Aplicação da lei penal militar e crimes militares

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1 Aplicação da lei penal militar e crimes militares Alexandre Reis de Carvalho Aplicação da lei penal militar O Código Penal Militar (CPM) vigente foi instituído pelo Decreto-Lei 1.001, de 21 de outubro de 1969, tendo sido recepcionado com força de lei (ordinária) pela atual Constituição Federal, ressalvadas as naturais incompatibilidades com a Carta Política. O Direito Penal Militar possui diversos princípios e regras semelhantes ao Direito Penal comum, valendo-se o operador do Direito Castrense da doutrina e jurisprudência desses institutos comuns. Contudo, há inúmeras normas gerais e incriminadoras que são diversas ou previstas exclusivamente no Direito Penal Militar. Portanto, alguns autores 1 defendem que o Direito Penal Militar é um ramo especial e autônomo do Direito, pois apresenta um núcleo exclusivo de interesses e bens jurídicos que, por seu relevo para a vida social, carece de tutela singular e atrai para sua órbita toda uma trama de relações afins, tendentes à realização daqueles bens e interesses 2. Ou seja, possui objeto específico, porque se constrói sobre uma categoria de interesses e bens jurídicos que lhe é privativa por natureza, a saber: hierarquia e disciplina militar pilares sobre os quais se organizam as Forças Armadas 3. De outra sorte, há autores que classificam o Direito Penal Militar como mera especialização, um complemento do direito penal comum, apresentando um corpo autônomo de princípios, com espírito e diretrizes próprias. 4 Princípio da legalidade O artigo 1.º do CPM inaugura a codificação penal militar consagrando expressamente o princípio da legalidade, com idêntica redação ao estatuído no artigo 5.º, XXXIX, da CRFB/88 e no artigo 1.º do Código Penal Brasileiro (CPB). 1 LOBÃO, Célio. Direito Penal Militar. Brasília: Brasília Jurídica, 1999, pp. 36/7. 2 DA COSTA, Álvaro Mayrink. Crime Militar. 2. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2005, pp. 34/7. 3 Art. 142, caput, da CRFB/88. 4 ROMEIRO, Jorge Alberto. Curso de Direito Penal Militar (Parte Geral). São Paulo: Saraiva, 1994, pp. 4/5. Igualmente ao CPB, o artigo 2.º CPM contempla os princípios da anterioridade e da retroatividade da lei mais benigna, ressalvando expressamente 7

2 a impossibilidade e a conjugação de normas tão habitualmente defendida e aplicada no direito penal comum. O disposto no art. 3.º do CPM não foi recepcionado pela Constituição Federal (art. 5.º, XL), uma vez que inadmissível a aplicação de lei penal mais gravosa àquele que se encontra cumprindo medida de segurança, invariável a natureza deste instituto. 5 SARAIVA, Alexandre José de Barros Leal. Comentários à Parte Geral do Código Penal Militar. Fortaleza: ABC editora, 2007, pp.20/21. 6 ASSIS, Jorge César. Comentários ao Código Penal Militar. Parte Geral Vol ed. Curitiba: Juruá Editora, 2004, pp. 26/7. O tempo do crime no CPM rege-se também pela teoria da ação ou da atividade, considerando o instante da conduta (comissiva ou omissiva) como o momento em que o agente incorre, por excelência, no juízo de reprovação social 5. Como lugar do crime 6, o CPM adotou a teoria da ubiquidade para as condutas comissivas (consumadas ou tentadas); e a teoria da ação ou atividade para as condutas omissivas. Ao contrário do Direito Penal comum, em que a territorialidade é a regra e a extraterritorialidade é a exceção, no Direito Penal Militar tanto a territorialidade quanto a extraterritorialidade são regras (art. 7.º do CPM). Crimes propriamente e impropriamente militares. Hipóteses. Conceitos A expressão crime militar é empregada no texto da Constituição Federal em 03 (três) passagens, a saber: A primeira passagem encontra-se no artigo 124 da CRFB, que trata da competência da Justiça Militar da União, verbis: Art À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Esse dispositivo constitucional estabelece a competência jurisdicional e a razão de ser da Justiça Militar da União: processar e julgar os crimes militares previstos em lei. Decorre desse dispositivo constitucional que crime militar é o que a lei define como crime, mantendo a tradição da adoção do denominado critério legal ou ratione legis para a definição do conceito de crime militar, que tem sido adotado desde a Constituição de

