SEÇÃO 1 SUA PETIÇÃO. Direito Constitucional

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1 SEÇÃO 1 SUA PETIÇÃO Direito Constitucional

2 - NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DIREITO CONSTITUCIONAL - SUA PETIÇÃO - SEÇÃO 1 Seção 1 Direito Constitucional Sua causa! Olá, aluno! Empolgado para começar a colocar em prática seus conhecimentos de Direito Constitucional? No nosso Núcleo de Prática Jurídica Simulada com suporte em AVA vamos aprender a aliar o seu conhecimento teórico aos aspectos práticos do Direito Constitucional, o que lhe dará suporte necessário para enfrentar os desafios que a vida profissional irá demandar. O que vamos aprender e rememorar aqui lhe acompanhará por toda a sua trajetória profissional, desde logo quando da realização do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo, ok? Daí você já tem a importância que nosso núcleo de prática enverga. Ao contrário do que possa sugerir em um primeiro momento, o Direito Constitucional está muito presente em nosso dia a dia, não apenas na teoria, mas na prática constante, conforme veremos. Por isso, aluno, mantenha-se atento e não desanime! O objetivo do nosso Núcleo de Prática é justamente lhe desafiar e lhe tornar um exímio constitucionalista. Vamos então conhecer a sua causa? José Afonso é um jovem humilde que, em sua infância, passou por um drama pessoal: ainda em sua cidade natal, a pequena Caicó, no interior do Estado do CE, viu sua irmã convalescer de uma doença raríssima, mas tratável, por falta de medicação. Sem recursos para custear por conta própria o tratamento, 2

3 somente coube à família a fé de que tudo melhoraria. Naquele momento, nasceu em José Afonso a vontade de construir sua vida no sentido de evitar que situações como essas voltassem a se repetir. Assim, depois de muito esforço pessoal, além de um bocado de sorte advinda da bondade do ser humano (teve a possibilidade de se agarrar nas oportunidades que lhe foram dadas pela vida), José Afonso ingressou no curso de graduação em Direito. Logo após, passou no concurso para ser estagiário da Defensoria Pública do Estado do Ceará. A vida, juntamente com todo o seu esforço, lhe brindou com a oportunidade de acompanhar e trabalhar pela defesa dos direitos dos mais necessitados. Era tudo o que José queria, e, como é de se imaginar, em razão do lema de vida que carrega consigo, é um estagiário muito engajado e proativo na maioria das causas que aparecem na Defensoria Pública do Estado do Ceará, procurando evitar que situações de injustiça e de prejuízo que venham a pesar, sobretudo, contra as pessoas hipossuficientes ou em vulnerabilidade. Esse é o contexto em que você está inserido. Em cada seção acompanharemos demandas diversas que chegam até a Defensoria Pública de Caicó, às mãos de nosso personagem José Afonso, e você deverá, em cada uma delas, se colocar no lugar de advogado constitucionalista e imaginar qual a atuação correta para dirimir cada demanda através da elaboração da peça processual correspondente a cada caso. As situações apresentadas no decorrer de nossas atividades são casos práticos que possivelmente podem ser cobrados em seu Exame de Ordem, por isso fique atento! Vamos então conhecer o nosso primeiro caso prático: logo na primeira semana de estágio, nosso personagem, José Afonso, foi deslocado para atuar em benefício de Magnólia, uma jovem moça de 24 anos, filha de pais humildes, que trabalha na roça na cidade de Caicó, desde os 10 anos de idade para ajudar no sustento da família. Há alguns meses ela sofre com graves e recorrentes infecções em seu organismo. 3

