Agressores Sexuais. Violência Sexual. Parafilia 26/09/2015. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Prof.ª Ms. Otília Loth

Transcrição

1 Agressores Sexuais Pontifícia Universidade Católica de Goiás Prof.ª Ms. Otília Loth Violência Sexual A violência sexual vem sendo perpetrada desde a antiguidade em todos os lugares do mundo, em todas as classes sócio-econômicas, sendo fenômeno complexo, com mutiplicidade de causas e efeitos. Grupo heterogêneo Parafilia Fantasias sexualmente excitantes, impulsos ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos, que envolvem: Objetos não humanos Sofrimento ou humilhação próprios ou do parceiro Não consentimento de crianças ou outras pessoas Ocorre por um período de 6 meses Foco da excitação sexual Caráter opressor, rígido e compulsivo 1

2 Molestador de crianças X Pedofilia Molestador de crianças Qualquer adulto que tenha perpetrado um crime sexual contra alguém que esteja abaixo da maioridade. Motivações variadas. Pedófilo Alguém envolvido em atividade sexual ou experimentando sofrimento significativo quanto a impulsos ou fantasias sexuais envolvendo um indivíduo pré-púbere (geralmente com menos de 13 anos) Estupradores Estupradores podem ser diagnosticados como Sadismo ou Parafilia SOE. Alguns agressores podem ser compelidos por uma doença mental a cometer seus crimes. A parafilia inclui indivíduos que vivenciam fantasias excitantes ou impulsos sexuais e, não necessariamente, existe um ato ilegal. Abuso sexual na Infância Questões culturais Pode gerar perturbações psicológicas e comportamentais na vida adulta. Sendo que os transtornos mentais mais relacionados são: transtorno de estresse pós traumático, transtornos de humor e transtornos psicóticos. 2

3 Abusadores e Molestadores Abusadores: atitudes mais sutis e discretas no abuso sexual, em muitas situações a vítima não se vê violentada. Molestadores: são mais invasivos, menos discretos e podem consumar o ato sexual. Abusador Sujeito imaturo. Descobre, em algum momento da vida, que pode obter com crianças níveis de satisfação sexual que não consegue alcançar de outra maneira. Tende a ser mais solitário, com poucas habilidades sociais. Difícil de ser identificado. Molestador Molestador situacional: ocorre muito mais pela fragilidade da criança e pela dificuldade de ser descoberto do que pelo fato da vítima ser criança. Molestador preferencial: a gratificação sexual só será alcançada se a vítima for uma criança. Tende a ser violento, podendo seduzir gradativamente ou atacar imediatamente. 3

4 Avaliação de Agressores Sexuais Medidas Falométricas Aparelho fisiológico que registra padrões de resposta desviante e geralmente consiste de: estímulos, equipamento de monitoramento e equipamento para registro A noção subjacente era de que os agressores sexuais se envolvem em seu comportamento antissocial devido às suas preferências desviantes A precisão das medidas foi questionada Avaliação de Agressores Sexuais Avaliação Psicológica: Distorções Cognitivas Padrões de pensamento egoístas que reduzem as barreiras normais à realização dos atos Empatia com a vítima: empatia parcial? Fantasias sexuais Reincidência Os agressores sexuais têm menor probabilidade de reincidir em agressões sexuais do que em agressões não sexuais Os índices de reincidência sexual variam com o tempo: 10 a 15% após 5 anos, 20% após 10 anos e 30 a 40% após 20 anos Estes índices são provavelmente subestimados 4

5 Tratamento Pouca produção científica Controvérsias Metodologias problemáticas Hanson e colaboradores (2002) encontraram índices de 12,3% de reincidência sexual entre os agressores sexuais tratados e 16,8% entre os agressores sexuais não tratados Obrigada! Bom dia! Ótimo feriado! 5