Sumário. Importância econômica, social e alimentar dos citros, 10

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sumário. Importância econômica, social e alimentar dos citros, 10"

Transcrição

1 Sumário Origem e dispersão dos citros, 9 Importância econômica, social e alimentar dos citros, 10 Taxonomia, 22 Morfologia, 25 Desenvolvimento da planta e do fruto, 35 Clima e solo, 54 Cultivares, 63 Porta-enxertos, 76 Propagação, 88 Melhoramento genético, 108 Formação do pomar, 116 Cultivos intercalares, 140 Práticas culturais, 143 Distúrbios fisiológicos dos frutos, 236 Técnicas para aumentar a fixação e tamanho dos frutos e reduzir a alternância de produção, 243 Poda dos citros, 248 Colheita e pós-colheita dos citros, 256 Referências, 271

2 ORIGEM E DISPERSÃO DOS CITROS A origem da maioria das espécies de citros não é conhecida com exatidão, visto que as plantas das diferentes espécies que compõem o gênero Citrus vêm sendo utilizadas e disseminadas pelo homem há vários séculos, sem que houvesse nenhum tipo de registro dessa movimentação, que ocorreu principalmente na forma de frutos e sementes de um local para outro. O primeiro registro escrito sobre os citros data de cerca de anos a.c., na China. Nesse documento, os citros foram mencionados em uma lista de tributos oferecidos a um imperador chinês. A maioria das espécies de citros originou-se nas regiões tropicais e subtropicais do Sudeste Asiático abrangendo ampla faixa de terra, situada aproximadamente entre os paralelos 15 e 25 o Norte. Essa região se estende desde o Himalaia até a China Central, Filipinas, Miamar, Tailândia e Indonésia. Há dúvidas quanto à origem do pomeleiro, também conhecido como grapefruit, tendo em vista que plantas desse tipo de citros não foram encontradas em estado selvagem na região de origem das demais espécies. Acredita-se que possua origem americana (Antilhas), provavelmente resultante de hibridação natural entre Citrus maxima (toranjeira) e Citrus reticulata (tangerineira). O sabor característico das frutas, com diferenças consideráveis entre espécies e cultivares, a concentração razoável de vitamina C (10-80 mg/10ml de suco), a facilidade de adaptação às condições de clima e solos variados e de processamento industrial dos frutos provavelmente foram os principais fatores responsáveis pela disseminação e importância dos citros. A primeira espécie de citros conhecida na Europa foi a cidreira (Citrus medica), cuja introdução ocorreu cerca de 330 anos a.c. As laranjeiras-doces (Citrus sinensis) e azedas (Citrus aurantium) e os limoeiros (Citrus limon) foram introduzidos na Europa no século XII e as tangerineiras (C. reticulata), no século XIX. Na América, o introdutor dos citros foi Cristóvão Colombo, em 1493, nas Antilhas e Haiti, de onde foram levados posteriormente para o México e Estados Unidos (Flórida). No Brasil, foi introduzido pelos

3 10 Siqueira e Salomão portugueses, provavelmente na Bahia, pelas expedições colonizadoras. A partir de 1530, com a chegada de novos habitantes, foram plantadas as primeiras árvores de citros, iniciando a citricultura brasileira que, entretanto, somente alcançou importância econômica cerca de 400 anos após sua introdução no Brasil, a partir do início do século XX. Inicialmente, os frutos eram utilizados apenas para consumo in natura. A produção industrial de suco de laranjas para exportação iniciou-se a partir da década de 1960, no Estado de São Paulo. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA, SOCIAL E ALIMENTAR DOS CITROS Produção e importância econômica Os frutos dos citros (laranjas, tangerinas, limas, limões, pomelos, cidras, cunquates) são os mais produzidos no mundo (Tabela 1), sendo cultivados em quase 150 países, localizados nas regiões tropicais e subtropicais do planeta. A ampla capacidade de adaptação climática, a facilidade de industrialização, associadas às características sensoriais e de qualidade dos frutos são os principais fatores responsáveis por essa posição. Tabela 1 - Principais frutas produzidas no mundo 2013 Frutas Produção - t Porcentagem Citros ,1 Banana ,8 Maçã ,9 Uva ,4 Outras frutas ,8 Total ,0 Fonte: FAOSTAT, O maior produtor de citros do mundo na atualidade é a China, cuja área cultivada vem aumentando acentuadamente nos últimos anos, enquanto no Brasil a área está reduzindo, embora ainda ocupe o segundo lugar na produção global de citros, com 14,5% da produção total (Tabela 2).