4 Diante do agravamento do seu estado de saúde, Magnólia foi internada com urgência no hospital estadual da rede pública em Fortaleza, capital do Estado, onde foi submetida a diversos exames através dos quais foi diagnosticada como portadora de Lúpus, uma grave doença autoimune. Entretanto, após uma sensível melhora em seu quadro clínico, Magnólia recebeu alta, porém sem ter acesso a uma via do seu prontuário médico e demais informações necessárias para o andamento do seu tratamento, apenas lhe tendo sido dito que deveria fazer uso de medicação constante e estar sob supervisão médica. Como precisava das suas informações constantes no prontuário médico para poder dar prosseguimento ao seu tratamento, sem saber como proceder para obtê-las, a jovem procurou a Defensoria Pública para saber como proceder e foi atendida por nosso personagem José Afonso. Ao escutar os fatos narrados por Magnólia, José Afonso recomendou que ela voltasse ao Hospital para formalizar o requerimento da documentação, instruindo-a a fazer por escrito a solicitação junto à diretoria do hospital. Assim Magnólia procedeu, e poucos dias depois, recebeu a resposta de que não poderia ter acesso ao prontuário médico solicitado, pois eram informações técnicas de conhecimento e acesso restrito aos médicos do hospital. Depois de tomar conhecimento da resposta, Magnólia, preocupada pela ausência de qualquer documentação correspondente ao seu estado de saúde, o que compromete o prosseguimento do seu tratamento, retornou à Defensoria para informar o teor da resposta fornecida pela Diretoria do Hospital. Agora imagine que você se formou, passou no Exame de Ordem e começou a exercer a advocacia, quando então se depara com um caso igual ao de Magnólia. Qual medida você adotaria para resguardar os direitos de sua cliente? 4

5 Direito Constitucional - Sua Petição - Seção 1 Agora é com você, advogado! Elabore a peça processual cabível na situação narrada, visando o acesso e obtenção de cópia da documentação hospitalar da assistida. Considere que a mesma tomou ciência da negativa das informações no dia 20/08/2017, e lembre que a situação ocorreu no hospital público estadual, da cidade de Caicó, Ceará. Fundamentando! DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS Os direitos fundamentais são frutos de evolução histórica da sociedade, e representam uma das maiores evoluções e conquistas do ser humano no mundo jurídico. O ilustre mestre Gomes Canotilho 1 atenta para algumas das funções primordiais dos Direitos Fundamentais, explicando que, resumidamente, eles se destinam a: Promover a defesa da pessoa humana e da sua dignidade perante os poderes do Estado; Assegurar o direito do particular a obter algo através do Estado; Impor ao Estado o dever de proteger o particular detentor de direitos fundamentais contra agressões de terceiros; Assegurar que o Estado trate os seus cidadãos como iguais. O Constituinte de 88, ao elaborar o texto constitucional, alocou alguns dos direitos fundamentais no Título II, classificando-os em grandes grupos: 1 CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7º ed. Coimbra: Almedina, p

6 Direitos e deveres individuais e coletivos; Direitos sociais; Direitos de nacionalidade; Direitos políticos. Entretanto, aluno, apesar deste agrupamento é importante frisar que o STF, acompanhando o entendimento da doutrina maioritária mais atualizada, já consolidou o entendimento no sentido de que os direitos fundamentais não se restringem aos elencados no Título II da Constituição, podendo ser extraídos de outras partes do texto constitucional, inclusive de princípios constitucionais, bem como de tratados e convenções internacionais aos quais o Brasil tenha aderido, como se depreende da própria leitura do art. 5º, 2º da Constituição. No que respeita à evolução dos direitos fundamentais, a maioria da doutrina o divide em gerações ou dimensões. Atualmente, o termo dimensão vem sendo mais utilizado. Pois bem, cada dimensão de direitos corresponde a um período histórico, no qual houve o nascimento dos respectivos direitos, vejamos: Direitos fundamentais de primeira dimensão: compreende os direitos de liberdade e os direitos civis e políticos. Correspondem ao período compreendido entre os séculos XVII e XIX, e são fruto do pensamento liberal, e da força de oposição do indivíduo ao Estado. Direitos fundamentais de segunda dimensão: compreende os direitos sociais, culturais e econômicos. Correspondem ao período histórico da Revolução Industrial, a partir do séc. XIX, e acompanharam o surgimento do Estado Social e da ideia de bem-estar-social. Direitos fundamentais de terceira dimensão: correspondem aos direitos de solidariedade e fraternidade, como o direito ao meio ambiente equilibrado, o direito à paz, entre outros. São chamados de direitos transindividuais, porque transcendem a noção de proteção do indivíduo em si. Correspondem ao período de grande desenvolvimento e proliferação dos 6

