Uma análise dos investimentos externos diretos chineses no Brasil de 2010 a Caique Andriewiski Fábio Esperança Gabriela Padilha William Araújo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Uma análise dos investimentos externos diretos chineses no Brasil de 2010 a Caique Andriewiski Fábio Esperança Gabriela Padilha William Araújo"

Transcrição

1 Uma análise dos investimentos externos diretos chineses no Brasil de 2010 a Caique Andriewiski Fábio Esperança Gabriela Padilha William Araújo 1. Introdução: Diante da conjuntura recente chinesa, são observadas diversas mudanças em suas diretrizes e práticas geopolíticas, tanto em seu projeto de desenvolvimento como em sua postura diante da economia global. Internamente, têm se tornado cada vez mais evidentes as suas intenções de escalada nas cadeias globais de valor expressas no plano de governo formulado em 1999 com o título Going Global. Essa estratégia tem se caracterizado basicamente pela internacionalização de suas empresas aliada à sensível expansão de seus investimentos externos e integração dos planos de comércio exterior, além da maior liberdade de controle de capitais (ACIOLY, PINTO E CINTRA; 2011, p. 35). Direcionando esses aspectos à economia brasileira, percebemos nitidamente essa nova diretriz político-econômica chinesa. Isso porque há uma forte aproximação no comércio internacional entre ambos os países; objetivamente, a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras, saindo do 6º lugar em 2001, para 3º em 2005 e assumindo a liderança em Qualitativamente, o Brasil exporta basicamente bens primários e manufaturas simples, como fumo, hortaliças e minério de ferro. A China se tornou também uma das maiores fontes de nossas importações, comercializando, sobretudo, bens de alta tecnologia como máquinas e produtos químicos (ACIOLY, PINTO E CINTRA, 2011; p. 24). Em relação aos investimentos externos diretos sediados no Brasil, houve uma expressiva mudança desde o início desse século, considerando que, de acordo com o Banco Central do Brasil, os investimentos tiveram crescimento expressivo. Outras fontes mencionam que o investimento direto chinês em 2010 chegou à casa dos US$15 bilhões, tendo se destinado principalmente à aquisição de empresas dedicadas à exploração do pré-sal (US$10 bilhões), empresas financeiras (US$1,8 bilhões), mineração (US$1,22 bilhões) e energia elétrica (US$ 1,72 bilhões) (ACIOLY, PINTO E CINTRA, 2011; p. 40 e 41).

2 Gráfico 1 Fonte: Kupfer e Freitas, 2018, p. 27. Projetando o olhar para um cenário geral de longo prazo, de forma preliminar, podemos observar as dinâmicas dos investimentos chineses no território brasileiro no período compreendido entre 2010 e Nesse intervalo, há um influxo de investimentos no valor de US$52 bilhões de dólares realizado principalmente por meio de Joint Ventures, Greenfields e F&A (Fusões e Aquisições), sendo utilizadas empresas parceiras de outros países para operar no Brasil (KUPFER E FREITAS, 2018; p. 15 e 16). Nessas parcerias, empresas como Vale, Thyssen-Krupp, Petrobrás, Eletrobras e BTG Pactual já estiveram envolvidas, o que ilustra um pouco da relevância dessas atividades. Já no gráfico acima, conseguimos observar a tendência em formato de "U" dos investimentos chineses no Brasil para o período previamente mencionado. Há um forte volume de capitais entrando em 2010, seguido de uma forte queda para os períodos de 2011 a 2014 e, em seguida, uma retomada a partir de Ao longo desse trabalho, iremos analisar esse movimento em suas características setoriais de um modo mais aprofundado. Não obstante, para agora, cabe ressaltar que as inversões chinesas se deram preponderantemente nos setores de extração (petróleo e minério de ferro) e energético, totalizando 90% do IED chinês, sendo 42% para este setor e 48% para aquele (KUPFER E FREITAS, 2018; p. 18). Em razão dos aspectos mencionados acima, fica claro que o principal objetivo desse trabalho é analisar a tendência dos investimentos chineses sediados no Brasil durante o período que se estende de 2010 até Esse recorte temporal foi escolhido por dois motivos principais: 1) Para períodos anteriores, há uma escassez de dados que quase

3 impossibilita centrar a análise para as interações sino-brasileiras sem que isso se torne uma pesquisa dotada de um nível elevado de agregação e 2) para além desse motivo, como foi colocado anteriormente, a partir de 2010, há uma reviravolta no volume de investimentos e fluxos de comércio trazidos da China que, sem dúvidas, tornam tal período um objeto de estudo importante para uma compreensão sistêmica e dinâmica dos posicionamentos dessas duas nações nas complexas estruturas de interações produtivas e comerciais que estão em constante transformação no século XXI. Nesse sentido, este último aspecto, constitui o interesse central dessa dissertação que será realizado através da priorização da caracterização objetiva e descritiva das nuances da temática proposta. Focando na parte metodológica, realizando o objetivo de maneira coesa e coerente, iremos recorrer a duas referências principais. A primeira é o texto de David Kupfer e Felipe Freitas, publicado em 2018, intitulado "Direções do investimento chinês no Brasil : Estratégia Nacional ou Busca de Oportunidades?", no qual encontraremos diversos dados (fornecidos pela base de dados GIC/UFRJ) e interpretações que reforçarão o nosso fio condutor. A segunda referência serão os relatórios publicados pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) que foram uma das principais fontes de dados para diversos trabalhos por ter abrangência ampla e ter sido divulgado em períodos bianuais. Desse modo, conseguiremos dar um forte respaldo analítico ao presente texto a partir do confronto entre esses dois referenciais. 1.1) O problema dos dados de IEDs chineses no Brasil Ao contrário daqueles relativos ao comércio, fartos e relativamente homogêneos, os dados (tanto oficiais quanto não-oficiais) que dizem respeito ao investimento externo direto (IED) da China no Brasil são relativamente escassos, heterogêneos e apresentam alguns problemas. Essa problemática já é apontada extensamente em (KUPFER; FREITAS, 2018). Na China, esses dados oficiais advêm do Ministério do Comércio da República Popular da China (MOFCOM) que (apesar de apresentarem bom panorama de tendências agregadas), quando desagregados por país, apresentam os problemas de contabilizar apenas os países que são o destino primeiro do investimento, não observando aquele que é o país de destino final do capital. Assim, como muitas vezes empresas chinesas canalizam seus investimentos através de outros países (Hong Kong, Singapura...) para depois atingirem seu destino final ( trans-shipping ), os dados de IED para o Brasil dessa fonte tendem a ser muito

4 subestimados. Já no Brasil, os dados oficiais são compilados pelo Banco Central, mas apresentam problemas similares aos do MOFCOM, visto que contabilizam apenas o último destino do capital antes de entrar (logo, também subestimam a quantidade de IEDs chineses no Brasil devido ao trans-shipping ). Outra fonte oficial são os relatórios da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) que, no caso dos IEDs chineses no Brasil, apenas reproduz os dados do MOFCOM. Dados os problemas acima mencionados, conclui-se que os dados oficiais não são uma aproximação muito adequada do real volume de investimentos chineses no Brasil (KUPFER, 2018). Gráfico 2 Fonte: KUPFER; ROCHA; TORRACA, 2018, slide 5 Os dados não oficiais, por sua vez, são encontrados em maior profusão e constituem melhor proxy do real volume de IED chinês que teve como destino o Brasil. Entre eles, se destacam a base privada FDI Markets, que só contabiliza os investimentos novos ( greenfield ), a base China Global Investment Tracker (CGIT), que aponta apenas as transações de valor acima de U$100 milhões, a CEPAL, a base RedALC e os dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) (estes, se tratando do Brasil, são os mais completos). Além dessas, outra base não oficial relevante é a GIC-IE/UFRJ, criada pelo professor David Kupfer (IE-UFRJ) a partir da junção das bases não-oficiais supracitadas, a fim de minimizar seus problemas (heterogeneidade de classificação setorial; não-identificação de investimentos menores; vinculação de investimentos ao ano do anúncio, não de sua

5 realização; contabilização de investimentos intencionados, mas não necessariamente realizados...) (KUPFER, 2018). Com já citado anteriormente, neste trabalho serão utilizados os dados do CEBC e da GIC-IE/UFRJ, confrontando-os sempre que possível, a fim de tornar mínimo o viés que a utilização de uma dessas bases em separado possa vir a acarretar. 2) A evolução dos investimentos chineses no Brasil: 2.1) Fase inicial, o período : Iniciando a análise pelo período compreendido entre 2010 e 2011, intervalo este que, como já foi possível retratar, há uma sensível elevação do volume de investimentos chineses no Brasil em relação à primeira década do século XXI, saindo de um acumulado de 255 milhões de dólares em vinte anos ( ), para um confirmado de quase 10 bilhões somente para 2010 (CEBC, 2011; p 19). Além disso, acompanhando esse fluxo, há um incremento de 50% no volume de comércio entre Brasil e China de 2009 para 2010 (CEBC, 2011; p. 20). Constatada essa relativa explosão de entrada de recursos chineses em território brasileiro, uma análise por setores se torna necessária para entender os motivos dessa maciça reviravolta de relações. Dentre as fontes de estudos referentes ao nosso objeto de estudo não há muita divergência que, em um nível mais agregado, os investimentos chineses se destinaram principalmente ao setor de extração para fins de suprir a incessante demanda deste país por commodities para serem utilizadas como insumos em sua indústria de transformação em desenvolvimento (CEBC, 2011; p. 24). Nesse sentido, quando observamos os fluxos de IED em 2010, há a nítida preocupação com bens primários, como pode ser visto no gráfico em seguida:

6 Gráfico 3- Investimentos chineses anunciados em 2010 por setor da economia: Siderurgia 10% Energia Elétrica 3% Mineração 20% Manufatura 2% Energia (Petróleo e Gás) 45% Agribusiness 20% Fonte: CEBC, Elaboração própria baseada no gráfico da CEBC Podemos perceber que houve, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China, uma forte intenção de entrada no setor brasileiro de extração mineral (Petróleo e Gás e Mineração), constituindo 65% dos investimentos anunciados, já ampliando para o setor de commodities em geral (Setor mineral somado de Agribusiness), totalizam-se 85% dos investimentos chineses no país. Isso ilustra fortemente a intencionalidade de tornar o Brasil um fornecedor de bens primários para a indústria na China. Entretanto, apesar dessa notável proporção, ao serem confrontados com dados de outras fontes como da ActionAid e da base de dados elaborada pelo Grupo de Indústria e Competitividade da UFRJ (GIC/UFRJ), percebemos ainda mais a preocupação quase que única em direção a um avanço sobre os recursos naturais brasileiros. Para a ActionAid, os três maiores investimentos, feitos pelas empresas estatais Sinopec, Sinochem e State Grid (as duas primeiras do setor petroquímico e a última do setor de transmissão elétrica), somaram US$11,89 bilhões (NETO, 2016; p. 54 e 55), ou seja, superaram em aproximadamente dois bilhões o montante total anunciado colocado pela CEBC. Nesse sentido, para a base de dados GIC/UFRJ, manteve-se o padrão anterior observado pela ActionAid. No ano de 2010, teve-se um volume total de investimentos totalizando aproximadamente US$15 bilhões, ao passo que, desse montante, uma parcela de 13 bilhões de dólares foram de empresas dos setores de energia e mineração. Ou seja, calculando a participação percentual, temos que 86% dos investimentos chineses no Brasil em 2010 são destinados às empresas mineradoras ou do setor elétrico focado na extração de petróleo e gás (GIC/UFRJ, 2016). Além disso, como observação, de acordo com essa mesma

7 base de dados, as principais formas de ingresso no sentido das relações de propriedade foram através de Fusões e Aquisições com empresas estrangeiras e de investimentos do tipo Greenfield, definidos pelo estabelecimento de fábricas ou unidades produtivas desde seus estágios iniciais. Seguindo, em um nível maior de desagregação, temos que Sinopec investiu US$7,1 bilhões, Sinochem US$3,07 bi e State Grid, US$1,72 bi (NETO, 2016, p. 54 e 55), leia-se, os investimentos foram compostos massivamente por empresas do setor petroquímico. Antecipando a conclusão do período inicial, vemos que nos anos de 2010 e 2011, a indústria extrativa foi, em média, destino de 87% dos investimentos chineses no Brasil. O grande diferencial foi o montante investido entre esses dois anos, apesar desse biênio ter se caracterizado como o auge do investimento extrativo chinês (KUPFER E FREITAS, 2018, p. 30). De acordo com o relatório do Conselho Empresarial Brasil-China referente a esse período, houve uma diminuição da euforia inicial que vai dar lugar um melhor e mais cauteloso planejamento estratégico (CEBC, 2014, p. 7). No ano de 2011, considerando essa queda do montante investido, tivemos um total de US$7,4 bilhões investidos no Brasil. Apesar disso, o perfil das participações setoriais não vai se alterar de forma significativa, aumentando o protagonismo do investimento extrativo que atinge a casa dos 90% do total das inversões chinesas, em termos absolutos são US$6,775 bilhões. Para esse ano, as principais investidoras serão a Sinopec e China Niobium Investment Holdings (CNIH), investindo em torno de 4,5 e 1,9 bilhões de dólares, respectivamente (GIC/UFRJ, 2016). Mesmo com esse decréscimo, temos que a queda do número de projetos para 2011 não cai de forma tão acentuada, ressalta a CEBC. Em 2010, foram 21 projetos contra 14 no ano de 2011 (CEBC, 2014; p. 7). Sintetizando a atuação chinesa nesse período inicial, tornou-se bastante clara a sua agressividade ao avançar sobre os recursos naturais brasileiros, como forma de prover recursos naturais para sua indústria nacional. Mas cabe ressaltar também que há uma evidente preocupação tecnológica em relação ao pré-sal, que não somente pode reservar imensas oportunidades para a extração petrolífera, como, principalmente, fornecer as técnicas adequadas para a exploração desse tipo de reserva em outros territórios. Esse fator ficou muito exposto quando se observou o forte avanço chinês através de suas estatais petroquímicas, à exemplo da Sinopec e da Sinochem mencionadas anteriormente, mas também na utilização de empresas parceiras estrangeiras como é o caso da Repsol espanhola e da GALP portuguesa, que tiveram suas participações acionárias compradas minoritariamente pelas mesmas estatais

8 chinesas, além do fato de serem duas empresas que atuam na extração do pré-sal brasileiro (NETO, 2016, p.63 e CEBC, 2011, p.25). 2.2) Fase intermediária, o período de 2012 e 2013: De 2012 a 2014, é possível observar uma significativa contração do IED, fato esse sobre o qual tanto os autores KUPFER E FREITAS quanto o CEBC e outros dados (oficiais ou não) concordam. Abaixo, seguem alguns gráficos que expressam essa realidade: Gráfico 4- Fluxo de investimento direto chinês segundo as fontes de dados selecionadas para o período (em milhões de dólares) Fonte: KUPFER e FREITAS, 2018, p. 11 Apesar das diversas fontes de dados confluírem, apenas o CEBC buscou lançar luz sobre os principais motivos dessa contração, que seriam: um melhor planejamento do IED

9 chinês no Brasil diante de um conhecimento ampliado da economia e do mercado brasileiro obtido através do IED realizado no biênio anterior, os desdobramentos desses investimentos do período anterior (consolidação e execução), desaceleração da economia brasileira influenciada pela crise de 2011 e seus desajustes macroeconômicos, sobretudo pelos endividamento das famílias, uma vez que os índices de consumo e desenvolvimento estariam próximo de um nível de saturação, questões burocráticas relacionadas ao sistema tributário e a mudança do modelo de desenvolvimento da economia chinesa. (CEBC, ; p. 8). Dos motivos: Segundo a CEBC, a China, no período de 2010 a 2011, estaria muito entusiasmada com a descoberta do Brasil como um novo e interessante destino para seus investimentos. Entretanto, após tais investimentos, a mesma se demonstrou ainda estratégica e ponderada para o período seguinte, seja pelos motivos já apresentados ou até mesmo por uma concentração nas iniciativas de maior probabilidade de concretização, conforme mostra comportamento da taxa de efetivação de projetos, que era ordem de 45%, no período de , e subiu para 81% no período de (CEBC, ; p. 8). Os dados usados para aferir a contração no biênio são os dados dos investimentos realizados e anunciados do próprio CEBC, que podem ser comparados com os dados dos anos anteriores. Gráfico 5 Fonte: KUPFER; ROCHA; TORRACA, 2018, slide 10

10 A diversificação KUPFER e FREITAS teriam um ponto muito crucial a ser exemplificado nesse período: a diversificação do IED em território brasileiro. Comparando com o período anterior, por exemplo, o setor terciário em 2010 e 2011 representou apenas 1% do montante investido, enquanto em 2012 a 2014, representou respectivamente 14% (KUPFER E FREITAS, 2018, p. 28). Para eles, haveria acontecido uma mudança na composição setorial na qual, em um primeiro momento, o foco seria as Indústrias Extrativas enquanto, em um segundo momento, estaria na Indústria de Eletricidade e Gás e, em seguida, na Indústria de Transformação. Essa análise também vai ao encontro dos dados do CEBC, que demonstram que, embora tenha havido uma valorização dos projetos voltados ao setor eletrônicos e automotivos, em termos valorativos os setores da Indústria de Eletricidade e Gás e de Transformação ainda seriam superiores aos investimentos nos setores eletrônicos e automotivos. Para efeito de comparação, seguem os gráficos abaixo: Fonte: KUPFER; ROCHA; TORRACA, 2018, slide 15 Já em 2013, o IED apresentou uma melhora, entretanto ainda muito tímida. Segundo KUPFER E FREITAS, unindo os dois anos (2012 e 2013), o IED teve como característica a estagnação e redução, enquanto em 2010 e 2011 houve elevada entrada. Segundo os autores, na fase inicial houve U$20,2 bilhões em investimentos realizados, para U$1,6 bilhões anunciados, alcançando-se o montante de U$21,8 bilhões, enquanto que nos dois anos posteriores não se alcançou nem ao menos a metade dessa quantia, sendo U$7,4 bilhões em investimentos realizados e U$1 bilhão anunciado, somando apenas U$8,4 bilhões, (dados da base GIC-IE/UFRJ). Entretanto, o resultado se demonstra coerente diante do número de investimentos realizados. Do mesmo modo, o CEBC também informa a encalistrada ascensão do IED Chinês nesse período, apesar de ressaltar o salto que o setor de Petróleo e Gás conquista em 2013, demonstrado no gráfico abaixo:

11 Gráfico 6 - Distribuição setorial dos projetos anunciados e confirmados por valores: Fonte: CEBC, 2014, p. 10 Ao analisarmos o biênio de 2012/2013, tantos pelos dados dos autores quanto pelos do CEBC, chegamos à conclusão de que esse período se caracterizou não somente pela baixa do IED e pelo tímido crescimento posterior, mas sobretudo pela diversificação dos destinos dos projetos. Para KUPFER E FREITAS, a mudança na composição setorial (da Indústria Extrativista para a Indústria de Eletricidade e gás), é um ponto extremamente significativo, pois levaria a um aumento no setor de serviço, mas que não apresentaria uma tendência de concentração em alguma divisão específica.(cebc, ; p. 31), abaixo seguem os gráficos e tabelas de investimentos dos anos de 2012 e 2013.

