ANÁLISE COMPARATIVA DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL, ESTADOS UNIDOS E UNIÃO EUROPEIA

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1 ANÁLISE COMPARATIVA DA POLÍTICA DE RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL, ESTADOS UNIDOS E UNIÃO EUROPEIA Samanta Ferreira Bortoni 1 ; Aline Copque Fialho do Bonfim 1 ; Mônica Coelho Varejão 2 RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo a elaboração de uma análise comparativa da Política de Recursos Hídricos no Brasil, Estados Unidos e União Europeia, identificando pontos fortes e fracos de cada uma, a fim de estabelecer recomendações para a revisão e/ou elaboração de novas Políticas de Recursos Hídricos, capazes de promover uma gestão mais eficiente e adequada aos dias de hoje. Dentre os pontos analisados, alguns destacam-se por sua relevância no que concerne a busca pelo estabelecimento de uma gestão eficiente dos recursos hídricos, tais como: a definição de padrões de lançamento e de qualidade por tipologia industrial e por técnicas de controle; a associação de padrões de lançamento de efluentes aos de qualidade da água; e a introdução de instrumentos inovadores como outorga, enquadramento e cobrança pelo uso. PALAVRAS-CHAVES: Política de Recursos Hídricos, Gestão eficiente, Instrumentos inovadores COMPARATIVE ANALYSIS OF WATER RESOURCES POLITY FROM BRAZIL, UNITED STATES AND EUROPEAN UNION ABSTRACT: This paper aims the formulation of a comparative analysis of Water Resources Policy in Brazil, Unite States and European Union, identifying strengths and weaknesses of each, in order to establish recommendations for review or development of new Water Resources Policies, able to promote a more efficient and appropriate management nowadays. Among the points analysed, some are outstanding for their relevance regarding the search for establishment of an efficient water resources management, such as: the definition of discharge standards and water quality considering the industrial typology and control techniques; the association between standards of wastewater discharge and water quality; and the introduction of innovative tools such as grant, framing and change for using. KEYWORDS: Water Resources Policy; Efficient management; Innovative instruments 1 COPPE/UFRJ, Av. Horácio Macedo, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, RJ. (21) aline.copque@gmail.com; samanta.bortoni@engenharia.ufjf.br 2 PEA/UFRJ, Av. Athos da Silveira Ramos, Ilha do Fundão - Centro de Tecnologia Cidade Universitária - Rio de Janeiro, RJ. (21) monicavarejao@hotmail.com.

2 1. INTRODUÇÃO Os recursos hídricos, indispensáveis à manutenção da vida na Terra, apresentam-se distribuídos de maneira desigual no Planeta, tanto temporal como espacialmente. Nas últimas décadas, com o aumento exponencial da população mundial, a qual tem 80% de chance de atingir o patamar de 9,4 a 10 bilhões de habitantes em 2030 (UNITED NATIONS, 2015), a demanda por água também aumenta, dificultando o acesso a esse recurso em quantidade e qualidade desejada, além de potencializar o risco de conflitos. No contexto internacional, a constatação da necessidade de preservar e controlar os recursos naturais por meio de planejamento e de uma gestão integrada deu-se em 1972 na Conferência das Nações Unidas em Estocolmo. Posteriormente, em 1977, foi realizada a primeira Conferência das Nações Unidas sobre a Água, onde ficou evidente a preocupação e a responsabilidade mundial para com a escassez, depreciação e uso ineficiente deste recurso (CAMPOS, 2005). Nos anos seguintes, ocorreram diversos eventos e conferências no âmbito dos recursos hídricos e meio ambiente. Dentre constatações e recomendações para garantir o uso sustentável dos recursos naturais, a extrema necessidade da gestão adequada sempre se apresentou como ponto chave. Assim, com o despertar da humanidade para a necessidade de uma gestão eficiente, gradativamente os países se organizaram e estabeleceram/aprimoraram suas políticas na área dos recursos hídricos. Apesar dos incansáveis esforços para a realização de uma gestão adequada dos recursos hídricos, alcançar este objetivo torna-se tarefa árdua, uma vez que depende de diversos fatores, como, interesse e vontade política, recursos financeiros, participação pública, dentre outros. Segundo o Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (2015), a Terra enfrentará um déficit de água de 40% em 2030, caso a gestão desse recurso não seja melhorada ESTADO