MANDIOCA JANEIRO 2017

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1 BOLETIM DA MANDIOCA Análise Econômica Mensal sobre o Setor de Mandioca e Derivados no Brasil PROJETO DESENVOLVIDO PELO CEPEA EM PARCERIA COM A ABAM ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ ESALQ/USP JANEIRO 217

2 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Mercado de RAIZ de mandioca Baixa oferta e alta demanda impulsionam preços Sem oferta de mandioca de segundo ciclo e com a baixa produtividade das raízes de 1 ciclo e meio, produtores postergaram a colheita em janeiro, resultando em forte diminuição na oferta. Ao mesmo tempo, a demanda aumentou por parte de farinheiras, fecularias e agentes nordestinos, cenário que impulsionou a disputa entre os agentes e elevou os preços das raízes. Em janeiro foram processadas 48,1 mil toneladas pela indústria de fécula o menor volume para um mês de toda a séria do Cepea ficando 41% abaixo do que se processou em dezembro/16 e 72% menor que a moagem de janeiro/16, conforme a Figura 1. Neste primeiro mês de 217 o rendimento médio de amido (na balança hidrostática de 5 kg) ficou em 535,44 gramas, estável frente ao obtido em dezembro/16 mas 3,3% menor que o de janeiro de 216 (Figura 1). O valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia em janeiro ficou em R$ 535,44/t (R$,9312/grama de amido), 13% superior à média de dezembro/16 e 149,6% ante ao preço médio de janeiro/216, conforme mostrado na Figura 2. As altas ocorreram em todos os estados acompanhados pelo Cepea em janeiro, sendo a mais expressiva em Mato Grosso do Sul, de 14,8%, e média de R$ 526,35/t (R$,9154/grama). No Paraná, a média mensal ficou em R$ 566,25/t (R$,9848/grama), aumento de 13%. No estado de São Paulo (média da região de Assis), o preço médio ficou em R$ 425,18/t (R$,7394/grama), elevação de 6,9%, conforme se observa na Figura 3. Das regiões acompanhadas pelo Cepea, o noroeste do Paraná teve a maior média do mês, de R$ 572,95/t (R$,9964/grama), valorização de 13,3% frente a média dezembro. No centro oeste paranaense, a alta foi de 11,4%, com o produto ao valor médio a prazo de R$ 558,78/t (R$,9717/grama). O aumento no extremooeste do estado foi de 14%, com valor médio de R$ 548,73/t (R$,9543/grama), de acordo a Figura 4. Ainda na Figura 4 é possível observar que a média do extremosul do Mato Grosso do Sul ficou em R$ 533,25/t (R$,9273/grama), 18,1% maior que a de janeiro. No sudeste do mesmo estado, a valorização foi de 11,5%, com o preço médio em R$ 519,1/t (R$,927/grama). Fécula: Estoques diminuem com aumento da demanda e menor produção A produção de fécula continuou em queda em janeiro, devido à baixa oferta de mandioca no período, segundo dados do Cepea. Ao mesmo tempo, com a retomada das compras, a demanda pelo produto aumentou e a maior parte das fecularias passou a comercializar produto de estoques. Neste cenário, os preços da fécula registraram expressivas altas em janeiro. Na última semana do mês, o estoque na indústria de fécula ficou em 79 mil toneladas, 14,3% abaixo do apurado no final de dezembro/16. Deste total, 57,1% estava com as fecularias (disponível para a comercialização) e 42,9% com as modificadoras de amidos. O consumo aparente de fécula em janeiro foi de 33,7 mil toneladas, crescimento de 11% em relação ao apurado em dezembro/16, mas 36% menor que o de janeiro/16. 2

