A RACIONALIDADE NA FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA E NA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO

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1 A RACIONALIDADE NA FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA E NA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO Aluna: Cloê Schmidt Arantes Orientador: Prof. Ralph Ings Bannell Introdução Nos séculos XVI e XVII, houve modificações na visão do mundo com Descartes e Locke, entre outros. Assim concepções do conhecimento e da identidade do sujeito foram substituídas com outras, ambos sendo concebidos como sendo construída por ele próprio, surgindo a ideia de autonomia, que é muito importante na educação. A pessoa é capaz de pensar por si mesma, e de construir sua própria identidade, o que depende da consciência de cada um. A visão do mundo não era mais visão cósmica, mas sim um mundo que possui uma ordem mecânica com base em relações de causa e efeito, como uma máquina, e compreender o mundo é uma questão de desvendar os caminhos dessa máquina. Uma grande metáfora usada nos séculos XVII, XVIII e XIX, era comparar o mundo a um relógio no qual só vemos a face e a ciência tem o objetivo de olhar além dessa face para entender como funciona, sendo assim há uma busca por leis de funcionamento dessa máquina. No entanto, como seres racionais, estamos à parte dessa máquina. Assim podemos separar o espírito, o racional e o emocional que são do individuo que está à parte do corpo, separando-se a alma do corpo, separando-se o sujeito do objeto. Começou a pensar a racionalidade como uma faculdade interior, tentando-se entender como o indivíduo se constrói. A educação começou a ser vista como um processo que forma pessoas racionais que tenham identidade individual. A ideia que hoje temos que todo mundo é capaz de produzir conhecimento é pág. 1

2 moderna, pois no passado somente os filósofos, a Igreja e a nobreza eram capazes de produzir o saber. Na modernidade, a educação é universal, pelo menos em teoria se não na prática. A mente é separada, independente do corpo e do mundo. Portanto, é uma preocupação do educador levar o educando a pensar de forma crítica, de modo a usar sua razão na construção do seu pensamento e do seu agir. Neste trabalho, a partir das concepções de Descartes {1}, Locke {2}, Kant {3}, e Gadamer {4} sobre pensamento e razão, uma nova concepção de racionalidade poderá ser pensada no sentido de se educar com base numa outra concepção do sujeito, visando a formação plena e consciente do individuo que vai se integrar à sociedade, tornando-se útil a si mesmo e aos outros. Por mais que estruturas sociais anteriores que herdamos tenham moldado nossa existência, somos capazes de modificar essas estruturas agindo de modo voluntário e intencional, individual ou coletivamente seguindo nossos desejos, crenças, costumes, metas, etc. Não podemos mais aceitar a ontologia pré-moderna de um cosmos harmonioso (o logos ôntico). Ao mesmo tempo, não podemos mais conceber as ideias da filosofia do sujeito ou da consciência, em que a racionalidade era fruto da consciência interior de cada indivíduo, baseada em ideias transcendentais e uma concepção do sujeito desprendido, livre de influências (de Descartes a Kant). Por isso, é necessário desenvolver outra concepção do sujeito e da racionalidade, para fundamentar uma pedagogia para os dias de hoje. Nessa nova concepção, a razão não é vista mais como uma faculdade separada da mente e o sujeito não age apenas de acordo com sua consciência interior; caminhamos hoje para uma ideia de uma racionalidade humana social e historicamente construída. Assim, a concepção que fazemos sobre a racionalidade humana torna-se importante no processo educativo, que nos levará a entender a educação como um importante processo que forma indivíduos que saibam agir conscientemente buscando sua realização como seres humanos. pág. 2