DA ARTE BRASIL Analisando o histórico da legislação brasileira de recursos hídricos, nota-se que este talvez seja o componente do meio ambiente que mais sofreu normatização ao longo do tempo. A primeira norma foi criada em 1934 e foi denominada de Código das Águas. Este código classificava as águas nacionais como públicas e particulares, sendo as primeiras aquelas de uso comum, (navegáveis ou flutuáveis), ou dominicais, (não navegáveis ou flutuáveis), enquanto as águas particulares eram as nascentes e todas as águas em terrenos particulares (BRASIL, 1934). Ao longo das décadas seguintes, o crescimento populacional, a industrialização e a ausência de planejamento quanto à utilização correta dos recursos hídricos impuseram profundas alterações no cenário deste recurso no Brasil, levando à criação da principal lei de meio ambiente do Brasil até os dias atuais. A Lei n 6.938/1981 dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente e cria o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), este também instituído pela mesma lei (BRASIL, 1981). O Conama vem criando uma série de resoluções relativas ao meio ambiente. Em 1988, a Constituição Federal aparece no cenário para reforçar a política ambiental e definir as competências relativas aos recursos hídricos, definindo as águas de domínio da União e do Estado (BRASIL, 1988). Após 1988, é criada a Lei n 9.433/1997, também conhecida como Lei das Águas, a qual instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema 2

3 Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Singreh) (BRASIL, 1997), além de trazer diversas inovações para o período. Outra norma importante para os recursos hídricos foi a Lei n de 2000, que dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas (ANA), entidade federal que implementa a PNRH e que coordena o Singreh (BRASIL, 2000). Há, também, diversas resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) acerca do assunto, dentre as quais destaca-se a resoluçãon 357/2005, que define o enquadramento dos corpos d água de acordo com seus usos preponderantes mais restritivos, atuais ou pretendidos. A CONAMA 357/2005 foi alterada e complementada por outras resoluções ao longo dos anos. Entre as leis, normas e resoluções do histórico apresentado, não há dúvidas de que a Lei n 9.433/1997 foi a mais importante para a implementação de uma gestão de recursos hídricos efetiva no Brasil. A chamada Lei das Águas incorporou modernos instrumentos e princípios de gerenciamento, além de trazer diversos conceitos inovadores para a organização do setor de planejamento e gestão, nos âmbitos nacional e estadual, e em termos de participação dos diversos atores envolvidos na questão dos recursos hídricos. Os objetivos da referida lei são assegurar a utilização racional dos recursos hídricos, para que as demandas das gerações atuais e futuras possam ser bem atendidas, tanto em qualidade como em quantidade; a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, com vistas ao desenvolvimento sustentável, e a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais (BRASIL, 1997). Para atingir estes objetivos, a lei especifica que a água é um recurso natural de domínio público, finito e dotado de valor econômico, e a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas. Outra inovação da Lei n 9.433/1997 foi a eleição da bacia hidrográfica como unidade territorial para implementação da PNRH e do Singreh, e não mais os limites políticos dos estados e municípios. A bacia hidrográfica é a área geográfica delimitada por divisores de água e drenada por um rio e seus afluentes. O Brasil tem oito grandes bacias hidrográficas definidas em função da área de drenagem e de suas características físicas. Cada bacia se subdivide em diversas outras subbacias. Apesar do descrito na lei, atualmente tem-se utilizado o termo regiões hidrográficas para a gestão das águas, buscando integrar uma área maior que somente aquela definida na legislação. A Lei das Águas prevê importantes instrumentos para a implementação da PNRH, tais como os Planos de Recursos Hídricos, o enquadramento dos corpos d água em classes de uso, a outorga dos direitos de uso, a cobrança pelo seu uso e o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. Dentre os instrumentos, destacam-se: o enquadramento dos corpos d água, que serão feitos segundo os usos preponderantes da água; a outorga pelo direito de uso dos recursos hídricos, cujo principal objetivo é assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos diversos usos da água, e a cobrança pelo uso da água, que é um instrumento capaz de promover um equilíbrio entre a oferta e a demanda, promovendo a racionalização do seu uso, além de ser a principal forma de financiamento de programas e intervenções contempladas nos planos de recursos hídricos. A Lei n 9.433/1997 também cria, conforme citado anteriormente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, que tem como objetivo coordenar a gestão integrada das águas, arbitrar administrativamente os conflitos relacionados aos recursos hídricos, implementar a PNRH, planejar, regular e controlar seu uso, preservação e recuperação, além de promover a cobrança pelo uso. Integram o Singreh o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, os Comitês de Bacia Hidrográfica, as Agências de Água, a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hídricos e as Organizações Civis de Recursos Hídricos. 3

4 Para implementar a Lei das águas foi necessária a criação de uma instituição que pudesse com competência agir nacionalmente. Desse modo, a Lei n 9.984/2000 estabelece como missão da Agência Nacional de Águas (ANA) a implementação, em sua esfera de atribuições, da PNRH e a coordenação do Singreh, particularmente quanto à execução e à operacionalização dos instrumentos técnicos e institucionais de gestão dos recursos hídricos (BRASIL, 2000). Além disso, a ANA é encarregada de regular o uso da água em rios de domínio da União a partir da outorga de direito de uso e da sua fiscalização. Um dos problemas que se observa para a implementação do Singreh em um país federativo como o Brasil é a existência de rios administrados pelos Estados ou pela União em uma mesma bacia hidrográfica. Para Pereira (2003), a gestão compartilhada dos recursos hídricos demanda uma compatibilização dos diversos conflitos de interesses e requer, dentre outros aspectos, a criação de ambientes institucionais adequados à resolução dos problemas e das lacunas que existem nos arcabouços jurídico-legais. A atuação da ANA obedece aos fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos da PNRH e é desenvolvida em articulação com órgãos e entidades privadas integrantes do Singreh. Diante do exposto acima, observa-se que o Brasil desenvolveu nos últimos anos um sistema de gerenciamento de recursos hídricos sofisticado, baseado em premissas modernas e de complexa implementação. Dentre os principais pontos positivos destacam-se a descentralização do sistema, a participação pública e a utilização de mecanismos econômicos para a gestão ESTADOS UNIDOS Considerando as condições climáticas e as características fisiográficas do território dos Estados Unidos da Ámerica (EUA), verifica-se que o rio Mississipi divide o país em duas partes distintas, uma vez que corre aproximadamente na direção norte-sul. A leste, o clima é úmido, enquanto que a oeste, o clima é predominantemente árido e semi-árido. Assim, desde os tempos da colonização, na parte oriental dos EUA, com a relativa fartura de água, predominou o direito ribeirinho como doutrina orientadora do uso da água, enquanto que na parte ocidental, com a água escassa, o direito à captação era conferido a quem primeiro se apropriasse das fontes. Em determinados estados, especialmente em alguns que margeiam o rio Mississipi, os dois sistemas eram praticados. A principal diferença entre o direito ribeirinho e a doutrina da apropriação primária está no fato de que um fundamenta-se na propriedade da terra, enquanto o outro se fundamenta na utilização da água. O somatório dos fatos descritos levou, em 1965, à publicação da Lei Federal Water Quality Act, relativa ao planejamento dos recursos hídricos, que tinha como objetivo uma abordagem global das questões ligadas ao uso da água (ANEEL, 2000). Após a publicação dessa lei, e de acordo com seus dispositivos, todos os estados publicaram normas para o controle da poluição das águas nos seus territórios, com a implementação a cargo de agências estaduais. A grande autonomia dos estados faz com que o gerenciamento dos recursos hídricos nos Estados Unidos tenha dificuldade em implementar a bacia hidrográfica como unidade de gestão. Em 1970 foi criada a EPA (Environmental Protection Agency), agência federal de proteção ambiental do governo dos EUA, com a função de proteger a saúde humana e o meio ambiente por meio do estabelecimento de padrões e controle do cumprimento dos regulamentos das legislações ambientais nacionais. A principal lei dos EUA é a Lei Federal de Controle da Poluição da Água (Federal Water Pollution Control Act), também chamada de Clean Water Act (CWA). Esta Lei foi promulgada em 4