7 instrumentos de proteção dos direitos humanos após a Segunda Guerra mundial. A DEFENSORIA PÚBLICA O art. 5º, LXXIV da Constituição Federal de 1988 dispõe que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos. Essa assistência está disposta na Constituição como um direito e garantia fundamental, o qual se concretiza justamente por meio da Defensoria Pública, que nos termos do art. 134, caput, da CF/88 é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, tendo a incumbência, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente: a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do já mencionado inciso LXXIV do art. 5º. É, portanto, uma Instituição que possui em sua essência o objetivo primordial de defesa dos direitos fundamentais, individuais e coletivos. Perceba, aluno, que a Defensoria Pública é uma carreira totalmente independente das demais indicadas na Constituição como funções essenciais à Justiça, não se confundindo com nenhuma outra carreira, como Ministério Público, advocacia, etc., sendo tão importante quanto elas. Ademais, as atividades do defensor público, conforme se infere da interpretação do dispositivo supracitado, não se limitam à atuação judicial, mas envolvem também atuações no plano extrajudicial, por exemplo, o acompanhamento de processos administrativos. É, como o próprio texto constitucional já diz, uma assistência integral. No que tange aos aspectos processuais, o Novo Código de Processo Civil, no Título VII, traz previsões específicas para a Defensoria Pública, nos seguintes termos (com destaques nossos): Art A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita. 7

8 Art A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, 1o. 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada. 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública. 4o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública. Art O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. Esses são, portanto, alguns aspectos gerais sobre os direitos fundamentais que precisamos relembrar nesta Seção para que você possa dar início ao seu trabalho. No decorrer das próximas seções vamos relembrando outros aspectos mais específicos sobre o assunto, ok? Mas isso não quer dizer que você poderá deixar de lado o que vimos aqui. Esta temática nos acompanhará no decorrer de todas as atividades. REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS O que são? São instrumentos jurídicos previstos expressamente na Constituição como meios idôneos de proteger os direitos mais básicos dos indivíduos, seus direitos fundamentais, por exemplo, a liberdade. Também visam evitar abusos de poder por parte de agentes públicos, e reprimir arbitrariedades perpetradas pelo Estado. São previstos constitucionalmente como garantias de todos os indivíduos, sendo, portanto, garantias fundamentais. 8

9 Sobre a distinção entre direitos e garantias, a doutrina ensina que os direitos são bens e vantagens descritos na norma constitucional, já as garantias são meios que visam assegurar o gozo e exercício pleno desses direitos, são verdadeiros instrumentos pelos quais se viabilizam os direitos. Quais são? Habeas Corpus Previsão constitucional: art. 5º, LXVIII CRFB/88 - concederse-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, e art. 142, 2º CRFB/88 - Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. Objeto: ato ilegal ou mediante abuso de poder que ameace ou comprometa a liberdade de locomoção de indivíduo ou liberdade ambulatorial. (ex: prisão ilegal, condução coercitiva arbitrária ou ilegal, etc.) Finalidade: proteção do direito fundamental à liberdade de locomoção em face de ato ilegal ou abusivo. Legitimidade ativa: pode ser impetrado por qualquer pessoa em seu favor ou a favor de terceiro. O autor da ação é denominado de impetrante, a pessoa a favor de quem se impetra é denominada paciente (o qual pode ser o mesmo impetrante). Também pode ser impetrado pelo Ministério Público. Legitimidade passiva: é a pessoa (agente ou órgão) que pratica o ato de ameaça ou coação, denominada autoridade coatora. Requisitos formais: Não precisa ser assinado por advogado e não possui formalidade processual ou instrumental, podendo, por exemplo, ser escrita à mão em um guardanapo. Deve ser apreciada pela autoridade competente para o julgamento em caráter de urgência, e é essencialmente gratuita, conforme disciplina o art. 5º, LXXVII da CF/88: são gratuitas as ações 9