3 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Figura 1 Quantidade processada e rendimento de amido entre janeiro de 216 e janeiro de 217 Figura 2 Preços médios mensais a prazo da raiz de mandioca entre janeiro de 216 e janeiro de 217 mil toneladas ,1 191,4 288,6 319,3 222,7 261,7 253,6 222,1 28, Processamento 1,1 Rendimento 118,8 65,8 48, gramas de amido R$/t ,52 233,6 324,1 343,7 3,26 36,85 375,34 367,43 396,93 54,14 453,33 473,25 535,44 R$ por tonelada Figura 3 Preços médios mensais a prazo da raiz de mandioca nos estados acompanhados pelo Cepea em dezembro/16 e janeiro/ ,94 566,25 458,46 Figura 4 Preços médios mensais a prazo da raiz de mandioca por regiões em dezembro/16 e janeiro/17 Mercado de FÉCULA de mandioca Estoques diminuem com aumento da demanda e menor produção O preço médio a prazo da tonelada de fécula (FOB fecularia) ficou em R$ 2.744,53/t (R$ 68,61/saca de 25 kg), 9,2% acima da média de dezembro/16 e 78% superior ao apurado em janeiro/16 em valores nominais. De acordo com a Figura 5, no estado de São Paulo média da região de Assis o valor médio a prazo da fécula subiu 1,8% em janeiro, indo a R$ 2.757,52/t (R$ 68,93/saca de 25 kg). Em Mato Grosso do Sul, a alta mensal foi de 9,9%, com o produto ao preço médio de R$ 526,35 397,59 425,18 473,25 PR MS SP Média 535,44 R$/t ,88 485,25 558,78 466,69 572, ,1/t (R$ 68,1/saca de 25 kg). No Paraná, a média mensal teve aumento de 9,7% indo a R$ 2.753,83/t (R$ 68,84/saca de 25 kg). A média catarinense subiu 7,5%, com o valor médio mensal em R$ 2.781,74/t (R$ 69,54/saca de 25 kg). No sudeste de Mato Grosso do Sul, o preço médio da fécula teve alta de 11,4%, indo a R$ 2.799,74/t (R$ 69,99/saca de 25 kg). Já no extremosul do estado, o aumento foi de 9,5%, com média de R$ 2.688,1/t (R$ 67,2/ saca de 25 kg), de acordo com a Figura 6. 44,1 533,25 425,68 519,1 42,9 EOP COP NOP ESM SOM ASS 425,18 3

4 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 R$ por tonelada No centrooeste paranaense, a média teve avanço de 1% em janeiro, indo a R$ 2.765,24/t (R$ 69,13/saca de 25 kg), enquanto que no noroeste do estado, o preço médio subiu 8,7% à R$ 2.752,35/t (R$ 68,8/saca de 25 kg). A alta no extremooeste do estado foi de 12,2% e o valor médio mensal ficou em R$ 2.744,33/t (R$ 68,6/saca de 25 kg), conforme a Figura 6. Figura 5 Preços médios mensais a prazo da fécula de mandioca nos estados acompanhados pelo Cepea em dezembro/16 e janeiro/ , , , , , , , , ,89 SC PR MS SP Média 2.744,53 Ainda devido à entressafra e aos baixos estoques, em Santa Catarina foram poucos os negócios efetivos, e as cotações seguiram em alta. No alto vale do Itajaí, a média mensal subiu 8,7%, ficando em R$ 2.782,86/t (R$ 69,57/saca de 25 kg), enquanto que no litoralsul do estado, o acréscimo foi de 6,3%, com média de R$ 2.779,81/t (R$ 69,49/ saca de 25 kg), de acordo com a Figura 6. R$/t Figura 6 Preços médios mensais a prazo da fécula de mandioca por regiões em dezembro/16 e janeiro/ , , , , , 2.744, , , , , , , , , ,63 LSC AIC EOP COP NOP ESM SOM ASS 2.757,52 Mercado de FARINHA de mandioca Mercado reage e tem forte liquidez em janeiro Por conta do clima seco, agentes nordestinos voltaram a adquirir mandioca e farinha em regiões do Paraná e do estado de São Paulo em janeiro. Este cenário ocorreu em um momento de baixa oferta de raiz, especialmente no Paraná, influenciando fortemente as altas de preços da matériaprima e dos derivados. Após as festas de final de ano, aumentou a demanda pela farinha paranaense. Deste modo, farinheiras do noroeste e centrooeste buscaram intensificar a produção. Porém, a forte disputa por mandioca resultou em altas nos preços. As vendas de farinheiras do estado aumentaram para o Nordeste e também para o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na região paulista de Assis, houve forte demanda por mandioca e farinha em janeiro. Segundo agentes locais, houve considerável aumento no volume de raiz enviado para Sergipe e Pernambuco e de farinha para a Bahia, o que elevou fortemente os preços. Na região de Campinas foi registrado pouco movimento de comercialização, com negócios voltados ao próprio estado. O preço médio nominal a prazo da saca de 5 kg da farinha de mandioca fina branca/crua tipo 1 em janeiro ficou em R$ 126,53, aumento de 6,8%. Em mesmo período, a farinha de mandioca grossa branca/crua tipo 1 subiu 8,8% a R$ 11,32 por saca de kg, dados que são apresentados na Figura 7. Para manter o processamento, diante do cenário de baixa oferta de mandioca, parte das 4

