Ordenamento da ocupação do espaço litorâneo em áreas da União
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- Miguel Freire Salvado
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1 Ordenamento da ocupação do espaço litorâneo em áreas da União Seminário Nacional de Gerenciamento Costeiro Brasília, 4 de novembro de 2014 Reinaldo Redorat
2 A área pública não é do Estado e sim, de todos! Projeto Orla: todos fazemos a gestão das áreas públicas
3 Bens da União (Art. 20, CF/88) Bens dos Brasileiros Mar territorial; Praias marítimas; Terrenos de marinha e acrescidos de marinha; Ilhas oceânicas e costeiras; Rios e lagos federais com seus terrenos marginais e praias; Manguezais; Várzeas; dentre outros.
4 Terrenos de marinha e acrescidos de marinha DL 9760/46: Art. 3º São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. UNIÃO Pr ea ma rmé d io do an od e m + meramente ilustrativo, não corresponde com a delimitação da LPM do local. DL 9760/46: Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831
5 Terrenos de marinha em rios com influência das marés Terreno de marinha (33m) Terreno de marinha MAR OSCILAÇÃO >= 5 CM DL 9760/46- Art. 2º. Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo a influência das marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos, do nível das águas, que ocorra em qualquer época do ano. RIO
6 Ordem Régia de 04/10/1678 Determina que os terrenos de marinha fossem reservados ao uso comum, pois eram regalia real NO BRASIL COLÔNIA. NO BRASIL IMPÉRIO (1889 até hoje) NA REPÚBLICA REGALIA DO POVO patrimoniodetodos.gov.br
7 Aviso 18/11/ primeira definição de Terrenos de Marinha 15 braças da linha d agua do mar, e pela sua borda são reservadas para servidão pública; e que tudo que toca á água do mar e accresce sobre ella é da nação (15 braças = 33 m) Propósito: assegurar às populações e à defesa nacional o livre acesso ao mar e às áreas litorâneas, Avanço e recuo do mar = insegurança jurídica Instrução do Ministério da Fazenda em 1832 linha do preamar médio de 1831
8 Áreas da União (dos Brasileiros) Terrenos de marinha LPM LTM PRAIA TERRENOS ALODIAIS ACRESCIDO DE MARINHA TERRENO DE MARINHA 33 metros
9 A classificação das áreas da União USO COMUM DO POVO: são destinados, por natureza ou por lei, ao uso coletivo (rios, mares, praias, estradas, ruas, praças). USO ESPECIAL: são destinados ao uso da Administração Pública, tais como edifícios ou terrenos para serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive de suas autarquias DOMINIAIS: Não têm destinação pública definida e podem ser utilizados por terceiros (terrenos e acrescidos de marinha).
10 Institutos jurídicos de destinação dos bens dominiais e de uso comum da União Inscrição de ocupação Aforamento gratuito e oneroso Alienação - venda, permuta e doação Concessão especial para fins de moradia dominiais (em terra) Cessão de uso gratuita e onerosa Água e terra em Cessão e permissão de uso gratuitaáreas de uso e onerosa comum do povo
11 SECRETARIA DO PATRIMÔNIO DA UNIÃO Responsável pela identificação, regularização, manutenção e administração de todo o patrimônio imobiliário pertencente à União (aos brasileiros).
12 GESTÃO COMPARTILHADA DOS BENS DA UNIÃO A gestão das áreas da União é realizada de forma compartilhada com outros entes da federação que tenham necessidade ou interesse em sua utilização. MMA, MDA, INCRA, SEP, MPA, MT, MCidades, SAC, Universidades e Institutos Federais de Ensino e Pesquisa, Forças Armadas, e outros; Estados e Municípios e suas autarquias.
