Instrumentos para Controle da Poluição nos Corpos Hídricos: Brasil x Estados Unidos
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- Diana Pais Cordeiro
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1 Instrumentos para Controle da Poluição nos Corpos Hídricos: Brasil x Estados Unidos Lilian Bechara Elabras Veiga, D. Sc. Profª Alessandra Magrini, D. Sc. PPE / COPPE / UFRJ
2 Problema Objetivo Estrutura da Apresentação GRH Brasil Brasil: gestão qualidade da água e lançamento de efluentes GRH EUA: principais instrumentos Conclusão 2
3 Problema Resolução CONAMA 357/05 padrões de qualidade da água e condições e padrões de lançamento de efluentes nos CH Padrões fixos Tipologias industriais lançadoras,capacidade de suporte do meio, uso designado do corpo receptor não são considerados Críticas a Resolução revisão padrões de lançamento Resolução CONAMA 397/08. Revisões deveriam ter considerado experiência internacional Estados Unidos 3
4 Objetivo Apresentar, a luz da legislação que rege a gestão da qualidade da água e o lançamento de efluentes nos Estados Unidos, o Clean Water Act, algumas proposições que possam ser incorporadas ao caso Brasileiro. Principais instrumentos de controle da poluição dos corpos hídricos, previstos na legislação americana: o Total Maximun Daily Load (TMDL), o National Pollutant Discharge Elimination System (NPDES) e o Assessment Total Maximum Daily Load Tracking and Implementation System (ATTAINS).
5 Água Doce: 2,6% 76,4 % geleiras e lençóis glaciais 22,8 % lençóis subterrâneos 0,8 % águas de "superfície" (lagos, mares interiores, rios)
6 Distribuição dos recursos hídricos no Brasil Sudeste Nordeste 6% 3% Sul 7% Centro Oeste Norte 16% 68%
7 Distribuição dos Recursos Hídricos x Superfície x População (%) Norte Centro Oeste Sul Sudeste Nordeste Recursos hídricos Superfície População
8 Consumo Total de Água no Brasil % 2% 7% 12% Setores Usuários 1- Irrigação 2- Animal 3- Industrial 4- Urbano 5- Rural 69%
9 Lei 9.433/1997 Política Nacional de Recursos Hídricos Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos Novo contexto de gestão e planejamento integrados Define a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão rompendo com a divisão político administrativa do território Forma compartilhada de gestão da água envolvendo diferentes atores Água = bem de domínio público, escasso, dotado de valor econômico Integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental 5 Instrumentos: plano RH, cobrança, enquadramento, outorga, SNIRH
10 Resolução CONAMA no 357/2005 Define classes de corpos de água e as diretrizes p/ enquadramento dos CH Estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes nos CH Ao analisarem-se os padrões de lançamento estabelecidos, nota-se que tais padrões não consideraram as tipologias industriais lançadoras e a capacidade de suporte do meio críticas a esta Resolução formuladas pelo setor industrial Resolução no 397/2008 alguns dos padrões de lançamento foram revistos.
11 GRH EUA Clean Water Act (CWA) Lei Federal de Controle de Poluição da Água (1948) Regulamentada pelo Código do Regulamento Federal, Título 40 EPA Revisão 1972, 1987 Antes da revisão de 1987 CWA abordava apenas o controle de fontes pontuais 1987 controle sobre as fontes difusas, responsáveis por 60% da poluição dos CH 11
12 Padrões de Qualidade de Água (WQS) Compete aos estados estabelecer os WQS, em conformidade com o CWA e com o CFR, Título 40, devendo antes de ser implementados ser submetidos à aprovação do EPA. WQS constituídos por 3 elementos: o uso(s) designado para o corpo hídrico, o(s) critério(s) de qualidade da água necessário a proteger o(s) uso (s) e a política de antidegradação. 12
13 Diretrizes e Padrões Lançamento de Efluentes Definidos pelo EPA p/ mais de 50 tipologias industriais, contendo os padrões para lançamento por tipologia industrial (CFR, Título 40, partes 401 a 470). Desenvolvidos com base no nível de redução de poluentes possível de ser atingido por cada tipologia através do uso de tecnologias específicas de controle de lançamento definidas pelo EPA. 13
14 Instrumentos de Controle da Poluição Total Maximun Daily Load (TMDL) Cálculo da quantidade máxima diária de um determinado poluente que pode ser lançada por fontes pontuais e difusas para que o CH continue a atender aos WQS. Competência estadual O CWA requer que os estados identifiquem os CH que não estejam atendendo aos WQS e defina a carga total máxima diária de lançamento de cada poluente em um nível tal que assegure que os WQS sejam atingidos e mantidos. 14
15 TMDLs Implementados nos EUA 15
16 National Pollutant Discharge Elimination System (NPDES) Outorga exigida das fontes pontuais p/ lançamento de efluentes Competência estadual (45 estados capacitados- março 2008) Estabelece o limite de lançamento (CFR, Título 40) e sugere qual tecnologia de controle de lançamento à fonte deve adotar para atingir tal limite. Fundamentally Different Factor Varience FDC EPA define padrões de lançamento específicos p/ uma determinada indústria com base nos efluentes a serem lançados. Solicitado pela indústria. 16
17 Assessment Total Maximum Daily Load Tracking and Implementation System : ATTAINS Banco de dados contendo a qualidade da água nos corpos hidricos a partir de monitoramento realizado pelos estados Objetivo: identificar corpos hídricos que não estejam atendendo ao WQS e implemetar o TMDL. Principais fontes de poluição: deposição atmosférica, agricultura, pecuária, fontes desconhecidas Para os períodos de 2002, 2004, 2006 e 2008, respectivamente apenas 20%, 16%, 20% e 25% dos 3,5 milhões de milhas dos rios e riachos foram monitorados pelos estados..
18 ATTAINS 18
19 Conclusões e Recomendações Brasil: Resolução CONAMA 357/2005 sistema de controle rigido supervalorização do instrumento de comando e controle, em detrimento visão gestão ambiental reduzida eficácia ambiental Alterar a própria definição dos padrões de lançamento Considerar a tipologia industrial lançadora Adotar tecnologias de controle por processo industrial Vincular-se através de algum instrumento aos padrões de qualidade de água, como o TMDL. Adotar o fator fundamentalmente de diferenciação (FDC). Conforme o caso dos EUA, a indústria pode demonstrar ao órgão competente (federal ou estadual) no ato da outorga, que possui características que a diferem das demais na sua categoria e solicitar o FDC, sendo estabelecidos padrões de lançamento específicos. 19
20 Agradecimentos Programa de Planejamento Energético PPE/COPPE/UFRJ Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro FAPERJ Financiadora de Estudos e Projetos FINEP CT-Hidro lveiga@ppe.ufrj.br
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