1 Conceitos Básicos da DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa

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1 Sumário 1 Conceitos Básicos da DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa Antecedentes históricos a DOAR Finalidade da DOAR Conceitos Básicos rels à DOAR A Estrutura da DOAR DFC Conceitos e definições Classificação das movimentações de caixa por atividade Atividades Operacionais Atividades de Investimento Atividades de financiamento Transações de investimento e financiamento sem efeito no caixa Pontos polêmicos Conceitos Básicos da DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa Para exata compreensão da DFC, e de sua importância, é necessário saber que há um dilema inerente à informação contábil: - o resultado é apurado de acordo com o regime de competência, que tem inegáveis vantagens do ponto de vista de informação ao usuário; - porém o conhecimento da capacidade de geração de caixa e da necessidade de seu consumo, em decorrência das operações da entidade, também é muito útil para a tomada de decisões. Assim, para contemporizar essas duas necessidades, aparentemente incompatíveis, a solução proposta sempre foi a de apresentação de uma demonstração com informações relacionadas à situação financeira (ou seja, referentes às disponibilidades) da entidade. Até 2007, a demonstração exigida pela Lei das S/A referente à situação financeira da entidade, era a DOAR Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. Ocorre que, no âmbito do processo de convergência entre as práticas contábeis brasileiras e os padrões internacionais de Contabilidade, no final de 2007, foi aprovada a Lei n , de 2007, que alterou a redação da Lei das S/A, com modificações específicas em relação às demonstrações financeiras, em seus artigos 176 e 188: (a) a DOAR deixou de ser exigida e (b) passou a ser exigida a DFC - saliente-se, ainda, que companhias fechadas com PL inferior a dois milhões de reais ficaram desobrigadas de elaborar e publicar a DFC. 1.1 Antecedentes históricos a DOAR Finalidade da DOAR Para fins de contextualização, faz-se aqui necessário lembrar a finalidade específica da antiga DOAR. Luiz Eduardo Santos Página 1 de 12

2 Pois bem, a DOAR tinha por objetivo explicitar operações que: (a) geraram recursos direcionados ao CCL (origens) ou (b) consumiram os recursos do CCL (aplicações). Cumpre esclarecer que o referido CCL corresponde ao Capital Circulante Líquido, definido como a diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante, representando o montante líquido de recursos de curto prazo à disposição da entidade. Portanto, a DOAR permitia verificar: - com que facilidade uma empresa podia quitar suas obrigações com a utilização de seus recursos de curto prazo ( folga de curto prazo ), ou seja, se a empresa estava ampliando ou reduzindo sua capacidade de pagamento a curto prazo; e - quais as operações que geraram essa folga de curto prazo, evidenciando a política de financiamentos e investimentos da empresa Conceitos Básicos rels à DOAR Conhecida a finalidade específica da demonstração, podemos apresentar alguns conceitos importantes, a ela relacionados: (a) Capital Circulante Líquido CCL: diferença entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC); (b) Origens: aumentos do CCL (aumentos do AC, reduções do PC ou a combinação de ambos); (c) Aplicações: reduções do CCL (reduções do AC, aumentos do PC ou a combinação de ambos); (d) Variação do CCL, definida como a diferença entre: - o CCL final e o CCL inicial; ou - os aumentos do CCL (origens) e suas reduções (aplicações). Consequentemente, é possível concluir que a diferença entre o CCL final e o CCL inicial é numericamente idêntica à diferença entre Origens e Aplicações. CCL(f) (-) CCL(i) (=) Origens (-) Aplicações A Estrutura da DOAR Em que pesem os conceitos apresentados, a estrutura da DOAR (constante do art. 188 da Lei das S/A, em sua redação original) não refere nenhum elemento do Ativo Circulante ou do Passivo Circulante. Em outras palavras, a DOAR era uma demonstração que se destinava a mostrar a evolução do CCL, mas que não apresentava qualquer item que o compusesse. Ao contrário, tanto as origens, quanto as aplicações, que representavam respectivamente aumentos e reduções do CCL, eram compostas por elementos estranhos a ele. (1) Origens (a) lucro do exercício, ajustado, (valores aportados no CCL pela atividade da entidade); (b) integralizações de capital e suas reservas (valores aportados no CCL pelos proprietários); (c) aumentos do de longo prazo (valores aportados no CCL por terceiros credores). Luiz Eduardo Santos Página 2 de 12

