FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA RESUMO EXPANDIDO ÁREA TEMÁTICA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS NA SAÚDE

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1 FACULDADE INTEGRADA DE SANTA MARIA RESUMO EXPANDIDO ÁREA TEMÁTICA: PRÁTICAS INTEGRATIVAS NA SAÚDE A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) NOS SERVIÇOS HOSPITALARES: QUALIDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE EM SUA EXECUÇÃO 1 INTRODUÇÃO SANTOS, Daisy Fogaça¹ ROSA, Ingrid Belmonte² CERENTINI, Jéssica ³ SCHIEFFELBEIN, Leticia de Senne 4 ANVERSA, Elenir Terezinha Rizzetti 5 A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), constituída por meio de um método científico denominado Processo de Enfermagem (PE) na prática assistencial ao paciente, estabeleceu-se como ferramenta de aplicação prática das teorias que norteiam os métodos do cuidado. Os enfermeiros que representam parte integrante do processo da implementação da SAE, devem auxiliar em todas as etapas que envolvem essa atividade, dentre elas: a investigação, o diagnóstico de enfermagem, o planejamento e a avaliação (HERMIDA, 2004). A sistematização da assistência possibilita identificar as necessidades humanas básicas, com uma identidade independente do modelo médico e de grande relevância na formulação dos registros, facilitando assim, a valorização do profissional. (REPPETTO & SOUZA, 2005). Logo, permite-se uma maior segurança, orientação e ainda o respaldo científico, tornando viável maior autonomia por parte dos enfermeiros que poderão enfrentar as dificuldades impostos em sua prática por meio dos resultados satisfatórios no cuidado ao paciente, como também, pela maior fidedignidade dos dados apresentados. A SAE vem apresentando potencialidades como uma ferramenta para o cuidado de forma especializada, promovendo a visão dos múltiplos fatores para geração de doença e sua prevenção, e que para tanto, apresenta ainda dificuldades e desafios em sua execução efetiva, como a limitação de tempo com sobrecarga de trabalho, a falta de capacitação, de conhecimento e de profissionais (CASTILHO et al., 2009). Assim, o presente trabalho teve como objetivos conhecer as produções sobre a Sistematização de Enfermagem, os fatores que dificultam a

2 efetuação da SAE nos serviços hospitalares e a qualidade de suas práticas no período de 2005 a MÉTODO Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa cujo objetivo é explicativo. A coleta de dados foi realizada por intermédio de uma revisão bibliográfica com material já publicado em artigos científicos relacionados ao tema. Para tanto, os artigos científicos encontrados foram 15 sendo utilizados somente cinco por estarem relacionados mais ao assunto em questão do período entre 2005 a 2015 através dos descritores: Processos de enfermagem, Sistematização e Assistência hospitalar pela biblioteca virtual do Scientific Electronic Library online (SciELO) e banco de dados a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Construída ao longo de um contexto histórico, no qual, inicialmente o cuidado era baseada no modelo biomédico e exercido de forma não sistematizada; as respostas sobre o por que fazer e quando fazer não eram refletidas. (TENNURE & PINHEIRO, 2013). Com base nisso, o surgimento da SAE norteou uma visão ampliada da assistência de enfermagem sistematizada com o processo de enfermagem como método, que permitiu assim, estruturar as tomadas de decisões durante a prática formando um embasamento científico para esse fim e com uma identidade própria da enfermagem. Desse modo, a sistematização irá envolver uma forma de organização e inter-relação estre as ações, permitindo maior controle e orientação no serviço prestado no serviço hospitalar. (SILVA et al., 2011). Enquanto na assistência à saúde, irá compreender um conjunto de ações preventivas, de cura e reabilitação assegurados no atendimento de saúde a população que permite reflexão e pensamento crítico durante a avaliação. A SAE dentro dos hospitais que veio para somar e conformar o planejamento, a execução, o controle e a avaliação das ações de cuidado direto e indireto aos pacientes, contudo, enfrenta desafios a sua prática. Segundo Reppetto (2005), dentre desses desafios os mais enfrentados pela enfermagem é a dificuldade com o histórico de enfermagem, dando como justificativa o excesso de tempo gasto para seu preenchimento, o tempo limitado para sua aplicação e ainda pode estar ligado a falta de recursos humanos gerando sobrecarga no trabalho.

