FESURV UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

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1 FESURV UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA AGENTES CAUSADORES DE INFECÇÕES URINÁRIAS EM CÃES EM RIO VERDE GO: OCORRÊNCIA E DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS LARESSA RODRIGUES FREITAS Orientadora: Profª. Esp. ANDRÉA CRUVINEL ROCHA SILVA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Medicina Veterinária da Fesurv Universidade de Rio Verde, resultante de Projeto de Pesquisa como parte das exigências para obtenção do título de Médico Veterinário RIO VERDE - GOIÁS 2011

2 LARESSA RODRIGUES FREITAS AGENTES CAUSADORES DE INFECÇÕES URINÁRIAS EM CÃES EM RIO VERDE GO: OCORRÊNCIA E DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Medicina Veterinária da Fesurv Universidade de Rio Verde, resultante de Estágio Curricular Supervisionado como parte das exigências para obtenção do título de Médico Veterinário. Aprovada em 07/06/11 PROFª. Ms. LUCILIA APARECIDA DA SILVA PROFª. MED. VET. REJANE GUERRA RIBEIRO PROFª. Esp. ANDRÉA CRUVINEL ROCHA SILVA (Orientadora) RIO VERDE - GOIÁS 2011

3 DEDICATÓRIA Este trabalho é dedicado aos meus pais, que sempre me apoiaram e estavam juntos comigo, em todos os momentos de alegria, tristeza, dificuldade e superação, me fortalecendo com suas palavras e atitudes e sempre acreditando, que eu estava fazendo o meu melhor.

4 AGRADECIMENTOS Senhor, obrigado por me proporcionar mais esta alegria, por ter me dado sabedoria, força, quando preciso e nunca ter me abandonado. Aos meus pais Jurandira Pires Rodrigues de Freitas e Soneir Antônio de Freitas, que sempre estão do meu lado, sendo o meu porto seguro diante das dificuldades e que são para mim o que há de mais valioso que tenho amo muito vocês dois. Mãe, muito obrigada por acreditar sempre em mim, no meu potencial! Pai, muito obrigada pela força, por me proteger sempre! A minha maninha Andressa Paula Rodrigues de Freitas que me aturou nestes anos de faculdade, que sempre acreditou, que eu seria a melhor e que sempre me motivava, quando estava triste. As minhas amigas Fernanda Vieira, Eliane Rodrigues e ao meu primo Diego Rodrigues, que me ajudaram a tornar este sonho possível. Aos meus colegas de faculdade, obrigada todos vocês pelas risadas, os momentos bons, a ajuda quando precisava e que contribuíram muito em meu aprendizado, proporcionando momentos inesquecíveis, que deixarão saudades. Desejo a vocês todo o sucesso do mundo! A minha orientadora Andréa Cruvinel, por ter aceitado me orientar, por ter acreditado em meu potencial, me ajudado inúmeras, vezes quando solicitei. Tenho-lhe muita admiração, me orgulho de ser sua orientanda! Aos meus professores que propuseram seus conhecimentos sempre a disposição quando solicitados, nunca me negando ajuda, em especial aos professores Rejane Guerra, Murici Segato, Andrea Cruvinel Rocha Silva, Lucília Silva, Ednea Freitas Portilho e Ariel Stela. Aos supervisores, professores, residentes, estagiários e funcionários do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, em especial aos residentes Luiz e Flávia, que acompanhei na clinica médica de pequenos animais que estavam sempre disponíveis para tirar qualquer tipo de dúvida e se mostraram com grande humildade, durante o Estágio Supervisionado. Tenham certeza que todos contribuíram muito para meu aprendizado.

5 RESUMO FREITAS, Laressa Rodrigues. Agentes causadores de infecções urinárias em cães em Rio Verde-GO: ocorrência e determinação da sensibilidade a antimicrobianos f. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) Fesurv Universidade de Rio Verde, Rio Verde, * As infecções do trato urinário (ITU) usualmente ocorrem quando há uma falha temporária ou permanente, nos mecanismos de defesa do hospedeiro e suficiente número, principalmente de bactérias, que se multiplicam e persistem em numa porção do trato urinário. Foram coletadas 26 amostras de urina obtidas, por cistocentese em cães com sinais clínicos de ITU, no ano de 2010, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), situados no município de Rio Verde-GO, com objetivo de estabelecer o índice de ITU, os agentes etiológicos e o antibiograma. As amostras foram submetidas à urinálise e também à urocultura. Dentre as amostras, 16 (dezesseis) apresentaram bacteriúria, destas somente quatro amostras tiveram cultura positiva. Na identificação das bactérias utilizaram-se os métodos bioquímicos tradicionais e o antibiograma. Foram isoladas cinco tipos de bactérias, sendo três bactérias gram-positivas do tipo Staphylococcus (aureus, epidermides e saprophyticus) e duas gram-negativas Citrobacter sp e Klebsiella sp. Dentre os antibióticos mais eficazes estão o norfloxacino e a cefalotina, que apresentaram eficácia contra os cinco tipos encontrados, porém ainda se mostraram eficientes os fármacos nitrofurantoina, tetraciclina, clorafenicol, norfloxacino, eritromicina e enrofloxacino. Apesar do número reduzido de amostras, os resultados reforçam a necessidade do conhecimento do perfil de suscetibilidade antimicrobiana das bactérias causadoras de ITU, para evitar o uso incorreto de antibióticos. PALAVRAS-CHAVE: Urina. Cultura. Antibiograma. Bactérias. Caninos. 1 Banca Examinadora: Profª. Esp. Andréa Cruvinel Rocha Silva (Orientadora); Profª. Rejane Guerra Ribeiro e Profª. Ms.Lucília Aparecida da Silva. - Fesurv