12 Fonte: CEBC, 2014, p. 17 Enquanto os dados de KUPFER e FREITAS apresentam somente US$ milhões em 2012 e US$ milhões em 2013 somando US$ milhões de IED chinês no Brasil

13 nesse período. (KUPFER E FREITAS, 2018; p. 262,263,264), não obstante ambos bancos de dados enfatizam o crescimento dos mesmos setores. 2.3) Fase final: o triênio O ano de 2014 manteve a tendência de queda dos anos anteriores, com investimentos no valor de U$1,7 bilhão segundo a CEBC e U$2,3 bilhões segundo a base GIC-IE/UFRJ, entre investimentos efetivados e anunciados. Durante esse ano, os investimentos concentraram-se muito no setor energético, devido especialmente à entrada de grandes empresas chinesas da área (China Three Gorges, State Grid) na construção de infraestrutura energética no país, através de participação em leilões públicos para geração e distribuição de eletricidade. Os setores tecnológico e bancário também foram fortalecidos, com a compra do Peixe Urbano pelo Baidu e do português Banco Espírito Santo de Investimento (Besi) pelo Haitong (com todas as suas operações no Brasil). Em 2015, os IEDs chineses no Brasil tiveram uma forte recuperação, atingindo valores de U$7,4 bilhões (CEBC- projetos confirmados) a U$9,45 bilhões (entre anunciados e confirmados- GIC-IE/UFRJ), indo na direção contrária da economia brasileira, que mergulhava na pior crise de sua história. Essa retomada se deu em parte pela depreciação do Real, que tornou os ativos brasileiros mais atrativos para os investidores estrangeiros (CEBC, 2016), e tornou evidentes características tanto da perspectiva de desenvolvimento chinesa, centrada no longo prazo, quanto do perfil de seus investimentos no Brasil (majoritariamente em geração e distribuição de energia, de longa maturação), além de marcar uma reaproximação sino-brasileira, indicada por visitas de Xi Jinping (2014) e do Primeiro- Ministro Li Keqiang (2015) ao país. Além da área energética, foi possível perceber forte crescimento no ramo automobilístico (marcado por novos aportes de empresas já estabelecidas e pela compra da Pirelli pela ChemChina) e no de aviação, este devido à compra de parte da Azul Linhas Áereas pela HNA. Geograficamente, os investimentos (tanto em 2014 quanto em 2015) se concentraram no Sudeste e, dentro deste, São Paulo foi o destino de preferência. Gráfico 7- Distribuição setorial de projetos ( )

14 Fonte: CEBC, 2016, p. 19 O ano de 2016 confirma as tendências do ano anterior de recuperação dos IEDs chineses no Brasil, contando com investimentos de U$12,5 bilhões (CEBC) a U$13,1 bilhões (GIC-IE/UFRJ), uma expansão enorme dos investimentos chineses, no contrafluxo tanto da economia brasileira (cuja recessão se aprofundara naquele ano) quanto dos investimentos dos outros países no Brasil (que caíram 23% em 2016, segundo estimações da UNCTAD). Percebe-se também a manutenção da predominância do setor energético, puxada pela atuação de grandes empresas (China Three Gorges e State Grid, destacadamente). Também ganharam força os setores de siderurgia e mineração (vide gráfico 8). Gráfico 8 Fonte: CEBC, 2017, p. 19 O triênio apresentou em diversos aspectos certa homogeneidade, sendo por isso tratado conjuntamente. Durante todo esse período, foi notável e indiscutível

15 (independentemente da base de dados utilizada) a predominância de IEDs na área de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (setor 35.1 na classificação CNAE 2.0), responsável por 61,4% do valor total dos investimentos segundo a GIC-IE/UFRJ e 73,6% segundo o CEBC. É marcante também sua concentração geográfica no Sudeste, em especial São Paulo- no biênio , a região Sudeste absorveu 45% do valor dos projetos e São Paulo, em particular, 32%. Em 2016, esses números foram ainda mais gritantes: 56% e 44%, respectivamente. Outra característica desse intervalo é a concentração em poucas empresas, visto que as três empresas que mais investiram nesse interregno (China Three Gorges, State Grid e CBSteel) foram responsáveis por 73,49% do valor de todos os empreendimentos, segundo dados da base GIC-IE/UFRJ. Ademais, o modo de ingresso desses investimentos foi predominantemente por fusões e aquisições (F&A), seguido de investimentos novos (greenfield) e, finalmente, joint-ventures (JV), como visto no gráfico abaixo: Gráfico 9- Distribuição dos projetos por meio de ingresso ( ) 7,72% 31,43% 60,85% F&A Greenfield JV Fonte: Elaboração própria a partir de dados da base GIC-IE/UFRJ 3) Evolução dos IEDs chineses no Brasil entre 2010 e 2016: 3.1) Diferença na interpretação da trajetória dos IEDs:

16 Como exploramos detalhadamente cada biênio, faz-se necessário analisar a trajetória geral dos investimentos estrangeiros diretos chineses no Brasil, durante o período de 2010 a 2016, evidenciando a divergência de perspectivas entre o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e o texto de David Kupfer e de Felipe Rocha de Freitas. O Conselho Empresarial Brasil-China defende que a entrada de empresas chinesas no país evoluiu de maneira distinta ao longo dos sete anos analisados, e, portanto, seria possível sistematiza-los em quatro momentos com características específicas insinuando uma desconcentração e diversificação dos IEDs. (CEBC, 2017, p. 6). No entanto, David Kupfer e Felipe Freitas argumentam que, apesar dos números sugerirem uma entrada maciça do país asiático na economia brasileira ao longo de 2010 a 2016, os IEDs chineses são muito concentrados, tanto em relação ao método de ingresso, quanto ao valor investido, ao setor e às empresas investidoras. Embora as empresas ingressem em diversos setores, pela ótica do montante total investido, notamos que a grande magnitude do IED chinês no Brasil deriva de um pequeno número de investimentos de grande porte, centrados em poucas empresas e em poucos setores (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 15 e 24). De acordo com o Conselho, é possível separar os IEDs chineses no Brasil em quatro momentos. O primeiro deles, de 2010 a 2011, teve uma predominância de investimentos em atividades ligadas às commodities, que constituem a maior parte da pauta de exportação brasileira para a China. A compra de 40% das operações brasileiras da empresa espanhola Repsol pela estatal chinesa Sinopec, no setor de petróleo e gás, é um exemplo disso. Essa aquisição estaria relacionada à importação de óleo bruto de petróleo brasileiro, mas também refletiria o processo global de internacionalização das empresas chinesas, as quais compraram diversas companhias ligadas à exploração de recursos naturais no mundo (CEBC, 2018, p. 7). Entretanto, entre 2011 e 2013, seria possível notar uma gradual mudança no perfil dos IEDs, configurando uma segunda fase do IED, de rearranjo progressivo dos investimentos na exploração de recursos naturais para a indústria. A entrada de companhias chinesas no país se deu principalmente nos setores automotivo (Chery) e de máquinas e equipamentos (Sany), além da expansão dos empreendimentos já estabelecidos no setor de eletrônicos e comunicação (Huawei e Lenovo), voltados para o mercado doméstico (CEBC, 2016, p. 13). Em 2013, tem-se um terceiro momento, caracterizado por investimentos no setor de serviços, em especial na área financeira. Bancos chineses se estabeleceram no país, ou adquiriram participação acionária em bancos brasileiros ou internacionais já em operação no

17 Brasil, para dar suporte ao comércio e aos investimentos bilaterais, além de apoiar a estratégia de internacionalização do yuan. A entrada do Industrial andcommercial Bank of China, através de um investimento inicial de US$ 100 milhões é um exemplo (CEBC, 2017, p. 8). Por último, tem-se uma quarta fase, iniciada entre 2014 e 2015, e reforçada ao longo de 2016, em que o volume dos investimentos chineses na economia brasileira cresce bastante, refletindo o contexto geral dos IEDs chineses no mundo. Altos valores são investidos na área de produção e transmissão de energia as companhias State Grid e China ThreeGorgesvencem licitações para a construção de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão no Brasil. Segundo o CEBC, também avançaram os investimentos no setor de agronegócio, por meio de tradings, além da participação em licitações no setor de infraestrutura. (CEBC, 2017, p. 8-13). Entretanto, essa divisão dos IEDs chineses no Brasil por fases, do Conselho Empresarial Brasil-China, parece um pouco exagerada, comparada aos dados de David Kupfer e Felipe Rocha Freitas. Olhando a tabela a seguir, nota-se que os 10 maiores investimentos realizados no Brasil, entre 2010 e 2016, em valor, são US$ 31, 8 bi e representam 73% do montante investido pela China. Os cinco maiores investimentos em valor realizados representam 53% do valor total investido pelo país asiático. Logo, pode-se afirmar que, ao contrário do discurso de desconcentração dos IEDs propagado pelo Conselho, o elevado montante investido pela China na economia brasileira corresponde a um número muito limitado de transações (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 16).

