Perspectivas econômicas para o Brasil nos próximos anos
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- Sebastiana Castro Bugalho
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1 Perspectivas econômicas para o Brasil nos próximos anos Seminário Economia em Debate na Secretaria de Estado de Fazenda do Espírito Santo 07 de abril de 2015 Vítor Wilher Macroeconomista macroeconomia@vitorwilher.com 1
2 Capítulos Se fôssemos escrever um livro da economia brasileira nos últimos anos, poderíamos nomear os capítulos da seguinte forma: O primeiro gole A ressaca E agora, Joaquim? 2
3 O primeiro gole 3
4 O primeiro gole 1999 chega, plano real resgata as funções da moeda: hora de voltar ao câmbio flutuante; Metas de superávit primário para o setor público e lei de responsabilidade fiscal em 2000; O decreto de junho de 1999 e o regime de metas de inflação. 4
5 O primeiro gole Política econômica não gera crescimento econômico; Política econômica deve ser guiada por regras, deve ser previsível e não mais um ruído para os agentes. Objetivos: controle da inflação e redução do endividamento público. 5
6 O primeiro gole 15 de setembro de 2008: quebra do Lehman Brothers. Hora de mudar o rumo do barco? 6
7 O primeiro gole 7
8 O primeiro gole 14 Taxa de Desemprego Aberto (% PEA) Fonte: elaboração própria com dados da PME-IBGE DESEMPREGO_SA DESEMPREGO_HP DESEMPREGO
9 O primeiro gole No terceiro trimestrede 2008 o crescimento era bem maior do que o potencial Com a quebra do Lehman "We choose to go to the moon" 9
10 O primeiro gole Papel mais ativo para a política fiscal (RethinkingMacroeconomicPolicy, Blanchard); Regulação bancária via medidas macroprudenciais; Medidas não convencionais de política monetária (QE, forward guidance, taxas de juros negativas, etc.). 10
11 O primeiro gole Brasil faz uso intensivo da política econômica anticíclica: o alcoólatra tomou o primeiro gole... 11
12 O primeiro gole Redução da taxa de juros real para além do juro neutro ; Uso de bancos públicos (política parafiscal); Política fiscal ativa, com redução do superávit primário; Acomodação da inflação no limite superior da meta, com controle de preços administrados; Desvalorização administrada da taxa de câmbio. 12
13 O primeiro gole 13
14 O primeiro gole 14
15 O primeiro gole 15
16 O primeiro gole 16
17 O primeiro gole 17
18 A ressaca 18
19 A ressaca 19
20 A ressaca 20
21 A ressaca 21
22 A ressaca 22
23 A ressaca 1.0 Índice de Credibilidade da Política Monetária brasileira (Fonte: elaborado com base em Mendonça e Souza, 2007) Índice de Credibilidade Filtro HP
24 A ressaca 24
25 A ressaca 25
26 A ressaca 26
27 A ressaca 27
28 A ressaca 28
29 E agora, Joaquim? 29
30 E agora, Joaquim? Volta do tripé ou mais do mesmo? Foi a pergunta que os economistas fizeram nas eleições do ano passado. O discurso da presidente era mais do mesmo. A indicação de Joaquim Levy para a fazenda foi um sinal de volta do tripé. 30
31 E agora, Joaquim? Antes da crise... Brasil se beneficiou do boom de commodities e da disponibilidade de mão de obra para crescer. Com a macro organizada, conseguiu alcançar o investment grade. 31
32 E agora, Joaquim? 32
33 E agora, Joaquim? 33
34 E agora, Joaquim? O mercado de trabalho explica em grande medida porque crescemos no período anterior e porque não crescemos nos anos Dilma Taxa de Desemprego Aberto (% PEA) Fonte: elaboração própria com dados da PME/IBGE DESEMPREGO DESEMPREGO_SA
35 E agora, Joaquim? Os tempos dourados de 2003 a 2007 não voltam mais... A China está alterando seu padrão de crescimento (mais consumo, menos investimento); A Europa ainda demorará a se restabelecer; Os Estados Unidos crescem, mas entrarão em processo de aumento de juros, o que atrai capital e penaliza países frágeis. 35
36 E agora, Joaquim? 36
37 E agora, Joaquim? Por que a nova matriz não deu certo? Ou, um tanto quanto mais criativo, por que voltamos da Lua cheios de problemas? Em termos teóricos, confundiu variáveis endógenas (juros e câmbio) com exógenas; Em termos práticos, ignorou as restrições no mercado de trabalho e não gerou a previsibilidade e a redução de obstáculos para o aumento do investimento e da produtividade. 37
38 E agora, Joaquim? Os dilemas de Joaquim e de sua equipe... Reconstruir o tripé macroeconômico + Desafios microeconômicos 38
39 E agora, Joaquim? O desafio macro: Fazer a inflação convergir para a meta; Realizar o ajuste fiscal e acabar com a contabilidade criativa, evitando o rebaixamento; Reduzir o déficit em conta corrente. 39
40 E agora, Joaquim? O desafio micro: Aprovar as reformas estruturais; Fortalecer as agências reguladoras; Construir um marco regulatório para investimento privado em infraestrutura; Oxigenar a Petrobras; Reconstruir o setor elétrico; Etc, etc, etc... 40
41 E agora, Joaquim? Vamos debater... A política deixará? Obrigado! Vítor Wilher Macroeconomista macroeconomia@vitorwilher.com 41
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