4 Citros: do plantio à colheita 11 Tabela 2 - Principais países produtores de frutos dos citros no mundo 2013 Países Produção - t Porcentagem China ,0 Brasil ,5 Estados Unidos ,5 Índia ,4 México ,6 Espanha ,7 Egito ,0 Nigéria ,8 Turquia ,7 Argentina ,1 Outros ,7 Total Fonte: FAOSTAT, Considerando apenas a produção de laranjas, o Brasil ocupa a primeira posição, com 24,6% da produção mundial, seguido dos Estados Unidos, China, Índia, México e Espanha (Tabela 3). Tabela 3 - Principais países produtores de laranjas do mundo 2013 Países Produção - t Porcentagem Brasil ,6 Estados Unidos ,6 China ,2 Índia ,0 México ,2 Espanha ,8 Egito ,0 Turquia ,5 Itália ,4 África do Sul ,3 Outros ,4 Total ,0 Fonte: FAOSTAT, 2015.

5 12 Siqueira e Salomão Após as laranjas, as tangerinas são os principais frutos dos citros produzidos no mundo, sendo a China o principal produtor, com mais da metade da produção mundial (52,9%), seguida pela Espanha, que é o principal país exportador de laranjas e tangerinas para consumo de mesa do mundo. O Brasil é o quarto maior produtor, com 3,3% da produção mundial (Tabela 4). A quantidade de tangerinas produzidas no Brasil representa apenas 5,3% da produção de laranjas, mostrando o predomínio do cultivo de laranjas no país. Tabela 4 - Principais países produtores de tangerinas do mundo 2013 Países Produção - t Porcentagem China ,9 Espanha ,7 Turquia ,3 Brasil ,3 Egito ,2 Japão ,1 Irã ,9 Coreia ,4 Marrocos ,3 Itália ,3 Outros ,7 Total Fonte: FAOSTAT, Quanto às limas e aos limões, os principais produtores são Índia, México e China, com Índia e México produzindo quantidades muito próximas entre si, correspondendo a 16,6 e 14,1% da produção mundial. O Brasil ocupa a quinta posição, produzindo 7,7% da produção mundial (Tabela 5). A produção mexicana, assim como a brasileira, está concentrada na espécie Citrus latifolia, que é conhecida no Brasil como limão Tahiti. Outros nomes do Tahiti são limón criollo, limón pérsico, Bearss lime e Persian lime. Já na China, Índia, Argentina, Estados Unidos e Espanha predomina o cultivo dos limões verdadeiros (Citrus limon).

6 Citros: do plantio à colheita 13 Tabela 5 - Principais países produtores de limas e limões no mundo 2013 Países Produção - t Porcentagem Índia ,6 México ,1 China ,6 Argentina ,6 Brasil ,7 Estados Unidos ,4 Turquia ,8 Espanha ,7 Irã ,8 Itália ,2 Outros ,4 Total ,0 Fonte: FAOSTAT, No Brasil, as laranjas são produzidas em todas as regiões e estados do país, com maior concentração nas Regiões Sudeste (78,6%), Nordeste (10,2%) e Sul (8,4%). Na Região Sudeste destaca-se o Estado de São Paulo, com 72,6% da produção nacional, seguido de Minas Gerais, com 5,5% (Tabela 6). Minas Gerais é o segundo estado maior produtor de laranjas do Brasil, com a produção de frutos distribuídos em todo o estado. Porém, as regiões tradicionais de cultivo e produção de citros são o Triângulo Mineiro, Norte e Sul de Minas. No Triângulo Mineiro, a produção está concentrada nas laranjas, que são destinadas, na maioria, às indústrias produtoras de suco de São Paulo, proprietárias de vários pomares na região. No Sul de Minas, concentra-se a produção de tangerinas Poncã, cujos frutos são de excelente qualidade devido ao clima. No Norte de Minas, a produção de citros é toda irrigada, em razão do clima semiárido. Nesta região, destaca-se a produção de limas Tahiti ; entretanto o cultivo de tangerineiras, limeiras doces e laranjeiras precoces e de meia estação está em pleno crescimento. O diferencial da região consiste em produzir frutos mais precoces que os produzidos nas regiões tradicionais, devido ao clima e ao manejo, principalmente da irrigação.

