Nonada: Letras em Revista E-ISSN: Laureate International Universities Brasil

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1 Nonada: Letras em Revista E-ISSN: Laureate International Universities Brasil Basílio, Raquel A teoria do valor linguístico revisitada Nonada: Letras em Revista, vol. 1, núm. 20, mayo-septiembre, 2013, pp Laureate International Universities Porto Alegre, Brasil Disponível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

2 La théorie de la valeur linguistique revisité Raquel Basílio RESUMO Este artigo é parte da tese de doutoramento Língua e Sujeito: um percurso entre Saussure e Lacan (2010), cuja temática considera a teoria do valor como lugar privilegiado da influência que o sujeito sofre/causa nos movimentos sistêmicos. A partir do exame documental das fontes publicadas, conclui-se que é na tensão sistêmica que é possível perceber o esboço de uma gramática do sentido. PALAVRAS-CHAVE sujeito; sistema; valor. RÉSUMÉ Cet article fait partie de la thèse de doctorat «Langue et Sujet: un parcours entre Saussure et Lacan» (2010), dont la thématique considère la théorie de la valeur comme le lieu privilégié de l influence que le sujet souffre/cause dans les mouvements systémiques. A partir de l examen des sources documentaires publiées, on conclut que c est dans la tension systémique, qu il est possible des apercevoir les ébauches d une grammaire du sens. MOTS-CLÉS Sujet; système; valeur. Ferdinand de Saussure (...). Essa figura assume agora os seus traços autênticos, aparece-nos na sua verdadeira grandeza. Não há um só linguista hoje que não lhe deva algo. Não há uma só teoria geral que não mencione o seu nome. Émile Benveniste Como Benveniste, afirmamos que todos os diversos modos de se atuar no campo da linguística, de algum modo, devem algo a Saussure. Seja para lhe refutar a palavra ou para apoiar suas ideias - esboçadas na edição de , parte-se desse ponto em comum: O Curso de Linguística Geral (CLG). Desse modo, podemos dizer, sem reservas,

3 que as teorias do campo da linguagem se desenvolvem desde o século passado a partir ou por meio de um diálogo constante com Saussure, ou mais precisamente, com o Curso de Linguística Geral (1916). Algumas vezes uma conversa amena, outras vezes um debate furioso, mas sempre esse diálogo está implícito ou explícito nas teses e teorias da linguagem. Durante este longo diálogo, que se arrasta por quase um século, alguns pontos da teoria parecem se perder em meio às diferentes leituras feitas da edição de Por exemplo, a ideia de uma exclusão do sentido vigora em praticamente todos os diálogos feitos. Desse modo, discutir uma semântica a partir da reflexão saussuriana pode causar um estranhamento nos leitores acostumados a ouvir sobre exclusões comuns à teoria de Ferdinand de Saussure. Hoje, como já disse Émile Benveniste, vemos Saussure de um ponto de vista diferente do de seus contemporâneos que leram o Mémoire sur le système primitif des voyelles dans les langues indo- -européennes e estavam mergulhados nas questões que motivaram a reflexão saussuriana como, por exemplo, o embate entre os linguistas comparativistas que vinham de uma respeitada tradição e os jovens neogramáticos que discutiam a necessidade de um novo ponto de vista para os estudos da linguagem. Grande parte de nós lemos apenas as notas preparatórias para os três cursos ministrados em Genebra poucos anos antes da morte de Saussure em 1913 em uma edição feita por seus alunos. Desse modo, a pergunta crucial ainda seria a mesma feita por Benveniste (1963, p. 34): O que foi que Saussure trouxe à linguística do seu tempo, e em que agiu sobre a nossa? A resposta, talvez, só nos seja acessível a partir da (re)construção de um referencial teórico-metodológico para descrição e análise crítica dos escritos deixados por Saussure e dos diversos textos dos seus comentadores, objetivo maior de nossa pesquisa. Por hora nos delimitaremos a esboçar comentários sobre 56 Nonada

4 Raquel Basílio a teoria do valor e alguns desdobramentos desta para a questão da semântica saussuriana. INTRODUZINDO A QUESTÃO A construção de um referencial teórico-metodológico para descrição e análise crítica dos escritos deixados por Saussure é de natureza comparativa e lexicológica. Dedicamos nossos esforços ao trabalho de demarcar as relações que se estabelecem nos textos saussuriano dos termos linguagem, língua, fala (discurso e faculdade de linguagem) e determinar o valor de cada um dos termos em comparação sistêmica. Exemplificaremos o método ao tratar do problema do sentido e da significação, objeto deste trabalho, que, dentro do sistema conceitual saussuriano se constitui como uma questão de enorme complexidade, pois subjazem questões mais amplas, como, por exemplo, sobre a natureza da língua e da linguagem e o tipo de relação que as unidades da língua estabelecem, a natureza da fala como jogo de linguagem e o estatuto do discurso a partir da conceituação da fala em relação à linguagem, ou melhor, como jogos de linguagem (ARRIVÈ, 2010, p ), bem como a relação língua e sujeito falante no sistema linguístico. Nosso ponto de partida está fixado na coleção de documentos historicamente ligados à personalidade de Saussure. Trata-se de um arquivo aberto que continuamente recebe textos de vários autores: os textos manuscritos de Saussure; o texto que compõe o Curso de Linguística Geral editado por Bally e Sechehaye; lembranças de amigos; cartas para Saussure e outras escritas por Saussure; o diário do pai de Saussure; documentos de trabalhos identificados como pertencentes a alunos de Saussure, como folhas e notas sobre a entonação da Lituânia, - uma das disciplinas por ele ministrada -; documentos relacionados à pesquisa dos anagramas e das lendas germânicas; textos publicados Nonada