5 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 R$/sc de 5 kg Figura 7 Preços médios regionais da farinha de mandioca fina branca/ crua tipo 1, em dezembro/16 e janeiro/ ,5 92,35 112,3 121,69 118,56 127,84 136,31 139,43 127,91 LSC COP NOP CAM ASS 137,83 farinheiras aumentou a remuneração aos agricultores, o que resultou em expressivas altas nos preços em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em janeiro, o valor médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta farinheira ficou em R$ 554,65 (R$,9646/grama de amido), aumento de 13,9% frente a média de dezembro/16, conforme apresentado na Figura 8. R$/sc de 5 kg Figura 8 Preços médios regionais da farinha de mandioca grossa branca/ crua tipo 1, em dezembro/16 e janeiro/ ,68 75,85 87,79 96,3 94,74 12,26 19,5 111,65 13,32 LSC COP NOP CAM ASS 112,99 Regiões: LSC (Litoral Sulcatarinense: região de Capivari de Baixo), AIC (Alto Vale do Itajaí: região de Rio do Sul), EOP (Extremo Oeste Paranaense: região de Marechal Cândido Rondon inclui região de Realeza), COP (CentroOeste Paranaense: região de Araruna), NOP (Noroeste Paranaense: região de Paranavaí), ESM (Extremo Sul Sulmatogrossense: região de Naviraí); SOM (Sudeste Sulmatogrossense: região de Ivinhema), ASS (Assis SP: região de Assis) e CAM (Região de Campinas SP: envolve as microrregiões de Santa Maria da Serra, Piracicaba e Anexo 1 Preços médios regionais a prazo* da raiz e fécula de mandioca e relações entre os preços janeiro/217). jan/17 Regiões 2 a 6 9 a a 2 23 a 27 Média Mensal Variação Mensal LSC s.n. s.n s.n s.n. n.d. n.d. AIC s.n. s.n. s.n. s.n. n.d. n.d. EOP 527,2 53,1 557,84 58,7 548,73 14,% COP 514,25 551,91 57,61 598,34 558,78 11,4% Raiz NOP 523,11 564,26 583,54 62,91 572,95 13,3% ESM 492,65 57, 553,4 579,94 533,25 18,1% SOM 476,47 5,93 523,58 575,41 519,1 11,5% ASS 411,21 421,35 428,9 44,5 425,18 6,9% Média 494,7 522,67 539,23 585,8 535,44 13,1% LSC s.n ,81 s.n. s.n ,81 6,3% AIC s.n , ,9 s.n ,86 8,7% EOP 2.46, , , , ,33 12,2% COP 2.536, , , , ,24 1,1% Fécula NOP 2.55, , , , ,35 8,7% ESM 2.532, , , , ,1 9,5% SOM 2.649, , , , ,74 11,4% ASS 2.534, , , , ,52 1,8% Média 2.529, , , , ,53 9,2% LSC n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. AIC n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. EOP 4,67 5,12 5,7 5,14 5, 1,7% Relação COP 4,93 5, 5, 4,86 4,95 1,1% Preços da NOP 4,79 4,83 4,88 4,73 4,8 4,1% Fécula e ESM 5,14 5,13 4,88 5,3 5,5 7,2% Raiz SOM 5,56 5,46 5,39 5,2 5,4 1,1% ASS 6,16 6,38 6,58 6,79 6,48 3,6% Média 5,1 5,6 5,9 4,91 5,2 3,5% *Mandioca (prazo médio de 5 dias) e fécula (prazo médio de 3 dias). Fonte: CepeaEsalq/USP (janeiro/217). 5