7 14 Siqueira e Salomão Tabela 6 - Produção de laranjas nas regiões e estados brasileiros 2013 Regiões Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste Estados Área colhida (ha) Produção Porcentagem Produtividade (t/ha) AM ,4 21,7 RR ,7 PA ,2 16,6 AP ,1 9,1 MA ,3 Total ,7 - PI ,2 CE ,1 6,9 PB ,2 PE ,2 AL ,2 6,7 SE ,8 12 BA ,1 15,7 Total ,2 - MG ,5 22,7 ES ,1 13,1 RJ ,4 13,6 SP ,6 26,0 Total ,6 - PR ,7 33,0 SC ,3 14,8 RS ,4 14,4 Total ,4 - MS ,1 22,7 MT ,0 GO ,8 19,8 DF ,04 24,0 Total ,94 BRASIL Fonte: AGRIANUAL, 2015.

8 28 Siqueira e Salomão A ramificação do caule principal origina várias brotações, cuja altura e ângulo de inserção dependem da espécie e do cultivar. Dessas brotações vão surgir ramificações que serão responsáveis pela sustentação de todos os demais ramos da planta. A partir dos ramos primários são formados os secundários e assim sucessivamente até a formação dos ramos vegetativos e reprodutivos terminais. Plantas de citros oriundas de semente (seedlings) apresentam um período juvenil relativamente longo, variando de 4 a 8 anos a partir da germinação das sementes, cujo tempo depende da espécie e da variedade, sendo mais curtos para tangerineiras, intermediários para limoeiros e mais longos para laranjeiras. Plantas de citros juvenis apresentam hábito de crescimento ereto, espinhos longos e em grande número (Figura 3a), tendência a alternância de produção e distribuição desigual dos frutos na copa, nos primeiros anos de produção. Ramos jovens dos citros são de cor verde-clara, com quinas proeminentes, devido a crescimentos desiguais, que se iniciam na base de cada pecíolo. Essas quinas originam uma seção triangular quando o ramo é cortado transversalmente (Figura 3b). Com o desenvolvimento, os ramos tornam-se cilíndricos e com coloração acinzentada ou castanha (Figura 3c), sendo possível visualizar claramente a separação entre os surtos de crescimento. Nos citros, geralmente observa-se a ocorrência de ramos modificados (espinhos), que se inserem nas axilas das folhas. A região do ramo onde se inserem as folhas, gemas e espinhos recebe o nome de nó (Figura 3d). A quantidade e o vigor dos espinhos dependem da espécie, cultivar, idade da planta e grau de juvenilidade. Quanto mais juvenil, maior o número e vigor dos espinhos (Figura 3a). Os espinhos dificultam a realização de determinadas práticas, tanto na fase de produção das mudas quanto no campo, por exemplo, a colheita dos frutos. A limeira-ácida Galego (Citrus aurantifolia) é um cultivar que se caracteriza por apresentar numerosos e agudos espinhos nas axilas das folhas, medindo em torno de 1 cm de comprimento. A pulverização de ácido giberélico em porta-enxertos de citros pode induzir ao surgimento de folhas e brotações em espinhos, que se transformam em ramos vegetativos. Esse fato foi observado em porta-enxertos de limoeiro Volcameriano, pulverizados com ácido giberélico aplicado na concentração de 20 mg do ingrediente ativo por litro.