6 ABSTRACT FREITAS, Laressa Rodrigues. Causative agents of urinary infections in dogs in Rio Verde-GO: occurrence and determination of antimicrobial sensitivity f. Monograph (Graduation in Veterinary Medicine) - Fesurv - University of Rio Verde, Rio Verde, The urinary tract infections (UTI) usually occur when there is a temporary or permanent failure in the mechanisms of host defense and especially sufficient number of bacteria that multiply and persist in a portion of the urinary tract. We collected 26 urine samples obtained by, cystocentesis in dogs with clinical signs of UTI in the year 2010, the Center for Zoonosis Control (CCZ), located in Rio Verde-GO, aiming to establish the rate of UTI, etiologic agents and antibiotic susceptibility. The samples were subjected to urinalysis and urine culture to also. Among the samples, 16 (sixteen) had bacteriuria, only four of these samples were culture positive. In identifying the bacteria used the traditional biochemical methods and susceptibility. Were isolated from five types of bacteria, three Gram-positive bacteria like Staphylococcus (aureus, epidermidis and saprophyticus) and two gram-negative Citrobacter sp and Klebsiella sp. Among the antibiotics are more effective than norfloxacin and cephalothin, showed efficacy against five types found, but still were effective drugs nitrofurantoin, tetracycline, chloramphenicol, norfloxacin, erythromycin and enrofloxacin. Despite the reduced number of samples, the results reinforce the need for knowledge of antimicrobial susceptibility of bacteria causing UTI, to prevent the misuse of antibiotics. KEY WORDS: Urine. Culture. Sensitivity. Bacteria. Canines. 1 Board of examiners: Profª. Esp. Andréa Cruvinel Rocha Silva (Advisor) Fesurv; Profª. Rejane Guerra Ribeiro e Profª. Ms.Lucília Aparecida da Silva. Fesurv

7 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Sistema urinário canino FIGURA 2 Rins FIGURA 3 Técnica de cistocentese FIGURA 4 Cultura das amostras FIGURA 5 Teste de manitol FIGURA 6 Teste de sensibilidade a novobiocina amostra FIGURA 7 Teste de sensibilidade a novobiocina amostra FIGURA 8 Provas bioquímicas FIGURA 9 Antibiograma amostra FIGURA 10 Antibiograma amostra FIGURA 11 Antibiograma amostra

8 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Provas bioquímicas e identificação de bactérias gram-positivas TABELA 2 Identificação das espécies de staphylococcus de maior importância clínica TABELA 3 Provas bioquímicas e identificação de bactérias gram-negativas TABELA 4 Limites para interpretação do antibiograma com 24 antibacterianos de uso corrente na terapêutica clínica

9 LISTA DE ABREVIATURAS CCZ Centro de Controle de Zoonoses EAS Uranálise FESURV Universidade de Rio Verde ITU Infecções do Trato Urinário NCCL - National Committee for Clinical Laboratory Standards. VM Vermelho Metila VP Voges-Proskauer

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA Sistema urinário canino Principais doenças do trato urinário Infecção do trato urinário Conceito Sinais clínicos Epidemiologia Diagnóstico Tratamento MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 38

11 1 INTRODUÇÃO O Brasil possui a segunda maior população de cães do Mundo, com cerca de 30 milhões de animais. Os cães são em sua maioria animais dóceis e de fácil trato, porém algumas doenças podem acometer os caninos durante sua vida. A infecção urinária é cada vez mais frequente na clínica de cães. A infecção pode predominar em um ou mais locais do aparelho urinário, como no rim (pielonefrite), ureter (uretrite), bexiga (cistite), ou pode ainda restringir-se à urina (bacteriúria). O ponto chave é saber que todo o aparelho urinário está em risco de invasão, tão logo qualquer área esteja infectada. As infecções do trato urinário (ITU) ocorrem quando a bactéria entra no organismo dos animais através da uretra e se desenvolve na bexiga, assim uma vez que ITU do cão tornase uma infecção da bexiga, pode ser difícil de tratar. Esse tipo de infecção usualmente ocorre quando há uma falha temporária ou permanente, nos mecanismos de defesa do hospedeiro e suficiente número de bactérias, que se multiplicam e persistem em uma porção do trato urinário. A ITU atinge 14% da população mundial de cães. Localiza-se nos rins, bexiga urinária, próstata ou mais de um órgão ao mesmo tempo (BARSANTI; JOHNSON, 1990), sendo que as fêmeas e os animais idosos estão mais predispostos à infecção (ETÜN et al., 2003). Não existe levantamento brasileiro sobre a prevalência dos agentes envolvidos, nem da sensibilidade destes, aos antimicrobianos utilizados rotineiramente, na clínica de pequenos animais. Estudos, como este, visam aperfeiçoar o tratamento em casos de ITU inferior em cães e também a orientação dos Médicos Veterinários, sobre o uso racional de antimicrobianos, para evitar o surgimento de bactérias super-resistentes. O objetivo deste trabalho é determinar os agentes causadores de ITU inferior de cães e também estabelecer a sensibilidade dos agentes frente a antimicrobianos usualmente utilizados, na rotina de uma clínica veterinária.

12 2 REVISAO DA LITERATURA 2.1 Sistema urinário canino O sistema urinário dos cães (Figura 1), é composto pelos rins, os ureteres, a bexiga e a uretra (NETTER, 2000). Fonte: Swenson; Reece (1996). FIGURA 1 Sistema urinário canino. Esse sistema realiza funções metabólicas, humorais e excretoras, sendo que a maioria das anormalidades, que o acometem pode ser diagnosticada pelo exame físico, urinálise e pela interpretação da bioquímica sérica (FRASER et al., 1997). Os rins (Figura 2), são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelhoparda. Sua principal função é a regulação do fluido extracelular, que indiretamente contribui para a composição do liquido intracelular. Estas funções são alcanças, por mecanismos de filtração, reabsorção, secreção e produção hormonal inerentes aos rins, e fundamentais para a manutenção da homeostase (NETTER, 2000).

13 13 FIGURA 2 Rins. Fonte: Veterinary Focus (2007). Segundo descreve Netter (2000), os ureteres têm a função de conduzir a urina dos rins para a bexiga, onde é temporariamente armazenada. Normalmente se encontram em número de um por rim, ligando-se a este através da pelve renal, onde todos os ductos papilares se abrem. Cada ureter se apresenta com uma forma tubular que durante todo o seu trajeto apresenta um diâmetro bem uniforme, se inserindo obliquamente na parede vesical, garantindo certo comprimento de trajeto intramural que protege os ureteres contra o refluxo de urina, quando a pressão se encontra aumentada dentro da bexiga. Na Figura 1 percebe-se a bexiga, que é um órgão de armazenamento bastante elástico e, portanto, raramente apresenta tamanho, posição e relação constante com outras estruturas. Quando contraída, a bexiga se encontra situada sobe os ossos púbicos, estando confinada à cavidade pélvica ou prolongando-se pelo abdome quando mais distendida (FOGLE, 20110). A uretra (Figura 1), é o canal que se estende do pescoço da bexiga até o meato uretral, na extremidade distal do pênis no macho e no vestíbulo vaginal na fêmea, carreando a urina armazenada na bexiga para o meio exterior. O pescoço da bexiga é bastante curto nos cães continuando-se quase que diretamente com a próstata, sendo a uretra dividida nas porções prostática, membranosa e cavernosa ou peniana (NETTER, 2000) Principais doenças do trato urinário As doenças do trato urinário são frequentemente diagnosticadas, na rotina de atendimento clínico a cães e gatos, correspondendo a uma importante parcela das queixas

