Bancos Centrais para o que servem? Prof. Dr. Antony P. Mueller UFS 9 de Setembro de 2015
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1 Bancos Centrais para o que servem? Prof. Dr. Antony P. Mueller UFS 9 de Setembro de 2015
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3 Banco Central origem Bank of England O primeiro banco central foi o Banco da Inglaterra em 1694 Foi uma sociedade anônima privada Serveu para empréstimos para financiar a guerra contra a França Recebeu o monopólio de emissão de moeda Atuou como banqueiro do governo Ganhou o monopólio de emissão da moeda oficial (legal tender) Financiou o império britânico Serve como Guarda-salva do sistema financeira como prestamista da última instância
4 Dinheiro hoje em dia legal tender meio de pagamento oficial estatal nacional e internacional (euro, DES) Fiduciário (sem lastro) Criado por empréstimos (moeda divida) Base monetária (criado pelo empréstimos dos bancos comercias como o banco central) Depósitos (criado por empréstimos do tomadores de credito) Poupança monetária (aplicações com prazo)
5 Dinheiro segundo a definição do BACEN Base monetária, no conceito restrito, corresponde ao total de papel-moeda em circulação adicionado às reservas bancárias. O conceito amplo corresponde ao total da base do conceito restrito, adicionado aos depósitos compulsórios em espécie monetária e em títulos federais externamente ao Banco Central. M-1, M-2, M-3 e M-4. M-1 refere-se aos meios de pagamento, ou seja, a soma das cédulas e moedas em poder do público e em depósitos à vista no sistema bancário. M-2 refere-se à base monetária M-1 adicionada ao total de depósitos a prazo no sistema bancário, incluindo os Certificados de Depósito (CDB e CDI) e a parte dos títulos públicos (inclui apenas aqueles títulos que não estão em poder de bancos e de fundos de investimento). M-3 refere-se à base monetária M-2 adicionada ao total de depósitos em caderneta de poupança. M-4 refere-se à base monetária M-3 adicionada ao restante dos títulos públicos em poder de bancos e de fundos de investimento, além de alguns títulos privados, como letras hipotecárias e letras de câmbio.
6 Aritmética básica do dinheiro BM x m = M1 m = 1/r M x V = Q x P = Y M x V = ML g ML g Q = π g ML = g Q π = 0 g ML > g Q π > 0 g ML < g Q π < 0
7 Relação entre moeda e preços para o Brasil Tese monetarista: inflação é sempre um fenômeno monetário.
8 Brasil: crescimento do PIB /16e Fraqueza persistente
9 Brasil 2015 Acumulação de problemas
10 Brasil 2015 Desigualdade imposta por lei pelo governo
11 Brasil se aproxima o ponto onde a ironia se torna em realidade: O brasileiro comum paga a metade do seu salário para impostos e o resto para juros.
12 Brasil: Orçamento público, juros e inflação, e
13 Balanço do Banco Central do Brasil, Aceleração da criação da base monetária depois 2006
14 Brasil: Massa monetária M3 e base monetária (balanço do banco central) Com o aumenta da base monetária cresceu a massa monetária na economia
15 Insustentabilidade do crescimento dos salários acima da produção e da produtividade Índice (1Q 2004=100) do mediano dos salários reais Brasil, Setor público Setor privado PIB
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17 Renda nacional per capita (Y/N) como função do capital per capita (K/N) Maior produtividade significa que a mesma quantidade de capital rende mais
18 Y = C + S S = Y - C S = I Renda nacional (Y), consumo (C) poupança (S) e investimentos (I) O processo de acumulação de capital requer uma redução do consumo potencial para ampliar a estrutura da produção (SoP).
19 Brasil: taxa de poupança em % do PIB baixou de 20 % a 15 % China: taxa de poupança em % do PIB aumentou de 48 % a 52 %
20 O que fazer para salvar o Brasil? Surge a necessidade de abandonar os modelos desenvolvimentistas, keynesianos e kaleckianos da política macroeconômica que dominam a discussão e a prática da política econômica do Brasil com sua ênfase em gastos do governo, intervencionismo e dívida e promover a abordagem da Escola Austríaca com sua ênfase em acumulação de capital, inovação (produtividade) e livres mercados
21 Modelo GSMS-SS A acumulação de capital (k) traz rendimentos decrescentes (y) enquanto os custos da manutenção do capital (dk) aumentam na forma linear. A fronteira da produção natural (NPF) determina, junto com a liquidez macroeconômica (ML) e a fronteira da produção conjuntural (CPF) o equilíbrio (k*) da economia.
22 Ciclo de negócios no modelo GSMS-SS Uma expansão monetária creditaria (ML/N ) permite um aumento dos gastos além da fronteira natural da produção (NPF). Porém, neste caso, os custos da manutenção de capital (CM/N) excedem a capacidade de poupança (S/N). Consequentemente, essa expansão artificial não se sustenta e a economia volta para entrar na contração (movimento de y1 para y )
23 Estagflação Em vez de perseguir o caminho natural de crescimento econômico, onde a prosperidade chega baseado em poupança e inovação (movimento de A para B), uma politica fiscal e monetária expansiva (ML ) - do tipo desenvolvimentista, keynesiano, kaleckiano - provoca um boom artificial (C) fora da fronteira natural da produção (NPF* e NPF* ) e um excesso da atividade econômica (boom artificial). O aumento dos salários e dos outros custos da produção resulta em estagflação (combinação de estagnação, recessão e inflação). Com a economia na estagflação (D), o governo desenvolvimentista entra em pânico e paralisa em frente do flagrante fracasso do seu modelo econômico
24 Soluções Abandonar o modelo desenvolvimentista, kaleckiano-keynesiano Abranger as lições da escola Austríaca e clássica com sua ênfase em capital e a estrutura da produção e sua advertência contra a politica monetária-fiscal expansiva Limitar a politica orçamental deficitária Abolir o papel do banco central como dirigente da economia Abandonar o intervencionismo em favor de livre mercados Fixar a base monetária já e aprovar a adoção de sistemas e de moedas alternativas como free banking (criação de moeda privada, desnacionalização do dinheiro) e bitcoin
25 Referências Brasil: vítima do keynesianismo vulgar (IMB 2015) Brasil no voo de galinha (Ordem Livre 2012) Brasil na armadilha da renda média (IMB 2014) Por que o Brasil não cresce mais (IMB 2013) A Teoria Austríaca do Ciclo de Negócios na Perspectiva do Modelo GSMS. MISES: REVISTA INTERDISCIPLINAR DE FILOSOFIA, DIREITO E ECONOMIA, Vol. 2, No. 1 Beyond Keynes and the Classics. Processos de Mercado. Vol. 11, No. 2,
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