5 1948, tendo sofrido sua primeira revisão em 1972 e a segunda em A primeira alteração resultou na criação de um sistema para regular a poluição por fontes pontuais, além de desenvolver padrões para categorias de lançamentos de efluentes, com base na performance da tecnologia de controle da poluição sem considerar a qualidade da água do corpo receptor. A segunda alteração incluiu emendas relevantes, como, a emenda relativa ao lançamento de efluentes provenientes de fontes difusas, responsáveis por grande parte da poluição dos corpos hídricos, e a relativa aos efluentes tóxicos, como, lodo de esgoto. O CWA determina que os estados fixem padrões de qualidade da água, Water Quality Standards (WQS), estabelecendo, assim, o direito de controlar os níveis de poluentes, desde que suas regras sejam mais restritivas do que as federais. Os padrões definidos pelos estados, antes de serem implementados, devem ser submetidos à aprovação da EPA. Em caso de não aprovação ou omissão do estado em relação à submissão, a EPA estabelecerá os padrões de qualidade de água para o estado em questão. Os WQS são constituídos por três fatores: o(s) uso(s) designado(s) para o corpo hídrico, os critérios de qualidade da água a fim de garantir o(s) uso(s) e a política antidegradação. Os usos do corpo hídrico, assim como os critérios de qualidade da água são definidos pelo estado, sendo que estes devem atender ao estabelecido pela EPA. A política de antidegradação tem por objetivo proteger os usos designados, impedindo que o lançamento de efluentes piore a qualidade da água em corpos hídricos cuja qualidade é superior ao exigido para atender os WQS. As diretrizes e padrões para lançamento de efluentes nos corpos hídricos são definidos pela EPA por tipologia industrial, sendo desenvolvidos com base na quantidade possível de redução de poluentes para cada tipologia, por meio do uso de tecnologias específicas de controle de lançamento definidas pela EPA, como: melhor tecnologia de controle (Best Control Technology), melhor tecnologia de controle praticável (Best Practicable Technology) e melhor tecnologia disponível (Best Available Technology). Ao estabelecer as diretrizes para o lançamento de efluentes, a EPA considera dois fatores: o desempenho e a disponibilidade das melhores tecnologias de controle de poluição e a viabilidade econômica da tecnologia para uma dada tipologia industrial. Em relação aos instrumentos de controle da poluição, dispostos no CWA, vale destacar: o Total Maximun Daily Load (TMDL), o National Pollutant Discharge Elimination System (NPDES) e o Assessment Total Maximum Daily Load Tracking and Implementation System (ATTAINS). O TMDL, principal instrumento de controle da qualidade da água, representa a carga máxima diária de um determinado poluente que pode ser lançada em um corpo hídrico por fontes pontuais e difusas, de modo que o corpo receptor se mantenha em conformidade com os padrões de qualidade da água (WQS). Cabe pontuar que caso o estado não estabeleça o TMDL, a EPA o fará. O NPDES é uma outorga exigida das fontes pontuais que lancem efluentes nos corpos hídricos, na qual são estabelecidos padrões e condições de lançamento por tipologia industrial, além de sugerir a tecnologia de controle de lançamento mais adequada para atingir as condições e os padrões estipulados. Caso, após a instalação da tecnologia, o corpo hídrico se mantenha contaminado, o estado deverá implementar outro instrumento de controle, como o TMDL. Ademais, caso uma indústria julgue que os padrões de lançamento apontados no NPDES não se apliquem a sua tipologia industrial, a indústria poderá solicitar que a EPA utilize o fator fundamentalmente de diferenciação, Fundamentally Different Factor Varience (FDC). Cabe a EPA acatar a solicitação ou não. O ATTAINS é um banco de dados que consolida os resultados do Integrated Report (IR), relatório elaborado individualmente por cada estado, e apresenta dados de qualidade de água dos corpos hídricos americanos. 5

