ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO LEITE ENTRE OS MERCADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO LEITE ENTRE OS MERCADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO"

Transcrição

1 ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO LEITE ENTRE OS MERCADOS DE MINAS GERAIS E SÃO PAULO ELASTICITY OF TRANSMISSION OF PRICES MILK BETWEEN MARKETS MINAS GERAIS AND SÃO PAULO UELLINGTON CORRÊA 1 ; JESSICA NUNES DE ALCÂNTARA 2 ; LUIZ GONZAGA DE CASTRO JÚNIOR 3 ; BRUNA PONTARA VILAS BOAS RIBEIRO 4 ; ISRAEL MARQUES DA SILVA 5. 1,2,3. UFLA, LAVRAS - MG - BRASIL; 4,5. IFMG - CAMPUS BAMBUÍ, BAMBUÍ - MG - BRASIL. uellington.correa@gmail.com Grupo de Pesquisa 1: Comercialização, Mercados e Preços Resumo O presente artigo tem por objetivo analisar a elasticidade de transmissão de preços do leite entre os mercados de Minas Gerais e São Paulo, tomando por base o preço de leite pago ao produtor, atacado e varejo. Estes dois estados foram escolhidos uma vez que representam a maior bacia leiteira e o maior mercado consumidor de lácteos do país, respectivamente. Conhecer o relacionamento entre os preços dos mercados produtor, atacadista e varejista de leite de Minas Gerais e São Paulo pode representar um instrumento que auxilia na melhor compreensão do comportamento dos preços desses mercados. A abordagem da pesquisa caracteriza-se como quantitativa e utiliza a metodologia VAR para alcançar os resultados. As respostas demonstradas pela decomposição da variância dos erros de previsão indicam que a variação no preço do leite é fortemente influenciada pelo preço no atacado que detém alto poder de formação de preços do leite sobre o produtor, tanto no mercado de Minas Gerais como de São Paulo. E, os resultados encontrados pela função de impulso-resposta ratificam os encontrados na decomposição da variância. Palavras-chave: Preços, Leite, Modelo Vetorial Auto-Regressivo. Abstract This article aims to analyze the elasticity of price transmission between markets milk of Minas Gerais and São Paulo, based on the price of milk paid to producers, wholesale and retail. These two states were chosen because they represent the largest dairy and dairy largest consumer market in the country, respectively. Knowing the relationship between the prices of markets producer, wholesaler and retailer of milk Minas Gerais and São Paulo can be a tool that helps in better understanding the behavior of prices in these markets. The research approach is characterized as quantitative and uses the VAR methodology to achieve results. The responses demonstrated by the variance decomposition of the forecast errors indicate that the variation in the price of milk is strongly influenced by the wholesale price which has high power pricing of milk on the producer, both in Minas Gerais and São Paulo market. And the results found by the impulse response function confirm those found in the variance decomposition. Key words: Prices, Milk, Vector Auto-Regressive Model.

2 1. Introdução O nível da produção nacional de leite cresceu nos últimos anos e a demanda pelos produtos lácteos acompanhou este crescimento, chegando a uma taxa anual de 3% no decorrer da última década. Segundo Filho et al. (213) o consumo per capita chega aproximadamente a 17 litros/habitantes por ano. Ainda de acordo com Filho et al. (213) o consumo de leite no Brasil possui um potencial de crescimento que chega a 8 bilhões de litros anualmente. Esta projeção toma por base de cálculo a recomendação de consumo do Ministério da Saúde, que corresponde a 21 litros/habitante por ano. Neste contexto Minas Gerais continua sendo a principal bacia leiteira do país com a produção de aproximadamente cerca de 9 bilhões de litros de leite por ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (LARA, 213). Já São Paulo é o maior mercado consumidor de leite e derivados do país, entretanto o estado perde participação na produção leiteira desde 1998, em grande parte para a região sul do Brasil (FERNANDES et al., 21). Os preços do leite sofrem alterações conforme a disponibilidade do produto, e por vezes, devido ao nível da sua procura pelo mercado consumidor. Outros fatores como as altas nos custos de produção, devido por exemplo a queda na safra dos alimentos que compõem a nutrição dos animais, e também a redução da oferta ocasionada por fatores climáticos podem influenciar significativamente na formação dos preços. As oscilações nos preços do leite são frequentes devido às sazonalidades da produção e a fatores econômicos. Contudo, com o aumento da renda da população, seguido pelo aumento do consumo e pela necessidade de uma maior produção leiteira para abastecer o mercado, o cenário tornou-se favorável para a elevação nos preços pagos pelo leite ao produtor, atacado e varejo. Diante do exposto o presente artigo tem por objetivo analisar a elasticidade e transmissão de preços de leite entre os estados de Minas Gerais e São Paulo, além de estudar o comportamento dos preços no mercado interno de São Paulo, tomando por base o nível de análise do preço de leite pago ao produtor, atacado e varejo, uma vez que os dois estados são respectivamente a maior bacia leiteira e o maior mercado consumidor de lácteos do país. O presente estudo segue a mesma orientação de outros trabalhos que contemplam diferentes abordagens e enfoques que se utilizaram de Modelos Vetoriais Auto-Regressivos (VAR) para a análise e transmissão de preços com os mais variados tipos de objetos de pesquisa, como os trabalhos de Barros (199), Margarido et al. (21), Gaio et al. (26), Weydmann e Seabra (26), Mayorga (27), Dias et al. (27), Cavalcanti (21), Fernandes et al. (21), Viana et al. (21), Figueiredo (21) e Lobo e Neto (211), entre outros trabalhos com a mesma orientação metodológica. Por conseguinte, justifica-se a consecução desta pesquisa por ser uma fonte de informação pertinente, pois conhecer o relacionamento entre os preços dos mercados produtor, atacadista e varejista de leite de Minas Gerais e São Paulo pode representar um instrumento que auxilia na melhor compreensão do comportamento dos preços desses mercados. Visto que a pesquisa é realizada com rigor metodológico, atribui-se maior confiabilidade e credibilidade ao tratamento dos dados pesquisados e trabalhados. O presente artigo está estruturado, além desta introdução, da seguinte forma: inicialmente, é apresentado o material e métodos seguidos pelos resultados e discussão, e na sequência encerra-se com as considerações finais.

3 2. Material e Métodos O presente artigo utiliza-se de dados secundários para a análise estatística de preços de leite nos mercados produtor, atacadista e varejista de Minas Gerais e São Paulo, desta forma a abordagem da pesquisa caracteriza-se como quantitativa. Os estudos quantitativos geralmente procuram seguir com rigor um plano previamente estabelecido, baseados em hipóteses claramente indicadas e variáveis que são objeto de definição operacional (NEVES, 1996). Quanto ao objetivo a pesquisa é classificada como descritiva e explicativa, e em relação aos procedimentos é classificada como pesquisa documental. Para Triviños (1987), a pesquisa descritiva procura descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade, tomando por base a análise documental para a busca das informações. Segundo Gil (27) a pesquisa explicativa procura identificar os fatores que contribuem para a ocorrência de um determinado fenômeno, podendo ser uma extensão de uma pesquisa descritiva. Em relação à pesquisa documental, esta utiliza fontes de dados diversificadas e dispersas sem tratamento analítico conforme Fonseca (22), e propõem-se a selecionar, tratar e interpretar a informação bruta de modo a obter algum sentido e valor para os referidos dados (SILVA e GRIGOLO, 21; ARAÚJO et al. 213) Base de Dados Os dados trabalhados no presente artigo referem-se às séries mensais de preços de leite pago ao produtor e ao atacado de Minas Gerais e São Paulo, no período que compreende junho de 24 a outubro de 213, totalizando 113 observações, que foram colhidas junto ao banco de dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Em relação aos preços de leite no varejo de São Paulo, estes foram obtidos junto ao banco de dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA). Ressalta-se que na pesquisa não foi encontrada uma base de dados que forneça os preços de leite no varejo de Minas Gerais, assim à análise e tratamento dos dados foram divididos em dois modelos estatísticos. Sendo que o primeiro modelo contempla o impacto que se tem dos preços praticados no varejo de São Paulo, que é o maior consumidor de lácteos do país, sobre a formação dos preços ao produtor e atacado de Minas Gerais, que é a maior bacia leiteira do país. E, no segundo modelo as variáveis trabalhadas são todas relativas aos preços de leite praticados em São Paulo. Para Barros e Burnquist (1987) e Margarido e Turolla (212) a elasticidade de transmissão de preços de um bem ou produto é atribuída à variação relativa no preço a um nível de mercado em relação à variação no preço a outro nível, mantidos em equilíbrio esses dois níveis de mercado depois de decorrido um choque inicial em um deles. Desta forma, para fins de interpretação econômica dos resultados e análise de elasticidade, as séries de preços foram transformadas em bases logarítmicas. O Software utilizado para o tratamento dos dados foi o Gretl Gnu Regression, Econometrics and Time-series Library, versão Assim, as séries mensais utilizadas na análise de transmissão de preços de leite em Minas Gerais compreendem: l PPMG (logaritmo neperiano dos preços recebidos pelos produtores), l PAtMG (logaritmo neperiano dos preços no atacado) e l PVarSP (logaritmo neperiano dos preços no varejo em São Paulo). Enquanto que para São Paulo as variáveis são: l PPSP (logaritmo neperiano dos preços recebidos pelos produtores), l PAtSP (logaritmo neperiano dos preços no atacado) e l PVarSP (logaritmo neperiano dos preços no varejo) Teste de Raiz Unitária