3 A lei comentada no artigo 124 da Constituição Federal é o Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001, de 1969). Cabe ressaltar que o CPM não contempla as infrações dos regulamentos disciplinares (art. 19 do CPM). A segunda hipótese está prevista no artigo 125, 4.º e 5.º, da CRFB, que trata da competência da Justiça Militar dos Estados, verbis: Art [...] 4.º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 5.º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. Diferentemente da Justiça Militar da União, a Justiça Militar dos Estados tem competência para processar e julgar os crimes militares praticados somente pelos policiais e bombeiros militares de suas corporações. Portanto, a compreensão do conceito de crime militar é fundamental para se determinar em qual justiça determinado fato punível será processado e julgado justiça comum ou justiça militar: estadual ou da União. A terceira (e última) passagem está contida no artigo 5.º, LXI, da CRFB, verbis: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. A mencionada norma constitucional utiliza-se da expressão crime propriamente militar, definidos em lei. Todavia, ainda não foi editada qualquer lei que estabelecesse o conceito de crime propriamente militar. Interessante notar que o artigo 64, II, do Código Penal Brasileiro estabeleceu que, para efeitos de reincidência, não se consideram os crimes militares próprios. Portanto, pode-se verificar que o ordenamento pátrio faz menção a algumas classificações e categorias de crime militar (p. ex.: crime propriamente militar e crime militar próprio), sem, contudo, estabelecer um conceito legal. 9

4 Tais contornos e definição são encontrados, por ora, somente no campo da doutrina e jurisprudência. Vamos analisar algumas classificações e conceituações de crime militar: 7 Op. cit., p Op. cit., p Op. cit., p Crime propriamente militar: consoante à doutrina clássica, baseada no Direito Romano, é aquele que somente o militar poderia cometer. Ratificando esse ponto de vista, Esmeraldino Bandeira afirma que crime propriamente militar são os que consistem nas infrações específicas e funcionais da profissão de soldado. No mesmo sentido é o entendimento de Célio Lobão 7, Álvaro Mayrink da Costa 8 e Jorge César de Assis 9. Para outros autores, os crimes propriamente militares, só definidos nas leis militares, por violarem deveres exclusivamente militares, turbando a organização das Forças Armadas, têm a mesma finalidade delas, que é a segu rança do Estado a que pertencem e defendem, fim indiscutivelmente de natureza política. Por esse motivo, assemelham-se, como no caso da reincidência (art. 64, II, do CP comum), aos crimes políticos, que não ofendem os direitos naturais do homem, não lesam um interesse geral da humanidade, como fazem os crimes comuns, mas o particular de determinado Estado. Daí, igualmente aos crimes políticos, não serem passíveis de extradição em direito penal internacional, por não consi derados crimes ius gentium. São sinônimos dessa expressão: crime puramente militar, crime militar puro, crime militar próprio e crime essencialmente militar. Como exemplos desses delitos, podemos citar o crime de deserção (art. 187), abandono de posto (art. 195), motim (art. 149), recusa de obediência (art. 163) etc. 10 Op. cit., p Crime impropriamente militar: segundo Jorge Alberto Romeiro 10, são os crimes comuns em sua natureza, cuja prática é possível a qualquer cidadão, mas que, quando praticado por militar ou civil, em certas condições, a lei os considera crimes militares. São sinônimos dessa expressão: crime militar impróprio ou acidentalmente militar. 10

