UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O TRABALHO DO MENOR E SUAS POLÊMICAS Por: Yoná Lasheras de Aguiar Orientadora Profª. Dra. Denise de Almeida Guimarães Rio de Janeiro 2006

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O TRABALHO DO MENOR E SUAS POLÊMICAS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito do Trabalho. Por: Yoná Lasheras de Aguiar

3 3 AGRADECIMENTOS Ao colega Alex Lacerda de Almeida, cujo estímulo foi fundamental para a realização de um sonho, há muito guardado. À querida professora Denise de Almeida Guimarães todo o apoio e dedicação na orientação dessa monografia.

4 4 DEDICATÓRIA À minha mamita, Eny Aurora Lasheras Bastos de Aguiar, cuja motivação apesar da depressão foi fundamental para a minha vida. Sempre procurando transmitir muito amor, alegria, entusiasmo e muitas lições de vida. Ao meu querido Arnaldo Felisberto Bezerra, agradeço especialmente a existência memorável em minha vida. À todos os menores vítimas do trabalho escravo. RESUMO

5 5 O trabalho infantil sempre foi utilizado na produção de riquezas. Na visão capitalista, é mais lucrativo contratar a mão-de-obra infantil, muitas vezes sem remuneração, somente recebendo comida pelo seu trabalho. Os países subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento, utilizam o trabalho infantil em larga escala. Infelizmente, na América Latina, o Brasil é o que apresenta o maior índice de utilização da força de trabalho infantil. Segundo a UNICEF, existem atualmente oito milhões de crianças entre cinco e dezessete anos trabalhando no País, mesmo a Constituição proibindo o trabalho antes dessa idade. Essa mão-de-obra infantil é usada para ajudar a família, em detrimento ao adequado desenvolvimento físico, moral, mental, emocional, social, espiritual e cultural, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. A principal ocupação da criança e do adolescente é na agropecuária, seguida do comércio, da indústria e da prestação de serviços, especialmente de ocupações domésticas. No Brasil, várias são as leis que visam a proteção do trabalho da criança e do adolescente, mas são poucos os que as seguem. Para eliminar as causas desse problema necessitamos uma ação social conjunta que envolva o Governo, a Comunidade e os Empregadores, cujos resultados práticos seriam sentidos apenas a médio e longo prazo. De imediato, faz-se necessária uma maior fiscalização por parte das autoridades para que se cumpra a legislação vigente. METODOLOGIA

6 6 A metodologia de pesquisa utilizada foi o estudo de textos legais, doutrinas e jurisprudência, valendo-nos ainda de artigos de revistas especializadas e textos jurídicos, bem como sites jurídicos. O estudo desta monografia foi elaborado de forma sistemática e os temas distribuídos ordenadamente em seis capítulos, que se destinam a orientar os interessados no assunto, a compreender melhor a necessidade de proteção legal do trabalho do menor e sua fiscalização para o fiel cumprimento das normas.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Evolução histórica do trabalho do menor no mundo e no Brasil 10 CAPÍTULO II - Evolução dos direitos trabalhistas do menor no Brasil 14 CAPÍTULO III - Normas de proteção ao trabalho do menor 30 CAPÍTULO IV - Os direitos do menor frente o contrato de trabalho 37 CAPÍTULO V - Programas de erradicação do trabalho da criança e do adolescente no Brasil 39 CAPÍTULO VI - O papel dos responsáveis pela fiscalização contra os abusos 42 CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45 ÍNDICE 46 FOLHA DE AVALIAÇÃO 47

8 8 INTRODUÇÃO A escolha do tema surgiu a partir da triste realidade do trabalho do menor no Brasil. A miséria, a pobreza, a privação educacional e a passividade infantil, são algumas das causas da exploração do trabalho de crianças e adolescentes no País. Constatamos que o menor é um ser humano em fase de desenvolvimento físico, emocional, social e cultural, e que o trabalho não deve prejudicar o seu desenvolvimento. O ordenamento jurídico proíbe o trabalho precoce do menor e as conseqüências prejudiciais ao seu desenvolvimento advindas dele. Também veda o trabalho do menor em condições insalubres, perigosas, penosas, em horário noturno, em serviços nocivos à moralidade, enfim, em todas aquelas situações que possam prejudicar o seu pleno desenvolvimento e sua saúde física ou mental. Destacamos a importância em assegurar ao menor a proteção e o cuidado que sejam necessários ao seu bem-estar, levando em consideração os direitos e deveres dos pais, responsáveis, Governo e sociedade civil. No desenvolvimento do tema abordamos os assuntos considerados relevantes sobre o trabalho infantil. No capítulo 1, tratamos da evolução histórica do trabalho do menor no mundo e no Brasil. No capítulo 2, examinamos a evolução dos direitos trabalhistas do menor no Brasil. No capítulo 3, ressaltamos as normas de proteção ao trabalho do menor. No capítulo 4, esclarecemos os direitos do menor frente o contrato de trabalho. No capítulo 5, apontamos alguns programas de erradicação do trabalho da criança e do adolescente no Brasil. Finalmente, no capítulo 6, esclarecemos o papel dos responsáveis pela fiscalização contra os abusos. Apesar do Brasil possuir uma das legislações mais avançadas, verificamos um descompasso entre a lei e a realidade dos fatos.

9 9 Necessário se faz, portanto, que lutemos para que as crianças e os adolescentes não percam a etapa mais importante de suas vidas: a infância. Afirmamos ser dever da Família, do Estado e da Sociedade proteger o menor contra a exploração infantil.