9 Citros: do plantio à colheita 29 As folhas dos citros são de cor verde-clara quando novas e verde-escura quando amadurecem. Com exceção do Poncirus trifoliata, cujas plantas são caducifólias, os citros são plantas perenifólias, portanto não se adaptam em regiões com inverno rigoroso. Existe uma variabilidade considerável entre espécies e cultivares de citros quanto à forma e tamanho das folhas (Figura 3e), que são aparentemente folhas simples, mas botanicamente consideradas folhas compostas unifoliadas, que perderam os folíolos durante a evolução das espécies. Na maioria das espécies de Citrus, o pecíolo das folhas é alado, cuja presença é útil na taxonomia de espécies e reconhecimento de cultivares. Por exemplo, em folhas de pomeleiros e toranjeiras, as asas são proeminentes, nas laranjeiras, são pequenas e ausentes nos limoeiros (Figura 3f). Plantas de Poncirus trifoliata e híbridos possuem folhas compostas por três folíolos, tornando fácil sua identificação em viveiros e nos campos de produção de sementes de porta-enxertos (Figura 3e). As folhas dos citros são distribuídas em espiral em torno do caule, cuja direção é revertida a cada fluxo. A filotaxia é 3/8 para a maioria das espécies; entretanto as toranjas e pomelos apresentam filotaxia de 2/5. A distribuição das folhas nos ramos é importante para que haja melhor captação da luz solar incidente. As flores dos citros são hermafroditas, entretanto há espécies como Citrus medica (cidra) e Citrus limon (limões), que produzem flores masculinas, devido ao abortamento do pistilo (Figura 4a). Possuem de três a cinco sépalas de coloração verde, de três a cinco pétalas de cor branca ou púrpura (limões, cidras), sendo cinco o número mais comum para ambas (Figura 4b). Os estames variam entre vinte e quarenta, soldados pela base em grupos de três a quatro (Figura 4c). As anteras possuem grãos de pólen amarelos-brilhantes, que são transportados por insetos, principalmente abelhas. Há cultivares que são estéreis, como a limeira Tahiti, cujas flores não produzem pólen e laranjeiras de umbigo ( Bahia ), cuja produção de pólen é muito pequena. O pistilo é formado pela união de vários carpelos, com o ovário situando-se na sua base e o estigma no seu ápice. Durante certo período, o estigma apresenta um fluido viscoso no seu ápice, para facilitar a aderência, hidratação e germinação dos grãos de pólen (Figura 4d). Há diversos cultivares com esterilidade feminina, por defeito na formação do saco embrionário, sendo relatada sua presença em cultivares de tangerineiras do grupo das satsumas e nas laranjeiras de umbigo.

10 30 Siqueira e Salomão a b c d e f Figura 3 - Ramos de citros de planta juvenil, com espinhos longos (a); ramo jovem de laranjeira, com quinas proeminentes, devido ao crescimento desigual que inicia-se na base de cada pecíolo. Essas quinas originam uma seção triangular quando o ramo é cortado transversalmente (b); ramo maduro de laranjeira com caule cilíndrico e folhas de cor verde-escura (c); nó, formado pelo conjunto de gema, espinho, e folhas (d); folhas de citros com diversos tamanhos, formatos e características das asas no pecíolo (e); ramo novo de citros mostrando a distribuição das folhas (f).

11 Citros: do plantio à colheita 31 a b c d Figura 4 - Flor estaminada de limoeiro (Citrus limon), com as pétalas púrpuras do lado externo (a); flor de Poncirus trifoliata, com cinco pétalas brancas (b); flor de laranjeira mostrando os estames em grupos de três, soldados pela base (c); detalhe das anteras de coloração amarela e ápice do estigma, mostrando líquido viscoso, que favorece a adesão dos grãos de pólen (d). Os frutos são classificados como hesperídios, um tipo especial de baga formada pelo epicarpo ou flavedo (parte externa, pigmentada), pelo mesocarpo ou albedo (tecido normalmente branco, esponjoso), que praticamente não existe em tangerinas maduras, e pelo endocarpo (gomos ou segmentos) (Figura 5). A casca dos frutos é constituída pelo exocarpo e o mesocarpo. O flavedo (Figura 5a) é glabro em todas as espécies cítricas, com exceção dos frutos de Poncirus trifoliata, que são pubescentes. O flavedo é formado por algumas camadas de células parenquimáticas, com formato tabular, compactas e cobertas pela cutícula. Abaixo destas células estão algumas camadas de células globosas, onde se observam