5 Como exemplos desses delitos, podemos citar o crime de furto, desacato a militar de serviço, homicídio, peculato, prevaricação. Exceção: a insubmissão (art. 183 do CPM) é considerada, por alguns autores, como o único crime propriamente militar que só pode ser cometido por civil; enquanto para outros, é crime impropriamente militar, em decorrência desse conceito. Crimes próprios militares: são os crimes militares que, na melhor doutrina, somente certos militares podem cometer, ou seja, são crimes próprios cuja tipicidade exige uma determinada qualidade ou condição pessoal do agente militar como, no direito comum, a de funcionário público, médico, mãe (no caso de infanticídio) etc. Para Jorge Alberto Romeiro 11, importante distinção se opera entre o conceito de crime propriamente militar (ou crime militar próprio) e o de crime próprio militar, pois o primeiro exige apenas a qualidade de militar do agente; enquanto o segundo, além da referida qualidade de militar, exige um plus, uma particular posição jurídica do agente, como a de militar de serviço, nos crimes de abandono de posto e do lugar de serviço (art. 195 do CPM); comandante, nos crimes de omissão de providências para salvar comandados (art. 200 do CPM). 11 Op. cit., p Crime militar em tempo de paz (art. 9.º do CPM) Já tivemos a oportunidade de identificar que a Constituição Federal adotou o critério ratione legis para a fixação do conceito de crime militar, delegando, portanto à lei definir os limites e hipóteses em que determinado fato delituoso seria considerado crime de natureza militar. A chave reveladora da configuração do crime militar resulta da conjugação, ou seja, dupla adequação do disposto no artigo 9.º do Código Penal Militar e das condutas descritas na Parte Especial do mesmo Estatuto. De acordo com o Prof. Mario Porto 12, para estabelecer se determinado injusto penal revela-se como crime de natureza militar, deve-se em um pri- 12 PORTO, Mario André da Silva. Direito Penal Militar. Rio de Janeiro: Fundação Trompowski, 2008, p

6 meiro momento realizar a adequação da conduta em um dos tipos penais previstos na Parte Especial do CPM. Encontrado na Parte Especial do CPM um tipo penal em que a conduta venha a se adequar, será necessária uma segunda adequação, agora no artigo 9.º do CPM. Conjugando-se ambas as adequações (Parte Especial e artigo 9.º), estará configurado o crime de natureza militar. Art. 9.º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum, quando praticados: a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reforma do, ou assemelhado, ou civil; c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar; f) revogado (por militar em situação de atividade ou assemelhado que, em bora não estando em serviço, use armamento de propriedade militar ou qualquer material bélico, sob guarda, fiscalização ou administração militar, para a prática de ato ilegal) III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em si tuação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministé rio militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; c) contra militar em formatura, ou durante o período de pronti dão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 12

7 d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obe diência a determinação legal superior. Artigo 9.º, I, do CPM A primeira parte do inciso I contempla as hipóteses de crimes definidos de modo diverso na lei penal comum, ou seja, há crimes previstos no CPM e CP, na maioria das vezes com a mesma rubrica, mas que possuem conteúdo (elementares) diferente. Alguns exemplos de crimes previstos no CPM e definidos de modo diverso na legislação penal comum são: fazer desaparecer coisas (artigo 259 e 265), modalidade de conduta inserida apenas na redação do delito de dano previsto no CPM; denunciação caluniosa (343), em que há a exigência de que o inquérito policial ou o processo judicial sejam de natureza militar e que o crime imputado esteja sujeito à jurisdição militar; e falso testemunho (346), em que, igualmente, exige-se a natureza militar do inquérito policial, processo administrativo ou judicial. A segunda parte do inciso I contempla hipóteses de crimes não previstos na lei penal comum. Invariável a qualidade do agente, podemos citar como exemplos de crimes não previstos na lei penal comum (e previstos unicamente no CPM): a deserção (187), insubmissão (183), recusa de obediência (160), abandono de posto (195), furto de uso (241), dano culposo (266), traição (355), motim (149), criação ou simulação de incapacidade física (184) e substituição a convocado (185). Note-se que no inciso I o legislador não fez qualquer distinção quanto ao agente, que poderá ser civil ou militar, por isso, no citado inciso estão contemplados tanto os crimes propriamente militares (deserção, recusa de obediência, dormir em serviço) quantos os impropriamente militares (traição própria, dano culposo, furto de uso, denunciação caluniosa, falso testemunho, fazer desaparecer coisa). A cláusula final do inciso: qualquer que seja o agente, salvo disposição especial, diz respeito a certos crimes que só podem ter um determinado agente, como na deserção (187), exige a condição de militar; na insubmissão (183), a condição de civil convocado; na traição própria (355), a condição de nacional. 13