6 Em sendo assim, o Clean Water Act delega responsabilidades aos estados, como, definir e aplicar os WQS, implementar o TMDL, quando se fizer necessário, obter o NPDES, quando necessário, e cumprir os padrões e condições de lançamento nele estabelecidos. Em relação a EPA, cabe à agência estabelecer as diretrizes e regulamentos em conformidade com o disposto no CWA. Deve-se ressaltar que o não cumprimento do CWA pode resultar em diferentes sanções UNIÃO EUROPEIA A União Europeia (UE), união econômica e política de 28 Estados-membros independentes situados principalmente na Europa, possui cerca de 110 bacias hidrográficas identificadas, aproximadamente corpos de água, dos quais 80% são rios, 15% lagos e 5% regiões costeiras e de transição. Cerca de 60% do território da UE é coberto por bacias hidrográficas, das quais 40% fazem fronteira com países fora da UE (LEMOS, 2011). As principais instituições criadas pelos Estados membros para a implementação efetiva do sistema de parceria europeia são: o Conselho Europeu, o qual define as orientações e prioridades políticas gerais da União Europeia; o Parlamento Europeu, que é um órgão diretamente eleito pelos cidadãos europeus, com responsabilidades legislativas, orçamentárias e de supervisão; o Conselho da União Europeia, o qual é representado pelos ministros dos governos de cada país da UE e responsável por aprovar legislações e coordenar políticas; e a Comissão Europeia, órgão executivo da UE e politicamente independente, responsável pela elaboração de novas propostas legislativas e que, juntamente com o Tribunal de Justiça, garante a aplicação da legislação da UE em todos os Estados-membros (UNIÃO EUROPEIA, 2016). A Diretiva Quadro da Água (DQA) entrou em vigor em 2000 e rege, desde então, a gestão dos recursos hídricos nos estados-membros da UE. A DQA é um documento bastante técnico, com organização complexa, relacionando referências cruzadas com demais instrumentos jurídicos pertinentes, além de novos instrumentos introduzidos pelo Parlamento Europeu (SOBRAL et. al, 2008). De modo geral, os principais instrumentos estabelecidos pela DQA são: Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica, enquadramento dos corpos d água, cobrança pelo uso, rede de monitoramento, registro de zonas protegidas e informação e participação pública. A DQA tem como objetivo principal o estabelecimento de um enquadramento dos corpos d água visando a proteção dos ecossistemas quanto à degradação, além de um consumo sustentável a longo prazo, a redução gradativa da poluição das águas subterrâneas, impedindo assim seu agravamento, e a contribuição para a mitigação dos efeitos das inundações e das secas. Desta forma, a DQA tenta assegurar o fornecimento de água em boa qualidade e quantidade, a redução significativa da poluição das águas subterrâneas, a proteção das águas marinhas e territoriais, e consequente cumprimento de acordos internacionais, sobretudo os que se destinam à prevenção e eliminação da poluição em ambiente marinho (CE, 2000). Como objetivos específicos, a DQA apresenta o alcance do bom estado dos corpos d água dos países membros da UE até o ano de 2015, com a possibilidade de prorrogação até Para as águas subterrâneas, espera-se atingir pelo menos o bom estado químico e quantitativo, enquanto que para as águas superficiais, pelo menos o bom estado químico e ecológico. Deste modo, a DQA baseia-se no conceito de qualidade ecológica, o qual diz que independente do uso dado a um determinado corpo hídrico, este deve apresentar condições biológicas e de qualidade com nenhum ou pequeno desvio em relação às condições do corpo hídrico na ausência de impactos antrópicos (CE, 2000). 6

7 Segundo Cardoso-Silva et. al (2013), a grande maioria dos corpos hídricos europeus encontram-se fracionados, oficialmente numerados e classificados quanto aos seus respectivos estados ecológicos, pressões relevantes, além do detalhamento das medidas de proteção e recuperação pertinentes para a manutenção do bom estado presente, ou almejado nos próximos anos. Com relação aos aspectos administrativos, os Estados-Membros são responsáveis pela identificação e caracterização (Segundo Cardoso-Silva et. al, (2013), o que consiste na identificação dos corpos d água modificados, na classificação quanto ao tipo, na definição das condições de referência, e elaboração da documentação das bacias hidrográficas, dentro de seu próprio território, incluindo-as em regiões hidrográficas, que é a unidade de gestão territorial, além da designação de autoridades competentes para gerir a região adequadamente. (CE, 2000). A fim de promover um gerenciamento adequado dos recursos hídricos da Europa, a DQA instituiu dois pontos base: a gestão da água por região hidrográfica e o sistema econômico da água. O