SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL)
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- Ana Luiza Balsemão da Costa
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1 SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL) Condições de Acesso (Lei n.º 55-A/2010 de 31 de Dezembro) 0
2 SIFIDE (SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL) Vigência: Entre os exercícios fiscais de 2012 a Data para Submissão de Candidaturas: Até ao final do mês de Julho do ano seguinte ao do exercício 1. Apresentação O SIFIDE, instaurado pela Lei nº 55-A/2010 de 31 de Dezembro de 2010, veio substituir, vantajosamente, o sistema da reserva fiscal e torna-se uma ferramenta bem mais atrativa, com maiores perspetivas económicas. A sua implementação, com a subvenção dos projetos a posteriori, permite um cálculo mais justo. O objetivo do SIFIDE é aumentar a competitividade das empresas, apoiando o seu esforço em I&D, constituindo, assim, um elemento fiável no plano de financiamento das empresas, permitindo-lhes recuperar mais de metade do custo total anual da I&D. Esta medida vem, sobretudo, estimular a melhoria da capacidade tecnológica das empresas a operar em Portugal, incentivando o emprego científico e promovendo condições preferenciais no Espaço Europeu para a afirmação das empresas de base tecnológica. Por representar uma importante economia fiscal e se tratar de um dos mais importantes benefícios que constituem o sistema fiscal português, o SIFIDE revelou-se um elemento extremamente dinamizador e catalisador no crescimento da competitividade empresarial, refletindo-se no aumento da prática de atividades de I&D, enquanto estratégia para o desenvolvimento. 2. Beneficiários Sujeitos passivos de IRC residentes em território português que exerçam, a título principal ou não, uma atividade de natureza agrícola, industrial, comercial ou de serviços e os não residentes com estabelecimento estável nesse território. Salienta-se o facto de que só poderão beneficiar de deduções nas despesas os sujeitos passivos de IRC cujo lucro tributável não seja tributado por métodos indiretos, assim como os que não sejam devedores ao Estado e à Segurança Social, de quaisquer impostos ou contribuições, tendo o seu pagamento devidamente assegurado. No âmbito deste incentivo consideram-se: Despesas de investigação, as realizadas com vista à aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos; Despesas de desenvolvimento, as realizadas através da exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos com vista à descoberta ou melhoria substancial de matérias -primas, produtos, serviços ou processos de fabrico. 1
3 3. Despesas Elegíveis a) Aquisições de ativos fixos tangíveis, à exceção de edifícios e terrenos, desde que criados ou adquiridos em estado novo e diretamente afetos à realização de atividades de I&D; b) Despesas com pessoal diretamente envolvido em tarefas de I&D; a. No caso de entidades que não sejam micro, pequenas e médias empresas, estas despesas são apenas dedutíveis em 90% do respetivo montante. b. Todos os recursos humanos podem ser imputados às atividades de I&D, na devida percentagem de participação no projeto. i. No caso de recursos com qualificação literária inferior a bacharelato e com alocação inferior a 10% nas atividades de I&D, poderão ser imputados na rúbrica Despesas de Funcionamento. Apesar de não fazerem parte da equipa core do projeto, são despesas elegíveis. c) Despesas com a participação de dirigentes e quadros na gestão de instituições de I&D; d) Despesas de funcionamento, até ao máximo de 55% das despesas com o pessoal diretamente envolvido em tarefas de I&D contabilizadas a título de remunerações, ordenados ou salários, respeitantes ao exercício; a. Nesta rúbrica encontram-se presentes as despesas com fornecimentos e serviços externos, bem como aquisições de ativos fixos intangíveis, nomeadamente aquisições de serviços de engenharia, estudos e consultoria. e) Despesas relativas à contratação de atividades de I&D junto de entidades públicas ou beneficiárias do estatuto de utilidade pública ou de entidades cuja idoneidade em matéria de I&D seja reconhecida por despacho conjunto dos Ministros da Economia e da Inovação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, não podendo deduzir qualquer tipo de despesas incorridas em projetos realizados por conta de terceiros; a. Caso seja efetuada uma subcontratação relativa a uma empresa não reconhecida, essa despesa será considerada como Despesa de Funcionamento. f) Participação no capital de instituições de I&D e contributos para fundos de investimentos, públicos ou privados, destinados a financiar empresas dedicadas sobretudo a I&D, incluindo o financiamento da valorização dos seus resultados, cuja idoneidade em matéria de investigação e desenvolvimento seja reconhecida por despacho conjunto dos Ministros da Economia e do Emprego e da Educação e Ciência; g) Despesas com ações de demonstração que decorram de projetos de I&D apoiados, desde que previamente comunicadas a uma entidade nomeada por despacho do Ministro da Economia e do Emprego; 2