18 Fonte: (FREITAS e KUPFER 2018, slide 12) Inclusive, pode-se perceber a predominância do setor energético na tabela dentre os 10 maiores IEDs chineses realizados no Brasil durante os sete anos analisados, 8 pertencem ao setor energético, e configuram uma participação de 64% no total investido. Os outros dois investimentos são pequenos quando comparados ao resto (8% de participação no total investido), e fazem parte da área de extração de metais e mineração, e foram realizados nos anos de 2010 e Nota-se que nesses dois anos, a prioridade era a indústria extrativa, principalmente a extração de petróleo e gás natural, por meio das estatais Sinopec e Sinochem. Já nos anos de 2015 e 2016, a estratégia chinesa passa a priorizar a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, por meio das estatais State Grid e China ThreeGorges Corporation (CTG). Logo, não somente o montante total investido é concentrado em um número pequeno de transações, como também em um limitado número de setores. Se observarmos os investimentos por empresa investidora, a concentração é ainda maior. A tabela abaixo mostra que as cinco principais investidoras chinesas no Brasil nos anos de correspondem a US$ 35,1 bi e a 80% do valor total investido. Destacam-se a Sinopec (US$12 bi), a State Grid (US$ 12 bi) e a China ThreeGorges (US$ 6,5 bi), que representam 70% do valor total investido pela China no Brasil, comprovando que o elevado montante investido no país é concentrado em um número reduzido de empresas, diferente da visão propagada pelo Conselho (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 17).

19 Fonte: (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 18) No âmbito dos setores, o maior destino dos investimentos chineses no Brasil no período era a indústria 94% do valor total investido e 64% do número de investimentos se destinaram ao setor secundário. Na tabela 3, nota-se que 90% do valor total de investimento chinês no Brasil se destinaram a Indústria Extrativa (48%) e a de Eletricidade e Gás (42%), enquanto a Indústria de Transformação só obteve 4%. Já em relação ao número de transações, 32% se destinaram a Indústria de Transformação, 19% foram para a Indústria de Eletricidade e Gás e 12% para a Indústria Extrativa - o que mostra que o valor médio do investimento para a Indústria de Transformação é menor do que nas outras duas áreas, e provavelmente ocorrem várias transações de pequeno porte (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 18). Fonte: (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 19)

20 Apesar dos investimentos serem diversificados setorialmente, tem-se que a maior parte do valor investido chinês na indústria brasileira se concentra nos setores de extração de petróleo e gás natural (40%) e de eletricidade e gás (44%), como também, em menor valor, na extração de minerais metálicos (11%). Assim, 95% do total investido na indústria estão concentrados nesses três setores, refletindo os projetos da State Grid, CTG e Sinopec, além dos investimentos da China Niobium e da China ChinaMolybdenum na extração de minerais metálicos (FREITAS e KUPFER, 2018, p.19). Fonte: (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 20) Os restantes 5% do valor investido na indústria estão na Indústria de Transformação, embora mais da metade do número de investimentos sejam direcionados a essa área. Isso se opõe diretamente a visão do Conselho Empresarial Brasil-China, que coloca extrema relevância nesse setor, principalmente nos anos de 2012 e 2013, ao definir uma 2ª fase do IED chinês no Brasil, caracterizada por investimentos em máquinas e equipamentos, aparelhos eletrônicos e automóveis. Embora esses investimentos tenham crescido em número e em valor nesse período, são menores no âmbito do valor investido, quando comparados aos investimentos em energia. Parece certo exagero por parte do Conselho em afirmar que ocorreu uma fase do IED chinês no Brasil, centrada nesse setor de transformação. Já no setor de serviços, os investimentos ainda são modestos, segundo Kupfer e Freitas. Durante os sete anos analisados, a China investiu aproximadamente US$ 2,8 bi nesse setor no Brasil, sendo apenas 6% do total investido, apesar da quantidade de investimentos ser

21 36% do número total. Quase metade do valor das operações em serviços (46%) se destinou a Atividades de Serviços Financeiros, retratando a entrada de bancos chineses no mercado brasileiro. (FREITAS e KUPFER, 2018, p ). Esses dados também confrontam a visão do CEBC, pois, devido à participação relativamente pequena do setor de serviços no total investido, não se pode afirmar que ocorreu um momento do IED chinês focado nesse setor em Apesar dos investimentos em serviços terem crescido neste ano em valor e em número, o setor energético ainda se constituía como prioridade. Porém, no que se refere ao modo de ingresso das firmas chinesas no Brasil entre 2010 e 2016, ambas as fontes concordam que há uma predominância da inserção via fusões e aquisições (F&A) de empresas já atuantes no Brasil, sejam elas nacionais ou estrangeiras. De acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China, desde 2014, há uma retomada das F&A, mostrado no gráfico abaixo. Para o CEBC, isso reflete uma forte tendência chinesa de compra de ativos já em operação no exterior, mas também há indícios que F&A seriam a forma mais eficiente de inserção de empresas estrangeiras no Brasil, já que permitem o controle de ativos com altos níveis de maturidade no mercado doméstico (CEBC, 2017, p. 16). Gráfico 10 Fonte: (CEBC, 2017, p. 16) Todavia, Kupfer e Freitas destacam que um número significativo de IEDs menores entrou no país através de expansão orgânica ou greenfield (investimentos que começam do zero ): de 74 operações, 29 foram classificadas como Greenfield (32%), 32 como F&A (43%)

22 e 13 como Joint Ventures (18%). Nota-se que a entrada de empresas chinesas no Brasil através de joint ventures foi pouco relevante, indicando que, provavelmente, o IED chinês no Brasil não representou a criação de novos empregos e nova renda para a economia brasileira na mesma proporção que sua magnitude. (FREITAS e KUPFER, 2018, p 16). Portanto, ao contrário do CEBC, que alega a existência de uma descentralização, desconcentração e diversificação dos investimentos, Kupfer e Freitas defendem que a grande magnitude dos IEDs chineses no Brasil durante o período de 2010 a 2016 representa investimentos de F&A de grande porte, realizados por uma quantidade pequena de empresas e destinados a poucos setores refletindo apenas os grandes empreendimentos da State Grid, da China Three Gorges e da Sinopec. Porém, os autores reconhecem que outras empresas entraram no Brasil em diferentes setores (Indústria de Transformação e setor de serviços), porém com valores significativamente menores (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 24). 3.2) Principais tendências dos IEDs na visão de Freitas e Kupfer: Para analisar as tendências dos investimentos chineses no Brasil, Freitas e Kupfer dividem o período de 2010 a 2016 em biênios. Como já mencionado anteriormente, entre 2010 e 2011, há uma elevada entrada de capital chinês na economia brasileira, seguido de uma forte redução e estagnação de 2012 a 2014, e de uma retomada em 2015 e 2016 ou seja, o valor investido por empresas chinesas no período reflete uma curva em formato de U. No entanto, o número de investimentos é crescente ao longo do tempo. Foram contabilizados, entre operações realizadas e anunciadas, 10 investimentos em média por ano no primeiro biênio, 15 investimentos por ano no segundo biênio e 20, no terceiro biênio. Contudo, parte desse aumento deve-se ao aprimoramento das fontes de dados, que ao longo dos sete anos, foram captando investimentos menores e anteriormente não contabilizados (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 27). Segundo Kupfer e Freitas, é possível destacar três alterações importantes na trajetória dos IEDs chineses no Brasil: 1) Mudança na composição setorial, em que ocorre um aumento da participação do setor de serviços e uma mudança no setor principal de destino (de Indústria Extrativa para Indústria de Eletricidade e Gás); 2) Aumento na participação da entrada do capital chinês por meio de expansão orgânica, ainda que o método de ingresso principal seja através de fusões e aquisições; 3) Apesar de os investimentos diretos chineses no Brasil serem concentrados em todos os três biênios, no segundo ( ), nota-se uma desconcentração dos investimentos, que logo em seguida é revertida. (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 28). O