5 em vida pelo professor, anotações pessoais, entre tantos outros. O segundo passo relaciona-se com o tratamento dado aos documentos. Apesar de alguns autores conferirem graus de autenticidade a estes documentos (KYHENG, 2010; BRONCKART, 2011, BOUQUET, 2011), partimos, em nossa pesquisa, do ponto de vista que o material citado deve ser lido de forma integral. Levando-se em consideração a diversidade dos documentos, a delimitação de um dado corpus de estudo deve ser realizada em decorrência direta do objeto de análise, podendo conter diversos textos de diferentes naturezas, respeitando e observando as peculiaridades de cada documento no desenvolvimento do trabalho interpretativo. A natureza fragmentária de tais documentos nos impõe a necessidade de compreender o impressionante trabalho empírico anterior sobre a comparação de diversas línguas distribuídas no espaço e no tempo. Esse trabalho realizado por F. de Saussure evidencia a importância de reler a reflexão do professor como fruto de uma constante pesquisa sobre a permanência das mudanças que atingem tanto as palavras como os conceitos que elas veiculam e a relação de significação entre essas duas entidades. Por causa da limitação física deste artigo delimitamos como nosso corpus de análise apenas dois fragmentos que tratam especificamente do valor linguístico. Na edição de 1916 delimitamos os seguintes capítulos: As unidades concretas da língua; Identidades, realidades, valores; O valor linguístico; Relações sintagmáticas e relações associativas; Mecanismo da língua e O papel das entidades abstratas em gramática. Também compõem o corpus as notas das aulas 23, 27, 30 de junho e 4 de julho de 1911, organizadas e publicadas por Bouquet e Engler (2002). Em algumas ocasiões recorreremos a outros documentos que não fazem parte desse corpus para elucidar questões que estão em torno do nosso problema: o sentido e a significação dentro do sistema con- 58 Nonada

6 Raquel Basílio ceitual saussuriano. Para tornar mais claro o fato sistêmico recorremos a um traço constante na meditação saussuriana, a repetição. A repetição observada na pesquisa com os anagramas, com as lendas germânicas e nas suas considerações sobre uma linguística geral se constitui efeito da natureza sistêmica do objeto e da incompletude da reflexão saussuriana. Desse modo, aquele que tem como objeto de pesquisa a reflexão saussuriana, por vezes, vê-se obrigado a recorrer à repetição como método porque o lugar que o ponto de doutrina estudado assume no sistema é diferente (ARRIVÈ, 2010, p. 15). A partir desse pequeno corpus delimitado tentaremos reconstruir o percurso enunciativo de Saussure sobre o valor linguístico e termos ligados a este conceito norteador, tendo como fim a verificação da hipótese inicial de que a semântica saussuriana tem como núcleo a teoria do valor e que a produção de valores no eixo sincrônico e no eixo diacrônico são movimentos sistêmicos próprios da semântica saussuriana (CHOI, 2002; ARRIVÈ, 2010). Por meio da reconstituição do percurso enunciativo desses documentos citados, visamos compreender a importância dos conceitos desenvolvidos para os estudos relativos à natureza da linguagem. A CARACTERÍSTICA SOCIAL DO SISTEMA Para Saussure, colocar-se primeiramente no terreno da língua (SAUSSURE, 1996, p. 16, grifo do autor) era uma prioridade que tinha como característica primária sua dimensão social. Por esta razão, para desenvolvermos um diálogo com a reflexão saussuriana precisamos partir da característica social da língua. Ao escolher a língua como objeto da Linguística, Saussure inaugurou um corte epistemológico nos estudos da linguagem que permitiu ou viabilizou o projeto de tornar a Linguística uma Ciência. Este gesto inaugural deu início à Linguística Moderna, como a conhecemos Nonada

7 hoje. Dosse (2007), ao redesenhar as construções do Estruturalismo na Europa, frisa a importância desse gesto saussuriano, em especial o da valorização do ponto de vista sincrônico nos estudos linguísticos. A língua, objeto da Linguística em detrimento da linguagem, é definida, nos termos saussurianos como uma generalização do específico. Isso implica uma não homogeneidade da língua. De que ponto de vista se pode afirmar a heterogeneidade do objeto? Do ponto de vista da gênese de objeto, pois tanto do ponto de vista do mecanismo do sistema daquilo que conserva a identidade sistêmica quanto do ponto de vista da sua natureza a arbitrariedade de seus signos a língua, objeto científico, é homogênea. A origem do objeto a língua é para Saussure heterogênea. Assim, podemos afirmar que a definição da língua objeto como uma generalização das línguas, implica um objeto heterogêneo e uma dificuldade de apreensão do objeto plural. No texto referente à primeira conferência na Universidade de Genebra, de novembro de 1891, vemos a definição saussuriana do objeto, a língua: O estudo geral da linguagem se alimenta incessantemente, por conseguinte, de observações de todo o tipo que terão sido feitas no campo particular de tal e tal língua (Saussure, 2002, p. 129). Esta ideia de que a língua é o objeto de estudo oriundo das observações feitas em todas as línguas é perceptível também na nota para o terceiro curso. Quando Saussure fala de como dividiu seus cursos, ele diz: Como foi indicado, dividimos o curso em três partes e os títulos das duas primeiras diferem apenas por um singular e um plural: 1º parte: As línguas, 2º parte: A língua. Essa é a diferença básica a indicar, rigorosamente, quase sem equívoco, o que deve ser a diferença de conteúdo entre as duas partes. [...] As línguas, esse é o objeto concreto que se oferece, na superfície do globo, ao linguista. A língua, é esse o título que se pode dar ao que o linguista souber tirar de suas observações sobre o conjunto das línguas, através do tempo e através do espaço (Saussure, 2002, p ). 60 Nonada