14 14 clínicas dos proprietários. Anatomicamente as doenças do trato urinário podem ser classificadas de acordo com a localização. De acordo com Fraser et al. (1997), as doenças que afetam os rins e/ou ureteres são classificadas como doença do trato urinário superior, enquanto que aquelas cuja localização anatômica do órgão afetado está distal ao ureter, como bexiga e uretra, são denominadas de doenças do trato urinário inferior. Habitualmente, as cistites são infecções não complicadas, enquanto as pielonefrites, ao contrário, são mais frequentemente complicadas, pois em geral resultam da ascensão de microrganismos do trato urinário inferior e estão frequentemente associadas com a presença de cálculos renais. O diagnóstico das infecções do trato urinário é sempre feito em bases clínicas e laboratoriais. Estima-se que 14% dos cães irão desenvolver ITU, em alguma fase da vida e, cinco a 10% dos cães hospitalizados apresentam esta afecção, a despeito da razão para a sua admissão (LING, 1984; BARSANTI, 1998; BARTGES, 2004). De acordo com Ricetto (2011), a cistite consiste em processo inflamatório ou infeccioso vesical. Podem ser não-bacterianas e bacterianas. As não bacterianas são aquelas que são causadas por vírus, fungos, protozoários, ou ainda relacionadas, às doenças não infecciosas. Já as bacterianas, é a resposta inflamatória da penetração da bactéria na mucosa vesical. Ocorre, com grande frequência, em cães, independente da raça, sexo ou idade. Manifesta-se com um quadro miccional irritativo, caracterizado por disúria, polaciúria, urgência miccional ou mesmo incontinência de urgência. Outra doença que afeta o sistema urinário, é a incontinência urinária, que é caracterizada pela micção involuntária, podendo ter várias causas. Conforme descreve Silva et al. (2011), essa doença resulta-se de lesões do sistema nervoso, de mal formações congênitas, de lesões adquiridas na bexiga e nos esfíncteres ou de desequilíbrios hormonais. Não existe, por isso, um tratamento único para a incontinência urinária, mas tratamentos específicos de acordo com cada causa. A incontinência associa-se à inflamação prostática, hiperplasia, metaplasia e neoplasias da próstata, pela compressão de estruturas nervosas ou anatômicas envolvidas na micção. As prostatites relacionam-se a diferentes causas de alterações da micção, incluindo cistite e uretrite, incompetência de esfíncter uretral, instabilidade do músculo detrusor da bexiga e espasmo uretra. A incontinência também pode surgir como sequela de certas intervenções cirúrgicas, causadas por fístulas ou por aderências (ETTINGER; FELDMAN, 2004). A insuficiência renal aguda pode ser definida como um declínio abrupto e sustentado na filtração túbulo-glomerular (GRAUER; LANE, 1997). Neste tipo de doença, o quadro do cão é mais grave, com vômitos e diarréias, por vezes hemorrágicas. Nesta forma de insuficiência renal, podem estar fatores isquêmicos (caso do rim que tenha sofrido alterações decorrentes de

15 15 mudanças de circulação sangüínea), infecciosos (sobretudo leptospirose) e tóxicos (PIRANI, 2008). Essa doença possui três fases distintas: início (momento que vai desde a ocorrência do insulto renal, até o desenvolvimento de diminuição da capacidade de concentração da urina e da ocorrência de azotemia), a fase de manutenção (quando já estão estabelecidas as lesões tubulares renais) e a fase de recuperação (onde as lesões renais são reparadas e a função renal melhora) (GRAUER; LANE, 1997; NELSON; COUTO, 2001; FORRESTER, 2003). Os cálculos urinários ou urólitos ocorrem com frequência nos cães e se alojam na bexiga e uretra. Os cálculos localizados dentro dos rins são bem mais raros. A formação do cálculo se dá a partir do aparecimento de cristais na urina. Esses cristais podem ter diversas composições (uratos, oxalato de cálcio, fosfato triplo, sílica e cistina). Por fatores ainda não totalmente conhecidos, os cristais começam a se agrupar formando o cálculo (OLIVEIRA, 2010). De acordo com Forrester (2003), encontram-se nos cães quatro tipos de urólitos (cálculos): os de fosfato, geralmente associados a uma infecção do trato urinário; os de urato; os de oxalato decorrentes de alterações metabólicas; e os de cistina, cuja ocorrência depende de predisposição hereditária. O diagnóstico dos cálculos urinários pode ser feito pela simples palpação da bexiga (diagnóstico de cálculos grandes) e histórico do animal, mas é interessante proceder a exames complementares como ultrassonografia, raio X e exame de urina (PARISI, 2011). A presença destes cálculos no trato urinário pode levar ao aparecimento de hematúria (sangue na urina), cistites, incontinência, retenção urinária, complicações infecciosas e renais. Por vezes um cálculo introduz-se na uretra e não consegue passar por certas zonas particularmente estreitas. Daí resulta uma obstrução uretral, que só poderá ser resolvida, muitas vezes, recorrendo-se à cirurgia. A infecção do trato urinário (ITU) é a presença de microorganismos nos tecidos do sistema urinário, incluindo rins, sistema coletor, bexiga e próstata. As bactérias são os microorganismos mais frequentemente envolvidos, mas fungos e vírus também podem ser agentes etiogênicos das infecções do trato urinário Infecção do trato urinário Conceito As ITUs estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, sendo apenas menos frequente que as do trato respiratório (FERREIRA; ÁVILA, 2001). Pode se conceituar infecção urinária como a presença de microorganismos em alguma parte do trato urinário. Quando surge no rim, chama-se pielonefrite; na bexiga, cistite; na próstata, prostatite

