Gustavo H.B. Franco Belo Horizonte, outubro de 2015
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- Júlio César Macedo Schmidt
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1 Perspectivas e temas Econômicos, a crise e seus desdobramentos Versão reduzida Gustavo H.B. Franco Belo Horizonte, outubro de 2015
2 Agenda Temas 1.Dominância fiscal e crise 2.O mistério da criação de moeda 3. Como entender a moeda no século XXI
3 Princípios [Princípio da Equivalência Ricardiana] Não existe gasto público sem imposto, ontem, hoje ou amanhã (1815). [Perversa aritmética monetarista] Não existe política monetária responsável sem política fiscal em ordem.
4 Criação de moeda no sec. XXI Começa a ficar difícil definir moeda. Seria apenas o papel moeda (meio circulante) ou a base monetária? Vamos rodar a guitarra para pagar as contas? Por que a Grécia quebra e o Brasil não? O mistério da emissão de moeda, quando a economia não usa mais papel moeda... É o mistério sobre como realmente funciona o Banco Central Moeda bancária, privada, dependente do capital (Basileia)
5 Criação de moeda no sec. XXI Balanço do BCB setembro 2015 (R$ Bilhões) ATIVO PASSIVO Reservas Internacionais Caixa único do Tesouro 918 Compromissadas 892 Títulos do Tesouro Swaps 239 Compulsórios 358 Meio circulante 196 Base Monetária Outros (resíduo) 78 PL 101 Resultado 37 Total Total 2.741
6 Criação de moeda no sec. XXI A moeda seria como uma ação preferencial ao portador do Banco Central do Brasil, em pequenas denominações, vendida em ofertas públicas periódicas, e adquirida em trocas com títulos do Tesouro Nacional. Toda emissão excedente vira depósito, não se consegue mais emitir, a economia não usa mais papel, inovação financeira, abandona-se os agregados, Só se consegue emitir TÍTULOS
7 Criação de moeda no sec. XXI Receitas decorrente de emissão de $, cf. TCU (R$ Bilhões)
8 Criação de moeda no sec. XXI nos EUA Balanço do FED Julho 2007 (US$ Bilhões)
9 Criação de moeda no sec. XXI nos EUA Ativo do FED Depois de Julho 2007 (US$ Bilhões)
10 Criação de moeda no sec. XXI QE (Quantitative Easing) não foi bem uma inovação, mas uma REVELAÇÃO Rompimento da conexão Base monetária e preços >>> Uma nova definição de moeda... Espécie de EQUITY da Nação, é o sentido da palavra CURRENCY em inglês. Current é o legítimo, em curso, corrente e presente. Currency é o atributo do que é legítimo. Currency e Dívida Pública se confundem. [moeda (currency) é dívida pública?]
11 Criação de moeda no sec. XXI QE (Quantitative Easing) não foi bem uma inovação, mas uma REVELAÇÃO. A moeda do século XXI é a dívida pública. Quanto uma nação pode emitir de Currency, sobretudo em forma remunerada (dívida)?? Qual o limite? Quanto se aceita? A que preço? Aqui se descobre a dominância fiscal...
12 Dominância e exaustão fiscal Quanta dívida é demais? Dívida pública (bruta) Em %% do PIB Em %% da riqueza Japão 183,0 246,1 36,6 54,7 Italia 103,3 133,8 20,7 29,7 EUA 64,0 105,1 12,8 23,4 Espanha 36,8 99,4 7,4 22,1 PIIGS 67,9 128,0 13,6 28,4 Grécia 107,2 172,7 21,4 38,4 Alemanha 65,2 69,5 13,0 15,4 Brasil 55,9 66,2 55,9 66,2 Índia 74,0 64,4 74,0 64,4 México 37,5 51,4 37,5 51,4 China 34,8 43,5 34,8 43,5 Países ricos: riqueza=5xpib em 2007, 4,5xPIB em Emergentes: riqueza=1xpib
13 Dominância e exaustão fiscal QE no Brasil
14 Dívida bruta e acumulação de ativos (QE do B) Acumulação de reservas e de créditos do BNDES junto ao TN impactaram a dívida bruta 40,00% BNDES % PIB Reservas % PIB (US$) DBGG % PIB (eixo sec.) 75,00% 35,00% 30,00% 25,00% Maio/2008 Dívida Bruta: 55,9% do PIB Reservas: US$ 198 bi Créditos ao BNDES: R$ 16,5 bi Junho/2015 Dívida Bruta: 63,0% do PIB Reservas: US$ 372,2 bi Créditos ao BNDES: R$ 505,3 bi 70,00% 65,00% 60,00% 20,00% 55,00% 15,00% 10,00% 50,00% 5,00% 45,00% 0,00% 40,00% dez-06 dez-07 dez-08 dez-09 dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 dez-14 dez-15 dez-16 Fonte: BCB e Banco Safra (Carlos Kawall)