10 de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. Apesar disso, via de regra, na prática, o habeas corpus é impetrado pelo advogado (impetrante) em favor de seu cliente (paciente). Competência: A competência para o julgamento do habeas corpus será determinada, em regra, em função da autoridade coatora. Será competente para o julgamento da ação a autoridade judiciária imediatamente superior hierarquicamente da autoridade que cometeu o ato impugnado, por exemplo: habeas corpus impetrado contra ato de delegado da polícia estadual será julgado pelo juiz estadual de primeira instância; contra ato praticado por juiz de primeira instância será julgado pelo Tribunal, e assim por diante. Entretanto, existem alguns casos em que a competência é determinada pela própria Constituição observado o paciente, e não a autoridade coatora. Essas hipóteses estão previstas nos seguintes dispositivos da CF/: art. 102, I, i e II, a ; art. 105, I, c e II, a ; art. 108, I, d e II; art. 109, VII e art. 121, 3º e 4º, V c/c art. 105, I c. Espécies: Pode ser repressivo ou liberatório, quando a constrição à liberdade já se consumou, ou preventivo, quando visa evitar que ela aconteça diante da ameaça. Entretanto, neste último caso, quando for preventivo é necessário que a ameaça seja real e reste comprovada robustamente pelo impetrante. Habeas Data Previsão constitucional: art. 5º, LXXII CRFB/88: LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Objeto: ato que viola o direito de acesso à informação pessoal constante em registro ou banco de dados de órgãos públicos disciplinado pela Lei nº 9.507, de 12/11/

11 Finalidade: garantir o direito ao acesso à informação pessoal referente ao impetrante, e não a terceiros. Não se destina a garantir o direito a outro tipo de informações que não sejam pessoais e que não estejam em registros ou banco de dados públicos. Legitimidade ativa: qualquer pessoa física ou jurídica pode ajuizar habeas data para ter acesso a informações a seu respeito, pois é uma ação de caráter personalíssimo. Legitimidade passiva: será a pessoa jurídica de caráter público, seja ela governamental ou privada, detentora das informações e que procedeu a recusa de acesso ao impetrante. O parágrafo único do art. 1º da Lei 9.507/97 conceitua o que deve ser considerado como entidade de caráter público da seguinte forma: Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações. Logo, entidades privadas como SPC e SERASA podem ser consideradas de caráter público, na forma do que dispõe o art. 43, 4º do Código do Consumidor. Requisitos formais e materiais: A Lei 9.507/97 estabelece em seu art. 8º que a petição inicial do habeas data deverá preencher os requisitos dos arts. 319 a 321 do CPC/15, devendo ser apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda. Deve ainda ser instruída, necessariamente, com prova da recusa ao acesso às informações, da retificação ou anotação; ou do decurso de mais de dez dias sem decisão do requerimento feito por escrito. Será essencialmente gratuito, na forma do art. 5º LXXVII da CF/88: são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. Competência: De acordo com o art. 20 da Lei 9.507/97, o julgamento do habeas data compete: I - originariamente: 11

12 a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado; f) a juiz estadual, nos demais casos; II - em grau de recurso: a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores; b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais; c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal; d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça do Distrito Federal; III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição. Mandado de Injunção Previsão constitucional: art. 5º, LXXI: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 12