4 h) Para micro, pequenas e médias empresas: a. Custos com registo e manutenção de patentes; b. Despesas com a aquisição de patentes que sejam predominantemente destinadas à realização de atividades de I&D, desde que previamente comunicadas ao Ministério da Economia e do Emprego; c. Despesas com auditorias à I&D Se um projeto foi apoiado financeiramente por programas de I&D, a sua elegibilidade no SIFIDE é quase imediata, devendo apenas ser confrontados os valores declarados com a informação das bases de dados dos apoios financeiros. Os montantes correspondentes a empréstimos reembolsados às entidades financiadoras passam a ser considerados como despesa elegível no exercício fiscal em que concorrem. 4. Âmbito da dedução Da aplicação da taxa do IRC à matéria coletável que for apurada resulta a coleta do IRC. Assim, o benefício fiscal do SIFIDE concretiza-se pela dedução do seu montante naquele resultado. A dedução fiscal é efetuada la liquidação em relação ao exercício do ano em que as despesas são suportadas. As despesas que, por insuficiência de coleta (o montante das deduções à coleta legalmente admissíveis for superior à própria coleta), não possam ser deduzidas no exercício e que foram realizadas poderão ser deduzidas até ao 6º exercício imediato. Podem deduzir ao montante apurado, o valor correspondente às despesas com investigação e desenvolvimento, na parte que não tenha sido objeto de comparticipação financeira do Estado a fundo perdido, realizadas nos períodos de tributação de 1 de Janeiro de 2011 a 31 de Dezembro de 2015, numa dupla percentagem: a) Taxa de base 32,5% das despesas realizadas no ano da candidatura; o Majoração de 10% - PMEs passivas de IRC que ainda não completaram dois exercícios e que não beneficiaram da taxa incremental fixada. b) Taxa incremental - 50% do acréscimo das despesas realizadas naquele período em relação à média aritmética simples dos dois exercícios anteriores, até ao limite de o Majoração de 20% - para despesas relativas à contratação de doutorados pelas empresas para atividades de investigação e desenvolvimento, passando o limite previsto a ser de
5 Tendo uma empresa iniciado a sua atividade no mesmo ano em que concorre ao SIFIDE, a taxa incremental não será aplicada A dedução não é acumulável, relativamente ao mesmo investimento, com benefícios fiscais da mesma natureza, previstos noutros diplomas legais. 5. Reconhecimento de Idoneidade Recomenda-se que as empresas instruam processos paralelos ao Reconhecimento de Idoneidade para a prática de atividades de I%D, para as entidades subcontratadas e que reúnam condições para tal, nomeadamente que tenham tido participações com entidades do Sistema Científico e Tecnológico em projetos de I%D. Esta iniciativa permitirá que estas despesas sejam imputadas à rúbrica Contratação de atividades de I&D junto de entidades reconhecidas superiormente, podendo ser útil também para candidaturas nos exercícios seguintes. As entidades nacionais deverão apresentar um pedido de reconhecimento à Comissão Certificadora, ao qual deverão fazer parte os seguintes documentos: a) Último Relatório Anual e Plano de Atividades para o próximo exercício; b) Estatutos e Escritura de Constituição; c) Lista dos Projetos de I&D de maior relevância em que se tenha envolvido a organização; d) Declarações produzidas por dois departamentos universitários ou institutos públicos de I&D, atuantes nos domínios de competência Científica e tecnológica da empresa. 6. Notas No processo de documentação fiscal do sujeito passivo, deve igualmente constar documento que evidencie o cálculo do benefício fiscal, bem como o documento comprovativo de que se encontra preenchida o facto de o sujeito passivo não ser devedor ao Estado e à Segurança Social, de quaisquer impostos ou contribuições, tendo o seu pagamento devidamente assegurado, com referência ao mês anterior ao da entrega da declaração periódica de rendimentos. A dedução deve ser justificada por declaração comprovativa (a requerer pelas entidades interessadas) ou prova da apresentação do pedido de emissão dessa declaração: a) De que as atividades exercidas ou a exercer correspondem efetivamente a ações de investigação ou desenvolvimento; b) Dos respetivos montantes envolvidos; c) Do cálculo do acréscimo das despesas em relação à média dos 2 exercícios anteriores d) De outros elementos considerados pertinentes. 4
6 Atualizado em Janeiro 2013 Fonte: IAPMEI 5
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