16 16 e na uretra, uretrite. A grande maioria das infecções urinárias é causada por bactérias, mas também podem ser causadas por vírus, fungos e outros microorganismos. A maioria ocorre pela invasão de alguma bactéria da flora intestinal no trato urinário. A bactéria Escherichia coli, representa de 80 a 95% dos invasores infectantes do trato urinário (ABC DA SAÚDE, 2011). A infecção urinária em cães é causada pela proliferação das bactérias na bexiga ou uretra, ocorrendo principalmente em fêmeas e animais idosos, por terem maior propensão a afecções, também é comum em animais com a uretra curta, pois esse órgão é considerado uma barreira contra a ascensão de bactérias até a bexiga (SIVIEIRO, 2011). O trato urinário dos animais é frequentemente desafiado por microrganismos tanto da microbiota normal quanto da patogênica e dependendo das condições sanitárias do animal e do ambiente pode ocorrer desde uma infecção inaparente até lesões graves do aparelho urinário (GALHARDO et al., 2002). Os cães apresentam diversos mecanismos de defesa contra ITUs, dentre eles a microflora natural da porção distal da uretra, frequência de micção, anatomia, mucosa vesical, propriedades antimicrobianas da urina e imunidade local e sistêmica (OSBORNE; LEES, 1995). Quando há falhas em alguns destes mecanismos, aumentam-se as chances de uma infecção. Doenças sistêmicas, como hiperadrenocorticismo e diabetes mellitus, são predisponentes (MCGUIRE et al., 2002), assim como o uso crônico de glicocorticóides (IHRKE et al., 1985) e o cateterismo vesical, principalmente em fêmeas (LIPPERT; FULTON; PARR, 1988). Segundo Duarte (2009), embora não haja uma causa única para as doenças do trato urinário, os veterinários admitem que alguns componentes podem contribuir com a prevalência do problema. Entre os componentes destacados pela autora estão: cães entre dois e dez anos de idade e gatos com mais de um ano de vida são os mais susceptíveis; tanto machos, quanto fêmeas, adoecem com a mesma frequência, embora os machos apresentem um risco maior de obstrução uretral por cristais ou urólitos, o que pode, por sua vez, ameaçar a vida; cães de pequeno porte são mais predispostos que os de raças grandes; entre outros fatores predisponentes. Além desses, pode-se citar: falta de atividade física, incapacidade de urinar com a regularidade necessária (animais confinados), baixa ingestão de água Sinais clínicos Há um número de lugares em que as bactérias podem igualmente acumular nos cães. Para fêmeas, está em sua área vaginal, enquanto que a área da próstata é a mais propicia para

17 17 o macho. Quando as bactérias atingem a uretra e chegam ao aparelho urinário, acabam por infectá-lo. O acesso dos microorganismos ao trato urinário se dá por via ascendente, ou seja, pela uretra, podendo se instalar na própria uretra e próstata, avançando para a bexiga e, com mais dificuldade, para o rim (ABC DA SAÚDE, 2011). As ITUs classifica-se como complicadas ou não. No segundo caso, enquadram-se as inferiores bacterianas, nas quais não há falhas nos mecanismos de defesa e respondem bem à antibioticoterapia. Nas complicadas, as falhas são evidentes e, geralmente, urolitíases, neoplasias vesicais, divertículos ou retenção urinária são identificados. Estas falhas devem ser corrigidas para o tratamento ser efetivo (SHAW, 1990). Os sinais da ocorrência desse fator nos animais se dão pelo aumento do número de vezes em que ele urina, porém com volume menor, a dificuldade em urinar em virtude da dor, a perca da capacidade de segurar a urina durante grandes períodos em que fica isolado, começando assim a urinar em lugares não usuais e ainda sua urina pode conter sangue e ter cheiro desagradável (SIVIEIRO, 2011) Epidemiologia A principal via de aquisição da ITU é a via ascendente, por patógenos que colonizam a região periuretral. A aquisição por via hematogênica ocorre predominantemente no período neonatal. Os agentes etiológicos das ITUs em geral são microrganismos de crescimento rápido. Mais de 95% das ITUs são causadas por enterobactérias, a Escherichia coli, Enterococcus spp., Klebsiella-Enterobacter spp., Proteus spp. e Pseudomonas spp. representam a maioria dos isolamentos. Sendo a E.coli o principal agente com aproximadamente 90% dos casos (MURRAY, 2004). Essa bactéria é a principal causadora das infecções urinárias, sendo um dos microrganismos tido como habitante natural da flora microbiana do trato intestinal de humanos e da maioria dos animais de sangue quente, sendo, portanto, normalmente encontrado nas fezes destes animais. Muitas cepas de Escherichia coli não são patogênicas (DOYLE; CLIVER, 1990). É o microrganismo mais frequente nas infecções nãocomplicadas do trato urinário, nos animais jovens o segundo microrganismo mais comum é o Staphylococcus saprophyticus. Nas infecções complicadas, os mais isolados são as enterobactérias. Tais como o Acinetobacier spp. e a Candida spp., elas também são encontradas em pacientes submetidos à instrumentação (FRANCO, 2011).

18 18 Além da E. coli, a Klebsiella também é uma bactérias que pode causar infecções hospitalares (principalmente do aparelho urinário e feridas). É uma importante causa de infecção do trato urinário, seguida por bacteremia secundária (KANEKO, 2009). A bactéria Proteus é um componente da flora intestinal, mais presente em machos, porém, está associada à presença de fimose e contaminação pelo esmegma. Pode ser causa de calculose, pois sintetiza uréase, que metaboliza uréia em CO2 e amônia, alcalinizando a urina e formando cálculos, embora a presença de cálculo coraliforme é mais frequente em fêmeas (MENDES, 2011). Essas bactérias são microorganismos gram-positivos frequentemente encontrados em encontrados em animais com lesões obstrutivas, doenças paralíticas, afetando a função renal, ou naqueles que foram manipulados no trato urinário (CAMARGO et al., 2001). A flora intestinal anaeróbia raramente é causa de ITU, apesar de ser 100 a 1000 vezes mais frequente que a E.coli na flora fecal (GRISI; ESCOBAR, 2000). O trato urinário comunica-se constantemente com o meio externo repleto de bactérias, sendo o trato genital comumente colonizado por algumas colônias bacterianas (microflora). A microflora genitourinária inferior possui uma função protetora, inibindo a aderência de micróbios patogênicos à mucosa (JOSÉ, 2011) Diagnóstico ITU inferior (cistite), quando sintomática, exterioriza-se clinicamente pela presença habitual de disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. Febre, neste caso, não é comum. Na anamnese, a ocorrência prévia de quadros semelhantes, diagnosticados como cistite, deve ser valorizada (HOOTON; STAMM, 1997). A ITU superior (pielonefrite), que se inicia como um quadro de cistite é habitualmente acompanhada de febre, geralmente superior a 38º, de calafrios e de dor lombar, uni ou bilateral (HOOTON; STAMM, 1997). O diagnóstico clínico pode ser feito observando-se os sintomas dos animais. O primeiro sinal para se procurar um médico veterinário é a mudança nos hábitos de urinar ou micção frequente dos animais, a interrupção no ato de urinar em vários locais, dor ou lamento dos cães, sangue, pus ou cristais na urina e gritos, lambidas na genitária e febre são alguns dos sintomas que podem ser considerados como de infecção urinária (PETER, 2010). A suspeita clínica baseia se na presença de sintomatologia própria do trato urinário (disúria, polaciúria, tenesmo urinário, urgência miccional, retenção urinária, incontinência,