8 Raquel Basílio Teóricos como Johannes Fehr (2000) e, antes dele, Tullio de Mauro (1995) em notas à edição italiana do Curso de Linguística Geral, afirmam que Saussure parte das línguas existentes em lugares concretos, isto é, da diversidade geográfica, para construir seu objeto teórico: a língua como uma generalização do que há nas línguas. Assim, esse objeto é constituído a partir da pluralidade das línguas existentes na superfície do globo. Consequentemente, a língua saussuriana não é uma ordem estável e fechada, ela é pensada como um conjunto em equilíbrio frágil, oscilante, exposto às variações constantes, como um sistema que não é mais do que momentâneo. Partir das línguas existentes o francês, o inglês, o alemão, etc. é definir a língua por meio da pluralidade existente das línguas. Fazendo isso, Saussure rompe com a tradição de partir de uma língua única, a língua-mãe, origem da diversidade, e passa a constituir seu objeto a língua a partir das línguas. Também podemos observar, nas palavras de Saussure, que a língua como objeto de estudo do linguista é constituída de observações sobre o conjunto das línguas, através do tempo e do espaço (Saussure, 2002, p. 265). Além das diversas línguas existentes em diferentes espaços geográficos, o professor sublinha a importância das diferenças da língua através do tempo. A necessidade de se observar o tempo em sua relação com a língua é tão importante para a constituição do objeto língua quanto a diversidade das línguas existentes nos espaços geográficos. Assim, a língua deveria ser observada numa perspectiva sincrônica das línguas existentes o que implica levar em consideração a fala, e numa perspectiva diacrônica da língua através do tempo, como veremos ao observar as analogias. Sobre o fato social como característica primária da língua Saussure diz: Elemento tácito, que cria todo o resto; que a língua circula entre os homens, que ela é social (Saussure, 2002, p. 86, grifo do autor). Em outra passagem da edição de 1916 podemos ler: O signo escapa Nonada

9 sempre, em certa medida, à vontade individual ou social, estando nisso o seu caráter essencial; é, porém, o que menos aparece à primeira vista (Saussure, 1996, p. 25). Nessas citações observamos que o caráter social da língua é um elemento tácito que cria todo o resto. Esse todo o resto refere-se a todos os outros elementos da língua, já que é sobre eles que o professor escreve nessa passagem. Importante é que Saussure nos define o que é social para a sua reflexão: a língua circula entre os homens. O sistema linguístico é social, ou seja, é compartilhado, ao mesmo tempo, por muitos indivíduos. Porém estes não criam o sistema e nada podem modificar no sistema. Os indivíduos são destituídos de poder, por não terem consciência da língua, e por isso não podem dominá-la, mas, ao contrário, se acham inseridos em uma tradição por receberem a língua como uma herança das gerações anteriores a eles mesmos. Isso quer dizer que o indivíduo não pode provocar uma revolução repentina na língua, nem tem o poder de criar um sistema de língua sozinho, pois o signo sempre escapa à vontade social e à vontade individual, ao mesmo tempo. Esta noção de língua social permite pensar a arbitrariedade como um dos pilares do sistema linguístico. O falante em sua dimensão social e individual, ao mesmo tempo, não tem domínio total sobre a língua, pois a união entre um significante e um significado não é natural, ou dependente de uma razão, mas ela é imotivada. Mas, ao mesmo tempo, esta união é flexível, ou seja, ela não tem a rigidez que o vínculo natural talvez implicasse. Por ser imotivada ela pode ser modificada e assim escapar ao domínio social da língua. A característica imotivada do signo abre caminho para a noção de sistema ao dar sustentação à teoria do valor linguístico. Sobre isso Saussure escreve: Por sua vez, a arbitrariedade do signo nos faz compreender melhor por que o fato social pode, por si só, criar um sistema linguístico. A coletividade se faz necessária para estabelecer 62 Nonada

10 Raquel Basílio os valores cuja única razão de ser está no uso e no consenso geral: o indivíduo, por si só, é incapaz de fixar um que seja (Saussure [1916] 1996, p. 132). Assim, chegamos à ideia de valor, ponto fundamental da noção de sistema que se funda no caráter social da língua como oriunda do princípio da arbitrariedade dos signos linguísticos. A LÍNGUA COMO SISTEMA DE VALORES A noção de sistema é o ponto central da reflexão saussuriana. Esta noção se inicia e culmina na teoria do valor linguístico. Podemos dizer que quando falamos de valor estamos falando dos movimentos do sistema, ou melhor, da identidade sistêmica. Saussure nos diz que o sistema nunca é mais que momentâneo (SAUSURE [1916] 1996, p. 104), então, como ele pode manter uma identidade que o faça ser reconhecido pelos falantes? Em outras palavras, poderíamos dizer que o sistema, ou a língua, é volátil e sua volatilidade se deve ao fato de existirem apenas movimentos sistêmicos, não um sistema que possa ser definido por características que lhe sejam anteriores aos valores gerados pelo fato sistêmico. É evidente que a característica arbitrária leva o sistema a ter valores momentâneos já que eles só existem em relação aos outros valores. Novamente, os valores são definidos num a posteriori, na relação que estabelecem com outros valores gerados pelos mecanismos do sistema. Um valor define-se pela oposição que ele toma diante de todo o sistema, pela ordem da negatividade. Saussure, ao apresentar os mecanismos do sistema, as relações associativas e sintagmáticas, nos diz que cada uma delas produz certa ordem de valores: As relações e as diferenças entre termos linguísticos se desenvolvem em duas esferas distintas, cada uma das quais é geradora de certa ordem de valores (Saussure [1916] 1996, p. 142). Nonada

11 S. Bouquet (2000), ao comentar a teoria saussuriana, aponta para a teoria do valor como uma teoria semântica, e é nessa perspectiva que olhamos para o valor linguístico. O ponto de encontro entre a diferença e a semelhança gera o sentido, ou o que Bouquet (idem) denominou de fato semântico; sem esse nó não há sentido algum. As relações associativas e sintagmáticas ocorrem ao mesmo tempo produzindo o fato semântico. Em relação ao valor da palavra, no CLG podemos ler: Seu valor não estará então fixado, enquanto nos limitarmos a comprovar que pode ser trocada por este ou aquele conceito, isto é, que tem esta ou aquela significação; falta ainda compará-la com os valores semelhantes, com as palavras que se lhe podem opor. Seu conteúdo só é verdadeiramente determinado pelo concurso do que existe fora dela. Fazendo parte de um sistema, está revestida não só de uma significação como também, e sobretudo, de um valor, e isso é coisa muito diferente (Saussure [1916] 1996, p. 134). O valor, desse modo, é diferente de significação. Implica algo que pode ser trocado, ou seja, que é semelhante e comparado a algo diferente - ao mesmo tempo. Esse método de investigação dos valores da língua repousa na premissa de que o valor não pode ser confundido com significação. Enquanto a significação é a contraparte do significante e junto com este constitui o signo linguístico, o valor estaria revestindo o signo de sentido outro, a mais que aquele já conferido pela significação em sua união arbitrária com o significante. A significação pode ser dita como idêntica, mas os diversos empregos de uma mesma palavra mostram que seus efeitos na frase promovem valores distintos. Saussure (1996, p ) nos mostra que no interior de uma mesma língua, todas as palavras que exprimem ideias vizinhas se limitam reciprocamente: sinônimos como recear, temer, ter medo só tem valor próprio pela oposição; se recear não existisse, todo seu conteúdo iria para os termos concorrentes. Nesse caso, o que faz um significante ser bem empregado numa frase 64 Nonada