3 (d) reduções nos s de longo prazo (valores recebidos pela alienação de s da entidade). (2) Aplicações (a) dividendos (valores do CCL destinados aos proprietários); (b) reduções dos s de longo prazo (valores do CCL destinados a terceiros credores); e (c) aumentos dos s de longo prazo (valores do CCL destinados à aquisição de s da entidade). Por fim, o somatório algébrico dos montantes atinentes às origens e aplicações era numericamente igual à variação do CCL => [ CCL(f) (-) CCL(i) ]. E isso pode ser explicado pelo fato de: - ORIGENS (aumentos do CCL) serem, na verdade, as contrapartidas (créditos) dos débitos que causam o aumento do CCL; e - APLICAÇÕES (reduções do CCL) serem, na verdade, as contrapartidas (débitos) dos créditos que causam a redução do CCL. Resumidamente, podemos ilustrar a idéia de origens nos termos da figura abaixo sempre lembrando que o débito (aplicação de um recurso no CCL, aumentando seu valor) é representado por uma setinha e que o crédito (origem desse valor, que vem de fora do CCL) é representado por uma bolinha. ATIVO PASSIVO AC PC => CCL ANC PNC PL CAP E RES DESPESA RECEITA Lucro Da mesma forma, resumidamente, podemos ilustrar a idéia de aplicações nos termos da figura abaixo sempre lembrando que o crédito (origem de um recurso que sai do CCL, reduzindo seu valor) é representado por uma bolinha e que o débito (aplicação desse valor em elemento externo ao CCL) é representado por uma setinha. ATIVO PASSIVO AC PC => CCL ANC PNC PL CAP E RES LPA (div) Luiz Eduardo Santos Página 3 de 12

4 DESPESA RECEITA Vista a lógica da DOAR, estamos prontos para estudar a DFC. 1.2 DFC A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a ser obrigatória no Brasil com o advento da Lei n , de 2007 e está regulamentada pelo pronunciamento técnico CPC 03 do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), aprovado pela Deliberação CVM n 547, de 13 de agosto de O referido pronunciamento está baseado no IAS 7 Statement of Cash Flows do International Accounting Standards Board IASB - órgão que estabelece normas internacionais de contabilidade. O objetivo primário da DFC é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro (ou em itens que se assemelham ao dinheiro) de uma empresa, ocorridos durante um determinado período. E a finalidade das informações dispostas na DFC é auxiliar na tomada de decisões. Portanto, essas informações, conjuntamente com aquelas apresentadas nas demais demonstrações, permitem a avaliação: (a) da capacidade da empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa (porque demonstra quais tipos de operação geram caixa e quais a consomem); (b) da capacidade da empresa honrar seus compromissos; (c) da liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa; (d) da taxa de conversão de lucro em caixa; (e) da performance operacional de diferentes empresas (eliminando o efeitos dos distintos tratamentos contábeis dados a transações semelhantes); (e) do grau de precisão das estimativa passadas de fluxos de caixa; (f) da posição financeira da empresa. O modelo da DFC deve atender aos seguintes requisitos: (a) segregar transações de caixa por atividade: (i) operacional, (ii) de investimento e de (iii) financiamento; (b) evidenciar (em notas explicativas) as transações de investimentos e financiamento que, afetando o patrimônio da empresa, não impactam o fluxo de caixa do período (isso porque tais transações não aparecem na demonstração diferentemente do que ocorre com a DOAR); (c) reconciliar o resultado com o caixa líquido gerado (ou consumido) nas atividades operacionais Conceitos e definições Para possibilitar o estudo, com segurança, da DFC, faz-se necessário precisar alguns conceitos. Nesse sentido o Pronunciamento CPC 03 define os termos a seguir: (a) Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. (b) Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. (c) Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. Luiz Eduardo Santos Página 4 de 12