23 Conselho Empresarial Brasil-China também concorda com a existência dessa última tendência, e esta foi anteriormente mencionada no trabalho, no capítulo sobre o biênio em específico, portanto, não trataremos deste assunto novamente. É possível provar a tendência de aumento da participação do setor de serviços, por meio de dados que medem o montante total investido e o número total de investimentos. No primeiro biênio, o setor de serviços representava apenas 1% do valor total investido pela China no Brasil e 11% do número de transações. Contudo, em , o setor terciário correspondeu a 14% do montante investido e 27% da quantidade dos IEDs, passando para 9% e 40%, respectivamente, em A maior participação de investimentos com destino ao setor de serviços retrata a chegada dos IEDs a um maior número de setores. No entanto, essa tendência pode estar sendo superestimada, devido ao aprimoramento das fontes de dados, citado anteriormente (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 29). Segundo Freitas e Kupfer, há uma mudança no setor de destino dos IEDs chineses no Brasil, em que a Indústria Extrativa (principalmente no setor de petróleo) diminui sua participação, ao passo que a Indústria de Eletricidade e Gás aumenta. Em , a Indústria Extrativa era o destino de 87% do valor investido pela China no país, enquanto o setor de Eletricidade e Gás e o de Transformação correspondiam a 8% e a 4%, nesta ordem refletindo os grandes empreendimentos da Sinopec na área de petróleo. Contudo, essas participações se modificam, e no terceiro biênio, o percentual da Indústria Extrativa se reduz para 8%, o da Indústria de Transformação se estabiliza em 20%, enquanto o da Indústria de Eletricidade e Gás atinge 62% - retratando os investimentos da State Grid e da China ThreeGorges no setor de energia elétrica (FREITAS e KUPFER, 2018, p ). No que se refere à Indústria de Transformação, os investimentos são aleatórios entre os períodos, exceto pelo contínuo interesse no setor automotivo. Geralmente, em um dos biênios, ocorre uma transação com valor significativo, mas nos demais, só são realizados investimentos pequenos, resultando em picos de investimento. Tudo indica que, na Indústria de Transformação, as empresas chinesas estariam aproveitando oportunidades esporádicas presentes no mercado brasileiro, ao invés de um interesse crescente por uma divisão dentro dessa Indústria (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 33). Logo, apesar da análise do número e do valor das transações sugerir uma diversificação na distribuição setorial, isso não se refletiu em uma tendência de desconcentração dos investimentos em relação às principais operações, nem em relação às

24 principais empresas investidoras - isto é, os IEDs de maior porte continuam sendo, ao longo desses sete anos, no setor energético (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 30). Por último, embora o principal método de entrada dos investimentos chineses no Brasil ainda seja via F&A, há também o crescimento do ingresso por meio da expansão orgânica (NOVO) de 4% do montante total investido e de 37% da quantidade total de IEDs chineses, em , atinge 30% e 43%, respectivamente, em , como visto na tabela abaixo. Já os investimentos que ingressam via fusões e aquisições correspondiam a 53% do número de transações no primeiro biênio, enquanto no último caíram para 43%, embora a participação no montante total investido no país (66%) seja maior que o dobro dos investimentos através de expansão orgânica. (FREITAS e KUPFER, 2018, p ). Fonte: (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 35) 4) Conclusão: O discurso disseminado pelo Conselho Empresarial Brasil-China era de que os IEDs chineses no Brasil se concentraram em diferentes setores ao longo do período de 2010 a 2016, sendo possível, inclusive, sistematiza-los em fases - em que cada uma teria como destino principal um determinado setor. No entanto, se olharmos a base de dados compilada por David Kupfer e Felipe de Rocha Freitas, podemos notar que a grande magnitude do IED durante esses sete anos é constituída por investimentos de grande porte, que ingressam em sua maioria, via fusões e aquisições, feitos por uma pequena quantidade de empresas em um número limitado de setores. Mais especificamente, seriam os grandes empreendimentos da State Grid, da China Three Gorges Corporation e da Sinopec, no setor energético as duas primeiras na distribuição e transmissão de energia elétrica e a última, no setor de petróleo. (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 15 e 24).

25 Porém, não se pode negar que, em relação à distribuição setorial, os IEDs chineses são bastante diversificados. Existem investimentos chineses em uma gama de setores no país, e em relação à quantidade, os investimentos nos setores de serviços e na Indústria de Transformação são numerosos. Contudo, esses investimentos são relativamente menores, quando comparados aos investimentos na área de energia. Segundo David Kupfer e Felipe de Rocha Freitas, a trajetória do IED chinês no país apresenta três tendências principais: uma mudança na composição setorial, em que há um aumento da participação do setor de serviços e uma mudança no setor principal de destino dos IEDs (de Indústria Extrativa para Indústria de Eletricidade e Gás); um crescimento do valor investido dos IEDs que ingressam via expansão orgânica, ainda que o método principal seja a entrada através de fusões e aquisições; e uma desconcentração dos investimentos no segundo biênio ( ), apesar dos IEDs serem concentrados ao longo de 2010 e 2016, no que se refere aos setores e às empresas investidoras (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 29). No entanto, apesar da análise do número e do valor das transações sugerir uma diversificação na distribuição setorial e um maior ingresso via F&A, isso não se refletiu em uma tendência de desconcentração dos investimentos em relação às principais operações, nem em relação às principais empresas investidoras - isto é, os IEDs de maior porte continuam sendo, ao longo desses sete anos, no setor energético, e ingressando por meio de fusões e aquisições (FREITAS e KUPFER, 2018, p. 30).

26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ACIOLY, L.; PINTO, E. C.; CINTRA, M. A. M. As relações bilaterais Brasil-China: a ascensão da China no sistema mundial e os desafios para o Brasil. Brasília: Ipea, CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL CHINA. Investimentos Chineses no Brasil. Rio de Janeiro, CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL CHINA. Boletim de Investimentos Chineses no Brasil Rio de Janeiro, CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL CHINA. Investimentos Chineses no Brasil Rio de Janeiro, CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL CHINA. Investimentos Chineses no Brasil Rio de Janeiro, GRUPO DE INDÚSTRIA E COMPETITIVIDADE DA UFRJ. Base de Dados sobre IEDs Chineses no Brasil. Rio de Janeiro, KUPFER, DAVID. E FREITAS, FELIPE ROCHA DE. Direções do Investimento Chinês no Brasil : Estratégia Nacional ou Busca de Oportunidades. Rio de Janeiro, Disponível em: INVESTIMENT_FINAL.pdf KUPFER, DAVID; ROCHA, FELIPE; TORRACA, JULIA. Investimento Estrangeiro Direto Chinês no Brasil: slides. NETO, IDERLEY COLOMBINI. Dinâmica Capitalista dos Investimentos Chineses no Brasil. Rio de Janeiro: ActionAid, 2016

Uma análise dos investimentos externos diretos chineses no Brasil de 2010 a 2016

Uma análise dos investimentos externos diretos chineses no Brasil de 2010 a 2016 Uma análise dos investimentos externos diretos chineses no Brasil de 2010 a 2016 Alunos: Caique Andriewiski, FábioEsperança, Gabriela Padilha William Araújo Junho - 2018 Introdução: Brasil recebeu um fluxo

Leia mais

Investimento Estrangeiro Direto Chinês no Brasil:

Investimento Estrangeiro Direto Chinês no Brasil: Investimento Estrangeiro Direto Chinês no Brasil: 2010-2016 David Kupfer, Felipe Rocha e Julia Torracca GIC-IE/UFRJ Bases Oficiais: Os Dados sobre IED Chinês no Brasil MOFCOM Ministério do Comércio da

Leia mais

BRASIL CHINA Comércio e Investimento. Cláudio R. Frischtak

BRASIL CHINA Comércio e Investimento. Cláudio R. Frischtak BRASIL CHINA Comércio e Investimento Cláudio R. Frischtak A evolução do comércio entre Brasil e China China: maior parceiro comercial do Brasil Em 2013, a China respondeu por 17,3% da corrente comercial

Leia mais

Tabela 1 - Balança Comercial: 2016 em comparação com 2015 (US$ milhões)

Tabela 1 - Balança Comercial: 2016 em comparação com 2015 (US$ milhões) INFORMATIVO Nº. 67 - JANEIRO de 2017 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA Balança Comercial De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 2016 a corrente de comércio

Leia mais

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)

Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) INFORMATIVO Nº. 89 - JANEIRO de 2018 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA Balança Comercial De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a corrente comercial

Leia mais

DIREÇÕES DO INVESTIMENTO CHINÊS NO BRASIL : ESTRATÉGIA NACIONAL OU BUSCA DE OPORTUNIDADES *

DIREÇÕES DO INVESTIMENTO CHINÊS NO BRASIL : ESTRATÉGIA NACIONAL OU BUSCA DE OPORTUNIDADES * DIREÇÕES DO INVESTIMENTO CHINÊS NO BRASIL 2010-2016: ESTRATÉGIA NACIONAL OU BUSCA DE OPORTUNIDADES * Resumo David Kupfer Felipe Rocha de Freitas No Brasil, o IDE chinês foi muito limitado até 2010. A partir

Leia mais

Tabela 1 - Balança Comercial: janeiro outubro de 2015 em comparação com janeiro outubro de 2014