primeiro estabelece a unidade de gestão dos recursos hídricos, ressaltando a possibilidade do gerenciamento conjunto caso a região hidrográfica pertença a mais de um país. Já o segundo, estabelece que quem polui ou utiliza a água, direta ou indiretamente, deve pagar por ela, fazendo com que os Estados-membros estabeleçam instrumentos econômicos para os bens e serviços gerados pela água, os quais devem ser reinvestidos nesse setor, garantindo a sustentabilidade dos recursos hídricos (Cardoso-Silva et. al, 2013). Do mesmo modo, os Estados-membros devem elaborar programas de medidas para cada região hidrográfica, bem como um plano de gestão da bacia hidrográfica, mediante critérios estabelecidos nos anexos da DQA. Os programas podem ser distribuídos em etapas (diluindo seus respectivos custos) e quaisquer prorrogações de prazos devem ter embasamento e ser justificadas nos planos de bacia hidrográfica. Questões que eventualmente não possam ser tratadas a nível de estado-membro, podem ser informadas à Comissão ou a qualquer outro estado-membro interessado, visando a troca de informações e recomendações para a solução do problema (CE, 2000). Em suma, observa-se que esta Diretiva apresenta caráter integrador, destacando se os seguintes fatores: abordagem integrada dos recursos hídricos da União Europeia; objetivos relativos à qualidade, quantidade e ecossistema de todos os recursos hídricos (água de superfície, subterrânea, zona costeira, húmida) a nível de bacia hidrográfica; associação dos usos múltiplos da água; articulação de diretivas pré-existentes com outras; combinação e integração de um conjunto diversificado de medidas (Ex.: estabelecimento de valores limite de emissão, uso das melhores tecnologias disponíveis, objetivos de qualidade ambiental, políticas de preços e instrumentos económicos e financeiros) para atingir os objetivos ambientais definidos na Diretiva; gestão compartilhada e transfronteiriça com acesso à informação, envolvendo autoridades a nível local, regional, comunitário e internacional no processo decisório (CE, 2000). 2. OBJETIVO O presente trabalho tem como objetivo a realização de uma análise comparativa entre as políticas de recursos hídricos do Brasil, Estados Unidos e União Europeia, a fim de estabelecer recomendações para a revisão ou elaboração dessas políticas, tornando-as mais eficientes e adequadas à atualidade. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 7

8 A revisão bibliográfica foi a principal metodologia utilizada, destacando-se a busca por publicações acadêmicas (artigos científicos, trabalhos de conclusão da graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado), legislações pertinentes e informações dos sites de órgãos oficiais do Brasil, Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia (UE), como MMA (Ministério de Meio Ambiente), EPA (Environmental Protection Agency), Parlamento Europeu, dentre outros. As políticas dos recursos hídricos escolhidas para a análise comparativa foram a do Brasil, Estados Unidos e União Europeia. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Dentre as principais legislações que regem os recursos hídricos nos dois países e na União Europeia (UE), a legislação americana foi a primeira a ser publicada, seguida da brasileira e da europeia. A Lei Federal Clean Water Act (CWA) foi promulgada em 1948 e passou por revisões sucessivas (1972, 1977 e 1987), sendo equivalente à Lei brasileira n 9.433/1997. A CWA é uma lei a nível federal, que norteia os estados americanos na elaboração de sua própria legislação, sendo esta mais restritiva, igualmente como ocorre no Brasil. Na UE a principal lei é a Diretiva Quadro da Água (DQA) de 2000, que rege a gestão das águas dos países membros, e estabelece as diretrizes para que cada país componente deste bloco econômico formule sua própria legislação. Em se tratando da unidade de gestão territorial dos recursos hídricos, os países/conjunto de países analisados utilizam a região hidrográfica, que pode ser entendida como a área de terra e de mar composta por uma ou mais bacias hidrográficas adjacentes e pelas águas subterrâneas e costeiras associadas. Apesar da legislação brasileira definir a bacia hidrográfica como unidade de gestão, tem-se utilizado cada vez mais a região hidrográfica como unidade de planejamento e gestão dos recursos hídricos, uma vez que muitas vezes os problemas ou atividades a serem desenvolvidas envolvem áreas maiores que aquelas delimitadas pela