3 Objetivos Chegar a um conceito de racionalidade útil à educação, mais adequado à pedagogia contemporânea, através dos conceitos de racionalidade estudados em Descartes, Locke, Kant e Gadamer. Avaliar o papel da linguagem e a concepção de racionalidade inserida na hermenêutica filosófica e suas implicações na pedagogia. Metodologia Esse estudo é consequência da análise e interpretação de textos de obras dos filósofos citados, textos indicados e discutidos com o orientador e com o grupo de pesquisa. Desse estudo, podemos chegar à construção de um novo texto, a partir da crítica dos textos discutidos e interpretados, com base em argumentos divergentes, através de uma reflexão pessoal. A RACIONALIDADE NA FILOSOFIA DA CONSCIÊNCIA DESCARTES ( ) Em Meditações Metafísicas, Descartes demonstra a distinção real entre a mente e o corpo. É dele a frase penso, logo existo. Com isto quis dizer que a consciência implica em existência. Nesta obra estão os argumentos para provar o dualismo entre mente e corpo quando explica...há uma grande diferença entre o espírito e o corpo pelo fato de o corpo por sua natureza ser sempre divisível e de o espírito ser inteiramente indivisível (1- Descartes, 2011, pag.128) O espírito é o ser pensante e por isso deve ser trabalhado. Na educação deve-se levar as crianças sempre a pensar, ao agir consciente, que forma o indivíduo consciente e responsável (autonomia). Para ele, as ideias surgem a partir de uma intuição intelectual e são trabalhados num processo que ele chama de indução ou dedução (sem fazer a distinção entre esses dois conceitos). Qualquer pessoa é capaz de construir conhecimento pág. 3

4 se seguir o método certo, só precisando de treinamento e educação. A construção do conhecimento não precisa ser elaborada, exagerada, porque apenas por intuição é possível aprender os conceitos básicos e, por dedução/ indução, fazer os vínculos. Este modo de pensar o conhecimento encontra-se também no Discurso do Método; é o que constitui o sistema filosófico cartesiano. Descartes fundamenta a sua ciência na racionalidade para sustentar as suas deduções e conclusões. Qualquer pessoa é capaz de obter conhecimento se prestar atenção, se não falhar, e que para tanto é necessário muito treinamento. De acordo com o pensamento cartesiano, mente e corpo são bem diferentes: o corpo é sempre divisível enquanto a mente é indivisível. Mas como entender esse pensamento quando se imagina a remoção do cérebro ou parte do sistema nervoso? Isto afeta a mente além do próprio corpo, logo está tudo interligado; não podemos dividir em partes nossa existência. Como explicaria essa teoria, sem o cérebro? O pensamento não se registra na mente. Com esse pensamento, Descartes inaugura o racionalismo que se iniciou com o princípio que tudo que existe tem uma definição inteligível, que se pode explicar mesmo que não possa ser demonstrado. O racionalismo, inaugurado por Descartes, coloca a razão como explicação maior para se atingir o conhecimento, em detrimento da experiência do mundo sensível. Aponta a dedução como método superior da investigação científica. Para conhecermos algo novo, precisamos passar por pesquisa (investigação) das partes do objeto de estudo, estabelecermos relações e chegarmos a uma lógica; este é o método científico, o método dedutivo cartesiano, tendo se baseado na matemática como modelo. LOCKE ( ) John Locke criou um movimento filosófico - o empirismo - em oposição a Descartes. pág. 4

5 Segundo essa teoria, o conhecimento é fruto da experiência sensorial: Suponhamos então que a mente seja, como se diz, um papel em branco, vazio de todos os caracteres, sem quaisquer ideias. Como chega a recebê-las? De onde obtém esta prodigiosa abundância de ideias, que a activa e ilimitada fantasia do homem nele pintou, com uma variedade quase infinita? De onde tira todos os materiais da razão e do conhecimento? A isto respondo com uma só palavra: da EXPERIÊNCIA. Aí está o fundamento de todo nosso conhecimento; em última instância daí deriva todo ele. São as observações que fazemos sobre os objetos exteriores e sensíveis ou sobre as operações internas da nossa mente, de que nos apercebemos e sobre as quais nós próprios refletimos, que fornecem à nossa mente a matéria de todos os seus pensamentos. Estas são as duas fontes de conhecimento, de onde brotam todas as ideias que temos ou podemos naturalmente ter ( 2- pag.106). O conhecimento que se baseia na identidade e na coexistência são estreitos, mas o que vai além desses acordos, o que depende de raciocínio e de nossa capacidade de estabelecer ideias intermediárias é o elo que formam outras ideias. A percepção mais o entendimento são as bases do conhecimento. O conhecimento baseia-se nas ideias, mas depende de nosso entendimento, do elo entre as ideias que são os objetos de nosso entendimento. Não depende apenas de conceitos exteriores, mas de nossa concordância ou discordância entre nossas ideias. Então, os limites e a validade do conhecimento serão resultantes da percepção de nossas ideias, bem como as operações da mente. Se existir conformidade entre nossas ideias e a realidade das coisas, nosso conhecimento é real e não imaginação do espírito ou uma simples quimera. Houve época em que tudo se explicava através da vontade de Deus, o que existia dependia de fator transcendental, em detrimento de nossa vontade própria e de nossa experiência; a causa de tudo era explicada como resposta ao divino. pág. 5