Tabela 1 - Balança Comercial: janeiro outubro de 2015 em comparação com janeiro outubro de 2014 INFORMATIVO Nº. 41. NOVEMBRO de 2015 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA Balança Comercial A corrente de comércio Brasil-China totalizou 58,6 bilhões entre janeiro e outubro de 2015, de acordo com dados divulgados

Leia mais

Comportamento da Indústria no Brasil: Perspectiva de Longo Prazo

Comportamento da Indústria no Brasil: Perspectiva de Longo Prazo 3 Comportamento da Indústria no Brasil: Perspectiva de Longo Prazo Guilherme Tinoco (*) Gilberto Borça Jr. (**) 1 Introdução O IBGE divulgou, no início de fevereiro, os dados referentes à produção industrial

Leia mais

EVENTO DE LANÇAMENTO INVESTIMENTOS CHINESES NO BRASIL ( )

EVENTO DE LANÇAMENTO INVESTIMENTOS CHINESES NO BRASIL ( ) EVENTO DE LANÇAMENTO INVESTIMENTOS CHINESES NO BRASIL (2014-2015) O Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) lançou o estudo Investimentos chineses no Brasil (2014-2015) em evento realizado em São Paulo,

Leia mais

Gráfico 1 Corrente de comércio Brasil - China entre 2006 e 2015 (US$ milhões)

Gráfico 1 Corrente de comércio Brasil - China entre 2006 e 2015 (US$ milhões) INFORMATIVO Nº. 48. JANEIRO de 216 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA Balança Comercial Em 215, a corrente de comércio Brasil-China totalizou 66,3 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do

Leia mais

BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior

BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior BIC Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior Nº 02.2013 ABRIL JUNHO DE 2013 MARTA DOS REIS CASTILHO Coordenadora JULIA TORRACCA Gestor de Informações / RJ CAROLINA DIAS Gerente Administrativa

Leia mais

Comércio Brasil-China: 2018 em comparação com 2017 (US$ bilhões) Corrente Exportações Importações Saldo

Comércio Brasil-China: 2018 em comparação com 2017 (US$ bilhões) Corrente Exportações Importações Saldo INFORMATIVO Nº. 108 JANEIRO de 2019 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA 2018: ANO DE RECORDES Balança Comercial Comércio Brasil-China: 2018 em comparação com 2017 ( bilhões) 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de julho referente a balança comercial de junho Número 27 17.Julho.2019 Os novos índices de comércio para os Estados Unidos e a China na seção Destaque do

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de dezembro referente a balança comercial de novembro Número 8 15.Dezembro.2017 O superávit da balança comercial é recorde, mas os fluxos de comércio Destaques

Leia mais

Análise da Balança Comercial Brasileira jan-set/2011

Análise da Balança Comercial Brasileira jan-set/2011 Análise da Balança Comercial Brasileira jan-set/2011 Exportação mantém crescimento acelerado puxado pelas commodities No ano de 2011, até setembro, as exportações estão crescendo a uma taxa de 31,1%, em

Leia mais

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos No 2º tri./2017, o PIB brasileiro a preços de mercado apresentou crescimento de 0,23% quando comparado ao 2º tri./2016,

Leia mais

Os principais ramos de atividade

Os principais ramos de atividade Março de 2017 Os principais ramos de atividade O volume dos anúncios de operações de fusões e aquisições, ofertas públicas de aquisições de ações (OPAs) e reestruturações societárias alcançou o montante

Leia mais

Comércio Internacional: Impactos no Emprego. Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1

Comércio Internacional: Impactos no Emprego. Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1 Comércio Internacional: Impactos no Emprego Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1 Ganhos do Comércio Internacional: Fonte geradora de empregos no Brasil. 1. Possibilita aumento da produção nacional,

Leia mais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Númer o 04/2007 Cenário Moveleiro Número 04/2007 1 Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Leia mais

Nível de Atividade: Finalmente Economia em Recuperação

Nível de Atividade: Finalmente Economia em Recuperação 10 análise de conjuntura Nível de Atividade: Finalmente Economia em Recuperação Vera Martins da Silva (*) Normalmente se pensa em atividade econômica como cíclica e vem à mente o ciclo matemático, ou seja,

Leia mais

PIB apresentou estabilidade em relação a 2013 (+0,1%).

PIB apresentou estabilidade em relação a 2013 (+0,1%). PIB apresentou estabilidade em relação a 2013 (+0,1%). O PIB encerrou o ano de 2014 com variação de 0,1%. Nessa comparação, a Agropecuária (0,4%) e os Serviços (0,7%) cresceram e a Indústria caiu (- 1,2%).

Leia mais

A China e as Exportações Brasileiras

A China e as Exportações Brasileiras A China e as Exportações Brasileiras Lia Valls Pereira Pesquisadora de Economia Aplicada do IBRE/FGV Em 2008, a China era o terceiro principal destino das exportações brasileiras e o segundo mercado de

Leia mais

Estrutura Produtiva. Prof. Dr. Luciano Nakabashi Rafael Lima

Estrutura Produtiva. Prof. Dr. Luciano Nakabashi Rafael Lima Ano III Jan/2015 A análise da dinâmica setorial produtiva é importante para a compreensão dos fatores que influenciam o desenvolvimento de uma economia regional. O presente boletim busca fazer uma breve

Leia mais

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) INFORMATIVO Nº. 19, 24 JANEIRO DE 214 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA Balança Comercial De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente comercial entre Brasil

Leia mais

ÁREA: Ciências Econômicas

ÁREA: Ciências Econômicas ÁREA: Ciências Econômicas COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL COM A UNIÃO EUROPEIA: análise por fator agregado e principais produtos, no período de 2010 a 2014 ROSA, Tatiana Diair Lourenzi Franco 1 O final do

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de junho, referente a maio de 2017 Número 2 20.junho.2017 A balança comercial continua melhorando: a indústria extrativa liderou o aumento no volume exportado

Leia mais

Exportações - Brasil Importações - Brasil Exportações - São Paulo Importações - São Paulo

Exportações - Brasil Importações - Brasil Exportações - São Paulo Importações - São Paulo De acordo com a publicação de Fevereiro do Ministério do Desenvolvimento, indústria e Comércio (MDIC), o Brasil apresentou um déficit na balança comercial em torno de US$ 2,125 bilhões. Este valor é 47,8%

Leia mais

Figura 1 Destino das exportações do Brasil (acumulado em 12 meses, em bilhões US$ de Maio/2017)

Figura 1 Destino das exportações do Brasil (acumulado em 12 meses, em bilhões US$ de Maio/2017) Ano V Julho/217 O Boletim de Comércio Exterior de Jul./217 traz informações dos principais destinos dos itens exportados por Brasil, estado de São Paulo, Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP),

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA Julho de 2009 Nivalde J. de Castro Felipe dos Santos Martins PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO

Leia mais

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego Julho de 2015 Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego No primeiro semestre do ano de 2015, a inflação brasileira acumulou variação de 8,1% ao ano, superando em mais

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA OUTUBRO DE 2012 ÍNDICE: Luiza Campello Nivalde J. de Castro

Leia mais

COMÉRCIO EXTERIOR SETEMBRO/2018

COMÉRCIO EXTERIOR SETEMBRO/2018 COMÉRCIO EXTERIOR SETEMBRO/2018 Crescimento das exportações e importações desacelera, mas volume se mantém 000000 superior aos últimos 4 anos Com um montante exportado de US$ 791,72 milhões em setembro

Leia mais

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA Setembro de 2009 Nivalde J. de Castro Felipe dos Santos Martins PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

Leia mais

Comércio e Fluxo de Capital, seus Efeitos nas Contas Nacionais

Comércio e Fluxo de Capital, seus Efeitos nas Contas Nacionais Comércio e Fluxo de Capital, seus Efeitos nas Contas Nacionais Silvia Ferreira Marques Salustiano Tito Belchior Silva Moreira ** O presente trabalho faz uma análise voltada para o Brasil e para os países

Leia mais

Outubro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil

Outubro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil Outubro de 2012 Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior Aplicação líquida de IBD em outubro mais modesta: os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de

Leia mais

Coletiva de Imprensa. Fusões e Aquisições 1º semestre de 2017

Coletiva de Imprensa. Fusões e Aquisições 1º semestre de 2017 Coletiva de Imprensa Fusões e Aquisições 1º semestre de 2017 DESTAQUES DO 1º SEMESTRE DE 2017 Transações entre empresas brasileiras atingem R$ 12,5 bilhões no período 31,8% do total; Mais da metade (55,76%)

Leia mais

PIB se mantém em queda pelo décimo primeiro trimestre consecutivo

PIB se mantém em queda pelo décimo primeiro trimestre consecutivo PIB se mantém em queda pelo décimo primeiro trimestre consecutivo Conforme apresentado na Figura 1, o PIB da economia brasileira vem apresentando queda desde o segundo trimestre de 2014. No quarto trimestre

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de fevereiro referente a balança comercial de janeiro Número 22 19.Fevereiro.2019 A guerra comercial e alguns riscos para a balança comercial em 2019 No Informe

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Abril de 2017 Número 1 18.maio.2017 No primeiro quadrimestre do ano o volume importado cresce a frente do volume exportado, mas em valor a balança comercial atinge

