GORRINGE PROPOSTA PARA O PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO COMO SÍTIO REDE NATURA 2000

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1 GORRINGE PROPOSTA PARA O PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO COMO SÍTIO REDE NATURA 2000

2 Índice Rede Natura 2000 no Ambiente Marinho 2 Sítio 3 Processo de Classificação 8 Objetivos de conservação 8 Plano de gestão 8 1 Entidades competentes e interesses relevantes 11 Considerações Finais 12 Referências 13

3 Rede Natura 2000 no Ambiente Marinho A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica de âmbito comunitário que compreende as áreas classificadas como Zonas Especiais de Conservação (ZEC) 1, designadas para a proteção de espécies selvagens e habitats naturais, por via da implementação da Diretiva Habitats, e as áreas classificadas como Zonas de Proteção Especial (ZPE), designadas para a proteção de aves selvagens, por via da implementação da Diretiva Aves. No caso das ZEC, a classificação depende da prévia aprovação como sítio de importância comunitária pelos órgãos competentes da União Europeia, com base na proposta apresentada pela autoridade nacional de conservação da natureza e biodiversidade, indicando os tipos de habitat naturais do anexo I e as espécies do anexo II que o sítio inclui, de acordo com os critérios previstos no anexo III da Diretiva Habitats. 2 A gestão dos sítios marinhos da Rede Natura 2000 apresenta desafios particulares, de que são exemplo o caráter tridimensional do sítio, o custo significativo da atividade científica e da obtenção de conhecimento, e as especificidades da fiscalização e gestão. Da mesma forma, o processo de decisão em relação a determinadas medidas a aplicar para além do mar territorial é por regra complexo, na medida em que parte desta decisão é transferida para esferas comunitária e/ou internacional. O processo de designação de um sítio de importância comunitária (SIC) e a sua posterior classificação como ZEC no ambiente marinho onde se inclui a seleção e delimitação do sítio e a definição das medidas de conservação necessárias para garantir um estado de conservação favorável das espécies e habitats marinhos que justificam a sua designação beneficia de um processo aberto, integrado, abrangente, contínuo e transparente. No âmbito da política comunitária, a Comunicação Parar a Perda da Biodiversidade até 2010 e para além, adotada pela Comissão Europeia em 2006, e a Estratégia da União Europeia para a Biodiversidade até 2020 fixaram como um dos seus objetivos a conclusão de grande parte do processo de extensão das Diretivas Aves e Habitats ao meio marinho através da designação de Sítios Rede Natura 2000 até 2012, entre outras questões fundamentais à proteção integrada do meio marinho. Em Portugal Continental, à presente data, apenas se encontram classificados 7 Sítios de Importância Comunitária com área marinha - Litoral Norte, Peniche/Santa Cruz, Sintra/Cascais, Estuário do Tejo, Arrábida/Espichel, Estuário do Sado e Costa Sudoeste. Os sítios designados são essencialmente sítios terrestres costeiros, que incluem área marinha e que, em média, se 1 «Zona especial de conservação» (ZEC) - Um sítio de importância comunitária no território nacional em que são aplicadas as medidas necessárias para a manutenção ou o restabelecimento do estado de conservação favorável dos habitats naturais ou das populações das espécies para as quais o sítio é designado.

