Indústria química, alínea a) do Anexo II do Decreto-Lei n.q , de 3 de Maio, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.q , de 8 de Novembro, ou seja, sob "Tratamento de produtos intermediários e fabrico de produtos químicos"; c. Nesta unidade não são produzidas quaisquer substâncias ou preparações perigosas, pelo que não existe enquadramento nas 3 primeiras subalíneas da alínea a) do ponto 6; d. Na ausência de definição de "instalação" no RJAIA, e estando em causa a perigosidade decorrente da utilização de substâncias perigosas, foi Rua de O Sbculo, 51-2"

3 MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRI~O tida como referência a definição constante do Decreto-Lei n.q , de 12 de Julho (aplicável a estabelecimentos onde estejam presentes substâncias perigosas), segundo a qual "Instalação" é uma unid,ade técnica dentro de um estabelecimento onde sejam produzidas, utilizadas, manipuladas ou armazenadas substâncias perigosas, incluindo todo o equipamento e estruturas necessários ao funcionamento da instalação, a qual está em consonância com a definição de "Instalação" constantes dos Decreto-Lei n.q n.q , de 10 de Abril (RELAI), Decreto-Lei n.q , de 29 de Outubro (REAI) e Decreto-Lei n.q , de 26 de Agosto (PCIP); e.atentos as definições plasmadas nos diplomas atrás referidos, ao processo de fabrico do estabelecimento industrial, a classificação das substâncias químicas utilizadas e manipuladas, bem como a área afecta a "instalação" (inferior a lha), foi parecer da CCDR que o projecto em causa não se encontrava abrangido pelo RJAIA. ii) Na sequência de uma reclamação recebida a este respeito, foi pedido um parecer a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na qualidade de Autoridade Nacional de AIA, relativo ao enquadramento em AIA desta instalação. iii)a APA considerou que o referido projecto deveria ser sujeito a AIA, tendo, no entanto, referido que existem divergências de interpretação entre as Autoridades de AIA relativamente ao conceito de "instalação". O parecer da APA teve em conta, designadamente, as seguintes razões: a:analisando exclusivamente o lirriiar de aplicabilidade constante da subalínea 4, da aliena a) do ponto 6 do Anexo II do RJAIA, verifica-se que qualquer instalação industrial que proceda ao tratamento de produtos químicos intermédios e fabrico de produtos químicos poderá ser enquadrada na alínea a) do ponto 6 deste anexo, caso a sua área de, instalação seja de pelo menos 1 ha, independentemente da perigosidade das substâncias manuseadas elou produzidas (mesmo instalações não enquadradas no regime de prevenção de acidentes graves); b. Constata-se existir uma maior proximidade entre o objecto do regime jurídico de PCIP e o âmbito de aplicação do regime jurídico de AIA, que com o regime de prevenção de acidentes graves. No que se refere ao

4 MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITORIO regime PCIP, e dada a semelhança entre o universo das instalações químicas abrangidas por este regime e o universo das instalações químicas abrangidas pelo regime jurídico de AIA, muitas têm sido as aproximações conceptuais feitas entre ambos. c. Efectivamente, aproximar o conceito de "área de instalação" constante no ponto 6, alínea a), do anexo II do RJAIA, a definição de "instalação" nos termos do regime jurídico de prevenção de acidentes graves é mais redutor, dado que o âmbito de aplicação deste regime é bastante mais restrito quando comparado com o regime jurídico de AIA; d. Neste sentido, considera-se que será mais correcto considerar como "área de instalação", para efeitos de aplicação do ponto 6, alínea a) do anexo II do Decreto-Lei n.q , de 3 de Maio, o conceito explanado no Guia de Apoio ao Preenchimento do Formulário PCIP, publicado pela APA. De acordo com este documento, deverá ser entendida como "área da instalação" a "área total, correspondente a superfície abrangida pela totalidade da propriedade em que se integra a instalação". iv)assim, tendo em conta a existência de interpretações diversas quanto ao enquadramento destes casos em AIA, designadamente quando se pretende precisar o conceito de "instalação", quando o mesmo não está explícito no RJAIA, entendeu-se ser de solicitar Parecer ao Conselho Consultivo de AIA. v) Relativamente a uma instalação similar existente em Leiria, a Respol, foi também recebida uma reclamação neste ministério, tendo-se apurado que a CCDRC considerou que a mesma está sujeita a AIA por se tratar de alteração substancial, enquadrada no n.q 13 do Anexo II do Regime Jurídico de AIA. A este respeito referiu a CCDRC que, na Respol, ocorreram várias alterações ao longo do tempo não licenciadas, verificando-se ainda as seguintes situações:, a. A área de instalação em causa é superior a lha; b. lncumprimentos relativos aos instrumentos de gestão territorial em vigor; c. Localização em malha urbana; d. Existência de mais de uma década de passivo arribiental negativo, nomeadamente no que se refere aos recursos hídricos e emissões gasosas;

5 MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO e. Já ter sido alvo de acidentes com gravidade; f. Incluir ainda um processo de destilação de gema de pinheiro, com I produção de pez e aguarrás. Com os melhores cumprimentos, 'elhefe do Gabinete Lu13 Morbey