4 Na economia é comum as séries não serem estacionárias, pois os preços não se comportam de forma uniforme dentro de um determinado intervalo de tempo (LOBO e NETO, 211). Assim, o teste de raiz unitária serve de instrumento para verificar se a série temporal é estacionária em nível ou se torna estacionária nas diferenças (GAIO et al., 26). Com objetivo de verificar a estacionariedade dos preços de leite nos mercados estudados realizou-se o teste de raiz unitária de Dickey-Fuller Aumentado (ADF). Conforme Lobo e Neto (211) o teste ADF é utilizado para verificar a ordem de integração de uma série temporal Y t. Este teste é calculado por meio do método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) uma vez que, este tem sido o procedimento mais utilizado em estudos de elasticidade de transmissão de preços, segundo Fernandes et al. (21), e pode ser calculado pela equação (1): onde: : é uma constante (intercepto); : é a tendência; : é o operador diferença (representado por ); ; e. Ainda para Fernandes et al. (21) se uma série temporal tiver que ser diferenciada d vezes, para que se torne estacionária, a série será integrada de ordem d, I(d). Se a série for integrada de ordem zero (d = ), logo, será estacionária em nível. Porém, qualquer série, cuja ordem de integração for maior ou igual a 1 (d 1), será não-estacionária. Antes de realizar o teste de cointegração é necessário determinar o número de defasagens pelo menor valor do Critério Informação de Akaike (AIC), Bayesiano de Schwarz (BIC) ou Hannan-Quinn (HQC), e o teste de cointegração também visa eliminar a autocorrelação dos resíduos, segundo Margarido (21). A determinação do número de defasagens dos dois modelos estatísticos do presente artigo foi da ordem de 12, por serem as séries de dados mensais. E, os ajustes nos respectivos modelos foram feitos até atingir a adequação ideal conforme os critérios de informação utilizados Teste de Cointegração de Johansen Foi realizado o teste de cointegração de Johansen que objetiva detectar a existência de relacionamento de longo prazo entre as variáveis, ou seja, se elas são sincronizadas, conforme Johansen e Juselius (199) e Margarido et al. (21), e com intuito de testar a existência de vetores de cointegração nos modelos analisados. Para Fernandes et al. (21), este procedimento utiliza-se da Máxima Verossimilhança para estimar os vetores de cointegração tornando viável testar e estimar a presença de outros vetores e não apenas um único vetor de cointegração. Segundo Filho et al. (21), caso todas as variáveis utilizadas possuam a mesma ordem de integração, então elas apresentam uma relação de equilíbrio no longo prazo. A partir deste procedimento é possível estimar um vetor de cointegração, sendo que para n variáveis podem existir, no máximo, n 1 vetores de cointegração linearmente independentes. (1)

5 E de acordo com Mayorga et al. (27), uma vez que o número de vetores de cointegração é igual ao número de variáveis, onde o rank é pleno, deve-se utilizar o Modelo Vetorial Auto-Regressivo (VAR) em nível, pois se colocando todas as variáveis em nível no VAR, a combinação linear entre elas produz um relacionamento estacionário. O método de Johansen permite encontrar o número de combinações possíveis de cointegração (r). Contudo, para determinar o número máximo de r, que depende do comportamento esperado da série temporal (tendência linear ou quadrática, determinística ou estocástica), a partir de k variáveis endógenas, é preciso avaliar a trace statistic (FILHO et al., 21). O teste permite identificar o valor máximo de r e, assume como hipóteses: H: r r * Ha: r r * sendo que, quando não é mais possível rejeitar a hipótese nula, H, encontra-se o número máximo de vetores de cointegração Modelos Vetoriais Auto-Regressivos (VAR) Para se alcançar o resultado da presente pesquisa empregou-se o modelo vetorial autoregressivo no tratamento dos preços de leite. E, segundo Cavalcanti (21), foi a partir do artigo clássico Macroeconomics and Reality de Sims (198) que o modelo vetorial autoregressivo ganhou destaque e se difundiu rapidamente entre os economistas, pois tal modelo permite analisar as interrelações existentes entre diversas variáveis a partir de um conjunto mínimo de restrições de identificação do componente exógeno de cada variável, além de possibilitar a estimação do efeito de um dado choque em uma variável sobre as demais. Como mencionado por Tabosa et al. (211) de forma a exemplificar a análise será dado um sistema de equações com duas variáveis, as quais se assumem sejam interdependentes e também relacionados por uma memória auto-regressiva, isto é, a sequência X t é afetada pelo seu passado e pela sequência Z t e vice-versa. A estacionariedade é uma condição fundamental para as propriedades dos estimadores do modelo. O modelo VAR é dado pelas equações (2) e (3): Conforme Mayorga et al. (27) pode-se escrever o modelo VAR em notação matricial, como em (4): em que: : um vetor auto-regressivo de ordem ; : representa um vetor de interceptos; : são matrizes de parâmetros de ordem ; : é o termo de erro. Após ter determinado o modelo VAR apropriado emprega-se para analisar a interrelação entre as variáveis a Decomposição da Variância e a Função Impulso-resposta dos erros de previsão. (2) (3) (4)

6 Conforme Ribeiro et al. (26) a Decomposição da Variância fornece uma estimativa de quanto a variância de uma variável está relacionada com variações nela e em outras variáveis. E, a Função Impulso-Resposta mostra o efeito do choque de um período na inovação (termo de erro) dos valores correntes e futuros da variável endógena. 3. Resultados A seguir, são apresentados os resultados obtidos na pesquisa, a partir da análise da elasticidade de transmissão de preços do leite entre os mercados de Minas Gerais e São Paulo Teste de Raiz Unitária Com o objetivo de verificar se as variáveis em estudo apresentam características de estacionariedade ou seguem um processo estocástico estacionário foi realizado o teste de Dickey-Fuller Aumentado (ADF) em nível e com a primeira diferença para os modelos 1 e 2. As variáveis preços recebidos pelos produtores de Minas Gerais, preços no atacado em Minas Gerais e preços no varejo em São Paulo compõem o modelo 1. Enquanto que o modelo 2 é composto pelas variáveis preços recebidos pelos produtores, preços no atacado e preços no varejo, todas para o Estado de São Paulo. Por meio do teste de raiz unitária verifica-se que as séries temporais de preços analisadas no modelo 1 e 2 não são estacionárias em nível, mas somente após a adição da primeira diferença dos logaritmos. O teste ADF foi estimado para as séries mensais com constante, e com constante e tendência, tanto em nível quanto em suas diferenças, conforme a Tabela 1. Tabela 1. Teste de raiz unitária de ADF das séries (p-valor τ calculado) Categorias Séries em Nível Séries em Diferenças Séries em Nível Séries em Diferenças Fonte: Dados da pesquisa. Variável Com Com Constante Constante e Tendência Modelo 1 PPMG,9778,2912 PAtMG,9746,44 PVarSP,9964,389 ld PPMG,, ld PAtMG,, ld PVarSP,, Modelo 2 PPSP,9424, PAtSP,9967,78 PVarSP,9956,2467 ld PPSP,1426,385 ld PAtSP,1,6 ld PVarSP,, Conforme o teste Dickey-Fuller Aumentado, com constante e com constante e tendência, as séries temporais de preços são integradas de ordem de 1, I(1). Como as séries de preços são integradas de mesma ordem, é possível realizar o teste de cointegração pelo método de Johansen Análise do Teste de Cointegração de Johansen

7 Antes de realizar o teste de cointegração foi necessário determinar o número de defasagens pelo Modelo de Seleção de Defasagem de Vetores Auto-Regressivos (VAR). Com relação ao número de defasagens, optou-se por utilizar os Critérios de Informação de Akaike (AIC), Bayesiano de Schwarz (BIC) e Hannan-Quinn (HQC), conforme os resultados na Tabela 2. Tabela 2. Resultados do critério de ordem de defasagem Defasagem Modelo 1 Modelo 2 AIC BIC HQC AIC BIC HQC 1-12, ,745755* -11,93343* -11, , , ,15343* -11, , , ,22755* -11,557376* 3-12, , , ,874766* -11, , Fonte: Dados da pesquisa. * Indica os melhores valores (isto é, os mínimos) da defasagem selecionada pelos critérios. Para determinar o critério de defasagem utilizaram-se defasagens de (zero) a 12 (doze), e de acordo com a Tabela 2, para o modelo 1 o critério de informação de Akaike sugeriu duas defasagens para o modelo, enquanto que os outros dois critérios de informação de Schwarz e Hannan-Quinn indicam apenas uma defasagem. No modelo 2 o critério AIC indicou três defasagens para o modelo, enquanto os critérios BIC e HQC sugeriram a inclusão de apenas duas defasagens. Assim, em função dos resultados encontrados utilizou-se o menor critério, ou seja, apenas uma defasagem para o modelo 1 e duas defasagens para o modelo 2, conforme o teste de cointegração de Johansen. A partir do teste de Johansen observa-se em cada modelo à presença de três vetores de cointegração entre as três variáveis de preços estudadas. E, a hipótese nula da existência de três vetores de cointegração foi rejeitada a 1% de significância nos modelos estudados, conforme os dados do p-valor constante na Tabela 3, sugerindo a existência de três relações de cointegração para cada modelo. Tabela 3. Resultados do teste Johansen para cointegração Nº de Vetores de Modelo 1 Modelo 2 Cointegração Autovalor Teste Traço P-valor Autovalor Teste Traço P-valor, ,84,*, ,84,* 1, ,41,*, ,665,* 2, ,778,*, ,425,* Fonte: Dados da pesquisa. * Nível de significância a 1%. Conforme Mayorga et al. (27) uma situação em se pode trabalhar com séries em níveis, evitando regressões espúrias ocorre quando as séries são cointegradas. Sendo assim, o presente estudo trabalha com as séries em nível, como recomendado por Mayorga, pois ocorreu a existência de três relações de cointegração em cada modelo avaliado. Justifica-se ainda a utilização do Modelo Vetorial Auto-Regressivo (VAR) em nível no presente estudo porque o número de vetores de cointegração é igual ao número de variáveis. E, desta forma colocando todas as variáveis em nível no VAR, a combinação entre elas produz um relacionamento estacionário, de acordo com Mayorga et al. (27) Decomposição da Variância para o Modelo 1

8 A Tabela 4 apresenta os resultados da decomposição da variância dos erros de previsão para as variáveis l PPMG, l PAtMG e l PVarSP. As variáveis foram logaritmizadas com o intuito de uniformizar a variância. A primeira coluna representa às variáveis que foram atribuídas a um choque não antecipado, a segunda coluna representa os períodos analisados expressos em meses, a terceira, quarta e quinta colunas estão representadas as proporções dos erros de previsão para cada variável do modelo 1. Por meio dos resultados apresentados na Tabela 4, observa-se que ao dar um choque não antecipado na variável l PPMG, 55,8% das variações nos preços do leite são explicados pela própria variável, em um primeiro momento, e ao decorrer dos períodos estudados estes percentuais decaem. Assim, o poder de formação de preços do leite é transferido para as variáveis l PAtMG e l PVarSP. Após terem decorrido 12 meses, 55,3% das flutuações nos preços são atribuídos a variável l PAtMG, enquanto que na variável l PVarSP este percentual chega a atingir 36,3%. Desta forma, em relação ao choque não antecipado na variável l PPMG, as respostas demonstradas pelas proporções dos erros de previsão indicam que a variação no preço do leite é fortemente influenciada pelo preço no atacado em Minas Gerais chegando a 79,4% no quarto mês, e pelo varejo de São Paulo, que atinge 36,3% depois de decorridos 12 meses. Tabela 4. Resultados da decomposição da variância dos erros de previsão em percentuais do Modelo 1 Variáveis Período l PPMG l PAtMG l PVarSP 1 55,884 39,98 5, ,968 69,5634 8, , ,5676 1,957 l PPMG 4 7, , , , ,886 19, , , , , , ,3157 1, 93,116 6, ,516 89,591 9, , ,486 11,9818 l PAtMG 4 3, ,186 14, , ,8825 2, , , , ,186 57, ,2971 1,, 1, 2,4, ,974 3,1668 2, ,9459 l PVarSP 4,3859 5, ,4871 6,9985 9,267 89, ,895 11, , , , ,5753 Fonte: Dados da Pesquisa. Em relação ao choque não antecipado na variável l PAtMG, a influência na formação de preços está associada à própria variável que concentra 93,% do poder de formação de preços, em um primeiro momento, contudo decorridos 12 meses estes percentuais decaem para 57,5%. As diferenças destes valores são transferidas em sua maior parte para a variável l PVarSP, que atinge 35,2% do poder de explicação da formação de preços do leite depois de decorridos 12 meses. Assim, o poder de formação de preços do leite quando do choque não antecipado na variável l PAtMG, concentra-se principalmente nos erros de previsão da própria variável nos primeiros meses estudados.