5 (d) Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento. (e) Atividades de investimento são as referentes à aquisição e alienação de s de longo prazo e investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. (f) Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e endividamento da entidade. Como uma regra de simples aplicação, é proposta a classificação como equivalentes-caixa apenas dos investimentos resgatáveis em até três meses em relação a sua aquisição. Importante lembrar que essa definição está baseada na natureza do item, e não da sua situação momentânea, ou seja, um investimento (ex: um título do governo federal) com prazo de vencimento superior a três meses, adquirido há mais de três meses da data de sua maturidade não se transforma em equivalente caixa quando faltarem menos de três meses para sua maturidade. Com base na classificação acima, poderíamos considerar como equivalentes-caixa: - ações preferenciais adquiridas dentro de um período de até três meses de seu resgate; - títulos do governo federal com prazo de vencimento de até três meses; e - títulos do governo federal com prazo de vencimento superior a três meses, adquiridos há menos de três meses da data de sua maturidade. É requerido ainda que sejam evidenciados os CRITÉRIOS para que investimentos possam ser considerados como equivalentes de caixa, além da enumeração dos investimentos considerados como equivalentes de caixa Classificação das movimentações de caixa por atividade Na DFC, a classificação dos pagamentos e recebimentos (fluxos) de caixa é feita conforme a natureza da transação que lhe tenha dado origem. : (a) atividades operacionais - relacionadas à produção e venda da empresa (aquisição de mercadorias e matérias primas, pagamento de s e outros custos, pagamentos de tributos, etc.); (b) atividades de investimento - associadas à aquisição de s de longo prazo (geralmente equipamentos ou participações societárias); (c) atividades de financiamento relacionadas a operações de capitação de recursos, próprios ou de terceiros. Importante: a natureza da transação deve levar em consideração sua intenção subjacente para fins de classificação. Por exemplo, os desembolsos de caixa efetuados em investimentos adquiridos com a INTENÇÃO de revenda (títulos, máquinas, terrenos, etc.) não devem ser classificados como atividades de investimento, mas como atividades operacionais. Metaforicamente, podemos visualizar o caixa de uma empresa como um reservatório de água, com torneiras, enchendo-o, por um lado, e com ralos, esvaziando-o, pelo outro. A análise do fluxo de caixa da empresa consiste em comparar a capacidade de vazão das torneiras, em face da capacidade de escoamento dos ralos, conforme ilustrado na figura a seguir: Luiz Eduardo Santos Página 5 de 12

6 Entradas de Valores em caixa Atividades operacionais Atividades de financiamento Atividades de investimento Caixa reservatório de numerário Atividades operacionais Atividades de financiamento Atividades de investimento Saídas de caixa Das três atividades acima referidas, podemos perceber que atividades de financiamento e de investimento não são repetitivas. Metaforicamente, podemos ver essas atividades como bicas ou ralos (conforme a geração ou o consumo de caixa) que somente esporadicamente são abertos. Ao contrário, as atividades operacionais não cessam de ocorrer e, assim, temos uma bica que fica o tempo todo pingando e um ralo que está o tempo todo escorrendo. Portanto, a análise desta atividade é essencial, para saber se o reservatório está progressivamente sendo preenchido ou esvaziado. Por fim, repare que essa análise não está diretamente relacionada com o lucro, pois conforme já estudado neste curso pode haver lucro sem entrada ou saída de qualquer numerário e, também, ao contrário, pode haver entrada e saída de numerário sem que haja lucro ou prejuízo Atividades Operacionais As atividades operacionais estão relacionadas com PRODUÇÃO E ENTREGA DE BENS E SERVIÇOS, bem como com eventos que não sejam definidos como atividades de investimento e financiamento, e que normalmente, essas entradas e saídas de caixa estão relacionadas com as transações que aparecem na DRE. No parágrafo 14 do Pronunciamento CPC 03, são apresentados exemplos de transações relativas às atividades operacionais da entidade: (a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; Luiz Eduardo Santos Página 6 de 12