10 10 CAPÍTULO I EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO DO MENOR NO MUNDO E NO BRASIL A mão-de-obra infantil, sempre foi utilizada, inclusive antes de Cristo. No Código de Hamurabi, verificamos medidas de proteção às crianças e aos adolescentes, que, trabalhavam como aprendizes. Na Grécia e Roma, o trabalho escravo era lícito, os menores não tinham qualquer proteção estatal. Na Antigüidade, o trabalho do menor era voltado para um sistema de produção familiar e tipicamente de subsistência. Na Idade Média, o menor aprendiz trabalhava nas corporações de ofício, recebendo alimentação e o aprendizado do ofício. Não recebiam qualquer paga pelo trabalho realizado. A doutrina aponta a Revolução Industrial (Século XVIII), como a grande responsável pelas modificações ocorridas na Inglaterra. Com o término das corporações de ofício, o trabalho do menor passou a ser realizado fora do âmbito familiar. Não havendo qualquer proteção ao menor. A utilização da mão-de-obra barata de crianças e adolescentes, pelas indústrias da época, pois se sujeitavam, a salário muito baixo e a jornada de trabalho excessiva. Não havendo qualquer preocupação com a condição de ser humano, em fase de desenvolvimento físico e mental. Confirmamos que o trabalho infantil passou a competir com o trabalho adulto. Porém, os resultados sociais foram terríveis, além do analfabetismo, as doenças típicas das indústrias e as deformidades físicas. A primeira lei de proteção ao trabalho infanto-juvenil, ocorreu em 1802, na Inglaterra, através do ( Moral and Health Act ), Ato da Moral e da Saúde, através do Ministro Robert Peel. Na qual ficou proibido o trabalho do menor por mais de dez horas diárias, limitou a idade para o trabalho infantil em oito anos e proibiu o trabalho noturno para o menor.

11 11 A exploração da mão-de-obra infantil, só diminuiu no início do século XX, a partir do ato de educação elementar, no qual era obrigatória a freqüência na escola das crianças e adolescentes ao menos meio período por dia. Após a publicação de algumas leis na Inglaterra, vários outros países, tais como: França, Alemanha, Suíça, Itália, Rússia, Bélgica, Holanda, Portugal, Estados Unidos da América, Áustria e Espanha, promulgaram normas de regulamentação e proteção ao trabalho do menor. No Brasil, a Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco (Lei nº 2.040, de 28 de setembro de 1871), concedeu liberdade às crianças nascidas das mães escravas, com a finalidade de extinguir o trabalho infantil. A legislação supracitada não conseguiu garantir ao menor uma condição diferente da do escravo. Após a abolição do regime escravocrata, muito se discutiu sobre o trabalho infantil. As crianças sempre foram exploradas, trabalhando nos mais diversos setores da vida social e econômica do Brasil, nas lavouras, no transporte de carga e nos serviços domésticos. Na verdade, após a abolição, desencadeou-se uma severa crise econômica que avassalou o Brasil na época, com o desemprego generalizado e com a criminalidade infantil, na procura de soluções para o problema do menor abandonado e/ou delinqüente. Em 1927, o Decreto nº A, de 12 de outubro, chamado de Código de Menores, o Brasil passou a regulamentar o trabalho do menor; as crianças até doze anos estavam proibidas de trabalhar, as menores de dezoito anos não poderiam trabalhar no horário noturno. A Constituição de 1934 fez referência direta à proteção dos direitos da criança e do adolescente. A Constituição de 1937, por sua vez, proibiu qualquer trabalho aos menores de quatorze anos, vetando o trabalho noturno aos menores de dezesseis anos, e em indústrias insalubres a menores de dezoito anos. O Decreto-Lei nº 3.616, de 13 de setembro de 1941, instituiu a carteira de trabalho do menor.

12 12 A Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943), no seu Capítulo IV, Título III, dispõe sobre as normas especiais de tutela de trabalho, incluindo proteção laboral do adolescente, e proibindo o trabalho aos menores de quatorze anos. Com as modificações trazidas pela Emenda Constitucional nº 20/98, a redação do artigo 402 do diploma consolidado, preceitua que menor é o trabalhador de quatorze a dezoito anos. O artigo 403 preceitua ser proibido o trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz a partir de quatorze anos e seu parágrafo único dita que o menor não poderá desempenhar nenhuma atividade laborativa em locais que prejudiquem sua formação física, psíquica, moral, social e em horários e locais que impeçam sua freqüência à escola. A Constituição Federal de 1946 proibiu a distinção salarial para um mesmo trabalho por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil (grifo nosso). O trabalho do menor só era permitido a partir dos quatorze anos de idade e era proibido o trabalho noturno e insalubre para menores de dezoito anos. O golpe militar de 1964 marcou o retrocesso na democracia, inclusive, na proteção ao trabalho infantil, pois fixou em doze anos, a idade mínima para ingresso do indivíduo no mercado de trabalho, através da Constituição Federal outorgada em A Emenda Constitucional nº 1 de 1969, manteve a proibição ao trabalho dos menores de doze anos, e o trabalho do adolescente passou a ser encarado como trabalho de aprendiz. Por outro lado, a referida emenda eliminou um direito já consagrado, que proibia a discriminação salarial em virtude da idade. Os artigos 6º, 7º, 208, 214 e 227 da Constituição da República, de 5 de outubro de 1988, garantiu diversas normas protetivas à criança e ao adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990), constitui o diploma legal mais completo em matéria de proteção à criança e ao adolescente.