12 Citros: do plantio à colheita 35 medica), toranjeira (Citrus maxima), limoeiros (Citrus limon) e tangerinas do grupo das clementinas (Citrus clementina). Os embriões zigóticos possuem maior dificuldade de sobrevivência, devido à competição por espaço e nutrientes entre eles e os embriões nucelares. Geralmente, quanto maior o número de embriões por semente, menores serão o tamanho e a sobrevivência do embrião sexual. Os embriões nucelares limitam a variabilidade genética na progênie de um cruzamento qualquer, o que reduz a probabilidade de obtenção de novos genótipos. DESENVOLVIMENTO DA PLANTA E DO FRUTO Planta O ciclo de vida de uma planta de citros utilizada comercialmente pode ser dividido em três diferentes fases, cuja duração depende de vários fatores como cultivar copa e porta-enxerto, clima, solo, tratos culturais e incidência de pragas e doenças. As fases são: Propagação É a fase compreendida entre a semeadura dos porta-enxertos e o momento em que as mudas estão com o desenvolvimento adequado para serem plantadas no campo. O período de produção da muda varia de acordo com o sistema usado (céu aberto ou em ambiente protegido), do porta-enxerto e dos tratos culturais empregados principalmente adubação, irrigação e controle de pragas e doenças. Formação da planta É a fase em que a planta apresenta crescimento ativo, formando toda sua estrutura vegetativa (raízes, tronco, ramos e folhas) para sustentar a produção futura. A produção é muito pequena ou nula no primeiro ano após o plantio, porém aumenta gradativamente à medida que a planta vai envelhecendo. Nessa fase, os recursos gerados com a venda dos frutos são inferiores aos custos de produção, portanto é necessário que o produtor possua reservas de recursos suficientes para realizar os tratos culturais necessários. A duração média dessa fase é de quatro a cinco anos.

13 36 Siqueira e Salomão Produção Inicia-se a partir dos cinco anos. A produção máxima de frutos pelas plantas é alcançada aos 8 a 10 anos após o plantio, mantendo-se estável por vários anos. Nesse período, o crescimento vegetativo da planta é pequeno, havendo apenas a substituição de folhas que caem e de ramos que eventualmente secam. Os pomares de citros, quando bem manejados, possuem potencial para produzir comercialmente durante mais de trinta anos. Posteriormente, entram na fase de senescência, na qual a produção e, consequentemente, os lucros advindos dela decrescem gradualmente. Entretanto, devido ao manejo inadequado e, principalmente, em razão da alta incidência de doenças e pragas, os pomares em algumas regiões do Brasil têm sido renovados com idade em torno de vinte anos ou menos. O desenvolvimento dos ramos dos citros sofre influência acentuada do clima, principalmente da temperatura e da umidade. O crescimento normalmente ocorre em dois surtos anuais bem definidos nas regiões de clima frio, enquanto nas regiões mais quentes, de clima tropical ou subtropical úmido, podem acontecer três a cinco surtos. O surto de crescimento mais importante é na primavera, quando a planta emite ramos vegetativos e reprodutivos (Figura 6a). Os brotos dos citros são classificados de acordo com a presença ou não de flores nos ramos e com o número de flores e folhas: broto vegetativo (Figura 6b1) broto reprodutivo unifloral com folhas (Figura 6b2), broto reprodutivo multifloral com folhas (Figura 6b3) broto reprodutivo unifloral sem folhas (Figura 6b4), e broto reprodutivo multifloral sem folhas (Figura 6b5). Os demais surtos de crescimento ocorrem no verão e outono, quando os ramos geralmente são mais longos, mais vigorosos, com folhas maiores e entrenós mais compridos e não produzem flores, a não ser que condições climáticas indutivas ao florescimento acontecem antes da brotação das plantas. As flores dos citros originam-se de gemas presentes nas brotações novas que, por sua vez, são originadas de gemas presentes em ramos provenientes dos surtos ou fluxos de crescimento do ano anterior. Percebe-se, portanto, que somente ramos maduros, porém com idade inferior a um ano tem capacidade de emitir brotações reprodutivas, por isso a produção dos citros está concentrada na parte externa da copa.