13 Terrenos e acrescidos de marinha sob gestão dos estados e municípios litorâneos Grande demanda Orla porção é do Projeto União repassou 255,4 milhões de m2 para estados e municípios litorâneos em todo o Brasil
14 Utilização de espaço físico em águas públicas federais... Do que estamos falando?
15 Porto Público Santos/SP
16 Terminais portuários de uso privativo (ES)
17 Postos de abastecimento de combustível
18 Estaleiros (Rio de Janeiro/RJ)
19 Marinas e píeres particulares Residências e Serviços (Salvador/BA)
20 Marinas públicas e privadas
21 Restaurante flutuante Usinas eólicas Hotéis flutuantes
22 Art. 18 da Lei nº 9.636/98 Gestão dos imóveis da União Os imóveis da União (terra firme, praias e água) poderão ser cedidos a pessoas físicas ou jurídicas Quando destinada à execução de empreendimento de fim lucrativo ou privativo a cessão será onerosa Havendo condições de competitividade, a área deverá ser licitada Se a área em terra estiver regularmente ocupada pelo interessado é inexigível a licitação para ocupação da água
23 Área regular em terra Área passível de regularização sem licitação
24 Área de terceiros Apêndice irregular
25 PORTARIA SPU nº 404, de 28/12/2012 Cessão de espaços físicos em águas públicas Federais
26 PORTARIA SPU nº 404, de 28/12/2012 Estabelece normas e procedimentos para a instrução de processos visando à cessão de espaços físicos em águas públicas; Fixa parâmetros para o cálculo do preço público devido, a título de retribuição à União = valor do m² x área x 0,02;
27 Classificação das estruturas náuticas para fins de cobrança: I - de interesse público ou social; II - de interesse econômico ou particular; III - de uso misto.
28 De interesse público ou social = gratuitos I - de uso público, acesso irrestrito e não oneroso II - destinadas à habitação de interesse social III - utilizadas por comunidades tradicionais IV - identificadas como o único acesso ao imóvel V - utilizadas em sua totalidade por entes públicos municipais, estaduais ou federais, em razão de interesse público ou social VI - destinadas à infraestrutura e execução de serviços públicos desde que não vinculados a empreendimentos com fins lucrativos VII - edificadas por entidades de esportes náuticos nos termos do art. 20 do Decreto-Lei nº 3.438, de 17 de julho de 1941
29 Balsa de Ilhabela/SP USO GRATUITO
30 Habitação de interesse social USO GRATUITO
31 De interesse econômico ou particular = oneroso I - destinadas ao desenvolvimento de atividades econômicas comerciais, industriais, de serviços ou de lazer; II - cuja utilização não seja imprescindível ao acesso à terra firme; III - que agreguem valor a empreendimento, geralmente utilizadas para o lazer; IV - utilizadas como segunda residência, ou moradia por família não classificada como de baixa renda.
32 USO ONEROSO Píer de Cabo Frio/RJ
33 USO ONEROSO USO ONEROSO
34 Áreas de interesse particular USO ONEROSO Corredor da Vitória-Salvador/BA
35 Estruturas náuticas de uso misto = gratuito + oneroso As que possibilitam acesso e uso público, gratuito e irrestrito para circulação, atracação ou ancoragem em apenas parte do empreendimento, serão objeto de cessão em condições especiais, descontando, para fins de cálculo do preço, a área reservada ao uso público.
36 uso misto
37 Exigências Nada a opor emitido pela Autoridade Marítima; Manifestação favorável da Autoridade Municipal quanto à adequação da atividade à legislação de uso do solo Compatibilidade com o Plano de Gestão Integrada PGI, no âmbito do Projeto Orla. Quando não previsto no PGI, o Comitê Gestor deverá ser ouvido
38 Licença Ambiental Prévia (LP) = estrutura náutica nova Instalação (LI) / Operação (LO) = regularização ou ampliação de estrutura náutica existente.
39 Havendo necessidade das estruturas náuticas utilizarem espaço físico em faixa de praia, deverá ser assegurado, sempre, livre e franco acesso a ela e ao mar, em qualquer direção e sentido (Lei nº 7.661/88)
40 Outras questões SPU + Projeto Orla Quem define a Linha de Preamar Médio? DL nº 9760/46: competência exclusiva da SPU Plano Nacional de Caracterização Realização de eventos nas praias Portaria SPU nº 1, de 2014
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