13 13 CAPÍTULO II EVOLUÇÃO DOS DIREITOS TRABALHISTAS DO MENOR NO BRASIL

14 A Constituição Federal de 1988 A promulgação da Carta Magna transformou a situação do trabalho do menor no Brasil, tendo como Princípio fundamental o da Dignidade da Pessoa Humana. Observamos no patamar constitucional, mecanismos de proteção à criança e ao adolescente no País. O artigo 7º da Constituição da República, de 5 de outubro de 1988, vedou em seu inciso XXX a diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (grifo nosso). No inciso XXXIII, proibiu o trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de 14 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 12 anos. Frise-se que a Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, alterou a idade mínima para o ingresso em emprego ou trabalho para 16 anos e fixou a idade mínima de 14 anos para o aprendizado. (MINHARRO, Erotilde Ribeiro dos Santos. A criança e o adolescente no direito do trabalho.1ª ed., São Paulo.Ltr Edit., 2003, pp 27). Com a mobilização da sociedade civil, foi aprovada a emenda popular do artigo 227 da Constituição Federal, que dispõe o seguinte em seu caput: Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda

15 15 a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O parágrafo 3º do artigo 227 da Constituição Federal prevê que a proteção especial à criança e ao adolescente abrangerá, dentre outros aspectos, a idade mínima de ingresso no mercado de trabalho, a garantia de direitos trabalhistas e previdenciários e a garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola. Já o parágrafo 4º diz que a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente. Constatamos a preocupação do legislador em resgatar a dignidade do menor. Inclusive, somos todos responsáveis em preservar as condições de vida das crianças e dos adolescentes. O artigo 205 da Carta Política contempla que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família. Concordamos plenamente com a posição do jurista José Afonso da Silva, a norma assim explicitada, educação, direito de todos e dever do estado e da família, significa, em primeiro lugar, que o estado tem que aparelhar para fornecer, a todos, os serviços educacionais, isto é, oferecer ensino, de acordo com os princípios estatuídos no art. 206 do mesmo diploma. (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 15ª ed. Atual., São Paulo: Malheiros Editores, 1998, p.316). Entendemos, que o Estado deve proporcionar a todo o cidadão o direito à educação A Emenda Constitucional n.º 20/98 Observamos que vários países, inclusive o Brasil, aumentaram gradualmente a idade mínima para o ingresso na vida laboral.

16 16 Através da Emenda Constitucional nº 20/98, foi fixado o limite mínimo de idade para o trabalho do menor em 16 anos, admitindo sua contratação com idade inferior apenas como aprendiz e, ainda assim, a partir de quatorze anos. Destacamos que a limitação ao trabalho noturno, perigoso ou insalubre foi mantida pela referida emenda. A Emenda Constitucional nº 20/98, permitiu a ratificação pelo Brasil da Convenção nº 138, de 1973, da Organização Internacional do Trabalho, na qual autoriza o trabalho ou emprego a partir dos dezesseis anos, desde que estejam plenamente protegidas a saúde, a segurança e a moral dos jovens envolvidos e lhes seja propiciada instrução ou formação adequada à específica no setor da atividade pertinente. Entendemos que a realidade brasileira deverá mudar, afinal a legislação deve ter a necessária eficácia social. Há a necessidade imperiosa de programas sociais e eficazes, além da severa fiscalização e punição dos infratores da Lei. À luz da Emenda Constitucional nº 20/98, considerando a norma de ordem pública é de aplicação imediata, adotamos a posição doutrinária de que o empregador deverá dispensar todos os empregados que estejam aquém da idade limite de dezesseis anos, pagando-lhes as verbas rescisórias previstas em lei, ou então, colocá-los imediatamente em regime de aprendizagem A Consolidação das Leis do Trabalho A Consolidação das Leis do Trabalho, no Capítulo IV, Título III, em seus artigos 402 ao 441, trata das Normas Especiais de Tutela e Proteção do Trabalho do Menor, regulando: a) idade mínima para o trabalho; b) os trabalhos proibidos; c) a duração da jornada de trabalho; d) a admissão ao emprego; e) a expedição da carteira profissional; f) os deveres dos responsáveis legais e dos empregadores em relação ao menor; e g) a aprendizagem, dentre outras disposições de proteção. Constatamos que as normas de proteção ao trabalho do menor, sofreram algumas alterações nas últimas décadas.

17 17 Por último, a Lei nº , de 19 de dezembro de 2000, alterou os dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, revogando o artigo 80 e dando nova redação aos artigos 402, 403, 428, 429, 430, 431, 432, 433, 436 e 437 do mesmo diploma O Estatuto da Criança e do Adolescente A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, aprovou o Estatuto da Criança e do Adolescente, também conhecido como ECA, em substituição ao Código de Menores de No Capítulo V foram introduzidas importantes normas para proteção do menor, com influência nos Princípios da Declaração Universal dos Direitos da Criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente adota o princípio da proteção integral, dispõe sobre as relações jurídicas das crianças e adolescentes com a família, a sociedade e o Poder Público, estipulando obrigações, que são relativas à prevenção e cumprimento das leis e deveres, que asseguram direitos, protegendo todo universo de crianças e adolescentes que passam a ser sujeitos de direitos. A adoção do princípio doutrinário da proteção integral, que tem como fundamento à promoção do pleno desenvolvimento físico, psicológico e mental dos menores, conferindo-lhes direitos civis políticos e econômicos, sociais e culturais. Entendemos que o Estatuto estabeleceu radical mudança da abordagem assistencialista, para conseguir uma ação mais efetiva na proteção à criança e ao adolescente. Quanto ao conteúdo, profundas mudanças foram implementadas no que se refere ao reconhecimento da cidadania da criança e do adolescente. Destacamos a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado, de assegurar-lhes o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

18 Normas Especiais de Proteção à Criança e ao Adolescente O Trabalho Educativo A Lei nº , de 19 de dezembro de 2000, incluiu o trabalho educativo como uma modalidade da aprendizagem. A Constituição Federal através da Emenda Constitucional nº 20/98, proibiu qualquer trabalho ao menor de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. O conceito de trabalho educativo está previsto no artigo 68 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a seguir descrito: Art. 68 O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental, sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda de produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. Conceituamos o trabalho educativo, como a atividade laborativa onde as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do menor (lazer, saúde, educação e cidadania) prevalecem sobre o aspecto produtivo.