12 Raquel Basílio e não em outra não tem relação com a gramaticalidade, mas com a produção de sentido apenas. Ao construir uma teoria do valor, Saussure estava especialmente preocupado com a questão da delimitação das unidades da língua e da delimitação do que conserva nas línguas uma identidade da a língua. A delimitação de unidades de sentido estaria fortemente relacionada à questão da identidade da língua e por sua vez dos movimentos promovidos pelos mecanismos sistêmicos e sua geração contínua de valores. A apresentação da teoria do valor linguístico no Curso de Linguística Geral (1916) está dividida em alguns capítulos. Podemos ler algo sobre o valor já no capítulo A Linguística estática e a Linguística evolutiva. Nesse capítulo, lemos pela primeira vez no CLG a frase: a língua constitui um sistema de valores puros (Saussure [1916] 1996, p. 95). Também lemos sobre o valor linguístico no capítulo intitulado As unidades concretas da língua, assim como nos capítulos seguintes: Identidades, realidades, valores, O valor linguístico, Relações sintagmáticas e relações associativas, Mecanismo da língua e O papel das entidades abstratas em gramática. A complexidade da teoria do valor como ponto fundamental do sistema implica uma séria dificuldade em apresentá-la de forma clara e exata. Talvez por esta razão possamos observar uma fragmentação da teoria do valor em vários capítulos da edição de O primeiro obstáculo para o entendimento da teoria do valor estaria na compreensão dos mecanismos da língua como dois eixos que movem o sistema produzindo valores. Esses dois eixos movem- -se sincronicamente e diacronicamente produzindo certa ordem de valores em cada um dos eixos de tempo em que se movimentam simultaneamente. Desse modo, o valor linguístico pode ser observado a partir de dois pontos de vista. Primeiro o ponto de vista da sincronia: do caráter Nonada

13 duplo do valor, ou seja, das relações associativas e sintagmáticas. Depois o ponto de vista diacrônico do valor, que concerne às criações analógicas que sobrevivem na tensão entre a sincronia e a diacronia. Em ambos, estaremos tratando do valor como lugar do sentido no sistema linguístico. A PERSPECTIVA SINCRÔNICA A metáfora do jogo de xadrez ilustra bem como os valores do sistema linguístico são gerados a partir de um ponto de vista sincrônico da língua. Primeiramente, a arbitrariedade que funda os valores é ilustrada na metáfora do jogo de xadrez. Saussure compara a língua ao jogo, em que os objetos não valem por sua materialidade, mas obtém seu valor pela relação que estabelecem com os outros elementos do jogo. Isso fica claro no texto de 1916: Suponhamos que, no decorrer de uma partida, essa peça venha a ser destruída ou extraviada: pode-se substituí-la por outra equivalente? Decerto: não somente um cavalo, mas uma figura desprovida de qualquer parecença com ele será declarada idêntica, contanto que se lhe atribua o mesmo valor. Vê-se, pois, que nos sistemas semiológicos, como a língua, nos quais os elementos se mantêm reciprocamente em equilíbrio de acordo com regras determinadas, a noção de identidade se confunde com a de valor, e reciprocamente (Saussure [1916] 1996, p. 128). Um valor é determinado pela presença ou pela ausência de outros valores do sistema linguístico, a relatividade se impõe nos dois eixos: um da ausência de valores as relações associativas e um da presença simultânea de valores as relações sintagmáticas. Ao mesmo tempo em que o signo só existe pelos valores, os valores só existem pela presença ou ausência percebida dos signos. Semelhante ao jogo, tudo que temos na língua é momentâneo como uma jogada que deve levar em consideração as posições das peças 66 Nonada

14 Raquel Basílio no momento do lance e pode esquecer-se dos lances anteriores com suas posições e jogadas. Podemos ler: Primeiramente, uma posição de jogo corresponde de perto a um estado da língua. O valor respectivo das peças depende da sua posição no tabuleiro, do mesmo modo que na língua cada termo tem seu valor pela oposição aos outros termos. Em segundo lugar, o sistema nunca é mais que momentâneo; varia de uma posição para a outra. É bem verdade que os valores dependem também, e sobretudo, de uma convenção imutável: a regra do jogo, que existe antes do início da partida e persiste após cada lance. Essa regra, admitida de uma vez por todas, existe também em matéria de língua; são os princípios constantes da Semiologia (Saussure [1916] 1996, p. 104). O valor oriundo do fato sintagmático está baseado nas oposições, enquanto o valor oriundo das relações associativas está baseado em semelhanças. A primeira lição que a metáfora do jogo de xadrez nos ensina é a de prevalência da arbitrariedade como fundadora da possibilidade de se gerar novos valores por meio dos dois princípios da teoria do valor. No texto de 1916, estes princípios são declarados da seguinte forma: Todos os valores parecem estar regidos por esse princípio paradoxal. Eles são sempre constituídos: 1 por uma coisa dessemelhante, suscetível de ser trocada por outra cujo valor resta determinar; 2 por coisas semelhantes que se podem comparar com aquela cujo valor está em causa (Saussure [1916] 1996, p. 134, grifos do autor). O primeiro princípio declara as diferenças formadoras do sintagma, enquanto o segundo princípio declara as semelhanças formadoras das relações associativas. O primeiro está no singular, o que nos faz lembrar que há um limite para o sintagma, não importa a sua extensão, ele é um sintagma e, por isso, é limitado em relação às inúmeras possibilidades existentes nas associações. Continuando o texto de Nonada

