EFEITO DE DIFERENTES QUANTIDADES DE HÚMUS DE MINHOCA CALIFÓRNIA VERMELHA INCORPORADOS AO SOLO E COM APLICAÇÕES DE BIOFERTILIZANTE NA CULTURA DO FEIJÃO
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1 Área: Solos e Nutrição de Plantas EFEITO DE DIFERENTES QUANTIDADES DE HÚMUS DE MINHOCA CALIFÓRNIA VERMELHA INCORPORADOS AO SOLO E COM APLICAÇÕES DE BIOFERTILIZANTE NA CULTURA DO FEIJÃO Paulo Cássio Aves linhares 1 ; Janailson Pereira de Figueredo 1 ; Joselma Nogueira da silva 1 ; Ricardo de Sousa Silva 2 ; Raimundo Andrade 3 1 Licenciando em Ciências Agrárias, Pesquisador, CCHA/DAE/UEPB, Sítio Cajueiro S/N Zona Rural, Catolé do Rocha/PB. paulo_linhares2011@hotmail.com. 2 Licenciado em Ciências Agrárias, Pesquisador, CCHA/DAE/UEPB, Sítio Cajueiro S/N Zona Rural, Catolé do Rocha/PB. 3 Doutor em Recursos Naturais, Pesquisador, CCHA/DAE/UEPB, Sítio Cajueiro S/N Zona Rural, Catolé do Rocha/PB. Resumo O feijoeiro macassar é uma das principais culturas da região Nordeste, sendo considerada fonte de renda alternativa e alimento básico para sua população. Tendo em vista a importância de se estudar a cultura do feijão. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de diferentes quantidades de húmus de minhoca (vermicomposto) incorporados ao solo com aplicações de biofertilizantes líquido na cultura do feijão-caupi. O trabalho foi conduzido em condições de campo, de fevereiro a abril de 2012, no setor de agroecologia pertencente à Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, CAMPUS IV, no município de Catolé do Rocha-PB. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, no esquema fatorial 4 x 2, com 5 repetições. Sendo estudados os efeitos de quatro quantidades de húmus de minhoca (Q 1 = 0(testemunha), Q 2 = 1 kg/m/linear, Q 3 = 1,5 kg/m/linear, Q 4 = 2 kg/m/linear de húmus de minhoca) e foram feitas aplicações de biofertilizante do tipo B 1= biofertilizante não enriquecido e B 0 = húmus de minhoca líquido na concentração de 200 ml/ pulverizador (20L/H 2 O), aplicado via foliar. As variáveis analisadas foram: número de folhas (NF) e área foliar unitária (AFU). Os dados foram analisados e interpretados a partir de análise de variância (Teste F), aos níveis de 0,01 e 0,05% de probabilidade e pelo confronto de médias pelo teste de Tukey, conforme Ferreira (2000), utilizando-se o Programa Computacional SISVAR versão 5.0. Para a variável número de folhas e área foliar unitária as quantidades de húmus de minhoca que promoveu melhor desempenho foram (Q2)= 1,0 kg/m/linear e (Q4)= 2,0 kg/m/linear juntamente com a aplicação de biofertilizante liquido. Palavras-chave: vermicomposto, VignaUnguilata L, via foliar. Introdução O feijão-caupi, conhecido no Nordeste brasileiro por feijão macassar (Vigna Unguilata L.) ou feijão-decorda, pertence à família Fabaceae, sendo uma leguminosa anual herbácea que produz frutos tipo vagem, podendo apresentar porte baixo e médio. A origem do feijão é Sul-americana, pois os indígenas já o conheciam e cultivavam-no juntamente consorciados com outras culturas (SANTOS et al., 2008). O feijoeiro macassar é uma das principais culturas da região Nordeste, sendo considerada fonte de renda alternativa e alimento básico para sua população. Além disso, o feijão-caupi também é utilizado como forragem verde, feno, silagem, farinha para alimentação animal e, ainda, como adubação verde e proteção do solo (EMBRAPA, 2003). 1
2 A cultura do feijão macassar responde bem à adubação orgânica aumentando assim sua produtividade quando o solo é adubado com estercos bovinos, compostos orgânicos, húmus de minhoca e biofertilizantes (SANTOS 1992). O biofertilizante bovino aplicado no solo e via foliar pode ser utilizado com sucesso na referida cultura, apresentando resultados promissores quanto aos aspectos nutricionais das plantas e no aumento da produtividade (OLIVEIRA e ESTRELA, 1984). O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes quantidades de húmus de minhoca (vermicomposto) incorporados ao solo com aplicações de biofertilizantes líquido na cultura do feijão-caupi. Material e Métodos O trabalho foi conduzido em condições de campo, de fevereiro a abril de 2012, no setor de agroecologia pertencente à Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, CAMPUS IV, no município de Catolé do Rocha-PB ( S; W) e uma altitude de 275 m acima do nível do mar. O clima do município, de acordo com a classificação de Koppen é do tipo BSWh, ou seja, quente e seco do tipo estepe. O solo local é classificado como NEOSSOLO FLÚVICO Eutrófico com textura arenosa. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, no esquema fatorial 4 x 2, com 5 repetições, totalizando 40 tratamentos. Sendo estudados os efeitos de quatro quantidades de húmus de minhoca (Q 1 = 0(testemunha), Q 2 = 1 kg/m/linear, Q 3 = 1,5 kg/m/linear, Q 4 = 2 kg/m/linear de húmus de minhoca) e foram feitas aplicações de biofertilizante do tipo B 1= biofertilizante não enriquecido e B 0 = húmus de minhoca líquido na concentração de 200 ml/ pulverizador (20L/H 2 O), aplicado via foliar. A cultivar estudada foi a BRS-Pujante. O sistema de irrigação utilizado foi o localizado por gotejamento, com emissores equidistantes de 0,4 m e vazão média de 2,0 L/h. As variáveis analisadas foram: número de folhas (NF) e área foliar unitária (AFU). Os dados foram analisados e interpretados a partir de análise de variância (Teste F), aos níveis de 0,01 e 0,05% de probabilidade e pelo confronto de médias pelo teste de Tukey, conforme Ferreira (2000), utilizando-se o Programa Computacional SISVAR versão 5.0. Resultados e Discussão Ao analisar o desenvolvimento vegetativo do número de folhas em plantas de feijão BRS-Pujante (Figura 1), não apresentando significância estatística, observa-se que apresenta valor superior em plantas que receberam quantidades de húmus em 0,0 e 2,0 kg/metro/linear (Q 1 e Q 4 ) respectivamente, durante o período experimental em condições de campo no município de Catolé do Rocha/PB. Os resultados obtidos na presente pesquisa discordam dos resultados apresentados por Alves et al., (2009), pois o autor citado encontrou resultados superiores estudando o desempenho produtivo do feijoeiro em função da aplicação de biofertilizantes, obtendo maior número de folhas (167) quando aplicou-se a dose de 150 ml/planta/vez, via solo e 169 folhas para uma concentração de 120 ml/planta/vez, via foliar. 2
3 Figura 1. Efeito da quantidade de húmus de minhocas sobre o número de folhas (NF) do feijoeiro BRS- Pujante, no setor de Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba, CAMPUS IV, município de Catolé do Rocha/PB, Quanto à aplicação via foliar de biofertilizante e de húmus líquido, os tratamentos submetidos à aplicação de biofertilizante líquido B1, obtiveram um melhor desempenho (Figura 2), superando o húmus liquido B2 em 1,9%. Figura 2. Efeito de biofertilizante liquido B1, e de húmus líquido B2, sobre o número de folhas do feijoeiro BRS-Pujante, no setor de Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba, CAMPUS IV, município de Catolé do Rocha/PB, Para a área foliar unitária (figura 3) a quantidade húmus de minhoca 1,0 kg/m/linear (Q2), proporcionou uma superioridade em relação ao (Q4) 2,0 kg/m/linear de 15,75%. Quando se eleva uma unidade de quantidade de húmus de minhoca diminui área foliar unitária do feijoeiro orgânico. Os resultados obtidos discordam dos valores encontrados por Correia e Nogueira (2004) que ao estudar Avaliação do crescimento do amendoim (Arachis hipógaea L.) submetido a déficit hídrico, foi de 480 cm 2 obtidos em tratamentos sob controle e 141,25 cm 2 para as plantas sob suspensão total de rega. 3
4 Figura 3. Efeito da quantidade de húmus de minhocas sobre a área foliar unitária do feijoeiro BRS-Pujante, no setor de Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba, CAMPUS IV, município de Catolé do Rocha/PB, Quanto à aplicação de biofertilizante e de húmus líquido, por sua vez, o tratamento submetido à aplicação de biofertilizante liquido obteve um melhor desempenho em relação ao húmus líquido em 1,3% (Figura 4). Figura 4. Efeito de biofertilizante liquido B1, e de húmus líquido B2, sobre a área foliar unitária do feijoeiro BRS-Pujante, no setor de Agroecologia da Universidade Estadual da Paraíba, CAMPUS IV, município de Catolé do Rocha/PB, Conclusões Para a variável número de folhas a testemunha (Q1)= 0,0 kg/m/linear foi quem proporcionou maior acréscimo em relação as demais quantidades de matéria orgânica estudadas. Já para área foliar unitária do feijoeiro BRS pujante houve um acréscimo da quantidade (Q2)= 1,0 kg/m/linear 15,75% em relação à quantidade (Q4)= 2,0 kg/m/linear. Quanto à aplicação de biofertilizante e húmus liquido via foliar, o biofertilizante a base de esterco bouvino foi o que promoveu melhor desempenho sobre as variáveis estudadas na pesquisa. 4
5 Referências ALVES, S. V.; VIEIRA ALVES, S. S.; CAVALCANTI, M. L. F.; DEMARTELAERE, A. C. F.; SILVA TEÓFILO, T. M. de. Desempenho produtivo do feijoeiro em função da aplicação de biofertilizantes. Ver.. Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável Grupo Verde de Agricultura Alternativea, v. 4, n. 2, p , abr/jun CORREIA, K. G. e NOGUEIRA, R. M. C. Avaliação do crescimento do amendoim (Arachis hipógaea L.) submetido a déficit hídrico. Revista de biologia e ciências da terra, v. 4, n. 2, 2º semestre, EMBRAPA. Cultivo de feijão Caupi: importância econômica. Versão Eletrônica, Janeiro de FERREIRA, P. V. Estatística Experimental Aplicada a Agronomia.3 ed. Maceió: Universidade Federal de Alagoas: UFAL, 604p OLIVEIRA, I.P.; ESTRELA, M.F.C. Biofertilizante do animal: potencial e uso. In: ENCONTRO DE TÉCNICOS EM BIODIGESTORES DO SISTEMA EMBRAPA, Goiânia. Resumos... Brasília: EMBRAPA, 1984, p. 16. SANTOS, A.C.V. dos. Biofertilizante líquido, o defensivo da natureza. Niterói: Emater. Rio, 1992.p SANTOS, J.G.R. dos; SANTOS, E.C.X.R. dos. Agricultura orgânica: teoria e prática. Campina Grande: EDUEP, 2008, p
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