14 Citros: do plantio à colheita 37 a b Figura 6 - Laranjeira durante a brotação de primavera, emitindo ramos reprodutivos (ramos com flores) e ramos apenas vegetativos (a); Tipos de brotação dos citros (b): broto vegetativo (1), broto reprodutivo unifloral com folhas (2), broto reprodutivo multifloral com folhas (3) broto reprodutivo unifloral sem folhas, (4) broto reprodutivo multifloral sem folhas (5). O florescimento principal dos citros ocorre no início da primavera (agosto setembro no hemisfério sul e final de março a início de maio no hemisfério norte), entretanto algumas espécies e cultivares florescem várias vezes durante o ano, como a cidreira, os limoeiros verdadeiros, a limeira-ácida Tahiti e algumas laranjeiras, como a Pera Rio. Uma planta de citros adulta produz elevado número de flores, podendo alcançar valores acima de unidades; porém, o número de frutos produzidos pela planta é baixo quando comparado ao de flores, podendo oscilar entre 0,1 e 15% do total de flores produzidas. Essa variação depende da idade das plantas, manejo do pomar, pragas, doenças e uso de técnicas para aumentar o vingamento, como anelamento de troncos e ramos. Geralmente, o vingamento de frutos é maior em plantas mais novas, durante a fase de formação que em plantas mais velhas, que já estão na época de produção. A necessidade de polinização e fecundação para que ocorra a fixação dos frutos dos citros é variável, dependendo do cultivar em questão. Flores dos cultivares de citros, cujos frutos produzem muitas sementes, necessitam ser polinizadas e fecundadas para a produção de frutos. Entretanto, existem variedades partenocárpicas, que não necessitam polinização e fecundação para que produzam frutos. Ainda,

15 38 Siqueira e Salomão há aquelas flores que precisam apenas da polinização e não da fecundação para que haja o desenvolvimento dos frutos. A polinização é efetuada por insetos, principalmente abelhas, que são atraídas pela fragrância liberada por elas. Durante o florescimento e frutificação ocorre queda acentuada de flores e frutos em vários estádios de desenvolvimento (Figura 7a). Nas flores remanescentes, as pétalas caem ao mesmo tempo em que o ovário inicia o seu desenvolvimento. Os pequenos frutos, no início do desenvolvimento, que estão propensos a vingar, apresentam coloração verde-escura e são brilhantes, enquanto os que irão cair ficam amarelados (Figura 7b). a b Figura 7 - Frutinhos abscindidos de lima ácida Tahiti com diferentes tamanhos (a); frutos no início do desenvolvimento que estão propensos a vingar possuem coloração verde-escura e são brilhantes, enquanto os que irão cair ficam amarelados (b). Fruto O crescimento dos frutos dos citros é do tipo sigmoidal simples, podendo ser dividido em três fases, embora não seja possível distinguir claramente o término de uma fase e o início da subsequente. As fases são denominadas fase I (divisão celular), II (expansão celular) e III (amadurecimento dos frutos). A duração de cada fase depende da espécie de citros e das condições climáticas. Em Viçosa, Minas Gerais, o desenvolvimento de tangerinas poncã a partir de cinco milímetros de diâmetro até a colheita dos frutos, realizada quando com valor médio de sólidos solúveis totais de 11,1 e acidez total titulável de 0,5 durou 276 dias (9,2 meses) (Figura 8).

16 Citros: do plantio à colheita 39 (DAPFL) Figura 8 - Crescimento de tangerinas Poncã, a partir de cinco milímetros de diâmetro até a colheita dos frutos, que ocorreu quando estavam com valor médio de teores de sólidos solúveis totais de 11,1 e acidez total titulável de 0,5. Na fase I, que começa logo após o florescimento, antes da queda das pétalas, o aumento em tamanho dos frutos é pequeno, restrito praticamente à casca; entretanto, a divisão celular é intensa. Nesta fase são formadas praticamente todas as células do fruto, cuja expansão na fase subsequente será responsável pelo tamanho final dos frutos. Esta fase dura de 1,0 a 1,5 mês após a antese, dependendo das condições climáticas e do cultivar, podendo ir até o período de queda fisiológica dos frutos ( queda de junho, no hemisfério norte, ou queda de novembro, no hemisfério sul).

