Comentário de Desempenho 2T15

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1 Comentário de Desempenho 2T15 Fortaleza, Ceará, 12 de agosto de Empreendimentos Pague Menos S.A. ( Companhia ou Pague Menos ), única rede do varejo farmacêutico brasileiro presente em todos os estados do Brasil, inclusive no Distrito Federal, e que leva saúde a 267 municípios brasileiros, anuncia seus resultados financeiros e operacionais referentes ao trimestre findo em 30 de Junho de Principais Destaques ه Novas lojas: Foram abertas 23 novas lojas e encerradas 2 lojas, totalizando 771 lojas em operação; ه Receita Bruta: R$ 1,21 bilhões, crescimento de 16,3%; ه Same Store Sales: Crescimento de 10,1%; ه Margem Bruta: 31,6% sobre a Receita Bruta, 253 pontos base acima do 2T14; ه EBITDA: R$ 109,6 milhões, com margem Ebitda de 9,1% sobre a Receita Bruta; ه Lucro Líquido: Crescimento de 112,9% em relação ao 2T14, lucramos R$ 42,0 milhões, com margem líquida de 3,5%; Além de apresentarmos nossos destaques financeiros e operacionais referentes ao 2º trimestre do ano corrente, também reportaremos nossos números em base semestral: Destaques Financeiros (em R$ mil) 2T14 2T15 T / T 1S14 1S15 S/S Receita Bruta ,3% ,0% Lucro Bruto ,4% ,5% Margem Bruta 29,1% 31,6% 2,53 p.p. 28,6% 31,0% 2,35 p.p. EBITDA ,3% ,8% Margem EBITDA 6,6% 9,1% 2,40 p.p. 6,6% 8,5% 1,87 p.p. Lucro Líquido ,9% ,4% Margem Líquida 1,9% 3,5% 1,57 p.p. 2,0% 2,9% 0,84 p.p. Destaques Operacionais 2T14 2T15 T / T 1S14 1S15 S /S # de Lojas fim do período # de Atendimentos ,6% ,6% Ticket Médio (em R$) 44,97 48,12 7,0% 44,42 47,45 6,8% Expansão da Rede Abrimos 23 novas lojas e encerramos duas, finalizando o trimestre com 771 lojas em operação, estando presentes em 267 municípios. Em 30 de junho, 55 novas lojas encontravam-se em construção, das quais 18 se localizam em novos municípios. Abaixo, demonstramos como as lojas estavam distribuídas no fechamento do trimestre 1 : 1 % de Lojas por Região 1

2 No encerramento do trimestre, possuíamos 33% das lojas em estágio de maturação (lojas com até 3 anos) e 67% de lojas maduras (lojas em funcionamento há mais de 3 anos). Novas Lojas Perfil Etário das Lojas Maduras 3º Ano 2º Ano 1º Ano 21 11,8% 12,4% 12,3% 12,3% 11,0% ,8% 11,1% 9,3% 9,1% 10,5% 13,5% 13,4% 12,9% 11,9% 11,2% ,8% 63,1% 65,4% 66,8% 67,3% 664 Receita Bruta de Vendas No 2T15, a Receita Bruta somou R$ 1,210 milhões, um aumento de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O ticket médio subiu 7,0%, passando de R$ 44,97 para R$ 48,12. Registramos crescimento nas vendas de mesmas lojas (Same-Store Sales) de 10,1%, o faturamento da base de mesmas lojas maduras aumentou 5,8%. 2

3 Receita Bruta R$ MM 1.167, , , , ,3 Same Store Sales Same Store Sales - Maduras 5,8% 11,7% 13,1% 8,2% 10,1% 7,1% 8,1% 5,0% 5,8% 0,1% Mix de Vendas O crescimento dos Não Medicamentos continua merecendo destaque. No trimestre, suas vendas incrementram a participação no Mix em 2,9%, devido ao forte crescimento de 25,1%. Genéricos e OTC s apresentaram crescimento de 17,1% e 20,0%, respectivamente, ante o 2T14. As vendas de Medicamentos de Marca cresceram 9,1% e mantiveram sua trajetória de diluição. Genérico OTC Não Medic. Mix de Vendas 10,3% 9,9% 9,8% 10,2% 10,5% 16,1% 17,0% 15,9% 15,6% 16,0% 28,3% 28,4% 31,4% 32,0% 31,2% 2T15 x 2T14 (Δ%) 17,1 20,0 25,1 Marca 45,2% 44,7% 43,0% 42,2% 42,3% 9,1 3