6 Para Locke há três graus de saber: o conhecimento intuitivo, o demonstrativo e o sensível. O intuitivo é a percepção imediata da mente entre duas ideias diferentes (acordo ou desacordo). É o conhecimento dotado de certeza. Quando entre duas ideias se interfere uma terceira, há um encadeamento para se buscar o raciocínio e provas ou demonstrações são necessárias. A demonstração se baseia nas ideias que foram primeiramente introduzidas (pela intuição) e o conhecimento se completa a cada etapa com as ideias supervenientes. O conhecimento é, desse modo, um perceber sem coação, sem imposições, sem silogismo. Para a cadeia de raciocínio que vamos formando, a memória vai confirmar a intuição e a demonstração. Entretanto, se o demonstrativo é falho, pode ocorrer o erro na construção do conhecimento. O conhecimento sensível não é tão preciso quanto os outros dois e diz respeito à existência dos objetos do mundo exterior. Aqui o que conta é a probabilidade. No entanto, são nossos sentidos que vão permitir esse conhecimento, porque não dependem de raciocínio. Locke não é cético em relação ao conhecimento do mundo exterior porque acredita que os sentidos em conexão com esse mundo são assertivos, não erram. A clareza de nossas percepções é o que nos faz produzir entendimento que leva ao conhecimento. O conhecimento nesse modo de ser atingido depende não somente dos conteúdos, mas também do modo como são assimilados, do modo como é constituído, resultante também da capacidade de se estabelecer ligações entre as coisas (objetos fora do mundo) e as ideias que temos desse mundo. KANT ( ) Emmanuel Kant, em sua obra principal A Crítica da Razão Pura estudou a questão do conhecimento, investigando seus limites, suas possibilidades e suas aplicações. Em outra obra, A Crítica Razão Prática, ele discute os princípios da razão moral: a ação do homem aos outros e à conquista da felicidade. Kant acreditava que o conhecimento não existiria sem uma mistura de conceitos puros (quando não se origina da sensação) e empíricos (que se pág. 6

7 origina das sensações): Ambos são puros ou empíricos. Empíricos se contem sensação (que supõe a presença real do objeto); puros, porém se a representação não se mescla nenhuma sensação. A última pode ser denominada matéria do conhecimento sensível. Portanto, a intuição pura contém unicamente a forma sob a qual algo é intuído, e o conceito puro unicamente a forma do pensamento de um objeto em geral. Somente intuições ou conceitos puros são possíveis a priori, intuições ou conceitos empíricos só a posteriori. (3- pag.60). Com essa combinação, Kant tentou superar tanto racionalismo como empirismo na sua teoria de conhecimento. No entanto, é nas suas obras na filosofia prática que Kant talvez tenha mais a dizer à pedagogia. Nessas obras, bem como na sua Sobre a Pedagogia, Kant diferencia o homem do animal a partir do conceito de construção da moral, do projeto de sua conduta. O animal só é capaz de agir por instintos e não consegue tomar decisões diferentes disso porque não possui razão e assim não consegue desenvolver a moral. O homem é diferente. Ele nasce precisando inicialmente do cuidado da mãe em todos os aspectos. Se um bebê ficasse sozinho no meio de uma floresta, morreria sem sombra de dúvidas. O seu choro seria determinante para isso, pois atrairia predadores. Apesar disso, na visão do autor, o homem nasce com tendências para viver no estado de natureza (rude e selvagem) e para, depois, passar para o estado de humanidade, ou seja, para tornar-se um sujeito moral, é preciso que seja educado desde cedo. Kant acreditava que a educação era um fenômeno cultural e não natural, ou seja, inclui os cuidados que dependia de outros seres humanos para acontecer. A educação inclui os cuidados que os pais e adultos têm com as crianças para evitar que corram perigos. Inclui também a formação que é composta de disciplina e instrução. Cria dois aspectos da educação: a física e a prática. A educação prática deve se dar em três pilares a serem desenvolvidos na criança (as funções da razão), a saber: habilidade, prudência e moral. Habilidade é a capacidade cognitiva, incluindo conhecimento além de outras pág. 7