19 19 Destacamos, que o artigo 68 do Estatuto da Criança e do Adolescente, carece de regulamentação. Não há previsão de regras jurídicas para a contratação, nem tampouco previsão legal a respeito das modalidades de contratação do trabalho educativo. Inclusive, não há previsão de pagamento de salário ao educando, porque o principal fundamento do trabalho educativo é a formação e o desenvolvimento sócio-educacional do adolescente. Porém, o Estatuto da Criança e do Adolescente permite que o educando perceba uma remuneração pelo trabalho realizado, sem que desnature o caráter educativo. Sugerimos a regulamentação do artigo 68 do ECA, uma vez que o trabalho educativo visa promover o desenvolvimento social e educacional do menor. Através de programas educacionais, o menor pode aprimorar os seus conhecimentos educacionais, pessoais e profissionais, aprender uma profissão e ter uma vida melhor O Programa do Bom Menino Menor Assistido O Decreto-Lei nº 2.318, de 30 de dezembro de 1986, e seu regulamento, Decreto nº /87, têm por objetivo proporcionar à profissionalização ao menor, através de instituições sociais que o encaminhem à empresa. O Programa do Bom Menino não gera uma relação de emprego. Porém, é necessária a anotação da referida bolsa, no valor de meio salário mínimo, na carteira profissional, bem como, seguro contra acidentes pessoais. Não devemos confundir o menor assistido com o menor aprendiz. O Programa do Bom Menino tem objetivo social de retirar os menores das ruas. O menor aprendiz tem como meta à profissionalização do menor. O Decreto nº /87 foi revogado pelo Decreto de 10 de maio de 1991, questiona-se a recepção ou não pela Constituição Federal do Decreto- Lei nº 2.138/86, criador da figura do menor assistido. Entendemos, então, que a redação do artigo 7º, inciso XXXIII da Lei Maior, no qual fica proibido o trabalho do menor de dezesseis anos, exceto na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Constatamos que somente o

20 20 menor aprendiz pode trabalhar dos quatorze aos dezesseis anos, sob o manto da proteção trabalhista. Assim sendo, entendemos que o Decreto-lei nº 2.318/86 e o Decreto nº /87 foram revogados expressamente pelo Decreto Presidencial de 10 de maio de 1991, fundamentado na alteração contida na Emenda Constitucional nº 20/98, na qual alterou-se a idade para o trabalho do menor O Contrato de Aprendizagem Segundo o Prof. Octavio Bueno Magano, a aprendizagem pode ser definida como sistema em virtude do qual o empregador se obriga, por contrato, a empregar um jovem trabalhador e a lhe ensinar ou a fazer que se lhe ensine metodicamente um ofício, durante período previamente fixado, no transcurso do qual o aprendiz se obriga a trabalhar a serviço de dito empregador. (MAGANO, Octavio Bueno, Manual de Direito do Trabalho. 2º ed. atual., São Paulo; Ltr, 1992, p.145, v.iv) O conceito do contrato de aprendizagem encontra-se definido em vários diplomas legais, tais como: a) artigo 428 da Consolidação das Leis do Trabalho; b) artigo 62, da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente; c) Lei nº , de 19 de dezembro de 2000 e d) Lei nº , de 23 de setembro de A Lei nº , de 23 de setembro de 2005, alterou os artigos 428 5º e 6º e 433 caput da Consolidação das Leis do Trabalho, que passam a vigorar com a seguinte redação: Art Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte

21 21 e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. (NR) Art O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses : (NR) Entendemos que o contrato de aprendizagem trata-se de um contrato de trabalho especial, no qual o empregador deve assegurar ao maior de 14(quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, a inscrição em programa de aprendizagem, desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica, esta entendida como o conjunto de atividades teóricas e práticas, organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvida no ambiente e trabalho. A formação profissional metódica deverá ser ministrada em curso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e o Serviço de Aprendizagem no Transporte (SENAT). Caso estes

22 22 órgãos não ofereçam cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, a formação poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber: Escolas Técnicas de Educação (item I do art.430 da CLT, com redação dada pela Lei nº , de 2000); na própria empresa (art. 431 da CLT com a nova redação dada pela Lei nº ) ou nas entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (art. 430, II, da CLT, acrescentado pela Lei nº , de 2000). Destacamos as restrições ao contrato de trabalho do aprendiz advindas pela Lei nº , de 19 de dezembro de 2000, na qual fica proibido o trabalho do menor aprendiz em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, como também em horário e locais que não permitam a freqüência à escola. O contrato de trabalho especial para sua validade, deverá ser celebrado por escrito, havendo a respectiva anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. A matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental. Sem a freqüência do aprendiz à escola, o contrato de aprendizagem ficará descaracterizado. A devida inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. A nova redação dada ao art.428 da CLT, pela Lei nº , de 2000, pôs fim à controvérsia, dispondo no 2º deste artigo, que ao menor aprendiz será garantido o salário mínimo hora, salvo condição mais favorável. A mesma lei revogou expressamente o art. 80 da Consolidação das Leis do Trabalho. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas à compensação e prorrogação da jornada. Também é conferido ao menor aprendiz o direito de participar do regime do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Finalmente, visando estimular a contratação de aprendizes, o artigo 2º da Lei nº , de 2000, altera a Lei nº 8.039, de 1990, acrescentando o 7º ao artigo 15 da Lei nº