6 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Anexo 2 Preços médios regionais a prazo** 3 dias para pagamento da farinha de mandioca branca/crua tipo 1 (R$/sc de 5 kg), da farinha de mandioca grossa branca crua tipo 1 (R$/sc de 4 kg) e mandioca para farinheiras em janeiro/217. jan/16 Regiões 5 a 9 12 a a a 25 Média Variação Mensal LSC s.n. 93,21 93,98 89,85 92,35 2,9% Farinha de COP 117,6 125,26 117,33 126,58 121,69 9,2% mandioca fina NOP 117,3 124,94 133,39 135,73 127,84 9,5% branca /crua CAM 135,83 133,2 14,53 148,18 139,43 2,4% tipo 1 ASS 131,68 129,62 144,54 145,5 137,83 9,9% Média 126,41 122,31 128,55 128,85 126,53 6,8% LSC s.n. 75,35 75,99 76,22 75,85 9,9% Farinha de COP 94,8 98,5 93,86 98,75 96,3 8,% mandioca grossa NOP 93,84 99,95 16,69 18,58 12,26 9,1% branca /crua CAM 18,16 17,9 112,17 118,38 111,65 2,4% tipo 1 ASS 15,35 112,2 116,79 117,8 112,99 12,4% Média 11,1 98,81 12,88 12,58 11,32 8,8% Raiz de mandioca para farinheiras LSC s.n. s.n. s.n. s.n. s.n. n.d. COP 519,4 564,19 579,31 596,56 564,77 11,3% NOP 533,5 563,95 591,9 635,17 58,82 12,9% CAM 456,42 46,11 s.n. s.n. 458,27 5,5% ASS 5,44 499,9 517,6 545,8 515,55 7,7% Média 517,1 535,83 563,59 62,8 554,65 12,7% **Mandioca (prazo médio de 5 dias) e farinha (prazo médio de 3 dias). Fonte: CepeaEsalq/USP (janeiro/217). 6 EXPEDIENTE COORDENADOR: Geraldo Sant Ana de Camargo Barros e Lucilio Rogério Ap. Alves O Boletim da Mandioca é elaborado EQUIPE TÉCNICA CEPEA: Fábio Isaias Felipe, Jéssica Caroline Pereira e Carlos mensalmente pelo Cepea Centro de Estevão Leite Cardoso (Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical) Estudos Avançados em Economia Aplicada ESALQ/USP. Interessados em reproduzir o CONTATOS: (19) / 8851 Fax: mancepea@usp.br conteúdo devem solicitar autorização. MAIS INFORMAÇÃO:

7 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 FÉCULA de mandioca internacional Balança comercial tem déficit pelo segundo mês consecutivo Em janeiro, o volume de fécula de mandioca importado pelo Brasil foi de 1,55 mil toneladas, 11,2% abaixo do total de dezembro/216. Em janeiro do ano passado, devido aos grandes estoques, não houve importações do produto, conforme apresentado na Figura 1, que também mostra que o preço médio de importação da fécula em janeiro foi de US$ 468,59 por tonelada (FOB porto de origem), aumento de 8,6% na comparação com o dezembro/216. O Paraguai foi a principal origem da fécula importada pelo Brasil em janeiro, com volume de 1,4 mil toneladas, o que representa 89% do total. Da Tailândia, as compras brasileiras totalizaram 17 toneladas (11% do total) e, dos Estados Unidos, o volume foi inferior a 1 tonelada. A fécula importada foi destinada ao Paraná (81% do total), a Mato Grosso do Sul (19,2%) e a São Paulo (,1%). Quanto às exportações brasileiras de fécula de mandioca, o volume foi de 22,2 mil toneladas no primeiro mês de 217, queda de 25,4% frente a dezembro e de fortes 87,3% frente ao total exportado em jan/16, de acordo com a Secex (Figura 2). O produto para exportação teve valor médio de US$ 987,85 por tonelada (FOB porto brasileiro) em janeiro de 217, queda de 1,5% na comparação com dezembro, mas forte alta de 188,6% frente a ao primeiro mês do ano passado, como também se observa na Figura 2. De acordo com a Figura 3, as exportações da fécula brasileira em janeiro destinaramse principalmente aos Estados Unidos (32,9% do total), Bolívia (31,9%), Reino Unido (2,8%), Portugal (7,9%), Holanda (4,9%) e Itália (,7%). Somados, outros países foram destino de,9% do total exportado. toneladas Figura 1 Volume e preço médio de exportação de fécula de mandioca entre jan/16 e jan/ , , 1.268,9 Quantidade 877, ,6 Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (216). 39,1 Preço 1.523,7 225, ,1 37, , , US$/tonelada toneladas Figura 2 Volume e preço médio de importação de fécula de mandioca entre jan/16 e jan/ , , 2.385, ,7 1.48,1 Quantidade 1.397,9 661,7 Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (216). 637,6 Preço 364,1 522, 539,1 27,9 22, US$/tonelada Figura 3 Destinos das exportações brasileiras de fécula de mandioca em janeiro/217 Portugal 7,9% Holanda 4,9% Itália,7% Outros,9% Estados Unidos 32,7% Reino Unido 2,8% Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217). Bolívia 31,9% 7

8 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Balança e saldo comercial iniciam ano com déficit A balança comercial da fécula de mandioca teve déficit de 1,3 mil toneladas em janeiro, melhora de 8,7% frente ao resultado de dezembro/216. Porém, frente ao primeiro mês do ano passado, houve substancial piora neste quadro, uma vez que naquele período o saldo era positivo em 1,6 mil toneladas, conforme apresentado através da Figura 4. De acordo com a Figura 5, o saldo comercial de janeiro apresentou déficit de US$ 526,5 mil, elevação de 9,4% em relação ao de dezembro/216, sendo o pior resultado desde maio de 214, de acordo com a Secex. toneladas Figura 4 Balança comercial fécula de mandioca entre jan/16 e jan/ , ,86 873,66 218,83 53,58 Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217). 76,73 271,59 886,9 138, ,14 52, , ,7 US$ Figura 5 Saldo comercial da fécula de mandioca entre jan/16 e jan/ , , 79.88, 54.81, , Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217) , , 74.12, , , , , , Preços ficam estáveis na Tailândia Entre dezembro/16 e janeiro/17, o preço médio da fécula tailandesa para exportação ficou estável em US$ 34,/t (FOB Bancoc). Porém, na comparação com janeiro do ano passado, houve baixa de 1,5%, de acordo com o Thai Tapioca Starch Association (TTSA), apresentados na Figura 6. Em dezembro/16 (dados mais recentes), de acordo com o Departamento de Comércio Exterior da Tailândia (Customs Department of Thailand), o país exportou 297,8 mil toneladas de fécula de mandioca, praticamente o mesmo na comparação com novembro (,2%), e elevação de apenas,13% frente a igual período de 215. No acumulado de 216, a Tailândia embarcou 3,2 milhões de toneladas de fécula, crescimento de 12% frente a 215. Figura 6 Preços de exportação de fécula na Tailândia entre jan/16 e jan/17 Figura 7 Evolução das exportações tailandesas entre jan/16 e jan/ US$/t ,5 mar ,5 376, ,25 317, mil toneladas , , , , , , , , , , , , , Fonte: Thai Tapioca Starch Association (217) Fonte: Thai Tapioca Starch Association (217) 8