8 habilidades cognitivas. Essa se fundamenta na razão prática teórica. Prudência é composta pelas regras sociais de comportamento, necessárias para que a criança adquira a capacidade de desenvolver a própria vida, suas vontades, seus interesses. Esse pilar é o da razão prática empírica. Para Kant, esse pilar existe e é muito importante para o desenvolvimento dos conhecimentos e da vida, mas não acredita que essa seja a única maneira de desenvolvimento da razão prática porque menciona também a razão moral, fundamentada na faculdade da razão prática pura, que atinge os fins morais. Quando a criança já estiver disciplinada, com bons hábitos e com sua razão desenvolvida, ela terá capacidade de entender a moral, o que significa que possui autonomia. Tornar-se um sujeito moral para Kant significa que ele apenas escolhe fins que sejam bons para todos e que possam ao mesmo tempo ser escolhidos por cada um dos indivíduos, o oposto do estado de natureza onde cada um vive por si, de acordo com seus interesses individuais, sem pensar na coletividade. Em relação ao conceito do dever, este é o uso puro de nossa razão prática e não um conceito empírico. O conceito do dever está vinculado a uma razão prática pura e, portanto, relacionada às máximas morais universais. A razão ordena os princípios da moral. A lei moral possui um significado de maneira extremamente obrigatória (imperativo categórico). É dele a máxima universal: age de maneira tal que a máxima de tua ação sempre se possa valer como princípio de uma verdade universal. Somente um ser racional possui a faculdade de agir de acordo com princípios, tendo assim uma vontade. A razão determina a vontade (filosofia pura). Para Kant, a moral nunca poderia ser formada de sentimentos e inclinações, mas somente com os conceitos da razão, que poderia levar o espírito a questionar os motivos que poderiam guiar nossa ação tanto para o bem quanto para o mal. pág. 8

9 De acordo com o pensamento kantiano, a disciplina é muito importante na formação do sujeito moral, mas ela deve ser utilizada no início da infância, antes que a criança desenvolva sua razão, porque senão, ela poderá desenvolver hábitos ruins já que serão muito difíceis de serem modificados. A disciplina não fará mais efeito já que com a razão desenvolvida, a criança ou o jovem não age mais por medo do certo ou errado, e sim por saber o que é certo ou errado. No entanto, com hábitos ruins o seu conhecimento de certo ou errado é distorcido e ela poderá agir de maneiras não muito bem aceitas na sociedade. A RACIONALIDADE NA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA A hermenêutica filosófica representa uma concepção alternativa do sujeito e da razão e, portanto, outro fundamento para pensar a pedagogia. Vou abordar essa perspective a partir de dois filósofos importantes. HEIDEGGER ( ) Para Martin Heideggar, filósofo alemão considerado um dos pensadores fundamentais do século XX, não é o olhar que mede a coisa, mas o horizonte sob o qual a coisa se situa e se revela. A abertura a novos horizontes ontológicos é o que ilumina o ser (Hermann, 2002). O que acontece em torno do ser, precisa ser compreendido. Somos nós que temos o sentido da existência. O modo prático de ser no mundo nos abre as possibilidades da compreensão. Como Hermann nos ensina, Heidegger investiga o sentido de Ser, os modos e as maneiras de enunciação e expressão de ser, visando alcançar uma colocação correta do sentido de ser, não mais ligada a uma compreensão ôntica, dominada pelo ente, porque há modos de ser. É preciso estudar o ente a partir de um modo de ser próprio do ente em estudo. O compreender só é possível se percebemos o contexto em que vivemos. O raciocínio lógico que atingimos depende do desenvolvimento da linguagem, através do diálogo, que nos leva a perceber com o outro; no confronto de pág. 9