23 , de 1990, que reduz a alíquota do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para 2% (dois por cento). As normas coletivas somente serão aplicáveis ao menor aprendiz, quando expressamente preverem benefícios em favor dos mesmos. A nova redação do caput do artigo 433, da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece as hipóteses de extinção do contrato de aprendizagem, quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, não se aplica à idade máxima a aprendizes portadores de deficiência ou quando expirado seu prazo de duração. O contrato de aprendizagem também poderá ser extinto antecipadamente quando houver desempenho insuficiente, inadaptação do aprendiz, falta disciplinar grave, ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo e também pedido de demissão do aprendiz. O recibo de quitação da rescisão do contrato de aprendizagem, firmado por aprendiz com mais de um ano de serviço, só será válido com a homologação perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego. O contrato de aprendizagem é de duração determinada, não poderá ser estipulado por mais de dois anos, caso contrário, estará sujeito às regras do contrato de trabalho normal, por tempo indeterminado, conforme preceitua o artigo 428, 3º, introduzido pela Lei nº , de A Lei nº , de 19 de dezembro de 2000, em atenção ao comendo contido na Convenção Internacional da OIT nº 182, ratificada pelo Brasil, deu nova redação ao artigo 403, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho. No qual ficou expressamente proibido o trabalho do menor aprendiz em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, como também em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. Entendemos que a contratação de aprendizes possibilita aos jovens adquirir capacitação para ingressar no mercado de trabalho. Por outro lado, outras iniciativas governamentais deverão ser tomadas para estimular a contratação de aprendizes, como a que reduz a alíquota do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para 2% (dois por cento). Esta modalidade de incentivo

24 24 fiscal tem sido utilizada, no exterior e bem assim no Brasil, como instrumento de combate ao desemprego. A redução dos custos seguramente estimula os empresários a contratar aprendizes A Lei n.º , de 11 de abril de 2001 e o Decreto n.º 3.823, de 28 de maio de 2001 Esta lei cria o Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à educação Bolsa Escola, regulariza a participação da União em programas municipais de garantia de renda mínima. O Regulamento do Bolsa Escola foi criado através do Decreto nº 3.823, de 28 de maio de O Poder Executivo publicou o regulamento do Programa de Renda Mínima vinculado à educação Bolsa Escola, através do Decreto nº 3.823, de 28 de maio de No referido decreto constará as condições para homologação do Ministério da Educação, as normas de manutenção e organização do cadastro das famílias beneficiárias, funcionamento, acompanhamento e avaliação do programa no âmbito federal. A União apoiará programas de garantia de renda mínima associados a ações sócio-educativas. As famílias beneficiárias deveram residir no município, ter renda familiar per capita inferior ao salário mínimo, as crianças com idade entre seis e quinze anos matriculadas em estabelecimentos de ensino fundamental regular, com freqüência escolar igual ou superior a oitenta e cinco por cento. A iniciativa pertinente do legislador pátrio em valorizar a escolaridade, principalmente no que se refere às crianças e aos adolescentes, é o princípio para solucionarmos a questão sóciocultural do País. Afinal, sabemos que a miséria estimula muito mais o ingresso da criança e do adolescente nas relações trabalhistas informais. Acreditamos que a valorização da educação, associada ao efetivo crescimento econômico conseguirá erradicar o trabalho infanto-juvenil.

25 A Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e o Decreto n.º 2.208, de 17 de abril de 1997 A atual legislação de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é um importante instrumento legal editado a favor de crianças e adolescentes. Nos artigos 39 a 42 trata da educação profissional, estes dispositivos foram regulamentados pelo Decreto nº 2.208, de 17 de abril de A educação profissional compreende o nível básico, técnico e tecnológico, sendo desenvolvida em articulação com o ensino regular ou em modalidades que contemplem estratégias de educação continuada, podendo ser realizadas em escolas de ensino regular, em instituições especializadas ou nos ambientes de trabalho. Trata-se, portanto, de processo distinto da aprendizagem. Depreendemos que o adolescente pode, assim, estar submetido ao processo de educação profissional sem ser aprendiz. Consideramos, então, a formação profissional como o gênero dos quais são espécies: a) a educação profissional, que compreende o nível básico, técnico e tecnológico; b) a formação técnico-profisssional; c) o trabalho educativo e d) a aprendizagem. No artigo 5º, 2º estabelece que o Poder Público assegurará o acesso ao ensino fundamental (obrigatório e gratuito) e, aos pais ou responsáveis, o dever de matricular os menores nas escolas a partir dos sete anos de idade, segundo os artigos 27, inciso III e 35, inciso II, do diploma legal em estudo, a educação básica e o ensino médio observarão dentre de suas diretrizes, respectivamente, a orientação e preparação para o trabalho nos termos do artigo 28, inciso III, a educação básica para a população rural adaptar-se-á às peculiaridades locais, adequando-se à natureza do trabalho realizado na zona rural. (MINHARRO, Erotilde