7 (b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras s; (c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; (d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; (e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice; (f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e (g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. Repare que, como uma aproximação inicial, podemos considerar que as entradas de caixa relativas a atividades operacionais são decorrentes de s da atividade fim da entidade, conforme ilustrado na figura a seguir. equiv.-caixa 0 ==> x x Coerentemente, as saídas de caixa podem ser consideradas como relacionadas às s e custos da atividade fim da entidade, conforme ilustrado na figura a seguir: equiv.-caixa x ==> 0 x Atividades de Investimento As Atividades de Investimento se relacionam, normalmente, com o aumento e a diminuição dos s de longo prazo (ANC) que a entidade utiliza para produzir bens e serviços. No parágrafo 16 do Pronunciamento CPC 03, são apresentados exemplos de transações relativas às atividades de investimento da entidade: (a) pagamentos em caixa para aquisição de imobilizado, intangíveis e outros s de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos s imobilizados de construção própria; Luiz Eduardo Santos Página 7 de 12

8 (b) recebimentos de caixa resultantes da venda de imobilizado, intangíveis e outros s de longo prazo; (c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura); (d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou futura); (e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira); (f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira); (g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; e (h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento. Para melhor entendimento dos termos acima utilizados, são apresentadas, a seguir, a definição de alguns conceitos: (a) Contratos futuros e a termo. No contrato futuro e no contrato a termo, são estabelecidos (no momento do contrato): (a) o valor a ser pago, (b) a mercadoria a ser entregue e (c) a data no futuro do cumprimento dessas obrigações. Considerando a situação na qual o preço da mercadoria contratada (cotada em bolsa) aumente, durante o prazo entre o contrato e a aquisição, há ganhos para o comprador. Caso contrário, o comprador incorre em perdas. A diferença entre o contrato futuro e o contrato a termo é que, no contrato futuro, há um mercado para a mercadoria e, assim, o comprador pode (a qualquer momento) repassar seu direito de comprar a mercadoria; no contrato a termo, não havendo mercado para a mercadoria negociada, o contrato deve ser honrado pelas partes na data combinada. (b) Contrato de opção. No contrato de opção, paga-se um prêmio, para ter o direito de comprar no futuro uma ação por um valor previamente determinado. Caso o valor da ação aumente no período, o adquirente da opção aufere ganhos, caso contrário, incorre em perdas. (c) Swap. O SWAP é um Contrato Geral de Troca de Rentabilidade. Um contrato de swap nada mais é do que um instrumento que permite que troquemos efetivamente a indexação de determinado montante ou, protegendo-nos contra uma eventual variação desfavorável. Assim, no caso de um swap de taxas, uma parte irá garantir o pagamento da variação de um determinado índice e irá receber, em troca, a variação de um outro índice. Luiz Eduardo Santos Página 8 de 12

9 Portanto, haverá um desembolso sempre que a taxa que a entidade se comprometeu a pagar variar mais do que aquela que ela tem o direito de receber. De acordo com o que foi até aqui apresentado, como uma aproximação inicial, podemos considerar que as entradas de caixa relativas a atividades de investimento sejam decorrentes dos recebimentos pela realização de s de longo prazo, conforme ilustrado na figura a seguir. equiv.-caixa 0 ==> x investido x ==> 0 Obs.: eventualmente pode haver também um ganho/perda de capital oriundo da realização do investido, gerando/consumindo equivalente-caixa também Coerentemente, as saídas de caixa podem ser consideradas como relacionadas aos desembolsos pela aquisição de s não circulantes, conforme ilustrado na figura a seguir: equiv.-caixa x ==> 0 investido 0 ==> x Atividades de financiamento As Atividades de Financiamento estão relacionadas com os empréstimos de credores à entidade e aportes de capital na entidade pelos investidores. No parágrafo 17 do Pronunciamento CPC 03, são apresentados exemplos de transações relativas às atividades de financiamento da entidade: (a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; (b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; (c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; (d) amortização de empréstimos e financiamentos; e (e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do rel a arrendamento mercantil financeiro. Luiz Eduardo Santos Página 9 de 12