10 nossas ideias, somos capazes de criar novos conceitos que contribuem para nosso desenvolvimento, nosso existir. GADAMER ( ) Hans-Georg Gadamer, também filósofo alemão do século XX, é considerado um dos maiores construtores da hermenêutica filosófica, que se desenvolveu a partir da interpretação de textos escritos, formas verbais e não verbais, mas chegou a ser preocupada com a análise da compreensão em si. Sua obra principal foi Verdade e Método. Esboço de uma Hermenêutica Filosófica ( 1960). Gadamer, que foi assistente de Heidegger no período de 1923 a 1928, assume a posição relativista em que pensamento e razão são sempre determinados pela história e pela comunidade linguística. É contra o método científico cartesiano na filosofia e assim demonstra: É obvio que aquilo a que chamamos de filosofia não é ciência no mesmo sentido em que são chamadas ciências positivas. Não há dúvida que o âmbito da filosofia não é algo positivo que possa ser situado ao lado dos âmbitos de investigação das outras ciências. A filosofia se ocupa do todo. Porém este todo não é somente o todo como união de todas as suas partes. Mas consiste numa ideia que supera as possibilidades finitas do conhecimento, não sendo assim nada que possa ser conhecido de maneira científica (4- pág.09). A filosofia hermenêutica de Gadamer vai buscar a razão diluída na história da tradição da civilização. Procura mostrar como a razão deve ser recuperada na historicidade do sentido e isso vai ser possível graças à compreensão que o ser humano possa alcançar como participante e intérprete da tradição histórica. Com sua hermenêutica filosófica, Gadamer apresenta uma lição nova: a interpretação requer a inserção num contexto de caráter existencial ou com as características do acontecer da tradição da história do ser, que ele vê como o acontecer na obra de arte, o acontecer na história e o acontecer na linguagem. pág. 10

11 Com Gadamer, a compreensão do texto vai depender da autocompreensão do intérprete que se forma progressivamente. O ser não pode ser compreendido na sua totalidade, assim também não existe a possibilidade de uma interpretação total do texto. Nossa compreensão está ligada às nossas tradições, à sociedade a qual pertencemos, sendo isso que predetermina o que compreendemos e interpretamos. A interpretação é a chave da abertura para o mundo, para o conhecimento. Na concepção da hermenêutica filosófica, não há mais lugar para se pretender chegar à verdade por um único caminho, como era visto o conhecimento no cientificismo, no ambiente da ciência moderna. Não há mais lugar para o monismo metodológico, uma forma única de se produzir conhecimento. Compreensão somente é possível pela nossa capacidade de interpretar, produzir sentido, e pela incapacidade de se separar o sujeito do mundo objetivado. É na compreensão da experiência humana no mundo que se produz conhecimento. Cria-se o sujeito e a produção do saber através da percepção do mundo ao qual pertencemos. Para tal, compreender significa uma abertura ao outro, ao mundo. Para a educação, isso significa uma autocompreensão, uma autocrítica da prática pedagógica, novas interpretações no sentido da formação. O diálogo surge com toda força, com toda radicalidade. Para Hans-Georg Gadamer, só podemos aprender pelo diálogo pois é o próprio sujeito quem se educa com o outro. Isto significa educar-se pela confrontação do sujeito consigo mesmo, com suas opiniões e crenças. O mundo é finito e tem historicidade. A partir daí vamos interpretá-lo. Compreender é interpretá-lo porque emergimos dele. Nesse sentido, compreender pode tornar-se uma aventura perigosa porque não temos a segurança do método, mas ao mesmo tempo temos a oportunidade de ampliar nossa experiência humana, nosso autoconhecimento e nosso horizonte do mundo. pág. 11