8 Artigo 9.º, II, do CPM O inciso II exige a condição de que o sujeito ativo seja militar da ativa e que o delito previsto no CPM possua igual definição na lei penal comum; exige-se, ainda, as especiais condições pes soais (critério ratione personae), de lugar (critério ratione loci), de tempo (ratione temporis), que vêm expressas nas suas letras a a e. Na letra a do inciso II esse plus é a prática do crime por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado. Militar, para o efeito de aplicação do CPM em tempo de paz, não é somente a pessoa indicada no seu art. 22, ou seja, a incorporada às Forças Armadas. São todos os servidores públicos mi litares, assim definidos na Constituição Federal: são servidores mili tares federais os integrantes das Forças Armadas (art. 142, 3.º) e servidores militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal os integrantes de suas polícias militares e de seus corpos de bombeiros militares (art. 42). O conceito de militar em situação de atividade decorre do disposto no artigo 6.º do Estatuto dos Militares (Lei 6.880/80): Art. 6.º São equivalentes as expressões na ativa, da ativa, em serviço ativo, em serviço na ativa, em serviço, em atividade ou em atividade militar, conferidas aos militares no desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou missão, serviço ou atividade militar ou considerada de natureza militar nas organizações militares das Forças Armadas, bem como na Presidência da República, na Vice-Presidência da República, no Ministério da Defesa e nos demais órgãos quando previsto em lei, ou quando incorporados às Forças Armadas. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal Militar, por militar em situação de atividade compreende-se o militar da ativa, ainda que de licença, de folga, à paisana ou em local não sujeito à administração militar. Para exemplificar a ocorrência da hipótese de crime militar contido na letra a do inciso II, indicamos o crime de homicídio (art. 205) perpetrado por um Soldado do Exército contra seu irmão, igualmente um Soldado do Exército, ambos na ativa e de folga num fim de semana na casa de seus pais, motivado por uma discussão acerca da fidelidade da namorada do irmão mais velho, ou seja, motivos particulares, alheios ao serviço militar. 14 Ex vi do artigo 12 do CPM, considera-se, ainda, militar em situação de atividade para efeitos penais, por equi paração, o militar da reserva ou reformado, empregado na administra ção militar.

9 Por sua vez, considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Minis térios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar em virtude de lei ou regulamento (art. 21 do CPM, re produzido pelo art. 84 do CPPM). Atualmente, não há mais a figura do assemelhado em tempo de paz, a não ser, excepcionalmente, no Ministério da Aeronáutica, os que vierem a ser admitidos. Com relação à letra b do inciso II, cumpre-nos esclarecer o que seja militar da reserva ou reformado, civil e lugar sujeito à administra ção militar. Militares da reserva remunerada são aqueles que pertencem à reserva das Forças Armadas e percebem remuneração da União, porém, sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização. Reformados são os militares dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas que continuem a perceber remuneração da União (art. 13 do CPM e art. 3.º, 1.º, b, I e II, do Estatuto dos Militares). Por civil deve ser entendida a pessoa física civil (e não a jurídica), que não se enquadre nas situações descritas. Lugar sujeito à administração militar é o espaço físico em que, necessariamente, as Forças Armadas realizam suas atividades, como quartéis, aeronaves e navios militares ou mercantes em serviço mili tar, fortalezas, estabelecimentos de ensino militar, campos de prova, instrução ou de treinamento etc. e também o que, na forma da lei, se encontrar sob administração militar. Como exemplo, pode-se ilustrar um militar da ativa que furta os objetos pessoais acondicionados dentro do veículo de um civil que se encontrava estacionado no interior de uma organização militar. Importante destacar que não se considera, entretanto, lugar sujeito à administração mili tar a casa nele situada e o compartimento individualmente habitado, como a cedida a oficiais e praças para residên cia, nas chamadas vilas militares ou hotéis de trânsito ou cassino de oficiais, suboficiais e sargentos, por força do inciso XI do art. 5.º da Constituição Federal: A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Em virtude desse mandamento constitucional, a administração não penetra no interior das casas referidas, não interfere na privacidade dos lares, conforme tem decidido a jurisprudência do STF (HC RJ) e do STM (Apelação PA). 15