15 1916, lemos a seguinte definição do termo sintagma: Tais combinações, que se apoiam na extensão, podem ser chamadas sintagmas. O sintagma se compõe sempre de duas ou mais unidades consecutivas (por exemplo: re-ler, contra todos; a vida humana; Deus é bom; se fizer bom tempo, sairemos etc.). Colocado num sintagma, um termo só adquire seu valor porque se opõe ao que o precede ou ao que o segue, ou a ambos (Saussure [1916] 1996, p. 142, grifos do autor). Ao contrário, as relações psíquicas de semelhanças, relações associativas, não se baseiam na extensão, é impossível determinar uma extensão para elas, pois estão sempre em ausência. Por isso, o segundo princípio está apropriadamente no plural. A edição de 1916 nos diz: Enquanto um sintagma suscita em seguida a ideia de uma ordem de sucessão e de um número determinado de elementos, os termos de uma família associativa não se apresentam em número definido nem numa ordem determinada (Saussure [1916] 1996, p. 146). Enquanto a diferença está no espaço de um sintagma, semelhante a uma linha horizontal, ou seja, na linearidade que o tempo impõe aos significantes, a existência desta linha implica a existência das relações associativas, ou melhor, denunciam a sua existência. Em cada unidade do sintagma, podemos encontrar uma coordenação associativa. A metáfora do jogo aplicada ao entendimento das relações sintagmáticas e das relações associativas nos explica que os valores gerados são de ordem gramatical, mas não uma gramática normativa ou uma gramática baseada apenas nas formas. Podemos ilustrar da seguinte forma: cada peça no tabuleiro tem uma posição específica no jogo. Essa posição é sempre dependente e decorrente da posição das demais peças existentes que constituem o jogo. A posição de cada peça é sempre relativa e momentânea, definida não pelo tabuleiro, mas pela ordem em que as demais peças se encontram. Assim, no sistema da língua, 68 Nonada

16 Raquel Basílio cada signo tem uma posição/relação específica dentro das regras que estruturam a língua e definem seu funcionamento, as regras do jogo. Tomando nossa língua materna como exemplo, pode-se dizer que o artigo é distribuído relacionando-se com o substantivo, isso ocorre porque o artigo tem, na língua, a função de determinar o substantivo. Aparentemente simples, mas um sintagma assim construído e em relação com as associações que o sustentam e o suscitam, ao mesmo tempo, permite que uma significação seja revestida de novo valor a cada jogada em que relações de signos se movimentam na geração de sentido. A PERSPECTIVA DIACRÔNICA Ao descrever o funcionamento das analogias no sistema linguístico, Saussure falava a respeito da organização gramatical (Saussure, 2002, p. 266) e, ao mesmo tempo, de valores observados do ponto de vista diacrônico. As formações analógicas estão, segundo o professor, presentes em todas as línguas. Para ele, uma língua qualquer num momento qualquer, nada mais é do que um vasto enredamento de formações analógicas (Saussure, 2002, p. 140). Dessa forma, a analogia não é um fato único ou excepcional de uma língua, mas constitui a substância mais clara da linguagem (Saussure, 2002, p.141). Saussure nos dá vários exemplos de processos analógicos, um deles é do nominativo latino honor. Segundo o professor, a princípio se disse honõs: honõsem, depois, por rotacismo do s, honõs : honõrem. O radical tinha, desde então, uma forma dupla; tal dualidade foi eliminada pela nova forma honor, criada sobre o modelo de orator: oratorem etc (Saussure [1916] 1996, p. 187, grifos do autor). Ou seja, honor, criado a partir da relação com orator, serviu de modelo para a nova forma, honõrem. Podemos perceber, também neste Nonada

17 exemplo, que a analogia não substitui o termo anterior, pois temos dois termos diferentes que coexistem por um tempo, até que uma das formas desapareça. O quadro presente na edição de 1916 é o seguinte: Percebemos, desse modo, que o processo analógico, neste exemplo, unificou um grupo de signos antes separados. A analogia se exerce em favor da regularidade e tende a unificar os processos de formação e flexão (Saussure [1916] 1996, p. 188). A natureza da analogia é exemplificada no texto de 1916: Todo fato analógico é um drama de três personagens: 1º o tipo transmitido, legítimo, hereditário (por exemplo, honõs); 2º o concorrente (honor); 3º uma personagem coletiva, constituída pelas formas que criaram esse concorrente (honõrem, õrõtor, õrõtõrem etc.). Considera-se, habitualmente honor com uma modificação, um metaplasmo de honõs; é desta última palavra que teria tirado a maior parte de sua substância. Ora, a única forma que nada teve a ver com a geração de honor foi precisamente honõs! (Saussure [1916] 1996, p. 189). Uma mudança implica uma substituição. Segundo Saussure, a analogia não é uma mudança, mas uma criação. Uma nova forma é feita à imagem de outras formas já existentes. Ele nos diz que as formas analógicas constituem um princípio das criações da língua (Saussure [1916] 1996, p. 191), um princípio de criações de ordem gramatical: tudo é gramatical na analogia [...] Em resumo, a analogia, considerada em si mesma, não passa de um aspecto do fenômeno de interpretação, uma manifestação da atividade geral que distingue as unidades para utilizá-las em seguida. Eis porque dizemos que é inteiramente gramatical e sincrônica (Saussure [1916] 1996, p ). A analogia é resultado do sistema, é resultado das relações sintagmáticas e associativas que promovem uma nova forma. É necessário que se comparem as formas para que seja criada uma nova, à semelhança de outra já existente. O que se cria é um novo valor, que está numa 70 Nonada