26 26 Ribeiro dos Santos. A Criança e o Adolescente no Direito do Trabalho. São Paulo. Ltr Edit., 2003,pp.28) A Lei n.º , de 22 de outubro de 2003 e a Lei n.º , de 27 de agosto de 2004 O Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), têm como objetivo promover a criação de postos de trabalho para jovens, a fim de prepará-los para o mercado de trabalho e outras ocupações geradoras de renda, propiciando a qualificação para o referido mercado e a inclusão social. O programa supracitado atenderá jovens com a idade de dezesseis a vinte e quatro anos em situação de desemprego involuntário, desde que não tenham tido vínculo empregatício anterior, cuja família tenha renda mensal per capita de até meio salário mínimo. Sendo necessária a matrícula em estabelecimento de ensino fundamental, médio, ou cursos de educação de jovens e adultos, e estejam freqüentando regularmente às aulas. Os jovens serão cadastrados nas unidades executoras do programa (SINE Sistema Nacional de Emprego, ou entidades conveniadas). Os empregadores adeptos ao programa terão acesso à subvenção econômica por emprego gerado. Ressaltamos a preocupação do legislador, em estimular o ingresso do empregador no Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. A Lei nº , de 22 de outubro de 2003, no artigo 13, alterou a redação do artigo 3º-A da Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o serviço voluntário. A alteração no artigo 3º-A da Lei nº 9.608/1998, autoriza a União a conceder auxílio financeiro ao prestador de serviço voluntário com idade de dezesseis a vinte e quatro anos, destacamos a preocupação do legislador com os jovens egressos de unidades prisionais ou que estejam cumprindo medidas sócio-educativas A Lei n.º , de 23 de setembro de 2005

27 27 O Projeto Escola de Fábrica têm o propósito de promover a formação profissional inicial e continuada de jovens entre dezesseis e vinte e quatro anos, com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, matriculado na educação básica regular da rede pública ou na modalidade de educação de jovens e adultos. Os artigos 428 e 433 da Consolidação das Leis do Trabalho foram alterados fundamentalmente na idade dos jovens que passou de dezoito para vinte e quatro anos. A idade máxima prevista não se aplica aos aprendizes portadores de deficiência. Os jovens participantes do Projeto Escola de Fábrica receberão mensalmente uma bolsa-auxílio, durante o período do curso. Os cursos de formação profissional inicial e continuada deverão observar, a conjugação de atividades teóricas e práticas para complemento da formação profissional. Os cursos serão ministrados em espaços educativos específicos, havendo limitação das atividades práticas, limitação da duração das aulas em cinco horas diárias e duração de no mínimo de seis e no máximo de doze meses. O Ministério da Educação selecionará e credenciará as unidades gestoras, considerando o projeto pedagógico e o plano de trabalho, formulados para os cursos e os estabelecimentos produtivos pré-selecionados. O responsável pelo estabelecimento produtivo, ou seja, a infraestrutura física própria para a instalação dos espaços educativos específicos, deverá providenciar seguro de vida e seguro contra acidentes pessoais em favor dos jovens participantes do Projeto As Convenções da Organização Internacional do Trabalho As movimentações sociais e sindicais antes e durante a Primeira Guerra Mundial, possibilitaram a criação da Organização Internacional do

28 28 Trabalho. A mão-de-obra infanto-juvenil sempre foi uma das maiores preocupações da OIT; acarretando a criação de várias Convenções e Recomendações, com o propósito de alcançar a Justiça Social. O Brasil ratificou várias Convenções Internacionais sobre a melhoria de condições de vida e de trabalho do menor no período de 1919 a As principais Convenções da OIT sobre a temática, ratificadas pelo Brasil, são as de nº 05, 06, 16, 58, 138, 142 e 182. Além dessas normas internacionais, há várias Recomendações da OIT sobre o trabalho do menor, entre as quais as de nº 04, 14, 41, 45, 52, 57, 60, 77, 79, 80, 87, 96, 101, 117 e 190. Há, ainda, documentos importantes editados pela ONU sobre o assunto. Trata-se da Declaração Universal dos Direitos da Criança, 1959 e da Convenção sobre Direitos da Criança, de 1989, ratificadas pelo Brasil. Entre as Convenções Internacionais ratificadas mais recentemente pelo ordenamento jurídico brasileiro na proteção ao trabalho do menor, destacamos as Convenções Internacionais nº 138 e nº 182. No seu bojo a Convenção nº 138 da OIT, determina o comprometimento de todo País-Membro, ratificador desta Convenção, numa política nacional que assegure a efetiva abolição do trabalho infantil, elevando gradativamente, a idade mínima de admissão a emprego ou trabalho, que seja compatível com o desenvolvimento físico e mental do menor. A Convenção nº 182 dispõe sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil, devendo todo país que a ratificasse adotar medidas imediatas para erradicar todas as maneiras de escravidão infanto-juvenil. No artigo 3º da Convenção nº 182 estão elencadas as piores formas de trabalho infantil, dentre as quais a venda ou tráfico de crianças, a servidão por dívidas e os trabalhos forçados. Os Países-Membros ratificantes devem realizar Programas para evitar a utilização, o recrutamento ou a oferta de crianças para a prostituição. Também deveriam eliminar a participação de crianças e adolescentes em atividades ilícitas, em particular, o tráfico de entorpecentes e armas de fogo. Além de trabalhos que, por sua natureza ou