4 Lucro Bruto e Margem Bruta Obtivemos Lucro Bruto de R$ 382,5 milhões no 2T15, crescimento de 26,4% ante o 2T14, quando totalizamos R$ 302,7 milhões. A Margem Bruta 2 apresentou um crescimento de 253 pontos base em comparação ao mesmo período do ano anterior, saindo de 29,1% para 31,6%. O expressivo ganho de margem ocorreu, principalmente, devido ao efeito das compras na chamada pré alta dos medicamentos, que ocorre em abril. Além disso, também são fatores relevantes, as boas negociações comerciais junto à indústria e a evolução do mix de produtos, com os Não Medicamentos, OTC s e Genéricos ganhando maior peso. Lucro Bruto R$ MM 373,8 382,5 347,6 302,7 322,8 31,7% 31,6% 30,3% 29,1% 27,6% Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A) No 2T15, as Despesas com Vendas cresceram 21,4%, ante o 2T14, somando R$ 22,3 milhões, equivalentes a 1,8% da Receita Bruta. Apesar do crescimento superior à Receita, as Despesas com Vendas variaram apenas 7,9 pontos base. As Despesas com Veiculação, Publicidade e Produção e as Despesas com Operadoras de Cartão de Crédito, apresentaram acréscimo de 26,8% e 17,9%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as despesas com Shows e Patrocínios apresentaram redução de 29,1%. As Despesas Gerais e Administrativas somaram R$ 251,0 milhões, no trimestre, registrando incremento de 16,4% ou R$ 35,3 milhões quando comparadas ao 2T14. A maior parte desta evolução é referente às contas de Utilidades e Serviços (+47,8%), as Impostos, Taxas e Contribuições (+42,9%) e Despesas com Pessoal (16,8%). As altas são explicadas pela (i) maior base de lojas novas em relação ao ano anterior, que corresponderam a 53,2% do total de acréscimo, ou seja, R$ 20,9 milhões frente os R$ 39,3 milhões adicionados; (ii) além da operação dos novos Centros de Distribuição em Recife e em Hidrolândia, que somaram R$ 2,7MM, ou 13,8% no comparativo; (iii) pelos efeitos de reajustes nas tarifas de Energia; (iv) dos aluguéis de mesmas lojas, fazendo com que esta rubrica andasse acima da inflação no período, cerca de 7,0%, ainda assim, abaixo do crescimento da Receita Bruta. As variações totais estão apresentadas por centro de custo no gráfico abaixo. 2 Sobre a Receita Bruta 4

5 Despesas Gerais e Administrativas R$ MM 2T15 x 2T14 (%) 20,9 11,0 27,4 12,6 33,0 13,8 20,6 200,4 211,9 5,8 2T14 2T15 Mesmas Lojas Matriz CD Lojas Novas As Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas 3 (SG&A) cresceram 16,8%, atingindo R$ 273,3 milhões ou, 22,6% sobre a Receita Bruta, acréscimo de 104 pontos base. Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas R$ MM Administrativas e gerais Vendas % SGA / Receita Bruta 18,4 22,5% 215,6 22,3 19,7 19,8 20,0 21,1% 21,5% 22,5% 22,6% 251,0 226,2 233,1 238,3 3 Os valores de Depreciação e Amortização não estão considerados. 5