Leia mais

2 º 11 º 9 º 8 º 1 º 7 º. 3 º mercado de energias renováveis 10 º

2 º 11 º 9 º 8 º 1 º 7 º. 3 º mercado de energias renováveis 10 º 2 º 5 º 11 º 11 º 9 º 8 º 1 º produtor de biodiesel fabricante de aeronaves mercado de TI mercado de equipamentos médicos produtor industrial mercado de automóveis produtor e exportador de café, açúcar

Leia mais

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO

OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO Estabelecimentos, emprego formal e rendimentos: NOTA CONJUNTURAL NOVEMBRO DE 2013 Nº26 OS PEQUENOS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO NOTA CONJUNTURAL NOVEMBRO DE 2013 Nº26 PANORAMA GERAL Esta nota analisa o perfil

Leia mais

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Abril 2016

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Abril 2016 Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Abril 2016 As exportações do Estado do Paraná, em abril de 2016, foram de US$ 1,499 bilhão. As principais contribuições foram de produtos alimentares (complexo

Leia mais

ano XIX n 1, Janeiro de 2015

ano XIX n 1, Janeiro de 2015 ano XIX n 1, EM FOCO Em dezembro de 2014, o Índice de preços das exportações totais apresentou expressiva queda (-12,2%), na comparação com o mesmo mês de 2013, em virtude de variações negativas significativas

Leia mais

O papel da ETNs no SNI brasileiro, em um contexto de de globalização financeira

O papel da ETNs no SNI brasileiro, em um contexto de de globalização financeira Conferência Internacional LALICS 2013 Sistemas Nacionais de Inovação e Políticas de CTI para um Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável 11 e 12 de Novembro, 2013 - Rio de Janeiro, Brasil O papel da ETNs

Leia mais

UNCTAD WIR 2007 WORLD INVESTMENT REPORT SOBEET

UNCTAD WIR 2007 WORLD INVESTMENT REPORT SOBEET UNCTAD UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT WIR 2007 WORLD INVESTMENT REPORT LANÇAMENTO NO BRASIL: SOBEET SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DE EMPRESAS TRANSNACIONAIS E DA GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

Leia mais

CGEE. Mestres e Doutores Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira. Brasília, 2016

CGEE. Mestres e Doutores Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira. Brasília, 2016 ANAIS DA 68ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC - PORTO SEGURO - BA - JULHO/2016 CGEE. Mestres e Doutores 2015. Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira. Brasília, 2016 O livro Mestres e Doutores

Leia mais

Setor Externo: Expansão das Exportações Revigora a Economia

Setor Externo: Expansão das Exportações Revigora a Economia 9 Setor Externo: Expansão das Exportações Revigora a Economia Vera Martins da Silva (*) No âmbito da economia brasileira, o setor externo tem sido praticamente a única fonte de boas notícias e assim ainda

Leia mais

Boletim informativo Balança comercial. Janeiro/2018. Daiane Leal

Boletim informativo Balança comercial. Janeiro/2018. Daiane Leal Boletim informativo Balança comercial 6 Janeiro/2018 Daiane Leal BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA Nesse boletim será analisada a balança comercial do Brasil e do município de Governador Valadares, bem como

Leia mais

O Brasil frente à emergência da África: comércio e política comercial

O Brasil frente à emergência da África: comércio e política comercial O Brasil frente à emergência da África: comércio e política comercial Pedro da Motta Veiga Katarina P. da Costa Novembro 2011 1 A África se integra ao mundo Primeira década do século XXI: aprofundamento

Leia mais

Análise da Balança Comercial Brasileira de 2011

Análise da Balança Comercial Brasileira de 2011 Análise da Balança Comercial Brasileira de 2011 Saldo comercial aumenta em função das altas cotações das commodities No ano de 2011, as exportações em valor cresceram 26,8%, em relação ao ano de 2010.

Leia mais

Novembro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil

Novembro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil Novembro de 2012 Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior Aplicação líquida de IBD em novembro recua: os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram resgates líquidos de US$ 1,49

Leia mais

A China e o Brasil na Nova Ordem Internacional

A China e o Brasil na Nova Ordem Internacional PET-Economia UnB 15 de junho de 2015 André Moreira Cunha André Moreira Cunha Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) Mestrado em Ciências Econômicas pela Universidade

Leia mais

BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior

BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior BIC Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior Nº 03.2013 JULHO SETEMBRO DE 2013 MARTA DOS REIS CASTILHO Coordenadora JULIA TORRACCA Gestor de Informações / RJ CAROLINA DIAS Gerente Administrativa

Leia mais

Relatório dos Investimentos Estrangeiros no Brasil Fluxos de IED e sua contribuição para o comércio exterior brasileiro

Relatório dos Investimentos Estrangeiros no Brasil Fluxos de IED e sua contribuição para o comércio exterior brasileiro Relatório dos Investimentos Estrangeiros no Brasil - 2013 Fluxos de IED e sua contribuição para o comércio exterior brasileiro Unidade de Negociações Internacionais Confederação Nacional da Indústria -

Leia mais

Outubro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil

Outubro de Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior. Destaques dos Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil Outubro de 2013 Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior Aplicação líquida de IBD mantém tendência: No acumulado até outubro deste ano, os investimentos brasileiros líquidos no exterior recuaram

Leia mais

Parece precipitado apostar em uma recuperação da economia chinesa

Parece precipitado apostar em uma recuperação da economia chinesa INFORMATIVO Nº. 54. MARÇO de 2016 Parece precipitado apostar em uma recuperação da economia chinesa Fabiana D Atri - Economista Coordenadora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de abril referente a balança comercial de março Número 24 12.Abril.2019 O volume do comércio recua O saldo da balança comercial de março foi de US$ 5 bilhões,

Leia mais

Resenha Estratégica MA8

Resenha Estratégica MA8 Esta é uma publicação da MA8 Management Consulting Group, exclusiva para assinantes. Sua distribuição não autorizada, por meios eletrônicos ou físicos, constitui violação de direitos autorais. Para maiores

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA MINEIRA

CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA MINEIRA CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA MINEIRA Nas três últimas décadas a economia mineira reforçou sua especialização na produção de bens intermediários, ao mesmo tempo que abriu espaço para a elevação da participação

Leia mais

Ambos os segmentos apresentaram aceleração nas taxas de 12 meses (Mar./11 PF: 12,1% e PJ: 12,6%).

Ambos os segmentos apresentaram aceleração nas taxas de 12 meses (Mar./11 PF: 12,1% e PJ: 12,6%). A carteira total de crédito no sistema financeiro nacional avançou em abril 1,3%, encerrando em mais de R$ 1,776 trilhão, o que correspondeu a uma alta de 21% no paralelo com igual mês do ano anterior.

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de outubro referente a balança comercial de setembro Número 6 17.Outubro. 2017 Os preços das commodities aceleram e o superávit da balança comercial registra

Leia mais

Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira

Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira Jorge Arbache Universidade de Brasília Seminário Empresarial 40 Anos de Parceria Brasil-China Brasília, 16 de julho

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de junho referente a balança comercial de maio Número 26 17.Junho.2019 O volume da indústria de transformação liderou o aumento das exportações de maio. O

Leia mais

Ingressos de IED estabilizam no ano

Ingressos de IED estabilizam no ano São Paulo, 28 de agosto de 2014 Julho de 2014 Ingressos de IED estabilizam no ano De janeiro a julho de 2014, os ingressos acumulados de IED registraram US$ 35,2 bilhões. O volume é ligeiramente inferior

Leia mais

BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA Novembro 2016 DEZEMBRO BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA

BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA Novembro 2016 DEZEMBRO BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA Novembro 2016 DEZEMBRO 2016 BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA Brasil Atividade Econômica: recessão persiste mesmo com leve melhora do consumo das famílias. Inflação:

Leia mais

RIO EXPORTA Boletim de comércio exterior do Rio de Janeiro

RIO EXPORTA Boletim de comércio exterior do Rio de Janeiro SETEMBRO DE 2013 1 RIO EXPORTA Boletim de comércio exterior do Rio de Janeiro Expediente Setembro de 2013 Ano XI - nº 08 Sistema FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro PRESIDENTE Eduardo

Leia mais

Setor Externo: Equilíbrio Com Um Ar de Dúvida

Setor Externo: Equilíbrio Com Um Ar de Dúvida 3 Setor Externo: Equilíbrio Com Um Ar de Dúvida Vera Martins da Silva (*) Apesar da guerra comercial entre as grandes potências, o setor externo da economia brasileira continua em situação relativamente

Leia mais

TÍTULO: ANÁLISE DA EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL SOROCABANO ENTRE OS ANOS DE 2006 A 2015

TÍTULO: ANÁLISE DA EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL SOROCABANO ENTRE OS ANOS DE 2006 A 2015 16 TÍTULO: ANÁLISE DA EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL SOROCABANO ENTRE OS ANOS DE 2006 A 2015 CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO:

Leia mais

Gráfico 1: Taxa de variação acumulada em 12 meses do PIB (comparado aos mesmos períodos dos anos anteriores, %) Fonte e elaboração: IBRE/FGV

Gráfico 1: Taxa de variação acumulada em 12 meses do PIB (comparado aos mesmos períodos dos anos anteriores, %) Fonte e elaboração: IBRE/FGV Número 39 19.fevereiro.2019 O sinaliza que o PIB cresceu 1,1% no ano de 2018. Pela ótica da oferta, apenas as atividades de construção e serviços de informação apresentaram retração quando comparadas com

Leia mais

Estudo preliminar de royalties

Estudo preliminar de royalties Anexo I Estudo preliminar de royalties Os royalties foram calculados tendo como base os volumes previstos nos cenários de desenvolvimento das atividades de petróleo e gás natural formulados para este estudo

Leia mais

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Dezembro de 2014 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015... 3 2. Balança Comercial no Ano de 2014... 4 3.