29 29 condições de execução, pudessem vir a prejudicar a saúde, a segurança ou a moral do menor. Observamos a real preocupação da Organização Internacional do Trabalho, em limitar a idade de ingresso no mercado de trabalho e a erradicação das piores formas de labor infanto-juvenil. Fundamentalmente, o mais importante é detectar as causas do trabalho infantil, eliminando os motivos que levam à utilização desse tipo de mão-de-obra para, assim, obter-se sucesso a longo prazo na abolição definitiva dessa exploração. CAPÍTULO III NORMAS DE PROTEÇÃO AO TRABALHO DO MENOR 3.1 Segurança e Medicina do Trabalho As normas reguladoras das condições de higiene e segurança do trabalho tiveram início a partir da promulgação da Constituição Federal de 1946, a Constituição Federal de 1967 e a Constituição Federal de 1969, todas reconheceram o direito dos trabalhadores à higiene e a segurança do trabalho. A Carta Política de 1988, em seu artigo 7º, inciso XXII, alterou as demais constituições no tocante à higiene e segurança do trabalho, disciplinando que os trabalhadores têm direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança. 3.2 Trabalho Insalubre O trabalho em condições insalubres é proibido aos menores de dezoito anos. Com fundamento na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 7º,

30 30 inciso XXXIII, na Consolidação das Leis do Trabalho, no seu inciso I, do artigo 405 e o Estatuto da Criança e do Adolescente, no inciso II do artigo 67. Conforme preceitua o artigo 189 da CLT, são consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância fixados em razão de sua natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A proibição do trabalho do menor de dezoito anos em condições insalubres visa proteger a saúde de um ser humano que ainda está em fase de desenvolvimento, bem como proteger sua integridade física contra agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho que podem leva-lo a contrair doenças profissionais e a segurança, uma vez que é mais vulnerável aos efeitos nocivos dos agentes insalubres, ou seja, agentes físicos, agentes químicos e agentes biológicos. Concordamos com a proibição, sem qualquer restrição, pois a mesma visa proteger a saúde e o pleno desenvolvimento físico e mental da criança e do adolescente. 3.3 Trabalho Perigoso O trabalho perigoso é proibido ao menor de dezoito anos visando proteger a saúde, a integridade física e a segurança do menor. O trabalho perigoso implica a utilização de explosivos, inflamáveis e com eletricidade em condições de risco acentuado. A Constituição Federal de 1988, inciso XXXIII, artigo 7º, disciplina a proibição de trabalho perigoso ao menor de dezoito anos. 3.4 Trabalho Penoso

31 31 A Lei nº 8.069/90, inciso II, do artigo 67, proibiu o trabalho do menor em atividades penosas, suprindo a deficiência do artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal. A proibição do trabalho penoso ao menor de dezoito anos fundamentase na preservação da saúde física e mental do menor. Entendemos como atividades penosas àquelas que exigem esforço físico intenso, posturas incômodas, viciosas, fatigantes e esforços repetitivos. São condições de trabalho que exigem esforço físico e/ou mental, provocando incômodo, sofrimento ou desgaste da saúde. O que é incompatível com o desenvolvimento saudável do menor de dezoito anos. 3.5 Trabalho Noturno O trabalho noturno é prejudicial ao menor, pois o período noturno se destina ao repouso, é o que melhor recupera a fadiga e restabelece as energias vitais do trabalhador. A Consolidação das Leis do Trabalho, no artigo 404, já previa a proibição do trabalho noturno do menor, que é aquele realizado das 22 às 5h na atividade urbana; das 20às 4h, na pecuária; das 21 às 5h na lavoura, para o empregado rural. O inciso XXXIII do artigo 7º da Carta Política e o artigo 67, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, proíbem o trabalho do menor no período noturno. O trabalho noturno ocasiona maior cansaço do que o trabalho diurno, exigindo maior esforço mental e, em conseqüência, a fadiga, o que diminui o rendimento e aumenta o risco de acidentes do trabalho. Os fundamentos da proibição do trabalho noturno ao menor de dezoito anos são os mesmos que tutelam essa modalidade de jornada de trabalho aos demais trabalhadores. São fundamentos de ordem fisiológica, familiar e social.

32 32 A Constituição Federal, no artigo 7º, inciso IX, disciplina que à remuneração do trabalho noturno será superior ao trabalho diurno. A norma consolidada no seu artigo 73 estabelece que o adicional noturno será de pelo menos 20% (vinte por centos) superior ao valor da hora diurna, considerando a hora noturna reduzida fixada em 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 3.6 Os serviços prejudiciais ao menor A legislação estabeleceu a vedação, sem excepcionar, do trabalho noturno, perigoso, insalubre e penoso aos menores de dezoito anos. Porém, a lei ainda estabelece, visando proteger a saúde, o desenvolvimento físico, social e a moralidade do menor, restrições ao trabalho do menor em certos locais e atividades, bem como a proibição ao exercício de determinadas profissões consideradas prejudiciais. O artigo 67 do Estatuto da Criança e do Adolescente tem por base o Princípio da Proteção Integral, vedando o trabalho do menor em locais prejudiciais à sua formação e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social. O parágrafo único do artigo 403 da CLT, com a redação que lhe foi dada pela Lei /000, acrescentou as proibições previstas no artigo 405 do mesmo diploma, a vedação do trabalho do menor em condições prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. Proíbe-se também o trabalho do menor em locais prejudiciais ao seu desenvolvimento moral. Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho executado: a) em teatro de revista, cinema, boate, cassino, cabarés e estabelecimento análogos; b) em empresas circenses, como acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) na produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas e quaisquer outros objetos que possam, a Juízo da