4 estendem até aos 20m de profundidade, exceção feita ao sítio Arrábida/Espichel onde são atingidos os 100m de profundidade. É neste contexto que a presente proposta ganha especial relevância, já que se trata do primeiro Sítio de Interesse Comunitário a propor por Portugal, com o consequente processo de implementação de medidas de conservação, no âmbito da Rede Natura 2000, na Região Biogeográfica Marinha Atlântica, localizado para além do mar territorial e englobando áreas de mar profundo. A implementação da Estratégia Nacional para o Mar prevê a concretização de um conjunto de ações, através do Plano Mar-Portugal, incluindo-se na Área Programática do Oceano o projeto Áreas Classificadas Marinhas Sistema Nacional (implementação de um Sistema Nacional de Áreas Classificadas com incidência no espaço marítimo). A própria classificação do Banco como Sítio da Rede Natura 2000 consiste num dos resultados identificados na Estratégia para este projeto. 3 Sítio A presente proposta pretende classificar uma área localizada na Zona Económica Exclusiva de Portugal (ZEE) 2. As medidas para a gestão do sítio a propor por Portugal, posteriormente à classificação do sítio, deverão contemplar o leito marinho, a coluna de água e a sua superfície. Pesem embora as limitações de implementação da Diretiva Habitats no ambiente marinho, amplamente reconhecidas pela Comissão Europeia, o Banco reúne os requisitos necessários para ser classificado como Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura No banco está identificada a existência de dois tipos de habitat listados no anexo I da Diretiva Habitats que justificam a designação do monte submarino como Sítio da Rede Natura 2000: 1170 Recifes e 1110 Bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda. 2 A Zona Económica Exclusiva (ZEE) é definida pela CNUDM (Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar), no seu Artigo 55º. A Zona Económica Exclusiva não se pode alargar para lá das 200 milhas marítimas a contar da linha de base a partir da qual é delimitado o mar territorial (CNUDM, artigo 56º) como uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente (entre as 12 e as 200 milhas marítimas), sobre a qual o Estado costeiro exerce direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e do seu subsolo. O Estado costeiro exerce igualmente a sua soberania no que respeita à investigação científica marinha e à proteção e preservação do meio marinho no interior da sua ZEE.

5 Tipos de habitat que constam da lista do anexo I da Diretiva Habitats 1170 Recifes 1110 Bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda Espécies que constam da lista do anexo II da Diretiva Habitats, de presença ocasional Está ainda assinalada a presença, pelo menos ocasional, do cetáceo Tursiops truncatus e das tartarugas Caretta caretta e Chelonia mydas. É provável que as espécies utilizem a zona de água pouco profunda para se alimentar e utilizem o banco submarino como ponto de passagem nas suas rotas de migração (Correia, 2013). 4 Está também assinalada a presença, pelo menos ocasional, das aves: Sterna paradisaea, Oceanodroma castro, Hydrobates pelagicus, Calonectris diomedea do anexo I da Diretiva Aves. Outras espécies importantes de fauna e flora Legislação / Convenção Grupo Espécie Endemismos Invertebrados Ciocalypta aderma Cornulum cheliradians Geodia geodina Podospongia loveni Ciocalapata almae Hexadella pruvoti Calliostoma sp. Convenção OSPAR Peixes Hoplostethus atlanticus Diretiva Habitats Anexo IV Invertebrados Répteis Mamíferos Centrostephanus longispinus 3 Scyllarides latus Caretta caretta Chelonia mydas 6 Delphinus delphis Stenella coeruleoalba Stenella frontalis Globicephala macrorhynchus Globicephala melas Grampus griseus Physeter macrocephalus Kogia breviceps Ziphius cavirostris Balaenoptera acutorostrata 4 Balaenoptera physalus Mesoplodon mirus Mesoplodon europaeus Mesoplodon bidens Mesoplodon densirostris Tursiops truncatus 3 e Convenção de Berna Anexo I 4 e Convenção CITES Apêndice 1

6 Diretiva Habitats Anexo V Plantas Lithothamnion corallioides Convenção de Berna Anexo II Invertebrados Ranella olearia Tonna galea Caryophyllia smithii Deltocyathus eccentricus Deltocyathus moseleyi Dendrophyllia cornigera Dendrophyllia ramea Desmophyllum dianthus Flabellum alabastrum Flabellum chunii Lophelia pertusa Madracis pharensis Convenção CITES Apêndice 2 Invertebrados Paracyathus pulchellus Stenocyathus nobilis Stenocyathus vermiformis Antipathes furcata Caryophyllia cyathus Caryophyllia sp. Cirrhipathes sp. Stichopathes gracilis Aulocyathus atlanticus Caryophyllia abyssorum Sterna paradisaea Oceanodroma castro Diretiva Aves Anexo I Aves Hydrobates pelagicus Calonectris diomedea borealis Diretiva Aves Anexo II Aves Larus fuscus 5 Para além das espécies já citadas existe ainda referência à existência de uma nova espécie de esponja Sympagella delauzei (Boury-Esnault et al., 2014), descrita recentemente. Outros estudos recentes, dirigidos a zonas mais profundas, vieram pôr em evidência a existência de uma interessante biodiversidade em profundidades exploradas pela primeira vez (Vieira e Cunha, 2014). Os mergulhos por Remote Operated Vehicle conduzidos ao longo dos declives dos montes Gettysburg e Ormonde até aos 3000 m de profundidade revelaram a presença de peixes da família Chimaeridae: a espécie Chimaera sp., a 1975 m e a espécie Hydrolagus sp., a 2062 m e a 2120 m. Critérios previstos no anexo III da Diretiva Habitats O tipo de habitat Recifes encontra-se amplamente distribuído no mar sob jurisdição nacional. No manual de interpretação dos habitats da União Europeia este tipo é considerado, em sentido lato, um complexo de habitats, que aponta como exemplo, entre outros, os montes submarinos.