19 19 enurese etc) associada a sintomas de acometimento sistêmico, tais como: anorexia, prostração, febre, vômitos, dor abdominal, toxemia, entre outros (GRISI; ESCOBAR, 2000). Segundo José (2011), os animais acometidos por ITU podem apresentar ou não sintomas. Os sinais clínicos observados são variáveis, sendo dependentes de diversos fatores. Destacam-se alterações na micção e na coloração da urina. O diagnóstico é confirmado a partir de ultrassonografia abdominal, exame de urina, urocultura. O diagnóstico laboratorial é feito através da urinálise (EAS). Esse método é um exame simples e não oneroso que analisa a urina avaliando a saúde do animal, e oferece informações valiosas sobre condições sistêmicas (MAIA, 2006). No EAS deve-se realizar tanto a análise físico-química, quanto a sedimentoscopia (BASTOS; BICALHO, 2003), pois as fitas reagentes empregadas podem apresentar resultados falsos. Pode haver piúria, hematúria e proteinúria (LEES, 1984; OSBORNE; LEES, 1995). A detecção de bacteriúria pela fita, como nitrito presente, não é confiável em cães, resultando em muitos resultados falso-negativos, pois a excreção de ácido ascórbico na urina inibe a reação química, necessitando da análise do sedimento (VAIL; ALLEN; WEISER, 1986). Para a realização deste procedimento é necessário que se faça a coleta da urina. A coleta pode ser feita pelo método de cistocentese (Figura 3), que é a técnica mais adequada para animais de pequeno porte, sendo a amostra obtida ideal para cultura e antibiograma (MAIA, 2006). Essa técnica se caracteriza, por colocar uma agulha diretamente na vesícula urinária, através da parede abdominal, utilizada frequentemente como forma de obtenção de amostragem de urina principalmente por se tratar de uma urina estéril, pois não há contaminação bacteriana e a contaminação iatrogênica com hemácias é mínima, sendo essa amostra ideal para urocultura com resultado final mais fidedigno (RIBEIRO; SOARES, 1998).

20 20 Fonte: Pet Imagem (2011). FIGURA 3 Técnica de cistocentese. Porém bactérias podem não ser visualizadas na sedimentoscopia, não indicando ausência de infecção, sendo necessário urocultura para confirmar (OSBORNE; LEES, 1995). Além disso, casos de ITU oculta (ausência de bactérias e leucócitos no sedimento urinário) podem acontecer em algumas doenças endócrinas (MCGUIRE et al., 2002). A urocultura é o procedimento mais confiável para o diagnóstico de ITU. Uma cultura bacteriana positiva em amostra de urina coletada por cistocentese antepúbica é confirmatória (COMER; LING, 1981; ALLEN; JONES; PURVANCE, 1987). Esse exame identifica a bactéria causadora da infecção urinária. De modo mais simples, podemos dizer que o EAS nos mostra as consequências de uma possível infecção urinária, enquanto que apenas a urocultura é capaz de identificar o germe que está causando a infecção (PINHEIRO, 2010). São utilizadas alças bacteriológicas calibradas ou pipetas mecânicas na faixa dos microlitros, para semear exatamente 0,01 ou 0,001mL de urina em meios próprios para crescimento bacteriano (LULICH et al., 1997). Contagem de organismos inferior a bactérias/ml sugere contaminação e um número superior a indica infecção. Valores entre e organismos/ml são considerados suspeitos e exige uma nova avaliação (COMER; LING, 1981; ALLEN; JONES; PURVANCE, 1987). Este exame deve ser repetido após três ou cinco dias para avaliar a eficácia do tratamento, se houver crescimento da mesma espécie de bactéria, a escolha do antibiótico deve ser reavaliada, porém se crescer outra espécie, está ocorrendo uma reinfecção (POLZIN, 1997). Nos casos complicados, as falhas dos mecanismos de defesa devem ser reconhecidas e

21 21 tratadas da forma adequada. O tratamento de ITUs complicadas só tem êxito quando as causas primárias são corrigidas (LING, 1984; SHAW, 1990; POLZIN, 1997). Com a urocultura detecta-se a presença de bactérias na urina, porém, é necessário que estas bactérias sejam identificadas para que seja feito o tratamento correto. Neste sentido, é que é feita a coloração de Gram que consiste no método de identificação das bactérias em positivas ou negativas. A coloração de Gram recebeu este nome em homenagem a seu descobridor, o médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram. Em 1884, Gram observou que as bactérias adquiriram cores diferentes, quando tratadas com diferentes corantes. Isso permitiu classificá-las em dois grupos distintos: as que ficavam roxas, que foram chamadas de Gram-positivas, e as que ficavam vermelhas, chamadas de Gram-negativas (CAMARGO et al., 2001). Neste procedimento, as bactérias são submetidas primeiro à ação de um corante violeta, seguido de fixação com iodo e depois um agente de descoloração, como o metanol. Seguidamente, são novamente coradas com safranina. As bactérias Gram-positivas fixam o primeiro corante, devido à maior espessura da parede celular, e ficam coradas de azul ou violeta, enquanto que as bactérias Gram-negativas, após a descoloração pelo metanol, são coradas pela safranina e ficam vermelhas. As bactérias que retêm a coloração violeta são designadas por Gram-positivas. As bactérias que perdem a coloração violeta depois de descoloradas, mas que adquirem um corante de contraste (ficando com um tom cor-de-rosa) é Gram-negativa. Esta distinção de manchas é um reflexo das suas diferenças no que diz respeito à composição básica das suas paredes celulares (MARTINS et al., 1997). Como exemplo de bactérias gram-negativas tem-se o vibrão colérico, o colibacilo e as salmonelas. As Streptococcus, Staphylococcus e as Enterococcus, são exemplos de bactérias gram-positivas. Entre as bactérias gram-positivas, o Staphylococcus aureus tende a ser mais invasivo e pode ser secundário à bacteriemia, produzindo abscessos renais (FRANCO, 2011). A S. epidermidis é segunda espécie mais importante do gênero Staphylococcus e faz parte da flora normal da pele e da mucosa de seres humanos e animais superiores, é a causa mais frequente de infecção associada ao uso do cateter (MAMIZUKA; PIGNATARI, 2011). Para se analisar o tipo de bactéria, após saber se ela é gram-positiva ou gram-negativa é necessário, que se faça as provas bioquímicas. Dentre os testes das bactérias gram-positivas estão, a catalase, o manitol e a prova da sensibilidade a novobiocina. A prova da catalase caracteriza-se por colocar em uma lâmina uma amostra da bactéria que se deseja identificar em contato com uma gota de peróxido de hidrogênio (H2O2), para diferenciar Staphylococcus spp de Streptococcus spp e Enterococcus spp. Esse teste é utilizado para detectar a presença