6 EBITDA No 2T15, o EBITDA totalizou R$ 109,6 milhões, apresentando crescimento de 58,3% ante 2T14, com ganho de Margem EBITDA 4 de 240 pontos base, ficando em 9,1%. EBITDA R$ MM 169,3 8,3 89,1 3,9 20,0 0,9 7,0 109,6 69,2 EBITDA 2T14 Receitas Deduções CMV Despesas de Venda Despesas Gerais e Adm. Outras Rec. e Despesas Deprec. e Amort. EBITDA 2T15 Depreciação e Amortização, Resultado Financeiro e Impostos As despesas com Depreciação somaram R$ 9,3 milhões no 2T15, equivalente a 0,8% da Receita Bruta, redução de 795 pontos base sobre 2T14 em virtude da Companhia ter revisado sua base de estimativas de vida útil para suas benfeitorias em imóveis de terceiros, o que resultou, de uma maneira geral, na redução das taxas de depreciação utilizadas, devido ao prolongamento da vida útil econômica dos ativo prospectivamente a partir 1º de abril de O Resultado Financeiro líquido do trimestre ficou negativo em R$ 40,0 milhões, variação de 25,5% sobre os R$ 31,9 milhões do mesmo trimestre de Tal resultado reflete o endividamento bruto maior, acréscimo de R$ 163,4 milhões no 2T15 parcialmente compensado pela maior posição de Caixa e Equivalentes, acréscimo de R$ 96,4 milhões e, principalmente, a elevação dos custos do principal indexador da dívida, a Taxa DI, que passou de uma média 10,8% a.a. em 2T14, para 13,4% a.a. em 2T15. Com relação aos Impostos, registramos montante de R$ 7,9 milhões no 2T15, aumento de R$ 6,6 milhões, ocasionado por uma maior base de diferenças temporárias no imposto Diferido, contrabalanceada pela base de lucro tributável corrente negativa. 4 Sobre a Receita Bruta 6

7 Lucro Líquido e Margem Líquida O Lucro Líquido foi de R$ 42,0 milhões com Margem Líquida 5 de 3,5%, aumento de 157 pontos base na comparação com o 2T14. Lucro Líquido R$ MM 53,7 42,0 19,7 21,0 1,9% 1,8% 4,6% 26,0 2,3% 3,5% Ciclo de Caixa No 2T15, o Ciclo de Caixa ficou em 57,8 dias, elevação de 1,1 dias ante ao 2T14. Contribuíram para o resultado, principalmente, o Prazo Médio de Recebimentos que subiu 1,4 dias. O Prazo Médio de Estoques obteve redução de 0,5 dias, assim como o Prazo Médio de Pagamentos que reduziu 0,3 dias. Para o cálculo do Prazo Médio de Estoques e do Prazo Médio de Pagamento de Fornecedores foram desconsiderados do AVP (Ajuste a Valor Presente) componente em ambas as contas, conforme a Nota Explicativa nos 08 e 14, bem como também foram desconsiderados o valor dos Créditos por Devoluções no grupo de Fornecedores, inclusive seus efeitos retroativos para fins de comparação. Ciclo de Caixa 110,5 88,7 111,7 95,9 110,0 Estoques 56,7 71,5 54,9 78,1 50,9 50,4 61,0 53,7 71,2 57,8 Fornecedores Caixa 17,6 17,1 16,8 18,8 19,0 Recebíveis 5 Sobre a Receita Bruta 7