7 Importa, contudo, olhar para o monte submarino como um vasto acidente orográfico, de elevada relevância biológica e ecológica, onde podem ocorrem tipos de habitat protegidos por legislação comunitária. A área de recife localizada nos montes submarinos quando comparada com a totalidade da área ocupada pelo tipo de habitat 1170 no território nacional é naturalmente diminuta. Assim, quanto ao Critério Área relativa esta área apenas pode ser classificada como C (menos de 2% da área total do tipo de habitat em território nacional). Quanto ao critério Conservação, salienta-se que, apesar do estado de conservação do habitat, na generalidade da região biogeográfica do Mar Atlântico (que engloba a área de ZEE contígua a Portugal continental) e para o período , ter sido avaliado como desfavorável-mau 5, o estado de conservação deste habitat no Banco em particular é considerado bom (Correia, 2013). Na avaliação global do habitat neste sítio é valorizada a importância deste habitat pelas suas características particulares no banco, o qual, pela sua topografia e por atingir profundidades próximas da superfície, exibe comunidades diferentes das de outros montes submarinos (Correia, 2013). 6 No o tipo de habitat Bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda ocupa uma área muito inferior à do habitat Recifes. Devido à extensão do habitat Bancos de areia no território nacional, a sua representatividade (i.e. percentagem da área de habitat no sítio relativamente ao total de área do habitat em território nacional) no Banco não pode ser elevada. Aponta-se para o valor mais baixo da escala proposta pelo Formulário Normalizado Natura 2000, ou seja o valor C (inferior a 2%), mas desconhecese com precisão a área ocupada no sítio. Apesar de pouco extenso, o habitat Bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda existente no Banco é peculiar pela raridade da sua localização ao largo (Correia, 2013). Quanto ao critério Conservação, também no caso do habitat 1110, apesar do estado de conservação do habitat, na generalidade da região biogeográfica do Mar Atlântico e para o período , ter sido avaliado como desfavorável-mau 6, o estado de conservação deste habitat no Banco em particular é considerado bom (Correia, 2013). A avaliação global deste tipo de habitat no Banco é considerada boa. Tipo de habitat 1170 Recifes Representatividade: A - Excelente Área relativa: C - 2% em relação à área do habitat em território nacional 2 > ou = p > 0% 5 s&subject=1170&region=matl 6 s&subject=1170&region=matl

8 Estado de conservação: B - Boa conservação Grau de conservação da estrutura: II - estrutura bem conservada Grau de conservação das funções: II- boas perspetivas Possibilidade de restauro: I - recuperação fácil Avaliação Global: A - Excelente Pesados os critérios Representatividade (A), Área relativa (C) e Estado de conservação (B), bem como outros aspectos relativos à avaliação dos elementos mais relevantes, obtém-se como resultado uma Avaliação Global A-Excelente, valorizando assim a representatividade do tipo de habitat Recifes no Banco. 7 Habitat 1110 Bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda Representatividade: C - Significativa Área relativa: C - 2% em relação à área do habitat em território nacional 2 > ou = p > 0% Estado de conservação: B - Boa conservação Grau de conservação da estrutura: II - estrutura bem conservada Grau de conservação das funções: II- boas perspetivas Possibilidade de restauro: I - recuperação fácil Avaliação Global: B - Bom Pesados os critérios Representatividade (C), Área relativa (C) e Estado de conservação (B), bem como outros aspetos relativos à avaliação dos elementos mais relevantes, obtém-se como resultado uma Avaliação Global B Bom para o tipo de habitat Bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda. Em anexo a este documento encontram-se a proposta de Formulário Normalizado da Rede Natura 2000 (Anexo II) e a respetiva nota explicativa contida no Relatório de Fundamentação da Proposta Técnica (Anexo III).