bacia principal. Os objetivos de cada lei podem ser considerados similares, apesar de abordados de formas diferentes, sendo alguns mais detalhados, como é o caso da União Europeia. De modo geral, todas visam a sustentabilidade dos recursos hídricos. Outro ponto importante a ser comparado são os instrumentos de cada lei, os quais encontramse no Quadro 1 a seguir. Quadro 1 Instrumentos das legislações de recursos hídricos do Brasil, UE e EUA. Brasil União Europeia EUA Planos de Recursos Hídricos Enquadramento pelos usos preponderantes da água Outorga dos direitos de uso Cobrança pelo uso Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica Enquadramento pelo estado ecológico e químico da água NA* Cobrança pelo uso Planos globais, regionais ou de bacias Enquadramento pela qualidade da água National Pollutant Discharge Elimination System - NPDES Cobrança por serviços de abastecimento e tratamento de efluentes 8

9 Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos NA Informações e participação pública NA Assessment Total Maximum Daily Load Tracking and Implementation System - ATTAINS Total Maximun Daily Load TDML * Não se Aplica NA Rede de monitoramento NA NA Registro das zonas protegidas NA Com relação ao enquadramento dos corpos d água, no Brasil é feito pelo uso preponderante da água, enquanto nos EUA os rios são enquadrados pela sua qualidade biológica como bom, ameaçado por poluição ou poluído. Já na UE a classificação é feita a partir do estado ecológico e químico da água. A outorga dos direitos de uso não se aplica à legislação europeia, sendo definida por cada estado membro. Nos Estados Unidos, a outorga é realizada a partir do instrumento de controle de qualidade da água, o TMDL, que representa a carga máxima diária que pode ser lançada em um corpo hídrico, de modo que o corpo receptor se mantenha em conformidade com os padrões de qualidade da água. No Brasil a classificação é feita por meio do uso preponderante do corpo d água. A cobrança pelo direito de uso é similar entre a UE e o Brasil, sendo cobrado para todos os tipos de uso consuntivos. Nos EUA, entretanto, são cobrados somente os serviços de abastecimento da população, empresas, irrigação, etc. e pelo lançamento de efluentes nos corpos d água, mesmo após tratados. O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos brasileiro é um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações relativas aos recursos hídricos e fatores que interferem na sua gestão, conforme explicitado anteriormente. Os Estados Unidos apresentam um sistema parecido, o ATTAINS, banco de dados que consolida o relatório elaborado por cada estado relativos à qualidade da água dos corpos hídricos americanos. A União Europeia, por sua vez, não possui um sistema de informações propriamente dito, entretanto, as informações devem ser repassadas às diversas autoridades e deve haver participação do público. Os EUA e a UE possuem, ainda, alguns instrumentos que constam somente em suas legislações. No caso dos EUA, este instrumento é o TMDL, e para a Europa, são a rede de monitoramento e o registro das zonas protegidas, não existindo instrumentos semelhantes na legislação brasileira. Em se tratando dos órgãos responsáveis pela implementação da gestão dos recursos hídricos, nota-se que o Brasil é o país que mais subdivide as atribuições, enquanto para a União Europeia, os órgãos responsáveis são o Parlamento Europeu (competência legislativa) e a Comissão Europeia (órgão executivo), sendo cada Estado-membro responsável por definir suas competências particulares. Nos EUA os estados possuem grande independência para legislar, sendo que as normas devem ser aprovadas pela EPA, órgão executor do CWA. O Quadro 2 em seguida elenca os principais órgãos responsáveis em cada país/união Europeia. 9

10 Quadro 2 Órgãos responsáveis pela implementação das legislações de recursos hídricos do Brasil, UE e EUA. Poder Brasil União Europeia EUA Legislativo Executivo 5. CONCLUSÕES Conselho Nacional de Recursos Hídricos Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Recursos Hídricos Agência Nacional de Águas Comitês de Bacia Hidrográfica Parlamento Europeu Comissão Europeia Conselho de Recursos Hídricos Environmental Protection Agency Comissões de Bacia Hidrográfica A partir da análise comparativa da política de recursos hídricos no Brasil, nos Estados Unidos e na União Europeia, pode-se verificar por meio dos resultados encontrados, que independentemente da situação legislativa