3 Logo, é imprescindível recursos disponíveis e a locais apropriados para troca de informações entre os profissionais, permitindo uma melhor definição e planejamento das ações de enfermagem, como também um número considerável de profissionais atuantes, uma vez que essa prática exige presença ininterrupta nas diversas unidades hospitalares. A ausência de capacitação apresenta-se como outro desafio, sendo a falta de conhecimento do enfermeiro o principal motivo do descompromisso em algumas instituições hospitalares de saúde e da ausência em outras, ao passo que esse desconhecimento gera desinteresse e a falta de adesão do método assistência. (SOARES et al., 2015). Isso pode-se dever em falhas no próprio processo de formação desses profissionais, contribuindo para convicções comuns acerca da temática, como mais um trabalho que não funciona. Assim, a falta de capacitação e conhecimento da SAE torna sua prática incompetente, uma vez que, o profissional tem como dever estar capacitado não somente com o saber clínico como também teórico, sendo capaz de gerir e administrar os processos de saúde. 4 CONCLUSÕES Diante do levantamento bibliográfico, fica evidente que a SAE é uma prática que surgiu somente para somar a qualidade no cuidado, das mudanças dos processos de enfermagem, com a implementação da SAE, serão positivas na gestão do cuidado e na assistência, entretanto, percebem-se que está ainda é pouco utilizada pelos enfermeiros, diversos motivos, entre eles a falta de tempo, demandas diárias, dificuldades em realizar todas suas etapas, pouco conhecimento sobre o tema, falta de capacitação e principalmente a adesão. Para tanto, apesar destes obstáculos apresentará sucesso na operacionalização e desenvolvimento, uma vez que, o profissional ao longo de sua formação forme uma visão ampliada e compreenda esta ferramenta como um método pelo qual se permita executar ações com respaldo científico junto ao conhecimento clínico do paciente. Sendo ainda que, seu desenvolvimento se dá se forma mútua e fatores de empecilho como falta de recursos humanos é crucial em sua efetivação como também condições favoráveis como adequá-la de acordo com a realidade de cada instituição, como o número do pessoal de enfermagem com o número de leitos, o incentivo a equipe para sua efetivação concreta e a quebra de resistência por parte desses profissionais, valendo-se de que, ainda é um desafio a ser superado pelos profissionais da área de saúde. 1 Relator. Curso de Graduação em Enfermagem, 4º semestre, Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA). d.fogdaisy@hotmail.com ²Coautor. Curso de Graduação em Enfermagem, 4º semestre, Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA). ingridbelmonter@gmail.com

4 ³Coautor. Curso de Graduação em Enfermagem, 4º semestre, Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA). 4 Coautor. Curso de Graduação em Enfermagem, 4º semestre, Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA). 5 Orientador. Enfermeira, Professora, Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA). elenir.anversa@fisma.com

5 REFERÊNCIAS CASTILHO, N.C.; RIBEIRO, P.C.; CHIRELLI, M.Q. A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem no serviço de saúde hospitalar do Brasil. Texto e Contexto Enfermagem, 18(2): 280-9, Florianópolis, HERMIDA. P.M.V. Desvelando a implementação da sistematização da assistência de enfermagem. Revista brasileira de enfermagem, nov/dez;57(6):733-7; Brasília, REPPETTO, M.A.; SOUZA, M.F. Avaliação da realização e do registro da Sistematização da Assistência de enfermagem (SAE) em um hospital universitário. Revista Brasileira de Enfermagem, 58(3):325-9, SILVA, E.G.C.; OLIVEIRA, V.C.; NEVES, B.C.; GUIMARÃES, T.M.R. O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem: da teoria à prática. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, vol.45, n 6, SOARES, M.I.; RESCK, Z.M.R.; TERRA, F.S.; CAMELO, S.H.H. Sistematização da assistência de enfermagem: facilidades e desafios do enfermeiro na gerência da assistência. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 19(1) Jan-Mar, 2015.