17 Citros: do plantio à colheita 61 Quanto à umidade do ar, o efeito mais importante desse fator relaciona-se à ocorrência de doenças nos pomares, principalmente de doenças fúngicas, como a mancha-marrom (Alternaria alternata), verrugose (Elsinoe) e podridão-floral-dos-citros (Colletotrichum). Entretanto, a umidade do ar também interfere na qualidade dos frutos. Em regiões onde a umidade relativa do ar é alta, as laranjas tendem a ser maiores e mais achatadas, menos firmes e com menores concentrações de carotenoides na casca e no suco e com mais baixos teores de sólidos solúveis no suco. O vento influi diretamente no microclima dos pomares através de seu efeito no transporte de calor, vapor de água e CO 2 entre as folhas das plantas e a atmosfera. Essa ação interfere na taxa de assimilação de CO 2 e transpiração das plantas, atuando, portanto, no seu crescimento, embora de forma mais discreta que os demais fatores descritos. O vento, porém, atua diretamente no transporte de patógenos e pragas entre pomares, além de provocar danos mecânicos às plantas e aos frutos, no caso de ventos intensos. Esses efeitos desfavoráreis do vento podem ser contornados com o uso de quebra-ventos. Solo Os citros são cultivados em solos com grande diversidade de características físicas e químicas; entretanto desenvolvem-se melhor em solos que tenham proporção equilibrada de areia e argila (textura média), para garantir boa aeração, facilidade de drenagem, boa retenção de água e capacidade de troca de cátions (CTC). A profundidade efetiva recomendada do solo para o cultivo dos citros deve ser de um metro, no mínimo, para garantir a sustentação das plantas e maior exploração do solo pelas raízes; porém são encontrados relatos de cultivo em solos rasos, com profundidade efetiva em torno de 60 cm. Os citros não toleram solos salinos, porém sua sensibilidade aos sais depende de vários fatores como porta-enxerto, combinação portaenxerto/copa, solo, clima, método de irrigação etc. De modo geral, a produtividade dos pomares reduz em 13% para cada 1,0 ds m -1 de aumento da condutividade elétrica do solo, acima do valor limite de 1,4 ds m -1. Os efeitos da salinidade sobre a redução do crescimento e

18 62 Siqueira e Salomão produtividade das plantas são o estresse osmótico causado pela redução da absorção de água; efeitos tóxicos dos íons Cl - e Na + sobre as células e desequilíbrios nutricionais ocasionados pelos efeitos tóxicos desses íons. Quando há redução na produtividade das plantas, causada pela salinidade, sem haver acúmulo excessivo de Cl - e Na + nos tecidos e sem sintomas aparentes de toxidez nas folhas, provavelmente o efeito predominante da salinidade sobre as plantas é o estresse osmótico. Teores de sódio maiores que 0,25 g/kg e de cloro superiores a 0,5 g/kg indicam a presença de salinidade no solo, com possíveis problemas no desenvolvimento e produção das plantas. Quanto às diferenças entre os porta-enxertos em relação à tolerância à salinidade causada por cloreto, a ordem decrescente entre os porta-enxertos usados no Brasil é: tangerina Sunki > tangerina Cleópatra > limão Cravo > limão Rugoso > Poncirus trifoliata > citrange Troyer > citrange Carrizo. Já, a ordem de tolerância ao sódio é: tangerina Cleópatra > limão Rugoso > limão Cravo > citrumelo Swingle > citrange Troyer > tangerina Sunki > citrange Carrizo. Verifica-se, portanto, que a tangerineira Cleópatra e o limoeiro Cravo são os mais tolerantes à salinidade, enquanto os trifoliolados citrumeleiro Swingle e citranges Troyer e Carrizo, os mais suscetíveis. Os citros são plantas sensíveis à falta de oxigênio no solo causada por excesso de umidade, com exceção do Poncirus trifoliata, cujas plantas toleram solos mais úmidos. Devido à alta demanda por oxigênio no solo, as plantas dos pomares implantados em solos com boa drenagem e profundos são mais desenvolvidas, produtivas e longevas, ao passo que em pomares ou parte de pomares situados em solos superficiais e maldrenados, as plantas apresentam baixo crescimento, são pouco produtivas e com menor longevidade. O ph é uma das propriedades químicas mais importantes do solo, porque influencia a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Os citros preferem solos com ph entre 6,0 e 7,0; bem estruturados e bem drenados. Na maioria das regiões brasileiras produtoras de citros brasileiras não são encontrados solos com essas características; por isso, geralmente os pomares têm que ser implantados em solos cujas características não são as mais adequadas para as plantas. Portanto, para que pomares implantados nesses solos, cujas características não são as melhores para os citros, possam ser produtivos, medidas criteriosas de manejo das plantas e do solo devem ser adotadas.