15 Custos fiscais de acumulação de ativos (QE do B) Reservas Internacionais (bilhões de US$) 370,0 Reservas Internacionais (bilhões de R$) 1.295,0 Selic média esperada (a.a.) 11,4% Remuneração esperada das reservas (a.a.) 2,0% Depreciação anual média esperada do câmbio 5,5% Custo de Carregamento (bilhões de R$) 50,5 Tamanho da dívida do BNDES (bilhões de R$) 504,0 URGENTE. O bom senso estaria a indicar um programa de amortização de dívida com venda de ativos e sobretudo créditos, securitizações, e privatizações TJLP média esperada (a.a.) 7,0% Selic média esperada (a.a.) 11,4% Custo do BNDES (bilhões de R$) 22.1 Fonte: BCB e Banco Safra (Carlos Kawall)
16 Piora geral no primário (o EBITDA) O primário do Governo Central piora de 3%, em 2012, para - 0,7% do PIB em Endividamento era 20x EBITDA, um absurdo 11 anos com superávit médio de 3,25% e crescimento QUE ACONTECEU?? 16
17 A crise A administração macroeconômica imprevidente destruiu valor. A geração de caixa sumiu... A aquisição de ativos (CAPEX) continuou... O endividamento explodiu. O mesmo que aconteceu com a Petrobrás
18 Queda de juros decorrente do primário positivo Convergência foi o enredo básico da evolução dos preços de ativos Proporcional à queda de dívida líquida Círculo virtuoso? Era sustentável? Ou deixou de ser com a piora no primário?
19 Dominância fiscal : quando se estabelece? Taxa de juro implícita, ou efetiva, revela o artificialismo da SELIC Crise de credibilidade
20 Encalhes chegando a 1 tri Importante sinal de excesso de dívida Tesouro não rola dívida em mercado, BCB enxuga liquidez, ou seria financiamento indireto? Desde Lei /08 TN transfere títulos ao BCB sem contrapartida? É um aumento de capital em títulos? Seria uma PEDALADA? Uma violação ao Art. 165 CF? 20
21 Criação de moeda no sec. XXI Balanço do BCB setembro 2015 (R$ Bilhões) ATIVO PASSIVO Reservas Internacionais Caixa único do Tesouro 918 Compromissadas 892 Títulos do Tesouro Swaps 239 Compulsórios 358 Meio circulante 196 Outros (resíduo) 78 PL 101 Resultado 37 Total Total 2.741
22 Relações entre Tesouro e BCB A emissão e colocação de títulos fica semelhante à emissão de moeda, tal como fez o FED. [A moeda do século XXI é a dívida pública.] Parte do problema é estético (remonta a JL secretário do Tesouro), o perfil da dívida colocada só melhora...
23 Deterioração financeira fiscal
24 A conta de juros em 2014 e 2015 A conta de juros em 2015 pode chegar a 9% do PIB, será um recorde mundial
25 Perspectiva de explosão da dívida
26 Atenção toda para o custo fiscal dos juros
27 Definições de Dominância Fiscal Situação em que o Estado não consegue gerar receita suficiente para financiar seus gastos. Nesse caso é necessário imprimir papel (senhoriagem) (Samuel Pessoa, FSP, 11/10/15) Se manifesta através da pressão sobre o BC para usar a política monetária para manter o valor de mercado da dívida pública. (Michael Woodford, 2001) Déficits tão grandes que forçam o BC a comprar dívida, imprimir moeda e fazer crescer a inflação. (Monica De Bolle, 30/09/15) Situação na qual um governo incapaz de servir sua dívida levaria a inflação a fazer o serviço que ele não faz, isto é, adequar o valor da dívida àquilo que consegue realizar do ponto de vista de seus gastos e receitas (Alexandre Schwartsman, FSP, 21/10/15)
28 Como gerir a Dominância Fiscal? Dominância fiscal está longe de ser uma inovação, mas subitamente parece uma REVELAÇÃO Perde-se o controle dos juros efetivos, a taxa SELIC deixa de ter importância. Percepção de insustentabilidade fiscal. Não há finais felizes em episódios de sobreendividamento, ou dominância fical.
29 E a inflação? IPCA dominado por recomposição dos preços públicos (administrados), por ora
30 Perspectivas e temas Econômicos, a crise e seus desdobramentos... Gustavo H. B. Franco Belo Horizonte, outubro de 2015
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