TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS DE VERIFICAÇÃO DA APLICABILIDADE DO REGIME JURÍDICO DE AIA

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1 TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS DE VERIFICAÇÃO DA APLICABILIDADE DO REGIME JURÍDICO DE AIA Norma de Procedimento Janeiro de Enquadramento 2. Quadro legal aplicável 3. Tramitação dos processos

2 1. ENQUADRAMENTO A presente Norma clarifica e sistematiza a tramitação dos processos de verificação da aplicabilidade do regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), nos casos em que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é a autoridade competente para o efeito, ou seja, quando: O projecto esteja incluído no anexo I do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção; A entidade licenciadora ou competente para a autorização seja um serviço central não desconcentrado, um instituto sob a tutela da administração central ou uma comissão de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR); O projecto se situe em área sob jurisdição de duas ou mais CCDR; Nos casos acima mencionados, a entidade licenciadora ou o proponente podem solicitar à APA que se pronuncie sobre a sujeição a procedimento de AIA de um determinado projecto. Nesta Norma descrevem-se as várias etapas, conteúdos e responsáveis envolvidos na tramitação dos processos de verificação da aplicabilidade do regime jurídico de AIA. 1

3 2. QUADRO LEGAL APLICÁVEL A presente Norma é enquadrada pelos seguintes diplomas legais: Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro; Declaração de Rectificação n.º 2/2006, de 6 de Janeiro; Portaria n.º 330/2001, de 2 de Abril e Declaração de Rectificação n.º 13-H/2001, de 29 de Maio; Despacho n.º 4261/2011, de 7 de Março, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 46. O regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) encontra-se definido no ordenamento jurídico nacional através do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005 de 8 de Novembro e pela Declaração de Rectificação n.º 2/2006, de 6 de Janeiro. De acordo com o n.º 3 do artigo 1º do referido diploma, encontram-se sujeitos a procedimento de AIA os projectos tipificados nos seus anexos I e II. Para as tipologias de projecto listadas no anexo II são definidos limiares mínimos para enquadramento em AIA, limiares esses que variam em função da afectação ou não de áreas sensíveis (conforme definição constante na alínea b) do artigo 2º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção). Encontram-se também sujeitos a procedimento de AIA: Os projectos elencados no anexo II, ainda que não abrangidos pelos limiares nele fixados, que sejam considerados, por decisão da entidade licenciadora ou competente para a autorização do projecto, susceptíveis de provocar impacte significativo no ambiente em função da sua localização, dimensão ou natureza, de acordo com os critérios estabelecidos no anexo V (n.º 4, artigo 1º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção); Os projectos que em função da sua localização, dimensão ou natureza sejam considerados, por decisão conjunta do membro do Governo competente na área do projecto em razão da matéria e do membro do Governo responsável pela área do ambiente, como susceptíveis de provocar um impacte significativo no ambiente, tendo em conta os critérios estabelecidos no anexo V (n.º 5, artigo 1º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção). Tal como já referido, a entidade licenciadora ou o proponente podem solicitar à APA que, no âmbito das suas competências enquanto autoridade de AIA, se pronuncie sobre a sujeição a procedimento de AIA de um determinado projecto. A emissão de parecer técnico sobre esta matéria encontra-se abrangida pelo ponto 4.1 da tabela anexa ao Despacho n.º 4261/2011, de 7 de Março, que aprovou os preços relativos aos serviços prestados pela APA e à venda de produtos próprios. Encontram-se excluídos do âmbito de aplicação do referido Despacho os pareceres emitidos nos termos do n.º 2 do artigo 2º-A do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção, bem como os pareceres que se destinem a averiguar o enquadramento no ponto 13 do anexo II do mesmo diploma. 2

4 3. TRAMITAÇÃO DO PROCESSO O processo de verificação da aplicabilidade do regime jurídico de AIA a um determinado projecto inicia-se com a submissão do respectivo pedido pelo requerente. Após entrada deste pedido, a APA procede à análise preliminar do mesmo no prazo máximo de 10 dias úteis. Em resultado da análise preliminar, e de acordo com o definido no ponto 4.1. da tabela aprovada pelo Despacho n.º 4261, de 7 de Março, será determinado o montante a cobrar pela emissão do parecer bem como a eventual necessidade de apresentação de elementos adicionais. A APA notificará então o requerente, solicitando a apresentação dos dados necessários à cobrança bem como de eventuais elementos adicionais necessários para emissão de parecer. O proponente deve então remeter uma carta de aceitação acompanhada da informação solicitada. Após recepção destes elementos, a APA emite, no prazo de 5 dias úteis, a respectiva factura, a liquidar pelo requerente em 15 dias. Após boa cobrança, a APA procede à análise de todos os elementos apresentados e emite, no prazo máximo de 15 dias úteis, o parecer final, que será comunicado ao requerente com conhecimento à entidade licenciadora ou competente para autorização. Relativamente aos pareceres emitidos nos termos do n.º 2 do artigo 2º-A do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual redacção, bem como aos pareceres que se destinem a averiguar o enquadramento no ponto 13 do anexo II do mesmo diploma, não haverá lugar à cobrança do serviço, pelo que a emissão dos mesmos ocorrerá no prazo de 15 dias úteis após recepção do pedido inicial ou após recepção dos elementos adicionais, caso sejam solicitados. O procedimento acima descrito é ilustrado através do fluxograma constante da página seguinte. 3

5 Fig. 1 Fluxograma ilustrativo da tramitação processo de verificação da aplicabilidade do regime jurídico de AIA 4