8 Fluxo de Caixa Registramos um Fluxo de Caixa Operacional negativo de R$ 4,0 milhões no 2T15, ante R$ 1,7 milhões negativos no mesmo período do ano passado. Apesar do maior resultado no trimestre e da redução da depreciação, este incremento negativo teve como principal causa o maior consumo de capital de giro em virtude de uma redução no nível de serviço da indústria em dos nossos centros de distribuição. O Fluxo de Caixa de Investimentos, por sua vez, consumiu R$ 22,2 milhões no 2T15 ante R$ 27,3 milhões no 2T14. Este consumo é explicado pela abertura das 23 lojas no período e, principalmente, pelos adiantamentos de construção das 55 lojas que estão no processo de construção e/ou inauguração. Desta forma, tivemos um fluxo de caixa livre negativo de R$ 26,2 milhões no período ante um consumo de R$ 29,0 milhões no 2T14, uma redução de R$ 2,8 milhões. O Fluxo de Caixa de Financiamento foi positivo em R$ 52,3 milhões ante um valor positivo de R$ 40,6 milhões no 2T14. Esta redução significa um aumento do nosso endividamento, sem contudo, prejudicar os bons índices de cobertura de caixa que possuímos. Por fim, tivemos uma geração de caixa na ordem de R$ 26,0 milhões no período frente aos R$ 11,7 milhões no 2T14. Fluxo de Caixa - R$ Milhões 2T14 2T15 Lucro Líquido 19,7 42,0 (+) Depreciação e Amortização 16,3 9,3 (+/-) Variação de Capital de Giro (24,7) (53,2) (+/-) Variação de Outros Ativos (30,8) (7,0) (+/-) Variação de Outros Passivos 6,2 4,9 (+/-) Ajuste para variação não caixa 11,6 0,0 (=) Fluxo de Caixa das Operações (1,7) (4,0) (-) Capex (24,4) (20,1) (-) Adição de Intangíveis (0,9) (2,1) (-) Outros (2,0) - (=) Fluxo de Caixa de Investimentos (27,3) (22,2) Fluxo de Caixa Livre (29,0) (26,2) (+/-) Variação na Dívida de LP e CP - Atual 74,6 52,9 (-) Dividendos / Juros Sobre Capital Próprio (24,4) (0,7) (+/-) Outros (9,5) - (=) Fluxo de Caixa de Financiamento 40,6 52,3 Caixa e Equivalentes Saldo Anterior 162,1 258,5 (+/-) Geração de Caixa 11,6 26,0 (=) Caixa e Equivalentes Saldo Final 173,7 284,5 Endividamento A Companhia encerrou o 2T15 com Dívida Líquida de R$ 674 milhões, elevação de R$ 52,5 milhões ante o fechamento do 2T14. Apesar desse aumento, o perfil do nosso endividamento segue saudável, apresentando relação Dívida Líquida 8

9 sobre o EBITDA dos últimos 12 meses de apenas 1,69x, Caixa e Equivalentes sobre Dívida de Curto prazo de 78,0% e Dívida de Curto Prazo sobre Dívida Total de 37,9%. Continuamente, temos nos esforçado em reduzir spreads e alongar vencimentos das linhas de nossas financiamento, o que tem se materializado nos últimos trimestres. Ao longo de 2T15, por exemplo, captamos o total de R$ 4,6 milhões em operações incentivadas junto ao Banco do Nordeste, enquanto demos entrada em um projeto de R$ 10 milhões no Banco da Amazônia, para abertura de 16 lojas e capital de giro das mesmas. Considerando o endividamento total, o prazo médio total está em 4,01 anos, contra 4,05 anos no encerramento de 2T14. Dívida Longo Prazo Posição de Caixa Dívida de Curto Prazo Dívida Líquida/Ebitda LTM 2,38x 2,32x ,91x 1,81x 1,69x Auditores Independentes A empresa KPMG Auditores Independentes foi contratada para auditar as demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012, 2013, 2014 e 2015 e revisar as informações intermediárias relativas aos trimestres findos em 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro dos referidos exercícios, e não prestou serviços conflitantes, conforme disposto na Instrução CVM 308. As informações não financeiras da Companhia, bem como as expectativas da Administração quanto ao seu desempenho futuro, não foram auditadas pela KPMG. No sentido de atender ao disposto na Instrução CVM nº 381/2003, a Companhia informa que para o exercício de 2015 foram contratados à KPMG outros serviços que correspondeu a aproximadamente a 12,4% dos honorários de auditoria contratados para referido exercício. Esses serviços consistem na assessoria tributária e de diagnóstico sobre os impactos decorrentes da adoção da Lei /14. A Administração reconhece que os referidos serviços não comprometeram a independência dos citados auditores, pois trataram-se de serviços de compliance tributário com o foco em revisão/diagnóstico dos impactos tributários sobre a operação da empresa. Declaração da Diretoria Os diretores de Empreendimentos Pague Menos S.A. declaram que discutiram, revisaram e concordaram com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes e com as divulgações apresentadas nas informações trimestrais referentes ao período findo em 30 de junho de 2015 e do correspondente período comparativo. Fortaleza, 12 de agosto de A Administração. 9