9 Processo de Classificação Objetivos de conservação Nos termos da Diretiva Habitats, os objetivos de conservação determinam as medidas a aplicar que visam manter ou repor num estado de conservação favorável as espécies ou habitats que justificaram a designação do sítio Rede Natura Plano de gestão 8 A criação de um SIC ao abrigo da Diretiva Habitats implica também a implementação de medidas de gestão adequadas. Assim, para cada sítio marinho proposto, a autoridade nacional responsável deve definir as medidas de gestão necessárias para garantir um estado de conservação favorável das espécies e tipos de habitat que justificaram a classificação do sítio. Dependendo da localização do sítio e do tipo de ações previstas, a responsabilidade pela aplicação dessas medidas pode variar e as medidas poderão ter de ser tomadas a nível regional, nacional, comunitário ou internacional e de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). O objetivo destas medidas é evitar a degradação dos habitats e espécies que levaram à designação de um sítio, mantendo ou melhorando o seu estado de conservação, nomeadamente controlando ou erradicando as perturbações que possam influenciar negativamente o seu estado de conservação. Importa salientar que o Programa de Medidas apresentado por Portugal à Comissão Europeia em novembro de 2014, em cumprimento do artigo 13º da Directiva-Quadro Estratégia Marinha (DQEM), contempla o desenvolvimento de um Plano de Sustentabilidade para uma área marinha protegida (AMP) a designar (Madeira-Tore), que inclui a totalidade da área que agora se propõe para classificação como SIC da Rede Natura As orientações de gestão para o Banco devem ser dirigidas principalmente à manutenção da sua elevada biodiversidade e das características naturais que o tornam uma zona singular e que permitem albergar os valores ali existentes. A Diretiva Habitats considera como estado de conservação de um habitat o efeito de conjunto das influências que atuam sobre o habitat natural bem como sobre as espécies típicas que nele vivem, suscetíveis de afetar a longo prazo a sua repartição natural, a sua estrutura e as suas funções, bem como a sobrevivência a longo prazo das espécies típicas do território (Comissão Europeia, 2007b). O estado de conservação de um habitat é considerado favorável quando: A sua área de repartição natural for estável ou estiver em expansão, A estrutura e as funções específicas necessárias à sua manutenção ocorrerem e forem suscetíveis de continuar a ocorrer, O estado de conservação das espécies típicas for também favorável.

10 Para as espécies o estado é favorável quando: Os dados relativos à dinâmica de populações indicam que a espécie continua e é suscetível de continuar a constituir um elemento vital do habitat a que pertence, a longo prazo, A área de repartição natural da espécie não esteja a diminuir ou em risco de diminuir num futuro próximo, Exista e continue a existir um habitat suficientemente amplo para que as populações se mantenham a longo prazo. Eventuais pressões exercidas sobre um SIC Natura 2000, relevantes para a respetiva proteção e gestão têm de ser identificadas. A estrutura de um plano de gestão não está definida no âmbito das Diretivas Habitats ou Aves, mas poderá ser considerada a estrutura utilizada no âmbito da Convenção OSPAR, proposta pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é também passível de ser adoptada no âmbito de aplicação da DQEM. 9 O plano de gestão deve traçar uma linha de base para avaliação futura da evolução do estado de habitats e espécies. As medidas de gestão a aplicar devem ter em consideração a variabilidade natural do ecossistema em escalas de tempo pequena e larga e devem ter em conta o princípio da precaução. Devem ainda ter em consideração a distribuição e resiliência dos valores naturais. Um plano poderá considerar a existência de um zonamento, com eventuais zonas-tampão, com medidas diferenciadas consoante as áreas e suas profundidades, a distribuição, sensibilidade e resiliência dos valores naturais e os impactos decorrentes das atividades humanas exercidas. A atividade humana com maior impacto no Banco é a pesca, tanto pela extração de recursos, como pela poluição causada, sobretudo lixo marinho e ruído. Desconhece-se quais as artes mais utilizadas para a pesca e quais os impactes que causam embora possa deduzir-se, pela análise das espécies capturadas, que a pesca de palangre é importante (Correia, 2013). Das espécies capturadas no Banco de 2010 a 2012 destacam-se as com maior tonelagem de captura: Conger conger, Prionace glauca, Isurus oxyrinchus, Xiphias gladius, Muraena helena, Thunnus obesus, Ruvettus pretiosus, Centrophorus sp. e Polyprion americanus entre muitas outras cuja pesca é menos expressiva (Correia, 2013). O ruído produzido pelas embarcações de pesca é outro dos impactos apontados, mas desconhece-se qual a magnitude do impacto sobre o ecossistema (Correia, 2013). Foram também observadas artes de pesca perdidas ou rejeitadas, tais como cabos, espinhéis e redes. Estes são os elementos mais abundantes entre o lixo encontrado, normalmente enredado nos habitats rochosos perto do cume, a menos de 500m de profundidade. Outros tipos de lixo foram observados com menor frequência e incluíram na sua maioria metal (como artefactos do navio ou latas), vidro (por exemplo, garrafas) e, em menor extensão, plástico macio (Correia, 2013).