10 As entradas relativas a atividades de financiamento consistem, basicamente, em recebimentos pela captação de recursos (de terceiros ou próprios), conforme ilustrado na figura a seguir. equiv.-caixa 0 ==> x (recurso captado de terceiros) 0 ==> x Obs.: lembrando que os juros dos empréstimos são considerados atividade operacional equiv.-caixa 0 ==> x PL (recursos próprios) 0 ==> x As saídas relativas a atividades de financiamento, consequentemente, consistem em pagamentos pela quitação de recursos (de terceiros ou próprios), anteriormente recebidos para financiamento das atividades da empresa, ou pagamentos aos proprietários, tais como pela devolução de capital, nos termos da figura a seguir. Luiz Eduardo Santos Página 10 de 12

11 equiv.-caixa x ==> 0 (recurso captado de terceiros) x ==> 0 Obs.: lembrando que os juros dos empréstimos são considerados atividade operacional equiv.-caixa x ==> 0 PL (recursos próprios) x ==> Transações de investimento e financiamento sem efeito no caixa Além das transações até aqui referidas, e classificadas nas respectivas categorias de atividade, é importante saber que há, também, transações de investimento e financiamento que não impactam o caixa. Estas transações não devem constar da DFC, sendo objeto, entretanto, de evidenciação em notas explicativas (na forma de tabela ou em texto, narrando o respectivo evento). Como exemplo dessas transações, temos: a) dívidas convertidas em aumento de capital (ao invés de serem pagas); b) aquisição de imobilizado via assunção de específico - letra hipotecária, contrato de alienação fiduciária etc. (ao invés de tomar empréstimo e, ato contínuo, adquirir o ); c) aquisição de imobilizado via contrato de arrendamento mercantil; d) bem obtido por doação (que não tenha sido efetuada em dinheiro); e) troca de s e s não-caixa (por outro / não-caixa); f) constituição das antigas reavaliações ou ajustes de avaliação patrimonial Pontos polêmicos Conhecidas as três categorias de atividades (a) operacionais, (b) de investimento e (c) de financiamento, suas principais características e exemplificativamente as transações classificáveis em cada uma delas, além das transações que, por não terem efeito no caixa, não são apresentadas da DFC, resta discutirmos alguns pontos polêmicos, rels a elementos cuja classificação não é simples. (1) Os Juros pagos durante o período (quer tenham sido reconhecidos como, quer tenham sido capitalizados) devem ser classificados: (a) para instituições financeiras, entre as atividades operacionais; Luiz Eduardo Santos Página 11 de 12

12 (b) para as demais entidades, alternativamente, como: - atividades operacionais (classificação encorajada pelo pronunciamento), ou; - atividades de financiamento. A classificação dos juros pagos como atividade de financiamento se baseia no pressuposto de que o acessório segue o principal (no caso o financiamento), porque os juros pagos representam um custo pela obtenção do FINANCIAMENTO e os financiamentos estão classificados nas atividades de financiamento. Por outro lado, a classificação dos juros pagos como atividade operacional decorre da premissa de que os juros são necessários ao financiamento do giro da empresa e, assim, compõem a atividade operacional. (2) Os Juros, dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos devem ser classificados: (a) para instituições financeiras, entre as atividades operacionais; (b) para as demais entidades, alternativamente, como: - atividades operacionais (classificação encorajada pelo pronunciamento), ou; - atividades de investimento. A classificação dos juros e dividendos recebidos como atividade de investimento se baseia no pressuposto de que o acessório segue o principal (no caso, o capital investido), porque os juros e dividendos recebidos representam a remuneração do capital investido. (3) Os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados, alternativamente, como: - atividades operacionais, ou; - atividades de financiamento (classificação encorajada pelo pronunciamento). A classificação dos dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como atividades de financiamento se baseia no pressuposto de que eles sejam custos para obtenção de recursos financeiros. Por outro lado, sua classificação como atividades operacionais tem o objetivo de determinação da capacidade de a entidade pagar dividendos com utilização dos fluxos de caixa operacionais. Luiz Eduardo Santos Página 12 de 12

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