9 Quanto a terceira variável analisada, l PVarSP, verifica-se que ao relacioná-la com as demais variáveis, esta possui alto poder explicativo da formação de preços do leite em sua maior parte pelo próprio erro de previsão. A decomposição da variância dos erros de previsão nesta variável, explica 1% do poder de formação de preço do varejo de São Paulo no primeiro mês, decaindo nos meses subsequentes até atingir 85,5%. E, apenas 11,9% são atribuídos aos erros de previsão da variável l PAtMG, depois de decorridos 12 meses. Assim, com base nos resultados apresentados na Tabela 4, infere-se que o poder de formação de preços do leite em Minas Gerais é impactado tanto pelos preços praticados no atacado do próprio Estado quanto pelos preços praticados no varejo de São Paulo, pois estas duas variáveis possuem influência significativa nas flutuações dos preços do leite, conforme os percentuais encontrados na decomposição da variância dos erros de previsão Resultados da Função-Impulso Resposta para o Modelo 1 Os gráficos da Figura 1 possibilitam evidenciar a direção e o comportamento dos preços do leite ao longo do período estudado. Os gráficos da primeira coluna representam os efeitos do choque na variável l PPMG sobre as três variáveis (l PPMG, l PAtMG e l PVarSP). Com relação às respectivas funções de impulso-resposta, em que um choque sobre preços de leite recebidos pelos produtores em Minas Gerais, conduz a um impulso-resposta de declínio nos preços recebidos pelos próprios produtores de Minas Gerais até o sétimo mês, e obtém taxas crescentes a partir do oitavo mês. Os resultados mostram que dado um choque sobre os preços do leite recebidos pelos produtores, o impulso-resposta da variável preços no atacado em Minas Gerais inicialmente tendem a decair até próximo do quarto mês. Contudo a partir do quinto mês os preços do leite refletem um crescimento a maiores taxas percentuais. Quanto ao impulso-resposta da variável preços do leite no varejo em São Paulo, inicialmente a função decai exponencialmente até aproximadamente o oitavo mês, e a partir desse ponto, sofre uma reversão e tende a elevar se. Após um choque inicial em l PAtMG sobre l PPMG, representado na segunda coluna, a função de impulso-resposta tende a crescer, e em torno do quarto mês obtém um declínio considerável. Em relação ao impulso-resposta sobre a própria variável os percentuais são decrescentes e tende a zero, a partir do segundo mês. Já a função impulso-resposta da variável l PVarSP, conduz a uma elevação dos preços do leite desde o período inicial até o oitavo mês, no qual sofre uma queda nos períodos subsequentes. Os gráficos da terceira coluna representam o choque na variável l PVarSP sobre l PPMG, l PAtMG e l PVarSP e suas respectivas funções de impulso-resposta. Inicialmente um choque nos preços de leite no varejo em São Paulo, reproduz a uma elevação nos preços recebidos pelos produtores em Minas Gerais até o oitavo mês, e a partir deste ponto os preços tendem a decair. O mesmo ocorre no impulso-resposta da variável preços do leite no atacado em Minas Gerais, observa-se que um choque em l PVarSP reflete a elevação dos preços do leite até próximo ao sétimo mês e decaem exponencialmente nos períodos subsequentes. Com relação ao impulso-resposta da variável preços no varejo em São Paulo, desde o segundo mês os percentuais dos preços são crescentes decaindo próximo ao décimo primeiro mês.

10 l_p_ao_p_mg -> l_p_ao_p_mg l_p_at_mg -> l_p_ao_p_mg l_p_no_var_sp -> l_p_ao_p_mg 5,5 -, ,5,45,4,35,3 5 5, ,3 5 5, l_p_ao_p_mg -> l_p_at_mg l_p_at_mg -> l_p_at_mg l_p_no_var_sp -> l_p_at_mg -,2 -,4 -,6 -, ,6,5,4, ,32, l_p_ao_p_mg -> l_p_no_var_sp l_p_at_mg -> l_p_no_var_sp l_p_no_var_sp -> l_p_no_var_sp -,1 -,2 -,3 -,4 -,5 -,6 -, ,8,6,4, Figura 1. Funções impulso resposta para as variáveis l PPMG, l PAtMG e l PVarSP Fonte: Dados da Pesquisa. Legenda: Preços logaritmizados recebidos pelo produtor em Minas Gerais (l_p_ao_p_mg), preços logaritmizados no atacado em Minas Gerais (l_p_at_mg) e preços logaritmizados no varejo em São Paulo (l_p_no_var_sp) Decomposição da Variância para o Modelo 2 Os resultados demonstrados na Tabela 5 referem-se à decomposição da variância dos erros de previsão para as variáveis l PPSP, l PAtSP e l PVarSP. Como realizado para o

11 modelo 1, as variáveis do modelo 2 também foram logaritmizadas com o objetivo de uniformizar a variância. Na primeira coluna é apresentada as variáveis que foram atribuídas a um choque não antecipado, a segunda coluna representa os períodos analisados expressos em meses, a terceira, quarta e quinta colunas são apresentadas as proporções dos erros de previsão para cada variável do modelo 2. Tabela 5. Resultados da decomposição da variância dos erros de previsão em percentuais do Modelo 2 Variáveis Período l PPSP l PAtSP l PVarSP 1 53, ,7726 2, ,676 66,3 5, ,43 72,1286 1,8285 l PPSP 4 11, , , ,356 67, , , , , ,653 54, ,438 l PAtSP l PVarSP Fonte: Dados da Pesquisa. 1, 88, ,724 2, ,347 15,828 3,9334 8, ,7713 4,82 76, ,5369 6,687 69, ,3237 9, ,917 34, ,82 62,759 36,4291 1,, 1, 2 1,458 7,7286 9, ,595 9, , , ,316 83, , ,6827 8, ,633 16, , ,496 16,1794 8,33 Conforme os resultados obtidos, pode-se inferir por meio da análise da decomposição da variância dos erros de previsão na Tabela 5, que ao dar um choque não antecipado na variável l PPSP, revela que 53,7% das flutuações nos preços são explicados por seu próprio erro de previsão, em um primeiro momento, e ao decorrer dos períodos estes percentuais decaem. Isto significa que o poder de explicação da formação de preços do leite é transferido para as variáveis l PAtSP e l PVarSP. As oscilações nos percentuais dos erros de previsão na variável l PAtSP são maiores, sendo no 1º mês de 43,7%, atingindo o pico (72,5%) no 4º mês, e decaem nos demais períodos até atingir 54,9% no 12º mês. Quanto à variável l PVarSP, o percentual de participação dos erros de previsão na formação de preços é crescente desde o 1º mês, atingindo o valor máximo de 39,4% após terem decorrido 12 meses. A decomposição da variância dos erros de previsão da variável l PAtSP, por sua vez, demonstra que 88,92% explicam o poder de formação de preços do leite, em um primeiro momento e depois de decorridos 12 meses, as flutuações nos erros de previsão do atacado continuam sendo explicados em sua maior parte por ela mesma (62,7%), enquanto que 36,4% são atribuídos a variações nos preços no varejo. O poder de explicação da variável l PPSP dado um choque não antecipado na variável l PAtSP praticamente não chega a 1%, sendo assim, infere-se que o poder de formação de preços concentra-se nas variáveis l PAtSP e l PVarSP quando há um choque não antecipado em l PAtSP.

12 Com relação ao choque não antecipado na variável l PVarSP, os resultados demonstram que a decomposição da variância dos erros de previsão dos preços do leite depende 1% do próprio preço no varejo, em um primeiro momento. Decorridos 12 meses das variações nos preços, 8,3% são explicados pela própria variável, 16,1% são atribuídos a variações dos preços no atacado e apenas 3,4% são responsáveis pelas variações no preço ao produtor. Fica demonstrado que quando se analisa a decomposição da variância dos erros de previsão dos preços ao produtor, atacado e varejo para o Estado de São Paulo, os resultados evidenciam que a predominância no poder de explicação da formação de preço do leite está concentrada em sua maior parte no atacado, e o varejo por sua vez, também exerce uma influência significativa em termos percentuais sobre o poder de formação de preço do leite Resultados da Função-Impulso Resposta para o Modelo 2 Na Figura 2, encontram-se os gráficos que servem de suporte para evidenciar a direção e o comportamento dos preços de leite praticados no mercado de São Paulo ao longo do período analisado. Os gráficos da primeira coluna representam o choque na variável l PPSP sobre l PPSP, l PAtSP e l PVarSP e suas respectivas funções de impulso-resposta. Após um choque inicial de l PPSP sobre a própria variável, reproduz um impulso-resposta de declínio nos preços de leite recebidos pelos próprios produtores até o sétimo mês, se recuperando a partir dos períodos subsequentes. Em relação ao choque nos preços de leite recebidos pelos produtores à resposta dos preços no atacado em São Paulo, inicialmente sofrem flutuações, elevando-se entre o primeiro e segundo mês, e decaem entre o segundo e sexto mês, recuperando-se nos meses decorrentes. Já a função de impulso-resposta da variável preço no varejo em São Paulo, reflete uma elevação entre o primeiro e terceiro mês, decai nos períodos seguintes e estabiliza-se a partir do décimo mês. Nos gráficos da segunda coluna ocorre um choque em l PAtMG que provoca um impulso-resposta nas variáveis l PPSP, l PAtSP e l PVarSP. Infere-se que um choque em l PAtMG reproduz uma elevação nos preços recebidos pelos produtores em São Paulo até o quarto mês, e a partir deste ponto os preços tendem a decair exponencialmente. Para o impulso-resposta da variável preços do leite no atacado em São Paulo, os preços decaem sucessivamente entre o primeiro e nono mês, e a partir do décimo mês os preços do leite refletem um crescimento. Com relação à resposta da variável preços no varejo em São Paulo, ocorrem flutuações no crescimento dos preços entre o primeiro e sexto período, e por sua vez tendem a decair no decorrer dos meses seguintes. Quanto aos gráficos da terceira coluna, estes representam o choque na variável l PVarSP sobre l PPSP, l PAtSP e l PVarSP e suas respectivas funções de impulso-resposta. Observa-se que um choque em PVarSP reflete a elevação dos preços do leite recebido pelos produtores entre o primeiro e sexto mês, decaindo gradativamente nos períodos subsequentes.