11 Devem ser tomadas medidas de regulamentação da pesca, no âmbito da Política Comum de Pescas da UE, que sejam vantajosas para a manutenção do bom estado dos habitats, das espécies e das comunidades. Desde 2003 que a UE dispõe de uma Política Comum de Pescas, de aplicação obrigatória nos Estados-Membros, que visa a exploração dos recursos vivos de forma sustentável do ponto de vista económico, social e ambiental. A partir daí foi introduzido o conceito do princípio da precaução e a implementação de uma abordagem ecossistémica para a gestão das pescas. Para além do reconhecimento da pesca e dos seus efeitos secundários como as principais causas dos impactos negativos sobre o Banco, desconhecem-se atualmente outras práticas que sejam perturbadoras dos habitats e das comunidades deste local. 10 Os corredores marítimos não se localizam na área do Banco (Instituto da Água, 2010) e no local não ocorre extração de inertes ou existem emissários submarinos ou zonas de ancoragem (Correia, 2013). Um plano de gestão deve possuir uma componente de monitorização científica que possibilite uma gestão adaptativa e medidas de vigilância que garantam a sua efetiva aplicação. Este plano deverá ser revisto e adaptado em função da evolução do estado ambiental da área classificada. Sem esquecer os objetivos que levam à sua implementação, as medidas devem ser definidas com razoabilidade e, tanto quanto possível, com o consenso dos grupos de interesse, por forma a promover o sucesso da sua aplicação. As medidas sugeridas devem: minimizar a perturbação, dano, destruição ou remoção de organismos marinhos e/ou partes do habitat, impedir a realização de atividades como depósito, descarga ou despejo de qualquer substância que possa resultar em perturbação, dano, destruição ou remoção de organismos vivos ou habitats, permitir a pesca comercial, regulamentando-a no sentido da manutenção do bom estado ambiental do sítio, do estado de conservação favorável de habitats, espécies e populações e da sustentabilidade da atividade, permitir a pesca recreativa regulamentada, condicionar a passagem de navios em trânsito na área do polígono, exceto se devidamente justificada e autorizada, permitir o turismo subaquático regulamentado, autorizando a permanência de embarcações no local desde que assegurada a criação de fundeadouros permanentes por forma a evitar a destruição do habitat pelo lançamento de âncoras ou poitas, permitir e incentivar a investigação científica no local,

12 apoiar, sob a coordenação das entidades científicas nacionais competentes, a investigação científica responsável obedecendo aos requisitos inscritos no plano de gestão do sítio. Localizando-se o Banco numa área que integrará uma AMP de âmbito nacional a classificar, designada por Madeira-Tore, o Plano de Gestão a estabelecer para o sítio Banco e o Plano de Sustentabilidade para a AMP oceânica Madeira-Tore deverão articularse em matéria de conservação da natureza e da biodiversidade e de gestão de atividades humanas. Medidas dirigidas à atividade da pesca terão de ser propostas e acordadas com a Comissão Europeia. 11 Entidades competentes e interesses relevantes O Banco localiza-se inteiramente na ZEE de Portugal, em espaço sob administração nacional. As medidas para a gestão do sítio a propor por Portugal, posteriormente à classificação do sítio, deverão contemplar o leito marinho, a coluna de água e a sua superfície. O processo de decisão relativo às medidas de gestão a adotar para o sítio pode ser complexo e constitui um verdadeiro desafio, na medida em que pode envolver um grande número de órgãos comunitários ou internacionais. Atores internacionais O conjunto de atividades humanas que ocorre, ou que pode ocorrer, no Banco é regulado por diversas entidades internacionais, no âmbito das respetivas competências, em particular: - International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (ICCAT); - International Maritime Organization (IMO). - International Whaling Commission (IWC); - North Atlantic Marine Mammal Commission (NAMMCO); - North Atlantic Salmon Conservation Organization (NASCO); - North-East Atlantic Fisheries Commission (NEAFC); No domínio científico é de referir o International Council for the Exploration of the Sea (ICES) e o seu papel relevante como consultor científico para aspetos de gestão em relação a atividades humanas que afetam os ecossistemas marinhos, nomeadamente a atividade pesqueira.