10 Para a configuração do crime previsto na letra c do inciso II não basta, como no da letra b, que o agente militar seja da ativa. Exige-se do agente o desempenho de um serviço ou comissão inerente a seu cargo militar ou em formatura, ainda que fora de lugar sujeito à administração militar. Formatura compreende os desfiles militares, os treinamentos para esses desfiles etc. Manobra compreende qualquer movimentação da unidade militar, destinada ao treinamento, a ocupar posições, durante estado de sítio, de defesa, perturbação da ordem pública etc. Exercício é atividade destinada ao preparo físico do militar, ao treinamento militar da tropa, incluindo a utilização de aparelhamento bélico etc. Por exemplo, um militar, após encerrar o serviço de que estava incumbido apenas durante o dia, agride um civil, du rante a noite, num cinema ou restaurante, o crime será comum e não militar. De outro modo, o militar que, participando do desfile do Dia da Pátria, vem a subtrair a carteira de pessoa da plateia, comete crime de natureza militar. O crime da letra d do inciso II, que é o praticado por militar durante o período de manobra ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado ou assemelhado, ou civil, em face do que já foi esclareci do com relação às outras letras, só comporta o comentário de que por período de manobra ou exercício deve ser entendido como o do tempo real da manobra ou exercício. Os crimes previstos pela letra e do inciso II são os praticados por militar em situação de atividade, ou assemelhados, contra o patrimô nio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar. Patrimônio sob a administração militar não é somente o comple xo de bens pertencentes às Forças Armadas, mas quaisquer bens sob a referida administração, como exemplo: veículos e máquinas de pro priedade de pessoas físicas ou jurídicas cedidas ou locadas para deter minados fins etc. Crimes contra o patrimônio sob a administração militar são os previstos no Título V do Livro I da Parte Especial do CPM, com a epígrafe Dos crimes contra o patrimônio, quando tenham igual definição legal no CP comum, como os de furto (art. 240), estelionato (art. 251) etc. Vários são os crimes que não a têm, como, v.g., os de desaparecimento, consunção ou extravio (art. 265), dano culposo (art. 266) e outros, pelos quais responde o militar em situação de atividade ou assemelhados, com fulcro no inciso I do artigo em comentário. 16

11 Ordem administrativa é a própria administração militar e seu regular funcionamento. Assim, os crimes contra a ordem administrativa militar são os elencados nos Títulos VII (Dos crimes contra a administração militar) e VIII (Dos crimes contra a administração da Justiça Militar) do Livro I da Parte Especial do CPM, quando tenham igual definição legal no CP comum, como os de peculato (art. 303), corrupção passiva (art. 308), prevaricação (art. 319), comu nicação falsa de crime (art. 344) etc. Pelos crimes que não tenham igual definição legal no CP comum, como os de desacato a superior (art. 298), não inclusão de nome em lista (art. 323), recusa de função na justiça militar (art. 340) etc., responde o militar em situação de atividade ou assemelhado, com fulcro no inciso I do artigo em comentário. Como exemplo, podemos citar a implantação de créditos indevidos na folha de pagamento de colegas de caserna promovida pelo militar responsável por tal tarefa, bem como a apropriação ou desvio de gêneros alimentícios do interior da despensa da seção de subsistência da Unidade Militar perpetrada por militar da ativa. A letra f foi revogada, por meio da Lei 9.299/96. Cabe reforçar que, no inciso II e suas letras, o CPM contemplou apenas os crimes praticados por militares em situação de atividade ou assemelhados. Artigo 9.º, III, do CPM O inciso III trata dos crimes praticados por militar da reserva ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, consideran do-se como tais não só os crimes compreendidos no inciso I como os do inciso II. Sobre instituições militares veja-se que abrange tanto as Forças Armadas quantos as corporações militares dos Estados. Já vimos o que seja militar da reserva, militar reformado e civil para os efeitos da aplicação do CPM. Com relação aos civis cabe aqui, entretanto, uma ressalva, base ada na iterativa jurisprudência de nossos tribunais. Não são os civis processados e julgados pela Justiça Militar esta dual pelos crimes militares que praticam contra as corporações da po lícia militar e do corpo de bombeiros dos Estados. 17