22 22 da enzima catalase que é produzida por Staphylococcus pela decomposição de peróxido de hidrogênio em oxigênio e água, que ocorre na maioria das bactérias aeróbias e anaeróbias facultativas que contêm citocromo P450. Catalase positiva há formação de bolha em cima da lamina, caso contrario é catalase negativa. O teste do manitol é um meio salino (7,5% de Cloreto de Sódio) com indicador de ph que provoca mudança da sua cor, quando o manitol é fermentado e produzindo ácido, a única espécie capaz de realizar esta transformação da coloração do meio é Staphylococcus aureus (VITAL, 2006). Como já foi citado, é o mais virulento da espécie, é considerado uma super bactérias gram positivas de forma esférica e cor amarelada que se desenvolve em locais salinos. Essa bactéria pode provocar impetigo, foliculite, pneumonia, endocardite, osteomielite, furúnculo, meningite, infecções urinárias, intoxicação alimentar, septicemia e síndrome do choque tóxico (doença feminina causada pela permanência de tampões durante a menstruação por longos períodos) matando cerca de 5% dos pacientes que adquirem a doença (CABRAL, 2011). No processo de identificação de estafilococos, a prova de resistência a novobiocina permite distinguir cepas de S.saprophyticus de outros estafilococos não produtores de coagulase (RIBEIRO; SOARES, 1998). Essa espécie de Staphylococcus tem coagulase negativa além da resistência a novobiocina, sendo frequentemente isolada no trato urinário de fêmeas jovens e sexualmente ativas (MILAGRES; MELLES, 1992). É uma bactéria que está presente na microbiota normal da pele, região periuretral e mucosas do trato urinário. A patogenecidade está relacionada com a sua capacidade de poder aderir às células do aparelho urinário devido à presença de proteína com propriedade de adesina/hemaglutinina, é tido como agente patogênico oportunista (KANEKO, 2009). As bactérias gram-negativas seguem outro tipo de provas bioquímicas, para a identificação de bactérias. As provas de Indol, Vermelho Metila (VM), Voges-Proskauer (VP), Citrato e Urease permite diferenciar os principais grupos de Enterobacteriaceae, que são: Grupo I: Escherichia, Edwardsiella, Citrobacter, Salmonella, Shigella. Grupo II: Klebsiella, Enterobacter, Hafnia, Serratia. Grupo III: Proteus e Grupo IV: Yersinia. A Citrobacter é a principal responsável por infecções urinárias e diarréias, sendo encontrada na natureza ou na microbiota normal do homem e animais. São bacilos gram-negativos e podem ser móveis ou imóveis (FRANCO, 2011). Com a análise dos tipos de bactérias, passa-se ao antibiograma que visa identificar o antibiótico específico para combater o agente causador da doença (OLIVEIRA, 2010). A realização de antibiograma, ou teste de sensibilidade a antimicrobianos, é de extrema

23 23 importância, devendo ser realizado na sequência da urocultura. Pois, ele é indicado para qualquer microorganismo relacionado ao processo infeccioso, mas principalmente àqueles cuja sensibilidade a drogas normalmente empregadas na terapia não seja previsível como, por exemplo: S. aureus, bacilos gram-negativos não fermentadores (Pseudomonas), bacilos gramnegativos fermentadores (enterobactérias), etc. (RIBEIRO; SOARES, 1998). Este exame atua complementando a cultura de urina, porém, na rotina das cistites não complicadas, sua utilidade é pequena, haja vista a predominância maciça e resolutiva da terapia empírica. No entanto, naqueles casos em que ocorre falha desse tipo de terapia, nas pielonefrites e nas infecções urinárias hospitalares, a presença do antibiograma é de grande utilidade. Igualmente sua importância cresce nas cistites complicadas, quando o risco de insucesso da terapia empírica aumenta. O antibiograma fornecerá os antimicrobianos potencialmente úteis a serem prescritos (WARREN et. al. 1999; HOOTON; STAMM, 1997). A técnica mais empregada é o Kyrbi-Bauer, porém este método tende a subestimar o sucesso do tratamento. Os discos são impregnados com antibióticos, em quantidades similares aos níveis plasmáticos alcançados pela droga, mas a concentração urinária de muitas destes é muito superior a esta. Desta forma, algumas bactérias aparentemente resistentes in vitro podem não ser in vivo, devido à maior concentração da medicação na urina (SHAW, 1990). Assim, o que se percebe é que são necessários diversos exames para a obtenção de um diagnóstico eficaz nos casos de ITUs. Segundo Costa e Príncipe (2005) o diagnóstico de ITU deve assentar na realização de urocultura com o respectivo antibiograma, o que garante a escolha do antibiótico mais adequado, limitando os custos e efeitos adversos destes fármacos e prolongando a sua eficácia impedindo a seleção de estirpes resistentes. Na maior parte dos casos, a ITU canina é consequência de infecções em órgãos vizinhos, como na próstata, útero, vagina ou, mais raramente, sistêmicas. Por conseguinte, não basta tratar os seus sintomas, tem é que tratar a sua causa. Para tanto, deve-se procurá-la mediante um exame clínico aprofundado com radiografias e exames complementares, conforme descrito Tratamento O tratamento tem por objetivo curar a infecção bacteriana, aliviar os sintomas agudos e evitar o aparecimento de lesões renais, investigando alterações anatômicas e/ou funcionais que acarretem recidivas infecciosas e/ou acometimento do parênquima renal. O tratamento das ITUs varia conforme sua classificação. Nos casos não complicados, a antibioticoterapia