13 Medidas dirigidas à atividade da pesca terão de ser propostas e acordadas com a Comissão Europeia. Atores nacionais A nível nacional, tendo presentes as competências dos organismos da administração pública em matéria de política do mar, conservação da natureza e biodiversidade e atividades humanas com relevância, incluem-se os seguintes organismos: Direção-Geral da Autoridade Marítima Direção-Geral da Energia e Geologia Direção-Geral de Política do Mar Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos Direção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente da Região Autónoma da Madeira Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 12 Em paralelo com estas entidades competentes poderão ser ainda identificados outros grupos de interesse relevantes para a área em questão, designadamente os relacionados com a investigação científica e turismo. Considerações Finais O presente documento aborda apenas a classificação do Banco como Sítio de Importância Comunitária (SIC) no âmbito da Rede Natura A implementação efetiva da gestão do Banco requer a afetação de recursos humanos adequados e uma estratégia de financiamento com ações a desenvolver às escalas nacional e comunitária, nomeadamente ao nível da promoção, consulta e participação ao longo de todo o processo. Parte considerável deste processo diz respeito à criação de um espaço de diálogo construtivo a vários níveis que assegure a criação de um consenso entre os intervenientes sobre as ferramentas de gestão adequadas para o Banco. O processo decorrerá entre interesses relevantes de setores distintos, num quadro legal por vezes difuso ou indefinido, o que confere particular complexidade aos aspetos de consulta e participação.

14 A conceção de um programa dessa natureza necessita de um leque alargado de contributos de diferentes áreas técnicas e científicas, assim como a participação em distintos contextos institucionais e setoriais que extravasam o âmbito do presente documento. A gestão do Banco no âmbito da rede Natura 2000 carecerá da necessária articulação com a gestão da AMP Madeira-Tore, situada entre o território do Continente e a Ilha da Madeira, e a classificar pelo Estado Português no âmbito de aplicação da DQEM. 13 Referências Boury-Esnault, N., Vacelet, J., Reiswig, H.M., Fourt, M., Aguilar, R., Chevaldonnée, P Mediterranean hexactinellid sponges, with the description of a new Sympagella species (Porifera, Hexactinellida). Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, DOI: Correia, M Avaliação da importância, potencial e constrangimentos da designação do Banco como Sítio de Interesse Comunitário. Dissertação de Mestrado em Ecologia Marinha. Universidade de Lisboa. Faculdade de Ciências. Departamento de Biologia Animal. Comissão Europeia. 2007a. Interpretation Manual of European Union Habitats. EUR27 July pp. Comissão Europeia. 2007b. Orientações para a criação da Rede Natura 2000 no domínio marinho. Aplicação das Directivas Habitats e Aves. Rede Natura pp. Instituto da Água POEM - Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo. Discussão Pública Volumes 1 a 5. MarPro Base de dados de ocorrência de mamíferos marinhos em águas continentais portuguesas OCEANA The Seamounts of the Bank. Fondazione Ermenegildo Zegna-Oceana. OSPAR, OSPAR List of Threatened and/or Declining Species and Habitats. Reference Number: pp. Pedrouzo, L., Carmen Cobo, M., García-Álvarez, O., Rueda, J.L., Gofas, S., Urgorri, V Solenogastres (Mollusca) from expeditions off the South Iberian Peninsula, with the descriptions of a new species. Journal of Natural History (2014) vol. 48, Nos , Vieira, R.P., Cunha, M. R In situ observations of chimaerid species in the Bank: new distribution records for the north-east Atlantic Ocean. Journal of Fish Biology (2014) 85,

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