12 Nesses casos, são os civis processados e julgados na justiça comum estadual pelos crimes comuns correspondentes aos do CPM, que a rigor teriam praticado contra as ditas corporações militares estaduais. Assim, p. ex., se um civil desacata um policial militar estadual, crime previsto pelo artigo 299 do CPM, é processado e julgado, na justiça comum estadual, pelo crime de desacato previsto pelo artigo 331 do CP comum. Se o civil é coautor de um crime militar de furto, praticado por um bombeiro militar (art. 240 do CPM), é processado e julgado, na justiça comum estadual, pelo crime de furto previsto pelo art. 155 do CP comum. Se é autor ou coautor de um crime militar contra as referidas corporações estaduais sem correspondente na lei penal comum, não pratica qualquer crime. É que, segundo o assentado pela jurisprudência dos nossos tribunais, a Constituição, no 4.º de seu artigo 125, não conferiu competência à Justiça Militar para processar e julgar os civis. Eis, nesse sentido, a ementa de acórdão, unânime, da Seção do STJ, proferido, em 02/08/1990, no Conflito de Competência SP: Competência Crime militar praticado por civil Art. 125, 4.º da Constituição Federal. Os crimes militares praticados por civil são da competência da Justiça Comum, face a expressa determinação consti tucional (art. 125, 4.º), que não permite a Justiça Militar estadual processar e julgar partes estranhas à corporação militar. Com relação às letras do inciso III, do artigo em exame, pouco há a dizer sobre a letra a, pois já foi esclarecido, por ocasião do estudo da letra e do inciso II, o que sejam crimes contra o patrimônio sob a administra ção militar e a ordem administrativa militar. A única mudança nesse caso é que o inciso III refere-se à qualidade do sujeito ativo, que será o militar da reserva remunerada, o reformado e o civil. Para a exegese da letra b, atendendo ao que já foi dito sobre as letras a e b do inciso II, basta esclarecer que funcionários de Ministério Militar são os servidores civis não submetidos a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento e funcionários da Justiça Militar compreendem, na forma do art. 27, os juízes, os representantes do Minis tério Público, os funcionários e auxiliares da justiça militar. Acentue-se que, para a configuração desse crime militar (le tra b do inciso III), os referidos funcionários devem estar no exercício da função inerente a seu cargo, além de o crime ser praticado em lugar sujeito à administração militar. 18

13 As letras c e d do inciso III, em virtude de sua clareza, exigem apenas que se comente o que seja acantonamento (letra c) e função de natureza militar (letra d). Acantonamento é a área de alojamento da tropa em local construído. Difere do acampamento, que é o local de estacionamento da tropa, em barracas, no campo, e criou a expressão castrense usada para designar o direito penal militar. Do latim castrensis, derivado de castra + orum = acampamento. Vocábulo esse do qual se originaram, ainda, castrametação, arte bélica de escolher o local para o acampamento, e castro, castelo fortificado, para defesa militar. Função militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar (art. 23 da Lei 6.880, de 1980, que dispõe sobre o Estatuto dos Militares ). Cabe destacar que o sujeito ativo das condutas previstas no inciso III serão sempre o civil e o militar reformado ou da reserva remunerada. Artigo 9.º, parágrafo único, do CPM O mencionado parágrafo único foi alterado pela Lei /2011. Vejamos a nova redação: CPM, Art. 9.º [...] Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei n.º 7.565, de 19 de dezembro de 1986 Código Brasileiro de Aeronáutica. Crime militar em tempo de guerra. Conceitos. Classificações Por forma idêntica à procedida com relação ao artigo 9.º, estudare mos o artigo 10, que trata dos crimes militares em tempo de guerra, e está assim redigido: 19

14 Art. 10. Consideram-se crimes militares em tempo de guerra: I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, quando pratica dos, qualquer que seja o agente: a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo; IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado. Para os efeitos da aplicação da lei penal militar, o artigo 15 do CPM estabelece que: Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele reconhecimento; e termina quando ordenada a cessação das hostilidades. O inciso I do dispositivo em exame se refere aos crimes arrolados na Parte Especial do CPM, Livro II, sob a epígrafe Dos crimes milita res em tempo de guerra (arts. 355 a 408). Os crimes mencionados no inciso II são os elencados no Livro I da mesma Parte Especial sob a epígrafe Dos crimes militares em tempo de paz (arts. 136 a 354), aplicados de acordo com o art. 9.º do Código Penal Militar. O inciso III indica, em suas letras a e b, as condições em que cri mes previstos no CPM, embora também o sejam com igual definição na lei penal comum ou especial, passam a ser considerados, quando prati cados por qualquer agente, crimes militares em tempo de guerra. Exemplo desse inciso seria um homicídio praticado em tempo de guerra, por civil incapaz para o serviço das armas, contra outro civil nas mesmas condições, em território nacional, ou estrangeiro, militar mente ocupado. Esse homicídio seria crime comum, apesar do tempo de guerra, quando não ocorresse nas condições das letras a e b desse inciso III, nem em presença do inimigo (arts. 400 e 25, combinados). 20