13 nacionalidade, à soberania e à cidadania. Também possui regulamentação infraconstitucional pela Lei /2016. Objeto: inércia legislativa para elaborar normas regulamentadoras sem as quais o exercício de direitos fundamentais se torna inviável, também chamada de omissão legislativa. Finalidade: algumas normas constitucionais possuem eficácia limitada, precisando da edição de normas regulamentadoras infraconstitucionais para que produzam amplamente seus efeitos. O mandado de injunção visa combater a inércia legislativa diante da demora na edição da norma infraconstitucional necessária para o exercício de direitos fundamentais. Legitimidade ativa: as pessoas naturais ou jurídicas, titulares dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania que necessitam da norma regulamentadora para serem exercidos em sua plenitude. (art. 3º da Lei /2016) Legitimidade passiva: o mandado de injunção deve ser impetrado contra a autoridade, órgão ou Poder responsável pela edição da norma regulamentadora. (art. 3º da Lei /2016) Requisitos formais: Deve obedecer, assim como no habeas data, todos os requisitos estabelecidos pelo Código de Processo Civil para a petição inicial, conforme estabelece o art. 4o da Lei /2016 que regula o procedimento do mandando de injunção, nos seguintes termos: Art. 4º A petição inicial deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual e indicará, além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que está vinculado. 1o Quando não for transmitida por meio eletrônico, a petição inicial e os documentos que a instruem serão acompanhados de tantas vias quantos forem os impetrados. 13

14 2o Quando o documento necessário à prova do alegado encontrar-se em repartição ou estabelecimento público, em poder de autoridade ou de terceiro, havendo recusa em fornecê-lo por certidão, no original, ou em cópia autêntica, será ordenada, a pedido do impetrante, a exibição do documento no prazo de 10 (dez) dias, devendo, nesse caso, ser juntada cópia à segunda via da petição. 3o Se a recusa em fornecer o documento for do impetrado, a ordem será feita no próprio instrumento da notificação. Competência: Está prevista na Constituição Federal, nos arts. 102, I, q, 102, II, a, 105, I, h, 121, 4.o, V, e 125, 1º. Mandado de segurança Previsão Constitucional: art. 5º, LXIX da CRFB/88: concederse-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Também possui regulamentação infraconstitucional pela Lei /2009. Objeto: ato ilegal ou de abuso de poder cometido por autoridade pública ou pessoa jurídica no exercício das atribuições do Poder Público que comprometa ou viole direito líquido e certo de indivíduo, o qual não possa ser amparado por habeas corpus ou habeas data. Finalidade: Garantir ou evitar a violação de direito líquido e certo de indivíduo. Por direito líquido e certo entendese que não precisa de uma dilação probatória, ou seja, o direito é evidente e demonstrado por prova pré-constituída, não precisando da fase de instrução processual para a sua constatação. Legitimidade Ativa: qualquer pessoa física ou jurídica detentora de direito líquido e certo ameaçado ou violado, é uma ação personalíssima. Legitimidade Passiva: é impetrado contra a autoridade pública 14

15 que comete o ato ilegal ou abusivo, chamada tecnicamente de autoridade coatora. (art. 1º, 1º da Lei /2009). Requisitos formais e materiais: O art. 5o da Lei /2009 determina que não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - de decisão judicial transitada em julgado. O art. 6 o determina que a petição inicial deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. O art. 23 da Lei estabelece o prazo de 120 dias para a impetração do mandado de segurança, contados a partir da data em que o impetrante tomou conhecimento do ato impugnado. Competência: a competência para o julgamento do mandado de segurança é definida pela categoria e sede federal da autoridade coatora. Entretanto, a Constituição Federal possui algumas regras quanto à competência do STF no art. 102, I, d, e II, a. ATENÇÃO! Cuidado para não confundir o mandando de segurança com o habeas data. Por exemplo, quando você estiver diante de um caso de recusa do fornecimento de certidões, não será o caso de habeas data, pois este remédio constitucional, como dito, visa garantir o direito ao acesso à informação pessoal; todos os outros tipos de informações, bem como de informações que não sejam de caráter pessoal devem ser assegurados por meio de mandado de segurança. Compreendido? Existem outros remédios constitucionais de caráter coletivo e não individual, os quais estudaremos no momento oportuno, quando formos tratar da defesa de direitos difusos e coletivos. Não vamos misturar os assuntos, certo? Ademais, aqui iniciamos nossos trabalhos tratando dos aspectos mais abrangentes da temática, e em cada seção, quando for pertinente, iremos aprofundando o tema. Fique tranquilo que você está sendo muito bem preparado! 15