9 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Dextrina e outros amidos e fécula modificados O Brasil importou 515,9 toneladas de amidos modificados no primeiro mês de 217, 2 vezes mais que o volume registrado em dezembro e elevação de 38,4% frente a igual período do ano passado, conforme dados da Secex, que podem ser observados na Figura 8. Conforme a Figura 9, o valor médio de importação dos amidos modificados em janeiro foi de US$ 1.898,51/t (FOB porto de origem), queda de 41,2% frente ao de dezembro/16 e de 24,6% na comparação com janeiro do ano passado. As origens dos produtos foram: Estados Unidos (73% do total), Holanda (2%), Áustria (2,1%) e França (1,9%). O total importado de outros países foi de 2,9% (Figura 1). toneladas Figura 8 Exportações brasileiras de dextrina e outros amidos e féculas modificados entre jan/16 e jan/ ,7 434,13 32,87 388,36 35,2 314,84 375,56 39,15 291,13 432,59 712,24 255,92 515,9 Figura 9 Valor médio das exportações brasileiras de dextrina e outros amidos e fécula modificados entre jan/16 e jan/17 Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217) Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217) US$/tonelada , , , , , , , , , , , , ,55131 Figura 1 Destinos das importações brasileiras dextrina e outros amidos e féculas modificados janeiro/17 Áustria 2,1% França 1,9% Outros 2,9% Holanda 2,% Estados Unidos 73,% Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217). 9

10 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Sobre as exportações de amidos modificados, o volume totalizou 3,1 mil toneladas no primeiro mês de 217, 14,6% acima do registrado em dezembro/16 e elevação de 5,2% em relação a janeiro/16, conforme apresentado na Figura 11. A Figura 12 aponta que o valor médio de exportação para a fécula de mandioca foi de US$ 1.5,96/t (FOB porto brasileiro) em jan/17, queda de 1,9% em relação a dezembro/216 e de 13,7% na comparação com o primeiro mês de 216. Em janeiro, o produto brasileiro foi exportado para a Argentina (41,1% do total), Estados Unidos (23,7%), Chile (13,4%), Japão (7,9%), Colômbia (4%), Holanda (2,4%), Reino Unido (1,8%) e Paraguai (1,1%). Outros países adquiriram os 4,7% restantes (Figura 13). Figura 11 Importações brasileiras de dextrina e outros amidos e féculas modificados entre jan/16 e jan/17 Figura 12 Valor médio das importações brasileiras de dextrina e outros amidos e fécula modificados entre jan/16 e jan/17 toneladas , , , , , , , , , , , ,5 3.91,24 US$/tonelada , , , , , , , , , , , , , Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (216) Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (216) Figura 13 Origens das importações brasileiras dextrina e outros amidos e féculas modificados janeiro/17 Holanda 2,4% Reino Unido 1,8% Paraguai 1,1% Outros 4,7% Colômbia 4,% Japão 7,9% Argentina 41,1% Chile 13,4% Estados Unidos 23,7% Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217) 1

11 BOLETIM DA MANDIOCA JANEIRO/217 Balança comercial de modificados A balança comercial dos amidos modificados teve superávit de 2,56 mil toneladas em janeiro, aumento de 5,5% em relação a dezembro e de apenas,3% frente a janeiro de 216, conforme apresentado na Figura 14. A Figura 14 aponta ainda que o saldo comercial teve superávit de US$ 2,13 milhões no primeiro mês deste ano, queda de 3,9% frente ao resultado de dezembro, mas alta de 28,1% na comparação com janeiro do ano passado. Quantidades (t) Figura 14 Balança comercial e saldo comercial de dextrina e outros amidos e féculas modificados entre jan/16 e jan/ Volume US$ 2,8 2,52 2,24 1,96 1,68 1,4 1,12,84,56,28, US$ (milhões) Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Secex (217). SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) mancepea@usp.br EXPEDIENTE COORDENADOR: Geraldo Sant Ana de Camargo Barros e Lucilio Rogério Ap. Alves O Boletim da Mandioca é elaborado EQUIPE TÉCNICA CEPEA: Fábio Isaias Felipe, Jéssica Caroline Pereira e Carlos mensalmente pelo Cepea Centro de Estevão Leite Cardoso (Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical) Estudos Avançados em Economia Aplicada ESALQ/USP. Interessados em reproduzir o CONTATOS: (19) / 8851 Fax: mancepea@usp.br conteúdo devem solicitar autorização. MAIS INFORMAÇÃO: 11