15 O inciso IV também indica as condições nas quais os crimes defi nidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos no CPM, são considerados crimes militares em tempo de guerra. Os crimes de moeda falsa (art. 289 do CPB), favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (art. 218-B do CPB) e assédio sexual (art. 216-A do CPB) praticados em território estrangeiro, militarmente ocupado, são exemplos para esse inciso. Os exemplos com que ilustramos os incisos III e IV desse artigo 10 em comentário realçam bem a sua importância. Transformam-se eles, crimes comuns, em crimes militares quando praticados em tempo de guerra, a fim de possibilitar seu processo e julga mento pela Justiça Militar, na forma da Constituição Federal (arts. 124 e 125, 4.º), e o aumento correspondente a um terço de suas penas, por aplicação do artigo 20 do CPM, que estudaremos logo adiante. Só os crimes comuns que têm relevância, em tempo de guerra, para o direito penal militar, como os incisos III e IV do artigo 10 os indicam, são transformados em crimes militares em tempo de guerra. Os demais crimes comuns são processados e julgados, sem qual quer majoração de suas penas, pela Justiça penal comum, que não possui jurisdição para aplicar o CPM (art. 20), nem é paralisada em tempo de guerra. Das penas para os crimes praticados em tempo de guerra Como um verdadeiro complemento ao art. 10, que acabamos de estudar, e com a rubrica lateral crimes praticados em tempo de guer ra, dispõe o artigo 20, verbis: Aos crimes praticados em tempo de guer ra, salvo disposição especial, aplicam-se as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um terço. Os crimes a que se refere esse artigo são os mencionados nos in cisos II a IV do artigo 10, sendo que a cláusula salvo disposição especial diz respeito aos crimes aludidos no inciso I do mesmo artigo, ou seja, os previstos pelo Livro II da Parte Especial do CPM, sob a epígrafe Dos crimes militares em tempo de guerra (arts. 355 a 408), sancionados com rigorosas penas, inclusive a de morte. 21

16 Dicas de estudo Em relação à territorialidade e ao lugar do crime, identificar quais as teorias adotadas no Código Penal Militar. Analisar os artigos 9.º e 10, do Código Penal Militar, acerca das hipóteses de configuração do crime militar, em tempo de paz e de guerra. Observar, no âmbito da Justiça Militar da União, quais as pessoas que poderão incidir na prática de crime militar. Compreender o conceito de crime propriamente militar, militar próprio, impropriamente militar e seus sinônimos, bem como os respectivos efeitos penais. Referências ABREU, Jorge Luiz Nogueira de. Direito Administrativo Militar. São Paulo: Método, ASSIS, Jorge César. Comentários ao Código Penal Militar. Parte geral Vol ed. Curitiba: Juruá Editora, Comentários ao Código Penal Militar. Parte especial Vol ed. Curitiba: Juruá Editora, Direito Militar: aspectos penais, processuais penais e administrativos. 2. ed. Curitiba: Juruá, DA COSTA, Álvaro Mayrink. Crime Militar. 2. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, FIGUEIREDO, Telma Angélica. Excludentes de Ilicitude no Direito Penal Militar. São Paulo: Lúmen Júris, KOERNER Jr., Rolf. Obediência Hierárquica. Belo Horizonte: Del Rey, LOBÃO, Célio. Direito Penal Militar. Brasília: Brasília Jurídica, NEVES, Cícero Robson Coimbra; STREIFINGER, Marcello. Apontamentos de Direito Penal Militar (Parte geral). v. 1. São Paulo: Saraiva, Apontamentos de Direito Penal Militar. (Parte especial). v. 2. São Paulo: Saraiva,

17 NUCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. (Parte geral e Parte especial). 4. ed. 2. tir. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, PORTO, Mario André da Silva. Direito Penal Militar. Rio de Janeiro: Fundação Trompowski, ROMEIRO, Jorge Alberto. Curso de Direito Penal Militar. (Parte geral). São Paulo: Saraiva, ROTH, João Ronaldo. Temas de Direito Militar. São Paulo: Suprema Cultura, SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito Penal. (Parte geral). 2. ed. Curitiba: ICPC; Lúmen Júris, SARAIVA, Alexandre José de Barros Leal. Comentários à Parte Geral do Código Penal Militar. Fortaleza: ABC editora, Crimes Contra a Administração Militar. Belo Horizonte: Del Rey, Crimes Militares. Fortaleza: Relevo Gráfica e Editora Ltda.,

18

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