24 24 resolve o quadro. A escolha do antibiótico deve ser realizada conforme o resultado do teste de sensibilidade do agente (LING, 1984; POLZIN, 1997). Conforme citado na literatura, o Staphylococus aureus invade o organismo através da ingestão de alimentos contaminados, atacando diretamente o corpo, produzindo uma série de toxinas, que quando ingeridas provocam uma intensa infecção intestinal com vômitos e diarréia. Pode ainda, invadir o sangue causando infecções graves, sepse e choque séptico. Causa problemas no coração, e ainda a pneumonia. Assim, como enfatiza Pinheiro (2010), que reforça que essas bactérias são classicamente tratadas, com derivados da penicilina, como a Oxacilina, Cefazolina e Cefalotina. Infecções restritas a pele podem ser tratadas com antibióticos por via oral. Infecções mais graves devem ser tratadas com internação hospitalar e antibióticos venosos (PINHEIRO, 2010). O tratamento no caso de ITU, onde existam fortes indícios clínicos, pode ser iniciado logo após a coleta da urina para cultura (RICETTO, 2011). Porém, em casos de bacteriúria assintomática, o tratamento é contra-indicado devido a sua possibilidade de ocasionar a substituição da bactéria contaminante por uma cepa de maior virulência, uma vez que o cão tende a recolonizar o trato urinário pouco após, a suspensão do antimicrobiano, portanto, nestes casos faz-se necessário o antibiograma para a correta identificação do antibiótico, para que não haja tratamento incorreto (OLIVEIRA, 2010). A escolha do antibiótico nos casos de ITUs complicadas seguem os mesmos critérios das ITUs simples, porém nestes casos crônicos a terapia é mais prolongada. Nos casos de ITUs crônicas em machos, deve-se avaliar a próstata, pois talvez o antibiótico possa ser mudado, para um com boa penetração nesta glândula, em casos de prostatite. Novas abordagens para tratamento de ITUs crônicas estão sendo pesquisadas, entre elas podemos citar drogas estimulantes de produção de glicosaminoglicanos e bloqueadores da aderência bacteriana, imunização contra os patógenos e colonização da porção externa do trato urinário com bactérias não patogênicas (SHAW, 1990). A recorrência dos sinais clínicos e/ ou laboratoriais da infecção do trato urinário, em seguida à interrupção do tratamento, é bastante comum, sendo importante diferenciar entre recidivas, reinfecção ou hiperinfecção (JOSÉ, 2011). O tratamento da ITU é feito com antibióticos, escolhidos de preferência após os resultados da cultura de urina. Entretanto, isso não é necessário na maioria das vezes. Excetuando-se os casos de infecção dos rins, quando os antibióticos são dados por via venosa, os outros casos podem ser tratados com medicamentos por via oral (OLIVEIRA, 2010). Na concepção da autora, a duração do tratamento depende do tipo de infecção urinária e do

25 25 antibiótico escolhido, podendo durar 3, 7 10 ou 14 dias. É importante que se faça o tratamento durante todo o período prescrito pelo médico, para evitar a recorrência do quadro. Vários são os grupos de antimicrobianos empregados no tratamento das ITUs como, β- lactâmicos, cefalosporinas, fluorquinolonas,aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloranfenicol, sulfonamidas e nitrofuranos (BARSANTI, 1998; BLANCO; BARTGES, 2001). Nesse sentido, Heilberg e Schor (2003), enfatizam que as cefalosporinas de terceira geração são altamente eficazes contra enterobactérias em geral, mas não contra Pseudomonas. Alguns germes gram-positivos como Enterococcus e Staphylococcus também são pouco sensíveis. Quando possível, a realização do teste de gram pode auxiliar bastante na identificação da presença de enterococcus. Se os gram-positivos estão presentes ou se esta informação não está disponível, deve-se associar Ampicilina endovenosa ou Vancomicina aos aminoglicosídeos (HEILBERG; SCHOR, 2003). Quando somente gram-negativos estão presentes, torna-se preferencial o uso por via parenteral, desde a associação SMZ-TMP, até fluorquinolonas, aminoglicosídeos ou cefalosporinas de amplo espectro como a Ceftriaxona (HEILBERG; SCHOR, 2003). Os aminoglicosídeos como Amicacina ou Gentamicina são bastante eficazes, para germes gram-negativos, mas deve-se ter em mente o especial efeito nefrotóxico destes agentes. Porém, as drogas aminoglicosídicas não devem ser usadas como primeira escolha para tratamento de ITU, uma vez que estas são potencialmente nefrotóxicas (LING; RUBY, 1979a; LESS; ROGERS, 1986). Dentre estas, a gentamicina é considerada a mais efetiva contra microrganismos aeróbios Gram-negativos (GREENE; WATSON, 1998). Contra o Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Escherichia coli, Klebsiella spp. e Proteus mirabilis, pode se utilizar a cefalexina, cefalosporina de primeira geração, que demonstra um resultado eficiente, porém não se deve utilizar para Pseudomonas spp. e algumas cepas de Proteus e Enterococcu (PRESCOTT; BAGGOT, 1993; GREENE; WATSON, 1998). A nitrofurantoína é um derivado nitrofurânico utilizado especificamente para tratamento das infecções urinárias, principalmente em cães. As bactérias usualmente sensíveis a este antimicrobiano são a Escherichia coli, Staphylococcus spp., Streptococcus spp. e Enterobacter spp. Porém, bactérias como Pseudomonas spp., Streptococcus faecalis e Proteus spp. podem apresentar resistência (GÓRNIAK, 1996). Embora haja indicação para o emprego das drogas acima citadas nas situações indicadas, é importante ressaltar, que os testes de sensibilidade às drogas são fundamentais para o mapeamento de aparecimento de cepas resistentes, bem como para o sucesso do tratamento das ITUs (COOKE et al., 2002; NICKEL, 2005). Uma bactéria é considerada

26 26 sensível a um antimicrobiano, quando o seu crescimento é inibido, in vitro, por uma concentração três, ou mais vezes, inferior àquela, que o antimicrobiano atinge no sangue, caso contrário ela é considerada resistente (RIBEIRO; SOARES, 1998). Para tanto, o teste de sensibilidade mais comumente utilizada na rotina clínica é a técnica de difusão em placa de Kirby-Bauer que, segundo Bartges (2004), é adequado para avaliar a sensibilidade bacteriana nos casos de ITU. Já o meio termo (bactérias moderadamente resistentes) é dado por aquelas cujo crescimento é inibido por concentrações intermediárias (RIBEIRO; SOARES, 1998).