18 Raquel Basílio relação de semelhança e diferença com as formas que lhe emprestaram a matéria e estão num estado anterior da língua. Por isso, o professor nos diz que ela é, ao mesmo tempo, sincrônica e diacrônica, ou seja, a forma analógica é revestida de um valor diacrônico e de um valor sincrônico ao mesmo tempo. Como a analogia faz isso? É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a princípio, por certo número de indivíduos, antes de entrar em uso. [...] Como se efetuou essa substituição de war por was? Algumas pessoas, influenciadas por waren, criaram war por analogia; era um fato da fala; esta forma, frequentemente repetida e aceita pela comunidade, tornou-se um fato de língua (Saussure [1916] 1996, p. 115, grifos do autor). Da forma descrita na citação acima, a analogia assume um papel no processo de transformação ou de evolução de uma língua: Cada vez que uma criação se instala definitivamente e elimina sua concorrente, existe verdadeiramente algo criado e algo abandonado, e nesse sentido a analogia ocupa um lugar preponderante na teoria da evolução (Saussure [1916] 1996, p. 197). Um aspecto importante é que, segundo a citação, o nascimento da analogia ocorre na fala, no uso efetivo que os falantes fazem constantemente da sua língua materna. Entendemos que ao perceber a língua como um sistema em constante estado de retomada e perda de equilíbrio, tomando, por vezes, nova posição, ou seja, se reorganizando dia após dia, podemos afirmar que a língua é um sistema em perpétuo desequilíbrio e em perpétuo estado de reorganização. Falar da analogia é falar daquilo que se sustenta na tensão entre a sincronia e a diacronia, e faz perceber que Nonada

19 a separação entre os dois eixos é artificial, levando-nos a acreditar numa intensa dialética presente na reflexão saussuriana. As criações analógicas, num movimento de substituição metafórica, permitem observar e descobrir um sentido para ordem gramatical. Apesar de que para os sujeitos que as originam não há uma premeditação. A tensão em que o sistema sobrevive, entre equilíbrio e desequilíbrio constante, permite falar sobre as mudanças e sobre o que permanece imutável. Esse ponto de vista permite também, a partir das criações de analogia, explicada à luz das relações associativas e sintagmáticas, percebermos a relação sujeito falante e língua na teoria do valor como teoria do sentido, inclusive quando tratamos dos valores de um ponto de vista diacrônico. Para descrever o mecanismo da analogia no movimento do sistema de língua, apoiamo-nos, primeiramente, na edição de Bally e Sechehaye datada de Optamos por essa edição pela simples razão de ter sido essa a que fundou todos os diálogos subsequentes entre Saussure e a Linguística, porém não podemos deixar de perceber a questão das formas do sentido que o professor discute ao desenvolver sua teoria do valor linguístico, tanto nas notas de aula escritas pelo próprio Saussure para os três cursos ministrados em Genebra, quanto em outras notas esparsas datadas provavelmente de antes de 1900, quando ele ainda residia na França. A TEORIA DO VALOR REVISITADA Voltemos à pergunta crucial feita por Benveniste (1963, p. 34): O que foi que Saussure trouxe à linguística do seu tempo, e em que agiu sobre a nossa? Este breve diálogo não apresenta uma resposta pronta, mas aponta para possíveis desdobramentos. Entre eles, a necessidade de entender a criação de sentido presente na língua que está além da significação que compõe, junto com o significante, o signo como 72 Nonada

20 Raquel Basílio unidade do sistema. Primeiramente, as criações analógicas - como discutido acima - são criações de ordem gramatical. Por essa razão Saussure faz questão de distingui-las das mudanças fonéticas, que para ele seriam mais caóticas e ligadas inteiramente ao princípio do arbitrário absoluto. Quando falamos em gramática é importante frisar que estamos nos referindo ao seu sentido mais amplo, ou seja, à gramática no sentido de conjunto das formas e dos procedimentos (funcionamento) mais ou menos restritivos que permitem exprimir a significação. Poderíamos dizer que a gramática, na teoria saussuriana, está ligada ao conceito de identidade da língua, daquilo que, por ter certa estabilidade, permite que o sujeito falante identifique-a e/ou identifique-se na língua. Desse modo, as analogias estão estreitamente ligadas à possibilidade do arbitrário de se relativizar. O arbitrário relativo é sempre relativo ao arbitrário absoluto. Nas palavras do autor: Com efeito, todo o sistema da língua repousa no princípio irracional da arbitrariedade do signo que, aplicado sem restrições, levaria à complicação suprema; o espírito logra introduzir um princípio de ordem e de regularidade em certas partes da massa dos signos, e esse é o papel do relativamente motivado. Se o mecanismo da língua fosse inteiramente racional, poderíamos estudá-lo em si mesmo; mas como não passa de uma correção parcial de um sistema naturalmente caótico, adota-se o ponto de vista imposto pela natureza mesma da língua, estudando esse mecanismo como uma limitação do arbitrário (Saussure [1916] 1996, p. 154). Enquanto o arbitrário absoluto permite gerar divisões na massa amorfa de sons e de ideias sem limite algum, gerando as mudanças fonéticas e, ao mesmo tempo originando as unidades da língua, o arbitrário relativo impõe uma mudança de outra ordem. O relativamente motivado gera valores pela via dos fatos gramaticais da língua e pode por meio deles ser explicado ou mesmo recriado em seu percurso. Nas palavras de Saussure, o sujeito logra o arbitrário absoluto e a força Nonada

21 particularista, ou melhor, e o espírito de campanário ([1916] 1996, p. 238), introduzindo ordem no sistema, freando as divisões nas massas amorfas, conferindo ao sistema um caráter social e a um só tempo, mutável e imutável. Essa tensão tem origem em duas forças que organizam os sistemas semiológicos em geral, ou seja, no fugaz equilíbrio entre o espírito de campanário que permite a manutenção e a evolução constante desses sistemas. No sistema linguístico, essas duas forças se traduzem no princípio do arbitrário absoluto e no princípio do arbitrário relativo, princípios que estão no centro dos processos de produção de valores (SAUSSURE, [1916] 1996, p. 132; DE MAURO, 1995, nota 228). Segundo o professor genebrino, a analogia, diferentemente das mudanças fonéticas, representa operações inteligentes, em que é possível descobrir um objetivo e um sentido (Saussure, 2002, p. 139), é um fenômeno de transformação inteligente (Saussure, 2002, p. 139) que supõe análises e combinações, uma atividade inteligente, uma intenção (Saussure [1916] 1996, p. 207). Isso significa que, diferentemente das transformações fonéticas, é possível apontar, na origem da analogia, uma lógica advinda das operações do arbitrário relativo. Tomemos a liberdade de repetir a citação já observada, porém, dessa vez, ressaltando um segundo aspecto, o da função do sujeito falante no processo de gerar valores no eixo diacrônico. Leiamos novamente: É na fala que se acha o germe de todas as modificações: cada uma delas é lançada, a principio por certo número de indivíduos, antes de entrar em uso. [...] Como se efetuou essa substituição de war por was? Algumas pessoas, influenciadas por waren, criaram war por analogia; era um fato da fala; esta forma, frequentemente repetida e aceita pela comunidade, tornou-se um fato de língua (Saussure [1916] 1996, p. 115, grifos do autor). Nesta citação Saussure coloca a origem das modificações na linearidade sintagmática de um ato de fala que é permeado pela presença 74 Nonada