Leia mais

ano I, n 6, outubro de 2011

ano I, n 6, outubro de 2011 ,, outubro de 2011 SÍNTESE SETEMBRO DE 2011 (Em US$ milhões) Período Exportações Importações Saldo Setembro 23.285 20.212 3.074 Variação em relação a setembro de 2010 23,6 % 13,9 % + US$ 1.986 milhões

Leia mais

Boletim informativo Balança comercial. Outubro/2017 Daiane Leal

Boletim informativo Balança comercial. Outubro/2017 Daiane Leal Boletim informativo Balança comercial Outubro/2017 Daiane Leal 3 BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA Nesse boletim será analisada a balança comercial do Brasil e do município de Governador Valadares, bem como

Leia mais

Acumulado até novembro registra IED de US$ 52,7 bilhões

Acumulado até novembro registra IED de US$ 52,7 bilhões São Paulo, 18 de janeiro de 2016 NOVEMBRO DE 2015 Acumulado até novembro registra IED de US$ 52,7 bilhões No acumulado até novembro, os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil totalizaram

Leia mais

Apesar de variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior ainda ser negativa, PIB parece esboçar reação

Apesar de variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior ainda ser negativa, PIB parece esboçar reação Apesar de variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior ainda ser negativa, PIB parece esboçar reação No acumulado dos últimos quatro trimestres 2º tri./2016 ao 1º tri./2017 o PIB registrou queda

Leia mais

AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO

AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO FEVEREIRO/2017 Conselho do IEDI Conselho do IEDI AS CONTAS EXTERNAS EM 2016: APROFUNDAMENTO DO AJUSTE EXTERNO Sumário... 1 Introdução... 3 Panorama

Leia mais

Relatório. Reunião com Embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang

Relatório. Reunião com Embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang Relatório Reunião com Embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang São Paulo, 31 de agosto de 2012 Agradecemos o apoio da Fundação Armando Alvares Penteado e do Instituto Confúcio para Negócios da FAAP para

Leia mais

Participação de importados na economia brasileira segue em crescimento

Participação de importados na economia brasileira segue em crescimento COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria Ano 2 Número 4 outubro/dezembro de 2012 www.cni.org.br Participação de importados na economia brasileira segue em crescimento

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de novembro referente a balança comercial de outubro Número 19 26.Novembro.2018 A agropecuária lidera o aumento das exportações A guerra comercial entre os

Leia mais

BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior

BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior BIC Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior Nº 04.2013 OUTUBRO DEZEMBRO DE 2013 MARTA DOS REIS CASTILHO Coordenadora JULIA TORRACCA Gestor de Informações / RJ CAROLINA DIAS Gerente Administrativa

Leia mais

Nível de Atividade: Recuperação Econômica, Use com Moderação

Nível de Atividade: Recuperação Econômica, Use com Moderação 3 Nível de Atividade: Recuperação Econômica, Use com Moderação Vera Martins da Silva(*) A economia brasileira está entrando numa fase de recuperação, a julgar por vários indicadores divulgados nas últimas

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de março referente a balança comercial de fevereiro Número 11 14.Março.2018 Saldos da balança comercial similares, mas resultados setoriais divergem. O saldo

Leia mais

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS EM Exportações

EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS EM Exportações 1. t US$ milhões EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS EM 217 1 Exportações somaram US$ 1,7 bilhão e 2,36 Mt em 217, com retração de 2,74% no faturamento e 4,1% no volume físico frente a 216. A participação

Leia mais

Número outubro.2015 Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de agosto de 2015

Número outubro.2015 Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de agosto de 2015 Monitor do PIB-FGV Número 30 20.outubro.2015 Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de agosto de 2015 Apresentação O Monitor do PIB-FGV tem sido divulgado desde fevereiro de 2014, de forma restrita. O objetivo

Leia mais

Reindustrialização no Nordeste brasileiro: dinâmica recente, crise e desafios da economia de Pernambuco

Reindustrialização no Nordeste brasileiro: dinâmica recente, crise e desafios da economia de Pernambuco Reindustrialização no Nordeste brasileiro: dinâmica recente, crise e desafios da economia de Pernambuco Fabio Lucas Pimentel de Oliveira Leonardo Guimarães Neto Objetivo Analisar a trajetória econômica

Leia mais

INVESTIMENTOS CHINESES NO BRASIL

INVESTIMENTOS CHINESES NO BRASIL INVESTIMENTOS CHINESES NO BRASIL 2016 Sobre a publicação Buscando oferecer um esclarecimento sobre o panorama dos investimentos chineses no Brasil em 2016, o objetivo desta publicação é fornecer uma visão

Leia mais

Balança Comercial Brasil e Minas Gerais Junho Belo Horizonte 2017

Balança Comercial Brasil e Minas Gerais Junho Belo Horizonte 2017 Balança Comercial Brasil e Minas Gerais Junho 2017 Belo Horizonte 2017 No primeiro semestre de 2017, a balança comercial brasileira obteve superávit recorde no âmbito da série histórica do MDIC (Ministério

Leia mais

EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO EM SÃO PAULO

EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO EM SÃO PAULO TRABALHO E CONSTRUÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAILO AGOSTO DE 2017 EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO EM SÃO PAULO A atual crise econômica abalou fortemente as conquistas

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de dezembro referente a balança comercial de novembro Número 20 14.Dezembro.2018 A volta do efeito plataforma de petróleo no mês de novembro Como comentado

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de agosto referente a balança comercial de julho Número 16 14.Agosto.2018 As exportações de commodities lideraram o volume das exportações em julho O saldo

Leia mais

EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE

EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE TRABALHO E CONSTRUÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE Julho 2018 EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA NA SITUAÇÃO DO TRABALHADOR DA CONSTRUÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE A persistência da crise

Leia mais

Balança Comercial [Jan. 2009]

Balança Comercial [Jan. 2009] Highlight: Balança Comercial [Jan. 2009] A pós queda de demanda mundial, desde de, a trombose do sistema financeiro (em setembro /08), as exportadores brasileiros vem perdendo dinamismo. Seria ingenuidade

Leia mais

no Mercado de Trabalho Brasileiro

no Mercado de Trabalho Brasileiro Análise da Pobreza e a População de Baixa Renda no Mercado de Trabalho Brasileiro Victor Chagas e Lucas Facó Universidade de Brasília September 30, 2011 Trajetórias da população de baixa renda no mercado

Leia mais

Mineração e Transformação Mineral

Mineração e Transformação Mineral Mineração e Transformação Mineral 4 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SETOR PIB da Mineração e Transformação Mineral - brasil (%) 15,2 14, 12,4» O agrupamento Mineração e Transformação Mineral (M&TM) compreende toda

Leia mais

Relações Governo Empresa Multinacional

Relações Governo Empresa Multinacional Relações Governo Empresa Multinacional As Companhias Multinacionais (CMNs) e os Estados Estados e CMNs São ameaças: ao bem estar social e econômico do trabalhador às pequenas empresas às comunidades locais

Leia mais

Produção Industrial e Balança Comercial

Produção Industrial e Balança Comercial Produção Industrial e Balança Comercial 1. Produção Industrial Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - IBGE A produção industrial brasileira cresceu 10,5% em 2010. Trata-se do maior crescimento desde

Leia mais

ano I, n 5, setembro de 2011

ano I, n 5, setembro de 2011 ,, setembro de 2011 SÍNTESE AGOSTO DE 2011 (Em US$ milhões) Período Exportações Importações Saldo Agosto 26.159 22.285 3.874 Variação em relação a agosto de 2010 36,0 % 32,5 % + US$ 1.461 milhões Janeiro-Agosto

Leia mais

COMÉRCIO EXTERIOR SANTA CATARINA

COMÉRCIO EXTERIOR SANTA CATARINA SANTA CATARINA Desempenho do Estado em Resumo Executivo Acumulado do Ano (Jan 2018/Jan 2017) 1) Comércio Exterior no Mês de As exportações catarinenses de janeiro de 2018 somaram quase US$ 591,3 milhões,

Leia mais

ano XVII, n 10, outubro de 2013

ano XVII, n 10, outubro de 2013 ano XVII, n 10, outubro de 2013 EM FOCO O índice de preços das exportações registrou alta de 2,3% em setembro na comparação com o mês de agosto. A elevação dos preços mostra-se discreta, mas generalizada,

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA AGOSTO DE 2012 Nivalde J. de Castro Matheus Trotta Vianna

Leia mais