13 l_p_ao_p_sp -> l_p_ao_p_sp l_p_at_sp -> l_p_ao_p_sp l_p_no_var_sp -> l_p_ao_p_sp ,8,6,4,2 -, ,5,45,4,35,3 5 5,5 -, ,35,3 5 5, l_p_ao_p_sp -> l_p_at_sp l_p_at_sp -> l_p_at_sp l_p_no_var_sp -> l_p_at_sp,8,6,4,2 -, ,7,6,5,4, ,36,34,32, l_p_ao_p_sp -> l_p_no_var_sp l_p_at_sp -> l_p_no_var_sp l_p_no_var_sp -> l_p_no_var_sp,6,5,4,3,2, ,8,6,4, Figura 2. Função impulso resposta para as variáveis l PPSP, l PAtSP e l PVarSP Fonte: Dados da Pesquisa. Legenda: Preços logaritmizados recebidos pelo produtor em São Paulo (l_p_ao_p_sp), preços logaritmizados no atacado em São Paulo (l_p_at_sp) e preços logaritmizados no varejo em São Paulo (l_p_no_var_sp). O mesmo ocorre na função de impulso-resposta da variável preços no atacado em São Paulo, verifica-se que um choque em l PVarSP reproduz uma elevação nos preços do leite no atacado do primeiro ao quarto mês, e a partir deste ponto decaem até o décimo segundo período. Em relação ao impulso-resposta sobre a própria variável os percentuais são

14 decrescentes até o segundo mês, e a partir deste ponto reproduz uma elevação nos percentuais de preços em torno do nono mês, e tende a decair nos demais períodos correntes. 4. Considerações Finais Este trabalho propôs a estudar as possíveis implicações que os preços de leite praticados no varejo de São Paulo podem impactar sobre o comportamento dos preços do leite no mercado de Minas Gerais. Um segundo modelo foi proposto com objetivo de mensurar a elasticidade de transmissão de preços de leite no mercado interno de São Paulo, abrangendo os preços recebidos ao nível do produtor, atacado e varejo. Para tanto foi empregada a metodologia de Vetores Auto-Regressivos (VAR). No período que compreende julho de 24 a outubro de 213, foi evidenciado, por meio dos resultados do modelo 1, que as variações nos preços de leite ao produtor e atacado de Minas Gerais sofrem influência significativa dos preços praticados no mercado varejista de São Paulo. Em relação ao modelo 2 observa-se que as respostas encontradas são similares ao do modelo 1, com a ressalva de que esta análise refere-se ao mercado interno de São Paulo. Assim, a predominância no poder de explicação da formação de preço do leite está concentrada, em sua maior parte, no atacado e posteriormente no varejo. Infere-se ainda, que a variação no preço do leite pago ao produtor é fortemente influenciada pelo preço praticado no atacado, tanto no mercado de Minas Gerais como de São Paulo. E, os resultados encontrados pela função de impulso-resposta ratificam os encontrados na decomposição da variância. Como o produtor possui pouca influência sobre a formação de preços, neste caso pode ser considerado um tomador de preços em ambos os mercados analisados. Por fim, ressalta-se que São Paulo exerce influência significativa na formação de preços de leite, pois é o maior consumidor de produtos lácteos do país apesar de não estar entre os maiores produtores, papel este que cabe a Minas Gerais que se destaca como a maior bacia leiteira do país. 5. Referências ARAÚJO, A. R. M. de. et al. Classificando os custos da sustentabilidade: uma proposta de classificação para uma empresa do ramo de pesquisa agropecuária e extensão rural. Custos on line, v. 9, n. 3, jul./set., 213. BARROS, G. S. A. C.; BURNQUIST, Heloísa L. Causalidade e transmissão de preços agrícolas entre níveis de atacado e varejo. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DA ECONOMETRIC SOCIETY, 7., São Paulo, Anais... São Paulo, s. ed., p BARROS, G. S. C. Transmissão de preços pela central de abastecimento de São Paulo, Brasil. R. Bras. Econ., Rio de Janeiro, n. 44, p. 5-2, jan./mar., 199. CAVALCANTI, M. A. F. H. Identificação de modelos var e causalidade de Granger: uma nota de advertência. Economia Aplicada, v. 14, n. 2, p , 21.

15 CEPEA Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada, ESALQ/USP. Derivados no atacado. Valores médios em cinco estados e média Brasil. Disponível em: < Acessado em: 11 nov CEPEA Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada, ESALQ/USP. Preço ao produtor. Valores nominais do litro de leite. Disponível em: < Acessado em: 11 nov DIAS, D. F. et al. Análise e transmissão de preço para o leite paranaense utilizando modelos de séries temporais. Trabalho apresentado no XLV Congresso da SOBER Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Londrina, PR, Brasil, 22 a 25 de julho de 27. FERNANDES, R. A. S. et al. Elasticidade de transmissão e formação espacial de preços de leite ao produtor nos maiores estados produtores. Revista de Economia e Administração, v. 9, n. 3, p , jul./set., 21. FIGUEIREDO, A. M. et al. Análise da transmissão de preços no mercado brasileiro de castanha de caju. Documentos Técnico-Científicos, v. 41, n. 4, out./dez., 21. FILHO, R. B. et al. Os efeitos da taxa de câmbio sobre as exportações brasileiras dos complexos soja e carnes. Trabalho apresentado no 48º Congresso da SOBER Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural Campo Grande, MS, Brasil, 25 a 28 de outubro de 21. FILHO, R. R. de L. et al. Setor leiteiro. 213 será um ano de recuperação. Agroanalysis, Fundação Getúlio Vargas, v. 33, n. 6, jun., 213. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 22. Apostila. GAIO, L. E. et al. Causalidade e elasticidade na transmissão de preço do boi gordo entre regiões do Brasil e a bolsa de mercadorias & futuros (BM&F). Organizações Rurais & Agroindustriais, Lavras, v. 7, n. 3, p , 26. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 27. IEA Instituto de Economia Agrícola. Preços médios mensais no varejo. Disponível em: < Acessado em: 15 nov JOHANSEN, Soren; JUSELIUS, Katarina. Maximum likelihood estimation and inference on cointegration with applications to the demand for money. Oxford Bulletin of Economics and Statistics, v. 52, n. 2, p , 199. LARA, M. Maior bacia do país, Minas Gerais discute pecuária leiteira e produção artesanal do queijo. Belo Horizonte, MG. Disponível em: < Acessado em: 19 dez. 213.

16 LOBO, O. A.; NETO, W. A. da S. Transmissão de preços entre o produtor e varejo: evidências empíricas para o setor de carne bovina em Goiás. Conjuntura Econômica Goiana, n. 19, p , dez., 211. MARGARIDO, M. A. et al. Análise da elasticidade de transmissão de preços no mercado internacional de soja. Pesquisa & Debate, São Paulo, v. 12, n. 2(2), p. 5-4, 21. MARGARIDO, M. A.; TUROLLA, F. A. Análise da transmissão espacial de preços no mercado internacional de trigo. In: 5 Congresso Brasileiro de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER), 212, Vitória (ES). 5º Congresso da SOBER 212, 212. MAYORGA, R. O. et al. Análise de transmissão de preços do mercado atacadista de melão do Brasil. RER, Rio de Janeiro, v. 45, n. 3, p , jul./set., 27. NEVES, José Luis. Pesquisa qualitativa características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo, v.1, n. 3, 2º. sem/1996. RIBEIRO, F. et al. Pecuária leiteira. Ano de recuperação. Agroanalysis, Fundação Getúlio Vargas, v. 33, n. 1, out., 213. RIBEIRO, K. C. de S. et al. Preços do café no Brasil: variáveis preditivas no mercado à vista e futuro. Revista de Gestão USP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 11-3, jan./mar., 26. SIMS, C. Macroeconomics and reality. Econometrica, v. 48, p SILVA, M. B. de; GRIGOLO, T. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. Florianópolis: EDUFSC, 21. TABOSA, F. J. S. et al. Relacionamento de preços dos principais produtos comercializados entre o mercado produtor de Tianguá na serra da Ibiapaba e mercados atacadistas de Fortaleza e Terezina. Texto para discussão. LER - Laboratório para Estudos Regionais, Sobral, ago., 211. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, VIANA, J. G. A. et al. Comportamento dos preços históricos do leite no Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 34, n. 2, p , mar./abr., 21. WEYDMANN, C. L.; SEABRA, F. Transmissão de preços na cadeia de carne suína: uma aplicação para os preços de São Paulo. Revista de Economia e Agronegócio, v. 4, n. 3, p , 26.

CAUSALIDADE E ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DE PREÇO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ENTRE MERCADOS BRASILEIROS

CAUSALIDADE E ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DE PREÇO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ENTRE MERCADOS BRASILEIROS CAUSALIDADE E ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DE PREÇO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ENTRE MERCADOS BRASILEIROS CAUSALITY AND ELASTICITY IN THE PRICE TRANSMISSION OF FINISHING PIGS BETWEEN BRAZILIAN MARKETS UELLINGTON

Leia mais

CASUALIDADE E ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DO TOMATE NO ESTADO DO CEARÁ 1995 A Palavras-chave: Casualidade, Elasticidade de Transmissão, Tomate.