22 Raquel Basílio inconsciente do sujeito falante, que permite que essa pequena mudança contamine o sistema e se torne um fato de língua, ou seja, que circule ao ponto de tornar-se social e conduzir a um novo modo de organização do sistema. Esse novo modo de organização do sistema da língua está implicado em novos valores, sentidos outros dados aos mesmos significantes, já usados, velhos. Por exemplo, como o verbo ir passou a figurar em contextos que não são propriamente de lugar, mas também de ideias? Dizemos normalmente eu irei pensar nisso hoje ; quando antes não seria apropriado esse uso. Poderíamos pensar em diversos exemplos dessa ordem. Primeiramente o que está em questão nas mudanças provocadas por criações de analogias são os empregos que os falantes fazem ao introduzir um princípio de ordem e regularidade que Saussure chama de arbitrário relativo que faz emergir efeitos de sentido em cada emprego das formas linguísticas. Segundo, do ponto de vista sincrônico, podemos nos perguntar - como já fez Claudine Normand (2010) quais são os valores do verbo que afetam o uso de uma declaração e a tornam admissível ou inadmissível para o falante?, ou de modo mais amplo, quais são os valores das formas linguísticas que afetam o uso de uma declaração e a tornam admissível ou inadmissível para o falante? Ou melhor, que valores estão sendo produzidos quando um sintagma entre em cena? O sentido de um signo só pode ser definido pela soma total dos seus empregos e pela sua distribuição e ligações que resultam deste emprego. É o caso de significantes que possuem dois ou mais significados. Em cada emprego um mesmo significante se recobre de um valor diferente, ou melhor, de um novo sentido que não pode ser dado de antemão, pois é construído no momento da fala em que o jogo entre as relações associativas e sintagmáticas é articulado por um sujeito falante. Para exemplificar, podemos pensar no uso do verbo perder. A Nonada

23 frase eu perdi a minha caneta não tem o mesmo sentido que eu perdi minha filha ou eu perdi minha esposa. No entanto, são as semelhanças e, ao mesmo tempo, as diferenças que condicionam seu emprego num ou noutro contexto, conferindo-lhe valores distintos. O jogo semântico se constrói pela criação de analogias, na tensão existente entre a sincronia e a diacronia. Isso significa que há em jogo o arbitrário relativo e uma produção única de valores gerados pelo emprego de formas significativas da língua. Declarações semanticamente semelhantes não são semanticamente equivalentes desse ponto de vista. Desse modo, o valor gerado ou produzido no movimento do sistema estaria ligado ao que podemos chamar de uma gramática do sentido que permite compreender o fato social da língua como ligado aos empregos que o sujeito falante faz ao identificar e se identificar na a língua. CONSIDERAÇÕES Trata-se do vigor de um pensamento que, à imagem da fênix, não morre, senão para ressurgir mais belo. (Rudolf Engler, por ocasião da inauguração do Instituto Ferdinand de Saussure) O esboço de um método de análise semântica é o segundo passo a ser dado neste caminho em busca de Saussure. A (re)leitura e a (re) construção do referencial teórico-metodológico dos atuais documentos saussurianos configuram-se como os primeiros passos necessários. Ainda vivenciamos um período de análise da reflexão saussuriana, em que observamos a (re)atualização de conceitos trabalhados por Saussure, principalmente por colocá-los sob a luz da Semiologia, o que tem como primeira grande consequência a reintrodução do ponto de vista sistêmico sempre presente da meditação do professor e a exclusão do ponto de vista dicotômico, tão presente nas leituras anteriores à publicação dos manuscritos. 76 Nonada

24 Raquel Basílio Podemos dizer, também, que este gesto de retorno a Saussure pode contribuir para os estudos semânticos ao apresentar a teoria do valor como teoria semântica evidenciando a função do sujeito falante no jogo estabelecido entre o tempo diacrônico e sincrônico em suas relações de equilíbrio e desiquilíbrio fundadoras dos movimentos semânticos. A partir do levantamento realizado, podemos considerar que a tensão em que o sistema sobrevive, entre equilíbrio e desequilíbrio constante, permite falar sobre as mudanças e sobre o que permanece imutável. Esse ponto de vista permite também, a partir das criações de analogia, explicada à luz das relações associativas e sintagmáticas, percebermos um lugar para o sujeito na teoria do sentido, inclusive quando tratamos dos valores de um ponto de vista diacrônico. Sabemos, entretanto, que toda leitura das reflexões saussurianas é apenas uma interpretação, algo peculiar a uma obra inacabada e de um pensamento em constante evolução, sem ponto final. Assim, não podemos oferecer conclusões finais à discussão, mas uma sensação de conclusão a uma questão que não se esgota nestas páginas. Por esta razão, faço minhas as palavras de Arrivè: Ao terminar este capítulo, indago com uma sombra de perplexidade: Será que traí o pensamento de Saussure? Isso é infinitamente provável, no mínimo porque silenciei sobre muitos e consideráveis dos seus aspectos (ARRIVÈ, 1999, p. 66). Encontramos algumas lacunas nos escritos deixados por Saussure, questões deixadas sem aparente resposta, da mesma forma como encontramos certezas de um sério pesquisador, angustiado com a complexidade de seu objeto e fascinado por ele, ao mesmo tempo. Sua atitude paradoxal de paixão e angústia nos contamina e tudo que podemos dizer é que esta interpretação não pode ser o ponto de vista mais ou menos adequado para se pensar nas questões deixadas por ele. Há pontos de vista possíveis, pois nada nos diz de antemão que Nonada