e gerencial de cada região, existe a necessidade de um novo pensamento econômico que considere a interdependência entre o uso dos recursos naturais e a demanda populacional pelos recursos, de modo que os princípios do desenvolvimento sustentável permeiem o desenvolver da gestão global. Dentre os pontos comparados entre os países e a União Europeia, destacamos os seguintes fatores para uma boa gestão de recursos hídricos: Definição de padrões de lançamento de efluentes e de qualidade da água por tipologia industrial e por tecnologias de controle de lançamento específicas para a tipologia industrial analisada; Associação dos padrões de lançamento de efluentes aos padrões de qualidade da água por meio de instrumentos, como, por exemplo, o TMDL (Total Maximun Daily Load); Introdução de instrumentos inovadores (outorga de direito de uso da água, cobrança pelo uso da água, enquadramento do corpo hídrico em classes) que resultam em uma gestão mais participativa e integrada, diferente da gestão pautada em mecanismos de comando e controle; Aplicação do Fator Fundamentalmente de Diferenciação (FDC); Adoção do enquadramento dos corpos hídricos pelo estado ecológico e não pelo uso. A política é o instrumento de gestão que deve nortear as decisões locais e globais, sendo assim de grande importância o compartilhamento das experiências para que as boas ações sejam destacadas e incorporadas pelas regiões que delas carecem, de modo que o caminho a ser trilhado a nível mundial seja o da gestão integrada dos recursos hídricos. 10

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12 6. AGRADECIMENTOS As autoras agradecem aos responsáveis pela disciplina Gestão e Regulação dos Recursos Hídricos do Programa de Planejamento Energético COPPE/UFRJ, pelo conhecimento e estímulo concedido, os quais foram indispensáveis para a formulação deste trabalho. 7. REFERÊNCIAS BARBOSA, F.L. Regulamentação do Reuso da Água em Refinarias Análise do Modelo Americano e Perspectivas para o Cenário Nacional. Rio de Janeiro, BRASIL. Decreto n , 10 de Julho de Decreta o Código das Águas. Presidência da República. Diário Oficial, Rio de Janeiro, Disponível em: Acesso em: 07 set BRASIL. Lei n 6.938, de 31 de Agosto de Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília,1988. Disponível em: Acesso em: 07 set BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, p. Disponível em: Acesso em: 07 set BRASIL. Lei n 9.433, de 8 de Janeiro de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de Brasília, Disponível em: Acesso em: 07 set BRASIL. Lei n 9.984, de 17 de Julho de Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Brasília, Disponível em: Acesso em: 07 set CAMPOS, J.D. Desafios do Gerenciamento dos Recursos Hídricos nas Transferências Naturais e Artificiais Envolvendo Mudança de Domínio Hídrico. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação de Engenharia Civil. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFJF. Rio de Janeiro, Disponível em: -Desafios_do_gerenciamento.pdf. Acessado em 12 Set CARDOSO-SILVA, S. et. al. Diretiva Quadro D Água: uma revisão crítica e a possibilidade de aplicação ao Brasil. Ambiente & Sociedade. São Paulo. v. XVI, n.1, p , Disponível em: Acessado em 8 set

13 CE, Comissão Europeia. Diretiva 2000/60/CE do parlamento europeu e do conselho que estabelece um quadro de ação comunitária no domínio da política da água Disponível em: Acessado em 10 set Diretiva Quadro Água. Documentação Oficial da DQA. Disponível em: Acessado em 11 set EPA, US Environmental Protection Agency. History of The Clean Water Act. Disponível em: Acesso em 10 Set EPA, US Environmental Protection Agency. EPA History: Water The Challenge of the Environment: A Primer on EPA's Statutory Authority. Disponível em: Acesso em 10 Set Federal Water Pollution Control Act Disponível em: Acesso em 10 Set Parlamento Europeu. Fichas técnicas sobre a União Europeia Proteção e gestão das águas Disponível em: Acessado em 11 set PEREIRA, Dilma Seli (Org.). Governabilidade dos recursos hídricos no Brasil: A implementação dos instrumentos de gestão na bacia do Rio Paraíba do Sul, Brasília: ANA, p. UNIÃO EUROPEIA. Instituições e outros organismos da União Europeia Disponível em: Acessado em 15 Set UNITED NATIONS. Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2015). World Population Prospects: The 2015 Revision, World Population 2015 Wallchart Disponível em: Acessado em 10 Set

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