CASUALIDADE E ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DO TOMATE NO ESTADO DO CEARÁ 1995 A Palavras-chave: Casualidade, Elasticidade de Transmissão, Tomate. CASUALIDADE E ELASTICIDADE DE TRANSMISSÃO DO TOMATE NO ESTADO DO CEARÁ 1995 A 2002 Francisco José Silva Tabosa Denise Michele Furtado da Silva Clóvis Luis Madalozzo Robério Telmo Campos Resumo: O tomate

Leia mais

MODELOS DE REGRESSÃO E DECOMPOSIÇÃO PARA DESCREVER O CONSUMO RESIDENCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL ENTRE 1985 E 2013

MODELOS DE REGRESSÃO E DECOMPOSIÇÃO PARA DESCREVER O CONSUMO RESIDENCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL ENTRE 1985 E 2013 MODELOS DE REGRESSÃO E DECOMPOSIÇÃO PARA DESCREVER O CONSUMO RESIDENCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL ENTRE 1985 E 2013 Maria José CharfuelanVillarreal Universidade Federal do ABC OBJETIVO Identificar

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA ÍNDICE IBOVESPA: UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA. Leonardo Maia Coelho. Lucas Cavalcanti Rodrigues

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA ÍNDICE IBOVESPA: UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA. Leonardo Maia Coelho. Lucas Cavalcanti Rodrigues UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ECONOMIA ÍNDICE IBOVESPA: UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA Leonardo Maia Coelho Lucas Cavalcanti Rodrigues Marina Oliveira Belarmino de Almeida Priscila Medeiros

Leia mais

Uma Análise de Co-Integração entre Mercados de Ações da América do Sul

Uma Análise de Co-Integração entre Mercados de Ações da América do Sul Uma Análise de Co-Integração entre Mercados de Ações da América do Sul Autores: Wesley Vieira da Silva, Robert Wayne Samohyl e Newton C. A. da Costa Jr. RESUMO: Este artigo verifica a existência de relacionamento

Leia mais

Interdependência dos preços da carne suína brasileira e estrangeira 1

Interdependência dos preços da carne suína brasileira e estrangeira 1 Interdependência dos preços da carne suína brasileira e estrangeira 1 Alan Figueiredo de Arêdes 2 Resumo O presente artigo tem por objetivo analisar a interdependência dos preços da carne suína nos mercados

Leia mais

Previsão da inflação do indicador IGP-M através de um modelo ARIMA

Previsão da inflação do indicador IGP-M através de um modelo ARIMA Previsão da inflação do indicador IGP-M através de um modelo ARIMA Mauricio Mattos Junho de 2014 Resumo Esse trabalho visa identificar um modelo ARIMA que seja efetivo na descrição e predição dos valores

Leia mais

Nota Técnica: Evidências Empíricas Recentes da Relação entre a Taxa de Câmbio Real Efetiva e a Poupança Privada no Brasil ( )

Nota Técnica: Evidências Empíricas Recentes da Relação entre a Taxa de Câmbio Real Efetiva e a Poupança Privada no Brasil ( ) Nota Técnica: Evidências Empíricas Recentes da Relação entre a Taxa de Câmbio Real Efetiva e a Poupança Privada no Brasil (2000-2016) Guilherme Jonas Costa da Silva * José Luis Oreiro ** A discussão do

Leia mais

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9

Séries Temporais e Modelos Dinâmicos. Econometria. Marcelo C. Medeiros. Aula 9 em Econometria Departamento de Economia Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Aula 9 Data Mining Equação básica: Amostras finitas + muitos modelos = modelo equivocado. Lovell (1983, Review

Leia mais

4 Mecanismo gerador dos dados, quebras estruturais e cointegração

4 Mecanismo gerador dos dados, quebras estruturais e cointegração 4 Mecanismo gerador dos dados, quebras estruturais e cointegração 4.1. Mecanismo gerador de dados Eis alguns fatos destacados na literatura: A teoria da PPC prevê que a taxa de câmbio real deve convergir

Leia mais

COMPORTAMENTO DAS EXPORTAÇÕES DE MANGA DO VALE SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO: UMA ABORDAGEM A PARTIR DE VETORES AUTORREGRESSIVOS

COMPORTAMENTO DAS EXPORTAÇÕES DE MANGA DO VALE SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO: UMA ABORDAGEM A PARTIR DE VETORES AUTORREGRESSIVOS ISSN impressa 0100-4956 ISSN eletrônica (on line) 2357-9226 COMPORTAMENTO DAS EXPORTAÇÕES DE MANGA DO VALE SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO: UMA ABORDAGEM A PARTIR DE VETORES AUTORREGRESSIVOS Behavior of mango exports

Leia mais

UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA. Maio 2018 Aula 7

UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA. Maio 2018 Aula 7 1 UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA Maio 2018 Aula 7 Armando Manuel 09/29/2017 10. ECONOMETRIA DAS SERIES TEMPORAIS a) Processos Estocásticos b) A Cointegração c) A Previsão 1. Modelo Box

Leia mais

3 Dados e metodologia

3 Dados e metodologia 3 Dados e metodologia 3.1 Apresentação de Dados Para a realização dessa pesquisa foram utilizados os dados da série histórica dos preços da soja (em grão) do Estado do Paraná, obtidos da base de dados

Leia mais

EXPORTAÇÃO DE UVA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: UMA ANÁLISE A PARTIR DE VETORES AUTORREGRESSIVOS

EXPORTAÇÃO DE UVA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: UMA ANÁLISE A PARTIR DE VETORES AUTORREGRESSIVOS ISSN impressa 0100-4956 ISSN eletrônica (on line) 2357-9226 EXPORTAÇÃO DE UVA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: UMA ANÁLISE A PARTIR DE VETORES AUTORREGRESSIVOS Grape exports in São Francisco Valley: An analysis

Leia mais

ELASTICIDADE NA TRANSMISSÃO E FORMAÇÃO ESPACIAL DE PREÇOS DE LEITE AO PRODUTOR NOS PRINCIPAIS ESTADOS BRASILEIROS

ELASTICIDADE NA TRANSMISSÃO E FORMAÇÃO ESPACIAL DE PREÇOS DE LEITE AO PRODUTOR NOS PRINCIPAIS ESTADOS BRASILEIROS ELASTICIDADE NA TRANSMISSÃO E FORMAÇÃO ESPACIAL DE PREÇOS DE LEITE AO PRODUTOR NOS PRINCIPAIS ESTADOS BRASILEIROS ROSANGELA A. S. FERNANDES; MARCELO JOSÉ BRAGA; JOÃO EUSTÁQUIO DE LIMA; UNIVERSIDADE FEDERAL

Leia mais

Modelos VAR, taxa de câmbio e taxa de juros Selic

Modelos VAR, taxa de câmbio e taxa de juros Selic Modelos VAR, taxa de câmbio e taxa de juros Selic Wanessa Weridiana da Luz Freitas Laura Vicuña Torres de Paula Resumo: A taxa de juros Selic e a taxa de câmbio podem ser vistas como duas taxas básicas

Leia mais

DETERMINANTES DA BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS NO PERÍODO DE 1997 A 2009

DETERMINANTES DA BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS NO PERÍODO DE 1997 A 2009 DETERMINANTES DA BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS NO PERÍODO DE 1997 A 2009 Taciane Graciele Fanck Kich (UFSM) tacikich@yahoo.com.br Daniel

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Em uma grande escola, 10% dos alunos são comprovadamente fracos. Um teste educacional conseguiu identificar corretamente 80% entre aqueles que são fracos e 85% entre aqueles que

Leia mais

Análise do custo médio por metro quadrado da construção civil no estado de Minas Gerais usando modelos de séries temporais

Análise do custo médio por metro quadrado da construção civil no estado de Minas Gerais usando modelos de séries temporais Análise do custo médio por metro quadrado da construção civil no estado de Minas Gerais usando modelos de séries temporais 1 Introdução Charles Shalimar Felippe da Silva 1 Ricardo Vitor Ribeiro dos Santos

Leia mais

Para o presente estudo, foram obtidos os dados através das bases de dados Bloomberg e Ipeadata.

Para o presente estudo, foram obtidos os dados através das bases de dados Bloomberg e Ipeadata. 3 Metodologia 3.1. Variáveis analisadas Foram selecionadas algumas variáveis relacionadas ao carry trade do real; esta selação foi baseada nos estudos de Carvalho e Divino (2009) e Nishigaki (2007). As

Leia mais

A análise de séries temporais é uma área da estatística dedicada ao estudo de dados orientados no tempo (MONTGOMERY, 2004).

A análise de séries temporais é uma área da estatística dedicada ao estudo de dados orientados no tempo (MONTGOMERY, 2004). 3 Séries temporais A análise de séries temporais é uma área da estatística dedicada ao estudo de dados orientados no tempo (MONTGOMERY, 2004). 3.1. Princípios fundamentais Conforme Box et al. (1994), uma

Leia mais

Segundo Trabalho de Econometria 2009

Segundo Trabalho de Econometria 2009 Segundo Trabalho de Econometria 2009 1.. Estimando o modelo por Mínimos Quadrados obtemos: Date: 06/03/09 Time: 14:35 Sample: 1995Q1 2008Q4 Included observations: 56 C 0.781089 0.799772 0.97664 0.3332

Leia mais

Tabela 1 - Teste de Dickey-Fuller para série log-preço futuro. Teste ADF 0, ,61% Tabela 2 - Teste de Dickey-Fuller para série log-preço à vista

Tabela 1 - Teste de Dickey-Fuller para série log-preço futuro. Teste ADF 0, ,61% Tabela 2 - Teste de Dickey-Fuller para série log-preço à vista 32 5. Resultados 5.1. Séries Log-preço Para verificar se as séries logaritmo neperiano dos preços (log-preço) à vista e futuro e as séries logaritmo neperiano dos retornos (log-retorno) à vista e futuro

Leia mais

Transmissão Inter-Regional de Preços no Mercado Brasileiro de Soja

Transmissão Inter-Regional de Preços no Mercado Brasileiro de Soja Transmissão Inter-Regional de Preços no Mercado Brasileiro de Soja Eliane Pinheiro de Sousa * Antônio Carvalho Campos ** Resumo: Este estudo estima as elasticidades de transmissão entre pares de preços

Leia mais

MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO NO MERCADO DE ARROZ EM SÃO PAULO, 05/2010 A 05/2015

MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO NO MERCADO DE ARROZ EM SÃO PAULO, 05/2010 A 05/2015 MARGENS DE COMERCIALIZAÇÃO NO MERCADO DE ARROZ EM SÃO PAULO, 05/2010 A 05/2015 Palavras-chave: equidade, cadeia produtiva Alcido Elenor Wander 1 ; Cleyzer Adrian da Cunha 2 INTRODUÇÃO O arroz é um dos