25 uma dessas maneiras de considerar o fato seja anterior ou superior às outras (SAUSSURE, 1996, p. 15). Porém, a perspectiva sistêmica se impõe na compreensão da semântica saussuriana. REFERÊNCIAS ARRIVÈ, Michel.(1999) Linguagem e psicanálise, linguística e inconsciente: Freud, Saussure, Pichon, Lacan. Trad. Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, (1994) Linguística e psicanálise. Trad. brasileira de Mário Laranjeira. São Paulo: EDUSP, BENTES.(2004) Introdução à linguística, vol. 3. Fundamentos epistemológicos. São Paulo: Cortez, BENVENISTE, Emile.(1988) Problemas de linguística geral. Vol I. Campinas: Pontes, (1989) Problemas de linguística geral. Vol II. Campinas: Pontes, Em busca de Ferdinand de Saussure. São Paulo: Parábola editorial, BOUQUET, Simon.(2000) Introdução à leitura de Saussure. São Paulo: Cultrix, 2000.BRONCKART, J-P, BULEA, E. E BOTA, C (Orgs.) Le projet de Ferdinand de Saussure. Genève: Dorz, CHOI, Yong-Ho. Le Probléme du temps chez Ferdinand de Saussure. Paris :l Harmattan, CUNHA, Raquel Basílio. Língua e sujeito: um percurso entre Saussure e Lacan. Tese de Doutorado defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Letras UFPB, DE LEMOS, C.(1995) Da morte de Saussure o que se comemora?, Revista Psicanálise e Universidade, n 3. São Paulo: PEPG PUC, DE MAURO, Tullio. Notas. In: SAUSSURE, Ferdinand de. Cours de Linguistique Générale. 4. ed. Paris: Payot, Notes. In: SAUSSURE, F. de. Cours de linguistique générale. Publié par C. Bally et A. Sechehaye avec la collaboration d A. Riedlinger, édition critique préparée par Tullio de Mauro, postface de Louis-Jean Calve. Paris: Editions Payot & Rivages, 1985b. p Introduction. In: SAUSSURE, F. de. Cours de linguistique générale. Publiépar C. Bally et A. Sechehaye avec la collaboration d A. Riedlinger, édition critique préparée par Tullio de Mauro, postface de Louis-Jean Calvet. Paris: Editions Payot & Rivages, 1985c. p. I-XVIII. 78 Nonada

26 Raquel Basílio DOSSE, François. História do Estruturalismo: o campo do signo. Volume 1. Tradução de Álvaro Cabral. Bauru, SP: Edusc, Fehr, Johannes.(2000) Saussure entre linguistique et sémiologie. Traduzido do alemão por Pierre Caussat. Paris: Presse Universitaires de France, PUF, FEHR, J. Saussure entre linguistique et sémiologie. Paris: PUF, Saussure: cours, publications, manuscrits, lettres et documents: les contours de l oeuvre posthume et ses rapports avec l oeuvre publiée. Histoire Épistémologie Langage. Volume 18, número 18-2, 1996, pp Disponível em:< prescript/article/hel_ _1996_num_18_2_2469> Acesso em: janeiro, GODEL, Robert.(1969) Les sources manuscrites du cours de linguistique générale de F. de Saussure. 2a ed. Genebra: Librairie Droz S. A, KYHENG, R. Principes métothologiques de constitution et d exploitation du corpus saussurien. Revue-Texto. Disponível em < revue-texto.net/saussure/saussure.html> Acesso em: janeiro, KOMATSU, Eisuke; HARRIS, Roy (Eds.).(1993) Troisième Cours de linguistique générale ( ) d après les cahiers d Emile Constantin. Oxford: Pergamon Press, NÓBREGA, Mônica.(2002a) Lacan e a linguística saussuriana: um tiro que errou o alvo, mas acertou na mosca?. In: SCHÄFFER, FLORES e BARBISAN (Orgs.). Aventuras do sentido: psicanálise e linguística. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002, p (2002b) O mesmo e o outro: a constituição dos sentidos na articulação entre linguística e psicanálise Tese (tese de doutorado inédita) - PUC-RS. Porto Alegre NORMAND, Claudine. (2000) Saussure. Paris: Les Belles Lettres, (2009). Convite à linguística. São Paulo : Contexto, (2010). Petite grammaire du quotidien : Paradoxe de la langue ordinaire. Paris: Hermann Psychanalyse, La question d une science générale. In: AUROUX, S. (Org.). Histoire des idées linguistiques. Liège: P.Mardaga, 2000a. Tome 3, p RIBEIRO, Maria das Graças Carvalho.(2003) Sobre as noções de sujeito e de sentido na linguagem. In: DLCV: Língua, linguística e literatura. João Pessoa, 2003, p SAUSSURE, Ferdinand.[1916] Curso de Linguística Geral. Trad. Bras. Antônio Chelini et al. 25a Ed. São Paulo: Cultrix, (2002) Escritos de Linguística Geral. Trad. Bras. Carlos Augusto Leuba Salum e Ana Lúcia Franco. Organizado e editado por Simon Bouquet e Rudolfo Engler. São Paulo: Cultrix, Cours de linguistique générale. Edition critique par R. Engler. Nonada

27 Appendice, notes de F. de Saussure sur la linguistique générale. Wiesbaden: Otto Harrassowitz, Tome 2.. (1879/1879) Mémoire sur le systéme primitif des voyelles dans les langues indo-européenes. Leipzig: B. G. Teubner. SILVEIRA, Eliane. (2007) As marcas do movimento de Saussure na fundação da linguística. Campinas, SP: Mercado de Letras, STAROBINSKI, J. (1974) As palavras sob as palavras. Trad. De Carlos Vogt. São Paulo: Perspectiva, RAQUEL BASÍLIO Professora do Curso de Letras da Universidade Federal da Paraíba, modalidade presencial e a distância. Doutora em Letras pela UFPB (2010) com experiência na área de Linguística, desenvolve trabalhos voltados para a análise conceitual da teoria saussuriana e na construção de um arcabouço teórico-metodológico de investigação do fenômeno da analogia. Atualmente está vinculada ao Projeto Ateliê de Textos Acadêmicos (ATA) PNPD/Capes e ao vinculada ao Grupo de Estudos em Letramentos, Interação e Trabalho (GELIT), grupo de pesquisa cadastrado no CNPq. raquel.basilio@gmail.com 80 Nonada

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