33 33 autoridade competente, prejudicar a sua formação moral; d) na venda a varejo de bebidas alcoólicas. Existem algumas profissões e atividades que também são proibidas aos menores de dezoito anos, entre elas: A Lei nº 6.224, de , que regula o exercício da profissão de propagandista e vendedor de produtos farmacêuticos, em seu artigo 3º, estabelece que é vedada a contratação do menor de dezoito anos para o exercício dessa profissão. Também a Lei º 6.354, de , que dispõe sobre as relações de trabalho do atleta profissional de futebol, em seu artigo 5º, estabelece que é proibida a contratação de menor de dezesseis anos para o exercício dessa profissão, sendo permitido na hipótese do maior de dezesseis e menor de vinte e um anos, mediante expressa autorização de seu representante legal. O Decreto nº 1232, de 1962, que regula a profissão de aeroviário, também estabelece restrições ao trabalho do menor, proibindo-lhe o exercício de atividades em locais insalubres, perigosos, à noite e em sobretempo à jornada legal, como se infere dos artigos 29, 33 e 34. O artigo 390 e seu parágrafo único c/c 5º do artigo 405 da norma consolidada, estabelece que o menor não poderá fazer serviços que demandem o emprego de força muscular superior a vinte quilos para o trabalho contínuo ou vinte e cinco quilos para trabalho ocasional, tendo em vista o carregamento de peso acima do limite da capacidade do menor, poderá influir na deformação dos ossos e da coluna vertebral. A remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos será permitida ao menor. Também é proibido o trabalho dos menores no subsolo, com base no artigo 301 da norma consolidada. A proteção ao trabalho do menor em atividades prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, mental, social, moral e nocivos à saúde e segurança, tem um significado

34 34 diferente e muito mais amplo que as proibições ao trabalho insalubre, perigoso e penoso. Visam essencialmente afastar o menor do exercício de atividades que podem resultar em prejuízos à sua formação moral e social. (NASCIMENTO, Nilson de Oliveira. Manual do trabalho do Menor. São Paulo. LTr edit.,2003, pp.108). 3.7 Jornada de Trabalho A doutrina conceitua a jornada de trabalho baseada na teoria do Tempo à Disposição do Empregador. Na qual considera a jornada de trabalho, o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador, no local de trabalho, aguardando ou executando ordens. A limitação da jornada de trabalho garante ao trabalhador o direito de horas de descanso ou de tempo livre. A mão-de-obra infantil sempre foi explorada desde os primórdios da história. O menor sempre trabalhou nas mesmas atividades e jornadas, tal qual o trabalhador adulto. Então, o Estado passou a interferir nas relações trabalhistas, com o propósito de proteger a mão-de-obra infantil das jornadas de trabalho abusivas exercidas em locais insalubres, perigosos e penosos. A legislação brasileira disciplina a jornada de trabalho do menor, nos artigos 411, 412, 413 e 414, também está regulada no artigo 7º, incisos XIII e XXXIII, da Constituição Federal. As limitações estão previstas nos artigos 57 a 75 da Consolidação das Leis do Trabalho. Observamos que a legislação aplicada ao menor, com algumas exceções, é a mesma do trabalhador adulto. O principal motivo da proteção da jornada de trabalho do menor é resguardar a integridade física, psíquica dos mesmos, que se encontram em fase de desenvolvimento.

35 Os Deveres do Empregador e do Responsável Legal em Relação ao Trabalhador Menor A Consolidação das Leis do Trabalho estabelece normas específicas, aos empregadores que tenham trabalhadores menores de dezoito anos. O artigo 425 dispõe que o empregador é obrigado a zelar pela observância dos bons costumes, decência pública e regras de segurança e medicina do trabalho. Na hipótese de autoridade competente verificar que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à saúde, ao seu desenvolvimento físico e à sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço. O empregador deverá propiciar ao menor todas as condições necessárias para mudar de serviço, sob pena de rescisão indireta. O empregador será obrigado a conceder ao menor tempo para freqüência às aulas. Com o propósito de proteger o menor para que não fique privado de sua formação escolar em razão do seu trabalho. Caso o estabelecimento empregar mais de trinta menores analfabetos, entre quatorze e dezoito anos, e a escola estiver a mais de dois quilômetros de distancia do local de trabalho, deverá ser mantido local apropriado para que seja ministrada a instrução primária dos menores. É obrigação dos responsáveis legais dos menores (pai, mãe e tutor) afastá-los de empregos que diminuam o tempo do estudo, coloquem em risco à saúde ou prejudiquem a formação moral. Caso o serviço resulte em prejuízos de ordem física ou moral, o responsável legal do menor poderá pleitear a rescisão do contrato de trabalho.

36 36 CAPÍTULO IV OS DIREITOS DO MENOR FRENTE O CONTRATO DE TRABALHO Ressaltamos, que o trabalhador menor têm assegurado os mesmos direitos do trabalhador adulto, ou seja, carteira de trabalho assinada, salário, repouso semanal remunerado, férias, recolhimento do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), aviso prévio e gratificação natalina. Além dos demais direitos elencados no artigo 7º da Carta Magna e na legislação trabalhista. O menor também possui Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), considerada documento obrigatório para admissão e prestação de qualquer serviço na condição de empregado, com base no artigo 13 da Consolidação das Leis do Trabalho. A carteira de trabalho tem como objetivo conter todos os dados referentes ao contrato de trabalho e demais anotações verificadas durante sua vigência. Entendemos que se o menor possui carteira de trabalho, está apto a contratar, independente de assistência dos pais ou representante legal. A emissão da carteira de trabalho está condicionada a apresentação de declaração expressa dos pais ou representante legal.

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