16 Agora você já revisou o conteúdo base necessário para identificar a peça processual cabível para assegurar o direito de Magnólia, bem como seus requisitos processuais e a fundamentação legal a ser utilizada. Mãos à obra! PRIMEIRA FASE! QUESTÃO 01 A Constituição Federal de 1988 prevê uma série de direitos e garantias fundamentais em seu Título II, classificando-os em diferentes grupos: direitos e deveres individuais e coletivos; direitos sociais; direitos de nacionalidade e direitos políticos. Dentre esses grupos encontram-se as também chamadas garantias constitucionais. Sobre as garantias constitucionais, é correto afirmar que: A) O mandado de segurança não pode ser impetrado por pessoas jurídicas; B) O Habeas data se destina à proteção do direito líquido e certo à liberdade de locomoção; C) O direito de petição e o direito de certidão são protegidos pelo Habeas data; D) O Habeas data não pode ser impetrado para assegurar direitos de terceiros; E) O Habeas corpus é uma ação personalíssima. ALTERNATIVA CORRETA: D. Resolução comentada: O mandado de segurança pode ser impetrado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, desde que detentoras de direito líquido e certo. O habeas data se destina a garantir o direito ao acesso a informação pessoal constante de registro ou banco de dados público, o qual não deve ser confundido com o direito de petição e com o direito de certidão. O habeas corpus se destina à proteção do direito de locomoção e pode ser proposto em favor de terceiros, já o habeas data é uma ação personalíssima, só pode ser impetrada quando as informações solicitadas forem do próprio impetrante. 16

17 QUESTÃO 02 O art. 5º, LXXII da CF/88 determina que conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Sobre o conceito de registro ou banco de dados público dado pela Lei 9.507/97, assinale a alternativa correta: A) São considerados como registro e banco de dados públicos somente os órgãos da Administração Pública direta. B) Também são considerados como registro e banco de dados públicos entidades privadas que contenham informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade. C) Toda entidade privada e pública que armazene informações pessoais pode ser considerada como registro ou banco de dados públicos. D) Registro ou banco de dados público é aquele que é dirigido por autoridade pública. E) São considerados como registro e banco de dados públicos somente os órgãos da Administração Pública direta e indireta. ALTERNATIVA CORRETA: B. Resolução comentada: O Habeas data poderá ser impetrado contra pessoa jurídica de caráter público, seja ela governamental ou privada, detentora das informações e que procedeu a recusa de acesso ao impetrante. O parágrafo único do art. 1º da Lei 9.507/97 conceitua o que deve ser considerado como entidade de caráter público da seguinte forma: Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações. Logo, entidades privadas como SPC e SERASA podem ser consideradas de caráter público, na forma do que dispõe o art. 43, 4º do Código do Consumidor. 17

18 Direito Constitucional - Sua Petição - Seção 1 Vamos peticionar! Para alcançar o seu objetivo e resolver a situação prática de forma acertada, fique atento ao direito de Magnólia que foi violado. A sua identificação é imprescindível para que você encontre qual a medida judicial cabível. Veja também quem cometeu o ato que Magnólia pretende impugnar: quem negou as informações que sua cliente necessita? Vimos aqui diversas formas de assegurar a proteção de direitos fundamentais, você só precisa refletir um pouco e raciocinar em cima do direito violado e do cabimento de cada uma das peças estudadas. Você tem o conhecimento necessário para tanto! Não esqueça de, na elaboração de sua peça, verificar os requisitos formais da mesma: elaborar uma narrativa dos fatos coerente, em sequência cronológica, dando destaques para os fatos que compõem a causa de pedir da ação, ou seja, que ensejam o direito requerido. Fique atento também à composição do polo ativo e do polo passivo da demanda, ok? Lembrando que este último será de suma importância para a definição da competência para julgamento da ação, o que irá lhe ajudar a fazer o endereçamento correto de sua petição. Boa sorte! 18

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