12 A EDUCAÇÃO SOB O PONTO DE VISTA DA HERMENÊUTICA Não se pode reduzir a experiência da verdade a uma explicação metódica cartesiana; buscamos a verdade na dinâmica do tempo. O sujeito não pensa e age apenas de acordo com uma racionalidade interior, mas também com o seu mundo exterior; caminhamos hoje para uma ideia de racionalidade humana social e historicamente construída. A possibilidade da compreensão hermenêutica nos leva a um tipo de educação, como processo formativo, que vincula o eu e o mundo, dar sentido aquilo que não vem só de nós mesmos, mas é quando se reconhece as produções culturais válidas que abrem o mundo e que vêm enriquecer nossa própria interioridade, nossa identidade no mundo, através do sentido da alteridade: isso significa compreender o outro e o saber cultural. Através do diálogo com o outro em suas diversas modalidades é que se interpreta o mundo e adquirimos conhecimentos. CONCLUSÃO Com esse estudo, cheguei à conclusão que há vários caminhos que nos conduzem a verdade, para determinar o espaço de produção do conhecimento. Isso quer dizer que não existe uma forma exclusiva, mas sim podemos aliar as tradições culturais com experiências vividas no mundo contemporâneo. E é essa a contribuição dos filósofos: pensar a nossa existência, a construção de nossa existência, como é importante analisarmos esse caminho sem preconceitos, a partir da realidade cultural de cada sociedade, de cada indivíduo, construindo o presente com sabedoria e ética. Concluí que é importante que as crianças interpretem esse mundo através da linguagem, do dialogo, para que apreendam não só com a sua opinião e crença, mas no confronto com o outro. pág. 12

13 Desse modo, o educando será levado a conhecer, analisar e criticar outras culturas, sabendo trazer sua contribuição para o enriquecimento do saber. O educador deverá elaborar temas, entrevistas, visitas, exposições, situações e debates quando o educando observará outros lugares, outras sociedades, percebendo sua organização com um olhar crítico e construtivo. Para mim, o estudo da visão dos filósofos, cada um em sua época, mostrou a importância de se analisar o momento em que vivemos com mais lucidez e levar os alunos a uma prática de construção do saber consciente. Descartes me fez ver a importância do estudo metódico dos focos que levam ao uma conclusão maio, de se estudar o objeto com muita atenção. Com Locke, aprendi sobre a importância de se construir o espaço ideal para que a criança tenha oportunidade de se mostrar, de fazer experiências, de se colocar frente ao educando e ao grupo. O aprendizado é fruto das experiências e a escola deve ser o local para tudo isso. No entanto, sua concepção de experiência é limitada à experiência sensorial. Kant, com sua influencia na educação, nos mostra a importância da disciplina e instrução no processo de formação das crianças, além da dimensão ética da educação. Com Gadamer aprendi, com os critérios da hermenêutica filosófica, que é preciso perceber a construção da identidade do aluno, partindo da compreensão do seu mundo, usando vários tipos de linguagens, não somente verbal (escrita e falada), mas também as linguagens de arte, do corpo e etc., principalmente através do dialogo com o outro. Como futura educadora, agora vejo através da filosofia, com olhos que buscam a compreensão de nossa existência em seus aspectos exteriores, bem como interiores, e também procuro encontrar as razoes e as influencias que estão na raiz do que se apresenta. pág. 13

14 Referências Bibliográficas 1- DESCARTES, R. Meditações Metafisicas. Editora Martins Fontes, LOCKE, J. Ensaio sobre o entendimento. Fundação Calouste Gulbenkian, KANT, I. A crítica da razão pura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, GADAMER, Hans-Georg. A razão na época da ciência. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, KANT, I. Sobre a Pedagogia. 5ª. Edição. São Paulo: UNIMEP, HERMANN, N. Hermenêutica e Educação. Rio de Janeiro: DP&A, pág. 14

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