27 3 MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi desenvolvido na cidade de Rio Verde-GO, fazendo-se busca ativa de dados no Laboratório de Microbiologia da FESURV e no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rio Verde, de onde foram selecionados animais utilizados neste estudo. Para tanto, foram colhidas 26 (vinte seis) amostras de urina, sendo 17 machos e 9 fêmeas, pela técnica de cistocentese. As amostras selecionadas foram de cães com sinais clínicos de ITU, e foram colhidas, no decorrer do ano de O estudo objetivou analisar quais os agentes causadores de infecções urinárias em cães em Rio Verde-GO, verificando a ocorrência e determinação da sensibilidade a antimicrobianos. Para a confecção e análise dos resultados primeiramente foi feita a urinálise das amostras. As amostras foram divididas em dois frascos esterilizados, sendo semeadas com Agar Nutriente e incubadas a 37ºC por 24 horas. Neste exame foram utilizadas 26 (vinte e seis) amostras. Para se fazer a cultura para identificação das bactérias, através da urocultura. Foi utilizadas alças bacteriológicas calibradas ou pipetas mecânicas na faixa dos microlitros, para semear exatamente 0,01 ou 0,001mL de urina em meios próprios para crescimento bacteriano. A técnica de coloração de gram, para identificar as bactérias em gram-positivas e gram-negativas foi feita nos padrões utilizados pela Microbiologia. Com a identificação das amostras em positivas ou negativas, utilizaram-se as provas bioquímicas tradicionais para determinação das espécies de bactéria. Indol, Vermelho de Metila (VM), Voges-Proskauer (VP) e citrato conforme preconizado por Koneman (2001) para os gram-negativos. E Catalase, Manitol e Sensibilidade ao Disco de Novobiocina, para os cocos gram-positivos (OPLUSTIL et. al., 2004). Os testes de suscetibilidade aos antimicrobianos foram realizados pelo método descrito pelo NCCLS - National Committee For Clinical Laboratory Standards (2003). Na realização do antibiograma utilizaram-se os principais antibióticos disponíveis, empregados, no tratamento de cães com ITU. Sendo a amoxicilina, cefalexina, cefotaxima, ceftiofur, ciprofloxacina, cloranfenicol, doxiciclina, enrofloxacina, estreptomicina, gentamicina, nitrofurantoína, penicilina G, tetraciclina, trimetoprim, sulfadiazina (clotrimazol), norfloxacina.

28 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A ITU é uma das infecções bacterianas mais comuns na clínica médica sendo que seu tratamento, na maioria das vezes, é empírico, contribuindo para o aparecimento de resistência. Para se analisar os dados primeiramente fizeram-se a coleta de 26 amostras de animais sem raça definida, sendo dezessete machos e nove fêmeas do Centro de Zoonose (CCZ) de Rio Verde (Gráfico 1). Fonte: Dados da autora GRÁFICO 1 Sexo dos animais. O resultado da urinálise das amostras pesquisadas demonstrou que 16 (dezesseis), ou seja, 61,53 % das amostras apresentaram bacteriúria. Destas, 25% (quatro) apresentaram crescimento bacteriano na urocultura (Figura 4). Rocha, Carvalhal e Monti (2003), enfatizaram que a presença de bactérias na análise do sedimento urinário (bacteriúria) apresenta algumas limitações de sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de infecções do trato urinário, também descrito no trabalho de Vail et. al. (1986), que relataram sobre os resultados falso-positivos.

29 29 Fonte: Arquivo pessoal FIGURA 4 Cultura das amostras. As amostras três, seis e oito são de fêmeas, isso demonstra, que a ITU é mais frequente em fêmeas devido à menor extensão da uretra (SILVEIRA et. al, 2010), no entanto, também pode se identificar essa bactéria em macho, como é o caso da amostra dez (Figura 4). Nas amostras número três, oito e dez identificou-se a bactéria do tipo Staphylococcus. Na amostra nº oito detectou-se dois tipos de bactérias, que foram isoladas para que fossem identificadas. Nas amostras isoladas foram identificados, quatro isolados Gram-Positivos e dois isolados Gram-Negativos. Para identificar as bactérias Gram-positivas, fez-se as provas bioquímicas, utilizando-se como base a Tabela 1. TABELA 1 Provas bioquímicas e identificação de bactérias Gram-positivas Provas bioquímicas S. aureus S. epidermidis S. saprophyticus Catalase Fermentação do manitol Sensibilidade a novobiocina R S R Fonte: Koneman et al. (2001). No primeiro teste, o da catalase, constatou-se que todas as amostras foram positivas. O teste do manitol e o teste da novobiocina são fundamentais, para a determinação da espécie de Staphylococcus. Para se determinar a espécie da bactéria utilizou-se como base a Tabela 2.

30 30 TABELA 2 Identificação das espécies de Staphylococcus de maior importância clínica Espécie DNAse PYR Novobiocina Uréia Polimixina Outras S. aureus + + Sensível Variável Resistente Pig. amarelo S. epidermidis - - Sensível + Resistente S. lugdunensis - + Sensível Variável Variável Omitina + S. haemolyticus - + Sensível - Sensível Omitina - S. saprophyticus - - Resistente + Sensível Isolado urina S. schleiferi - + Sensível - Sensível Sacarose - S. intermedius + + Sensível + Sensível S. hyicus + - Sensível Variável Resistente Fonte: ANVISA (2010). No teste do manitol identificaram-se as bactérias gram positivas (Figura 5). Segundo Barsanti e Johnson (1990), há somente colonização bacteriana na porção distal da uretra e genitália externa, constituindo-se basicamente de bactérias Gram-positivas. Fonte: Arquivo pessoal FIGURA 5 Teste do manitol. Neste estudo, a amostra oito apresentou a bactéria Staphylococcus aureus. Isso porque essa bactéria tem forma esférica (cocos), cerca de um micrometros de diâmetro, e formam grupos com aspecto de cachos de uvas com cor amarelada, devido à produção de carotenóides, sendo daí o nome de "estafilococo dourado". A amostra três apresentou mudança de coloração, isso sugere a presença da bactéria Staphylococcus, porém, não foi possível determinar a espécie da mesma. Assim, como na amostra dez que não apresentou coloração no manitol, o que representa ser um tipo de Staphylococcus, porém necessita de outros testes, para que se detecte com exatidão sua espécie. Para tanto, foi feito o teste de sensibilidade a novobiocina nas amostras três e dez. Na amostra três detectou-se a presença da bactéria S.epidermidi (Figura 6). Essa confirmação foi

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