Leia mais

PREVISÃO DE PREÇO DO QUILO DO CAFÉ ARÁBICA: UMA APLICAÇÃO DOS MODELOS ARIMA E GARCH

PREVISÃO DE PREÇO DO QUILO DO CAFÉ ARÁBICA: UMA APLICAÇÃO DOS MODELOS ARIMA E GARCH VI Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil PREVISÃO DE PREÇO DO QUILO DO CAFÉ ARÁBICA: UMA APLICAÇÃO DOS MODELOS ARIMA E GARCH Alan Figueiredo de Arêdes 1 ; Matheus Wemerson Gomes Pereira ; Erly Cardo

Leia mais

Modelagem do preço da soja utilizando a metodologia de análise de séries temporais 1

Modelagem do preço da soja utilizando a metodologia de análise de séries temporais 1 Modelagem do preço da soja utilizando a metodologia de análise de séries temporais 1 Jair Wyzykowski 2 Maíra Rodrigues Villamagna 3 Thelma Sáfadi 4 Augusto Ramalho de Morais 5 1 Introdução Uma série é

Leia mais

Análise da transmissão de preços nos mercados de boi gordo, milho e soja de Mato Grosso

Análise da transmissão de preços nos mercados de boi gordo, milho e soja de Mato Grosso DOI: 10.5433/2317-627X.2017v5n2p7 Análise da transmissão de preços nos mercados de boi gordo, milho e soja de Mato Grosso Analysis of the transmission of prices in the beef, maize and soybean markets of

Leia mais

A Cultura do Algodão e a Questão da Integração entre Preços Internos e Externos 1

A Cultura do Algodão e a Questão da Integração entre Preços Internos e Externos 1 Alexandre Bragança Coelho 53 A Cultura do Algodão e a Questão da Integração entre Preços Internos e Externos Alexandre Bragança Coelho 2 Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar a interação entre

Leia mais

Testes de Raiz Unitária para Dados em Painel

Testes de Raiz Unitária para Dados em Painel Aula 7 Bibliografia: Stata, 2017. help xtunitroot. From Stata/SE 13 (accessed on Oct. 23, 2018). Pesaran, M.H. (2015). Time series and panel data econometrics. Oxford: Oxford University Press. Rafael S.

Leia mais

Análise do poder de previsão do modelo de vetores auto regressivos (VAR) para a quantidade de madeira serrada exportada pelo estado do Paraná

Análise do poder de previsão do modelo de vetores auto regressivos (VAR) para a quantidade de madeira serrada exportada pelo estado do Paraná Análise do poder de previsão do modelo de vetores auto regressivos (VAR) para a quantidade de madeira serrada exportada pelo estado do Paraná Cristiane de Loyola Eisfeld 1 Blas Henrique Caballero Nuñez

Leia mais

IMPACTO DOS CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO NAS MARGENS PRODUTOR- VAREJO DE ARROZ E DE FEIJÃO EM MINAS GERAIS 1

IMPACTO DOS CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO NAS MARGENS PRODUTOR- VAREJO DE ARROZ E DE FEIJÃO EM MINAS GERAIS 1 IMPACTO DOS CUSTOS DE COMERCIALIZAÇÃO NAS MARGENS PRODUTOR- VAREJO DE ARROZ E DE FEIJÃO EM MINAS GERAIS Danilo R. D. Aguiar 2 RESUMO - Este trabalho combina métodos estáticos e dinâmicos para examinar

Leia mais

COMERCIALIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO POR EMPRESAS PARANAENSES RESUMO

COMERCIALIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO POR EMPRESAS PARANAENSES RESUMO COMERCIALIZAÇÃO DE QUEIJO PRATO POR EMPRESAS PARANAENSES RESUMO Melissa Watanabe 1 José Roberto Canziani 2 Vania Di Addario Guimarães 3 Este artigo apresenta um retrato da comercialização de queijo prato

Leia mais

MODELOS ECONOMÉTRICOS PARA DADOS DE ALTA- FREQUENCIA: TEORIA E APLICAÇÕES

MODELOS ECONOMÉTRICOS PARA DADOS DE ALTA- FREQUENCIA: TEORIA E APLICAÇÕES MODELOS ECONOMÉTRICOS PARA DADOS DE ALTA- FREQUENCIA: TEORIA E APLICAÇÕES Aluno: Thiago Portugal Frotté Orientador: Marcelo Cunha Medeiros Introdução Atualmente a previsão de eventos econômicos está em

Leia mais

Comportamento dos preços da raiz de mandioca no Estado da Bahia

Comportamento dos preços da raiz de mandioca no Estado da Bahia COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DA RAIZ DE MANDIOCA NO ESTADO DA BAHIA FLÁVIO SILVA DE SANTANA; CARLOS ESTEVÃO LEITE CARDOSO; ENÉAS SANTOS MELO; JOSÉ DA SILVA SOUZA; RANULFO CORRÊA CALDAS; EMBRAPA MANDIOCA E

Leia mais

XIX SEMEAD Seminários em Administração

XIX SEMEAD Seminários em Administração XIX SEMEAD Seminários em Administração novembro de 2016 ISSN 2177-3866 RAZÃO E EFETIVIDADE DE HEDGE PARA O BOI GORDO: UMA COMPARAÇÃO EMPÍRICA ENTRE OS MODELOS DE M&T, VAR e VEC RODRIGO LEITE FARIAS DE

Leia mais

A dinâmica da Função de Reação do Banco Central do Brasil: uma possível fonte da perda de eficácia da política monetária

A dinâmica da Função de Reação do Banco Central do Brasil: uma possível fonte da perda de eficácia da política monetária A dinâmica da Função de Reação do Banco Central do Brasil: uma possível fonte da perda de eficácia da política monetária Rafael Quevedo do Amaral * Introdução O regime de metas de inflação, adotado no

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Investimento, Indústria e Crescimento Econômico Brasileiro

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Investimento, Indústria e Crescimento Econômico Brasileiro NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Investimento, Indústria e Crescimento Econômico Brasileiro Luciano Nakabashi * Fábio Dória Scatolin ** Marcio José Vargas da Cruz *** Introdução Crescimento

Leia mais

INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO MILHO NO SUL BRASILEIRO

INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO MILHO NO SUL BRASILEIRO INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS PREÇOS DO MILHO NO SUL BRASILEIRO Resumo: O artigo objetiva verificar a relação entre os preços do milho nos estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, buscando

Leia mais

4 Modelos de Regressão Dinâmica

4 Modelos de Regressão Dinâmica 4 Modelos de Regressão Dinâmica Nos modelos de regressão linear (Johnston e Dinardo, 1998) estudados comumente na literatura, supõe-se que os erros gerados pelo modelo possuem algumas características como:

Leia mais

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Áreas

Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Estatística espacial. Áreas Fundação Oswaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Estatística espacial Áreas Áreas Na análise de áreas o atributo estudado é em geral resultando de uma contagem ou um

Leia mais

Análise do mercado externo da indústria papeleira no estado do Paraná através do modelo de vetores auto-regressivos (VAR)

Análise do mercado externo da indústria papeleira no estado do Paraná através do modelo de vetores auto-regressivos (VAR) Análise do mercado externo da indústria papeleira no estado do Paraná através do modelo de vetores auto-regressivos (VAR) Cristiane de Loyola Eisfeld 1 Maurício Vaz Lobo Bittencourt 2 Alexandre Nascimento

Leia mais

Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins

Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins. Metodologia de Box-Jenkins Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries temporais: Modelos de Box-Jenkins Profa. Dra. Liane Werner Metodologia de Box-Jenkins Para os modelos de decomposição e os modelos

Leia mais

AJUSTE DE UM MODELO DE SÉRIES TEMPORAIS PARA PREVISÃO DA TEMPERATURA MÍNIMA DO AR PARA LAVRAS/MG EM 2011

AJUSTE DE UM MODELO DE SÉRIES TEMPORAIS PARA PREVISÃO DA TEMPERATURA MÍNIMA DO AR PARA LAVRAS/MG EM 2011 AJUSTE DE UM MODELO DE SÉRIES TEMPORAIS PARA PREVISÃO DA TEMPERATURA MÍNIMA DO AR PARA LAVRAS/MG EM 2011 LUIZ G. CARVALHO 1, CAMILA C. ALVARENGA 2 DANIELA C. RODRIGUES 3 1 Eng. Agrícola, Prof. Adjunto,

Leia mais

TÍTULO: O MERCADO FUTURO DE COMMODITIES E O VALOR DAS AÇÕES DE EMPRESAS CONSUMIDORAS E PRODUTORAS DE ALIMENTOS

TÍTULO: O MERCADO FUTURO DE COMMODITIES E O VALOR DAS AÇÕES DE EMPRESAS CONSUMIDORAS E PRODUTORAS DE ALIMENTOS TÍTULO: O MERCADO FUTURO DE COMMODITIES E O VALOR DAS AÇÕES DE EMPRESAS CONSUMIDORAS E PRODUTORAS DE ALIMENTOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS SUBÁREA: Ciências Contábeis INSTITUIÇÃO(ÕES):

Leia mais

Jaciele Negrette Moreira 2, Argemiro Luis Brum 3

Jaciele Negrette Moreira 2, Argemiro Luis Brum 3 REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA APLICADO PARA A RELAÇÃO ENTRE A BOLSA DE MERCADORIAS DE CHICAGO, O CÂMBIO, NA FORMAÇÃO DO PREÇO MÉDIO DA SOJA NO RS NO PERÍODO (2007 A 2016) 1 MULTIPLE LINEAR REGRESSION APPLIED

Leia mais

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES DE LEITE DO BRASIL E A FORMAÇÃO DO PREÇO NA BAHIA. Apresentação: Comunicação Oral

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES DE LEITE DO BRASIL E A FORMAÇÃO DO PREÇO NA BAHIA. Apresentação: Comunicação Oral ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS PAGOS AOS PRODUTORES DE LEITE DO BRASIL E A FORMAÇÃO DO PREÇO NA BAHIA Apresentação: Comunicação Oral Autor Josefa Edileide Santos Ramos 1 ; Marcelo da Costa Borba 2

Leia mais

Análise do preço da saca de 60 kg do café arábica utilizando séries temporais.

Análise do preço da saca de 60 kg do café arábica utilizando séries temporais. Análise do preço da saca de 60 kg do café arábica utilizando séries temporais. Tales Jesus Fernandes 12 Adriele Aparecida Pereira 2 Joel Augusto Muniz 2 Thelma Sáfadi 2 1 Introdução O solo e as condições

Leia mais

Relação de longo prazo entre os preços do produtor e do varejo da carne bovina em Goiás

Relação de longo prazo entre os preços do produtor e do varejo da carne bovina em Goiás SÉRIE DE TEXTOS PARA DISCUSSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS TEXTO PARA DISCUSSÃO N. 32 Relação de longo prazo entre os preços do produtor e do varejo da carne bovina em Goiás Herberth Duarte dos Santos

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS fonte de graus de soma de quadrado variação liberdade quadrados médio teste F regressão 1 1,4 1,4 46,2 resíduo 28 0,8 0,03 total 2,2 A tabela de análise de variância (ANOVA) ilustrada acima resulta de

Leia mais

O capital humano nos municípios paranaenses: uma análise com regressões quantílicas

O capital humano nos municípios paranaenses: uma análise com regressões quantílicas O capital humano nos municípios paranaenses: uma análise com regressões quantílicas Kassya Christina Keppe Luciano Nakabashi RESUMO O presente trabalho trata-se do capital humano como um dos fatores determinantes

Leia mais

Análise de previsão da inflação no período pós-plano Real

Análise de previsão da inflação no período pós-plano Real Análise de previsão da inflação no período pós-plano Real Marina Rodrigues Maestre 1 Jayane Pereira de Oliveira 2 Raquel Castellucci Caruso Sachs 3 Vitor Augusto Ozaki 4 1 Introdução Durante a década de

Leia mais

O que esperar da Selic e do câmbio nominal nos próximos meses? Uma visão pelo modelo VAR com restrição Luciano D Agostini * José Luís Oreiro **

O que esperar da Selic e do câmbio nominal nos próximos meses? Uma visão pelo modelo VAR com restrição Luciano D Agostini * José Luís Oreiro ** O que esperar da Selic e do câmbio nominal nos próximos meses? Uma visão pelo modelo VAR com restrição Luciano D Agostini * José Luís Oreiro ** Segundo a Ata da última reunião do Copom, divulgada em 16

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Econometria Semestre 2010.01 174 174 21.4. PROCESSOS ESTOCÁSTICOS INTEGRADOS O passeio aleatório é apenas um caso particular de uma classe de processos estocásticos conhecidos como processos integrados.

Leia mais

UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA. Maio 2018 Aula 8

UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA. Maio 2018 Aula 8 1 UNIVERSDADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE ECONOMIA Maio 2018 Aula 8 Armando Manuel 09/29/2017 A PREVISÃO Armando Manuel 09/29/2017 11 1. A metodologia Box-Jenkins é um processo que se inicia com a analise

Leia mais

Poder de Compra do Salário-mínimo em Termos das Carnes Bovina, Suína e de Frango, no Período de 1970 a 2010

Poder de Compra do Salário-mínimo em Termos das Carnes Bovina, Suína e de Frango, no Período de 1970 a 2010 Análises e Indicadores do Agronegócio ISSN 1980-0711 Poder de Compra do Salário-mínimo em Termos das Carnes Bovina, Suína e de Frango, no Período de 1970 a 2010 Nos últimos meses, tem sido muito comentada

Leia mais

AS TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO BRASILEIRO DE LEITE FLUIDO E LONGA VIDA NO PERÍODO DE 1997 A

AS TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO BRASILEIRO DE LEITE FLUIDO E LONGA VIDA NO PERÍODO DE 1997 A AS TRANSFORMAÇÕES NO MERCADO BRASILEIRO DE LEITE FLUIDO E LONGA VIDA NO PERÍODO DE 1997 A 2005. ROAECONOMISTA@YAHOO.COM.BR APRESENTAÇÃO ORAL-COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS ROSANGELA APARECIDA SOARES

Leia mais

3 Modelo estocástico para os fatores de risco

3 Modelo estocástico para os fatores de risco Modelo estocástico para os fatores de risco 35 3 Modelo estocástico para os fatores de risco 3.1. Conceitos básicos Um dos principais problemas de um ALM é a modelagem da incerteza sobre os valores futuros

Leia mais

INTEGRAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS ENTRE OS MERCADOS DE MILHO E FRANGOS DE CORTE NO BRASIL

INTEGRAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS ENTRE OS MERCADOS DE MILHO E FRANGOS DE CORTE NO BRASIL INTEGRAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS ENTRE OS MERCADOS DE MILHO E FRANGOS DE CORTE NO BRASIL CARLOS EDUARDO CALDARELLI Universidade Estadual de Londrina (UEL) RECEBIDO: 11 de Novembro de 2011 / ACEITADO:

Leia mais

ECONOMETRIA I. I (12 valores)

ECONOMETRIA I. I (12 valores) Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa ECONOMETRIA I Exame de 2ª Época 26 de Janeiro de 2005 Duração: 2 horas I (12 valores) ATENÇÃO: Para as 10 primeiras questões deste grupo existem 4 opções

Leia mais

INDICADORES CHAVES DE DESEMPENHO DE FAZENDAS PRODUTORAS DE LEITE NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO

INDICADORES CHAVES DE DESEMPENHO DE FAZENDAS PRODUTORAS DE LEITE NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO INDICADORES CHAVES DE DESEMPENHO DE FAZENDAS PRODUTORAS DE LEITE NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS E RIO DE JANEIRO Rodrigo de Andrade Ferrazza 1, Danielle Gonçalves de Oliveira Prado 2 Marcos Aurélio Lopes

Leia mais

A Metodologia de Box & Jenkins

A Metodologia de Box & Jenkins A Metodologia de Box & Jenins Aula 03 Bueno, 0, Capítulo 3 Enders, 009, Capítulo Morettin e Toloi, 006, Capítulos 6 a 8 A Metodologia Box & Jenins Uma abordagem bastante utilizada para a construção de

Leia mais

Modulo I. Séries Temporais: ARIMA

Modulo I. Séries Temporais: ARIMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE ESTATÍSTICA Modulo I Séries Temporais: ARIMA Curso: Bacharelado em Estatística Disciplina: Estatística Aplicada Nome: Verena

Leia mais

GT - Crescimento econômico com justiça social e igualdade de oportunidades

GT - Crescimento econômico com justiça social e igualdade de oportunidades GT - Crescimento econômico com justiça social e igualdade de oportunidades MECANISMO DE TRANSMISSÃO DE PREÇOS: UMA ANÁLISE SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE MELÃO Severino Félix de Souza Mestrando em

Leia mais

Gabarito Trabalho 2. Variable Coefficient Std. Error t-statistic Prob.

Gabarito Trabalho 2. Variable Coefficient Std. Error t-statistic Prob. Gabarito Trabalho 2 1. Estimando o modelo Date: 06/10/10 Time: 04:00 Sample: 2003M01 2008M01 Included observations: 70 C -2.046423 5.356816-0.382022 0.7038 LN_IPC_BR 2.041714 1.150204 1.775089 0.0811 LN_IPC_AR

Leia mais

RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS CLIMÁTICAS E GERAÇÃO DE ENERGIA: UM ESTUDO APLICADO AO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO À PARTIR DE UM MODELO VAR

RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS CLIMÁTICAS E GERAÇÃO DE ENERGIA: UM ESTUDO APLICADO AO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO À PARTIR DE UM MODELO VAR RELAÇÕES ENTRE VARIÁVEIS CLIMÁTICAS E GERAÇÃO DE ENERGIA: UM ESTUDO APLICADO AO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO À PARTIR DE UM MODELO VAR Rener Ribeiro de Oliveira(*), Fabrício Pelizer Almeida, Fernando de

Leia mais

Produtividade total dos fatores no crescimento da agropecuária brasileira 1

Produtividade total dos fatores no crescimento da agropecuária brasileira 1 Produtividade total dos fatores no crescimento da agropecuária brasileira 1 Carlos Alberto Gonçalves da Silva 2 Léo da Rocha Ferreira 3 Resumo O artigo examina os efeitos do crédito rural, dos gastos com

Leia mais

MOEDA E PRECOS NA AGRICULTIRA E INDUSTRIA: EVIDENCIA EMPIRICA COM A UTILIZACAO DO MODELO VAR

MOEDA E PRECOS NA AGRICULTIRA E INDUSTRIA: EVIDENCIA EMPIRICA COM A UTILIZACAO DO MODELO VAR MOEDA E PRECOS NA AGRICULTIRA E INDUSTRIA: EVIDENCIA EMPIRICA COM A UTILIZACAO DO MODELO VAR Vitor Borges Monteiro 1 Sinezio Fernandes Maia 2 Resumo Este trabalho se propõe a investigar as relações empíricas

Leia mais

Predição do preço médio anual do frango por intermédio de regressão linear

Predição do preço médio anual do frango por intermédio de regressão linear Predição do preço médio anual do frango por intermédio de regressão linear João Flávio A. Silva 1 Tatiane Gomes Araújo 2 Janser Moura Pereira 3 1 Introdução Visando atender de maneira simultânea e harmônica

Leia mais

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DO ICMS *

UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DO ICMS * UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA DO ICMS * Carlos Eduardo S. Marino ** * Trabalho de conclusão da disciplina de Econometria I, ministrada pelos professores Ivan Castelar e Vitor Monteiro, realizada no primeiro

Leia mais

Econometria IV Modelos Lineares de Séries Temporais. Fernando Chague

Econometria IV Modelos Lineares de Séries Temporais. Fernando Chague Econometria IV Modelos Lineares de Séries Temporais Fernando Chague 2016 Estacionariedade Estacionariedade Inferência estatística em séries temporais requer alguma forma de estacionariedade dos dados Intuição:

Leia mais

TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA CARNE DE FRANGO EM SANTA CATARINA 1

TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA CARNE DE FRANGO EM SANTA CATARINA 1 Volume 14 Número 20 Jul/Dez 2012 pp. 87-108 TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA CARNE DE FRANGO EM SANTA CATARINA 1 87 Eliane Pinheiro de Sousa Airton Lopes Amorim Daniel Arruda Coronel RESUMO: Dada

Leia mais

ANO É MARCADO POR PREÇO DE LEITE RECORDE

ANO É MARCADO POR PREÇO DE LEITE RECORDE ANO É MARCADO POR PREÇO DE LEITE RECORDE Por Daniel M. Velazco-Bedoya, analista, equipe Leite Cepea Para o pecuarista de leite, 2013 foi um ano atípico. Enquanto os custos de produção se mantiveram estáveis,

Leia mais

TRANSMISSÃO DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CAMBIO PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA SOJA NO BRASIL E NA ARGENTINA

TRANSMISSÃO DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CAMBIO PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA SOJA NO BRASIL E NA ARGENTINA TRANSMISSÃO DAS VARIAÇÕES DA TAXA DE CAMBIO PARA OS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO DA SOJA NO BRASIL E NA ARGENTINA Leonardo Sangoi Copetti (UFSM) leonardocopetti@hotmail.com Daniel Arruda Coronel (UFSM) daniel.coronel@uol.com.br

Leia mais

Medidas Macroprudenciais no Brasil: Efeitos do Depósito Compulsório Sobre Produto e Estoque de Crédito da Economia Parte 2

Medidas Macroprudenciais no Brasil: Efeitos do Depósito Compulsório Sobre Produto e Estoque de Crédito da Economia Parte 2 temas de economia aplicada 39 Medidas Macroprudenciais no Brasil: Efeitos do Depósito Compulsório Sobre Produto e Estoque de Crédito da Economia Parte 2 Raí da Silva Chicoli (*) Esta é a segunda parte

Leia mais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais

Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais Modelagem do comportamento da variação do índice IBOVESPA através da metodologia de séries temporais João Eduardo da Silva Pereira (UFSM) jesp@smail.ufsm.br Tânia Maria Frighetto (UFSM) jesp@smail.ufsm.br

Leia mais

Econometria - Lista 6

Econometria - Lista 6 Econometria - Lista 6 Professores: Hedibert Lopes, Priscila Ribeiro e Sérgio Martins Monitores: Gustavo Amarante e João Marcos Nusdeo Exercício 1 A curva de Phillips desempenha um papel fundamental na

Leia mais

Análise da série temporal do desemprego em regiões metropolitanas do Brasil

Análise da série temporal do desemprego em regiões metropolitanas do Brasil Análise da série temporal do desemprego em regiões metropolitanas do Brasil Érica Fernanda da Cruz 1 3 Tamara Aparecida Nogueira dos Anjos 2 Thelma Sáfadi 2 1 Introdução O desemprego no Brasil é uma constante

Leia mais

Disciplina de Modelos Lineares

Disciplina de Modelos Lineares Disciplina de Modelos Lineares 2012-2 Seleção de Variáveis Professora Ariane Ferreira Em modelos de regressão múltipla é necessário determinar um subconjunto de variáveis independentes que melhor explique

Leia mais

UM INVESTIGAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS FUTUROS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS À VISTA DO PETRÓLEO BRUTO

UM INVESTIGAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS FUTUROS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS À VISTA DO PETRÓLEO BRUTO UM INVESTIGAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS FUTUROS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS À VISTA DO PETRÓLEO BRUTO Erick Meira de Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro erickmeira@poli.ufrj.br

Leia mais

Repasse de variações da taxa de câmbio aos preços industriais: uma análise setorial utilizando modelos VAR

Repasse de variações da taxa de câmbio aos preços industriais: uma análise setorial utilizando modelos VAR Trabalho apresentado no CNMAC, Gramado - RS, 2016. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Repasse de variações da taxa de câmbio aos preços industriais: uma

Leia mais

AULAS 14 E 15 Modelo de regressão simples

AULAS 14 E 15 Modelo de regressão simples 1 AULAS 14 E 15 Modelo de regressão simples Ernesto F. L. Amaral 18 e 23 de outubro de 2012 Avaliação de Políticas Públicas (DCP 046) Fonte: Wooldridge, Jeffrey M. Introdução à econometria: uma abordagem

Leia mais

Os efeitos da taxa de câmbio, importações mundiais e preços internacionais de commodities sobre as exportações do agronegócio brasileiro

Os efeitos da taxa de câmbio, importações mundiais e preços internacionais de commodities sobre as exportações do agronegócio brasileiro Os efeitos da taxa de câmbio, importações mundiais e preços internacionais de commodities sobre as exportações do agronegócio brasileiro Humberto Francisco Silva Spolador Professor, Faculdade de Economia

Leia mais

Revisão dos Modelos de Vetores Autorregressivos com Fundamentação Econômica 2012

Revisão dos Modelos de Vetores Autorregressivos com Fundamentação Econômica 2012 Revisão dos Modelos de Vetores Autorregressivos com Fundamentação Econômica 2012 No amplo conjunto de modelos utilizados pelo Banco Central para projetar a inflação, encontram-se, entre outros, os modelos

Leia mais

Ajuste de distribuições para preços recebidos pelos agricultores de soja da cidade de São Paulo

Ajuste de distribuições para preços recebidos pelos agricultores de soja da cidade de São Paulo Ajuste de distribuições para preços recebidos pelos agricultores de soja da cidade de São Paulo 1 Introdução Kamylla Rodrigues Leandro 1 Marcelo Tavares 2 No Brasil, a atividade agrícola destaca pela participação

Leia mais

ANÁLISE DOS EFEITOS DE PREÇOS E CÂMBIO SOBRE

ANÁLISE DOS EFEITOS DE PREÇOS E CÂMBIO SOBRE Análise dos efeitos de preços e câmbio sobre o preço do óleo de soja na cidade de São Paulo... ANÁLISE DOS EFEITOS DE PREÇOS E CÂMBIO SOBRE O PREÇO DO ÓLEO DE SOJA NA CIDADE DE SÃO PAULO: UMA APLICAÇÃO

Leia mais

Paridade do Poder de Compra e a Taxa de Câmbio Brasileira

Paridade do Poder de Compra e a Taxa de Câmbio Brasileira Paridade do Poder de Compra e a Taxa de Câmbio Brasileira PET-Economia UnB 10 de junho de 2013 1 2 3 4 5 6 O que é a PPP e porque ela importa A PPP clama que os níveis de preço ao redor do globo devem

Leia mais

Mercado de pêra no Brasil: análise de transmissão de preços entre os mercados de São Paulo - SP, Porto Alegre - RS e Recife - PE

Mercado de pêra no Brasil: análise de transmissão de preços entre os mercados de São Paulo - SP, Porto Alegre - RS e Recife - PE 1 Mercado de pêra no Brasil: análise de transmissão de preços entre os mercados de São Paulo - SP, Porto Alegre - RS e Recife - PE Área de estudo: Economia Agrícola e Agronegócios. Lucas David Ribeiro

Leia mais

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO BOI GORDO E DO BOI MAGRO ENTRE 2000 e

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO BOI GORDO E DO BOI MAGRO ENTRE 2000 e Andréia Moreira da Fonseca Boechat ISSN 1679-1614 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS PREÇOS DO BOI GORDO E DO BOI MAGRO ENTRE 2000 e 2012 1 Andréia Moreira da Fonseca Boechat 2 Resumo: O presente artigo tem

Leia mais

ANÁLISE HISTÓRICA E PERSPECTIVAS DA OFERTA E DA DEMANDA DO LEITE DO BRASIL

ANÁLISE HISTÓRICA E PERSPECTIVAS DA OFERTA E DA DEMANDA DO LEITE DO BRASIL ANÁLISE HISTÓRICA E PERSPECTIVAS DA OFERTA E DA DEMANDA DO LEITE DO BRASIL Sebastião Teixeira Gomes 1 1. OFERTA A análise da oferta de leite e derivados do Brasil é realizada em dois módulos: produção

Leia mais

Grupo: Estudos setoriais, cadeias produtivas, sistemas locais de produção.

Grupo: Estudos setoriais, cadeias produtivas, sistemas locais de produção. RELAÇÕES DE TROCAS E CAUSALIDADE DE GRANGER ENTRE PREÇOS PAGOS E RECEBIDOS PELA SOJA E MILHO, INSUMOS E MÁQUINAS NO RIO GRANDE DO SUL, ENTRE 1986 E 213. Grupo: Estudos setoriais, cadeias produtivas, sistemas

Leia mais

6 Geração de Cenários

6 Geração de Cenários 6 Geração de Cenários O planejamento do setor elétrico para operações hidrotérmicas de longo prazo de cada subsistema, atualmente, está fundamentado na avaliação dos resultados da simulação de diversos

Leia mais

Análise da transmissão de preço do fumo entre os estados produtores brasileiros e no mercado internacional

Análise da transmissão de preço do fumo entre os estados produtores brasileiros e no mercado internacional Análise da transmissão de preço do fumo entre os estados produtores brasileiros e no mercado internacional Análise da transmissão de preço do fumo entre os estados produtores brasileiros e no mercado internacional

Leia mais

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares

Aula 2 Uma breve revisão sobre modelos lineares Aula Uma breve revisão sobre modelos lineares Processo de ajuste de um modelo de regressão O ajuste de modelos de regressão tem como principais objetivos descrever relações entre variáveis, estimar e testar

Leia mais

Prova de Estatística

Prova de Estatística Prova de Estatística 1. Para um número-índice ser considerado um índice ideal, ele precisa atender duas propriedades: reversão no tempo e o critério da decomposição das causas. Desta forma, é correto afirmar

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e

Análise de Regressão Linear Simples e Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Introdução A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável

Leia mais

Balanço 2016 Perspectivas 2017

Balanço 2016 Perspectivas 2017 2203 Valor Bruto da Produção (VBP) 23 24 Balanço 2016 Perspectivas 2017 Perspectivas 2017 AGRICULTURA PUXA CRESCIMENTO DO VBP EM 2017 O cenário econômico internacional será o responsável pelo comportamento

Leia mais

FATORES EXPLICATIVOS DO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL 1990 A 1997

FATORES EXPLICATIVOS DO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL 1990 A 1997 Economia e Desenvolvimento, nº 11, março/2000 Artigo Acadêmico FATORES EXPLICATIVOS DO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL 1990 A 1997 Zenir Adornes da Silva * Resumo: Neste artigo, analisa-se a influência

Leia mais

TRANSMISSÃO DE PREÇOS INTER E INTRA-REGIONAL NO MERCADO DA SOJA EM GRÃO NO BRASIL (1999 A 2009)

TRANSMISSÃO DE PREÇOS INTER E INTRA-REGIONAL NO MERCADO DA SOJA EM GRÃO NO BRASIL (1999 A 2009) TRANSMISSÃO DE PREÇOS INTER E INTRA-REGIONAL NO MERCADO DA SOJA EM GRÃO NO BRASIL (1999 A 2009) caf@ccsh.ufsm.br APRESENTACAO ORAL-Comercialização, Mercados e Preços MARLON VIDAL PAZ 1 ; CLAÍLTON ATAÍDES

Leia mais

i j i i Y X X X i j i i i

i j i i Y X X X i j i i i Mario de Andrade Lira Junior lira.pro.br\wordpress lira.pro.br\wordpress Diferença Regressão - equação ligando duas ou mais variáveis Correlação medida do grau de ligação entre duas variáveis Usos Regressão

Leia mais