19 Citros: do plantio à colheita 63 CULTIVARES Pelo fato de os citros serem plantas altamente heterogêneas quanto às características dos frutos, eles são divididos em grupos, procurando reunir plantas cujas características morfológicas dos frutos são semelhantes, com o objetivo de facilitar a comunicação entre as pessoas que se interessam pela citricultura, ou seja, técnicos, pesquisadores, produtores, estudantes e consumidores. Essa classificação é denominada agronômica ou hortícola e compreende oito grupos, sendo alguns formados por apenas uma espécie botânica enquanto outros incluem mais de uma. Laranjeiras-doces [Citrus sinensis (L.) Osbeck]. É o grupo mais importante economicamente, tanto no Brasil quanto na maioria dos países do mundo, com exceção da China, onde predomina o cultivo de tangerineiras. Devido às diferenças significativas entre as características dos frutos produzidos pelos variados cultivares, as laranjas foram divididas em quatro subgrupos, conforme descritos subsequentemente. Laranjas-de-umbigo (Figura 21a) Caracterizam-se pela presença de um fruto rudimentar inserido no fruto principal. Esse fruto rudimentar é formado por um segundo grupo de carpelos inserido sobre o carpelo inicial, porém dentro do mesmo ovário. Outra característica importante das laranjas-de-umbigo é a partenocarpia, resultante da falta de pólen funcional e presença de um número muito reduzido de óvulos viáveis, por isso os frutos quase não possuem sementes. Os frutos dos cultivares pertencentes a esse grupo são indicados para o consumo de mesa, pois, além da ausência de sementes, o endocarpo possui textura crocante, o albedo é fácil de ser removido, os gomos são facilmente separáveis, possuem sabor agradável e boa coloração externa. Não são indicados para a produção de suco, devido à presença de limonina monolactona no albedo e no endocarpo dos frutos. Após o

20 76 Siqueira e Salomão q Cidra Figura 21 - Classificação agronômica dos citros: Laranja-de-umbigo (a); laranja-sanguínea (b); laranja de baixa acidez (c); laranja-comum (d); laranja-azeda (e); tangerina-satsuma (f); tangerina-do-mediterrâneo (g); tangerina-comum (h); tangerina-clementina (i); limas-ácidas (j, l); lima-doce (m); limão (n); pomelo (o); toranja (p); e cidra (q). Obs.: As diferenças entre os tamanhos dos frutos visualizados não condizem com a realidade, porque as fotografias não estão na mesma escala. PORTA-ENXERTOS A escolha do porta-enxerto é um dos principais fatores a considerar quando se pretende implantar um pomar de citros, porque ele é responsável pela sustentação da planta, absorção de água e nutrientes do solo; síntese de alguns hormônios, pelo sistema radicular; adaptação a solos com diferentes características, tolerância a pragas e doenças, tamanho das plantas, e a qualidade dos frutos do cultivar copa enxertado sobre ele (Tabela 10). Em razão de sua influência sobre todas essas características, tão importantes para o citricultor, fica evidenciado que a escolha de um porta-enxerto inadequado às condições de clima e solo do local onde o pomar será implantado pode resultar em fracasso do empreendimento.

21 Citros: do plantio à colheita 77 Além disso, para os viveiristas, é importante que as plantas dos porta-enxertos possuam crescimento vigoroso e facilidade de cultivo no viveiro, sejam homogêneas e apresentem compatibilidade de enxertia com as principais variedades-copa cultivadas comercialmente. Entretanto, é importante ressaltar que nem todos os porta-enxertos de interesse dos citricultores atendem aos interesses dos viveiristas. Por exemplo, o porta-enxerto ananicante trifoliata Flying Dragon, que induz baixo crescimento à planta como um todo, apresenta crescimento lento no viveiro. Por isso, o tempo para a produção da muda aumenta consideravelmente. Também é importante lembrar que não existe um portaenxerto que seja adequado para todos os locais, variedades e condições de manejo. Isso significa que é necessária a realização de análise criteriosa das condições de clima e solo da área destinada à implantação do pomar, das variedades copa a serem utilizadas e dos tratos culturais a serem empregados no pomar, principalmente irrigação, para definição de quais porta-enxertos deverão ser utilizados. A citricultura é uma atividade dinâmica, que exige mudanças frequentes com o passar do tempo, devido a alterações nas preferências de mercado, necessidade de aumento da produtividade, alterações climáticas, novas pragas e doenças, plantios em novas regiões, com características de solo e de clima diferentes daquelas das regiões tradicionais de cultivo. Esses fatores demandam, entre outras modificações, a criação de novos cultivares-copa e novos porta-enxertos, seja via introdução a partir de outros países ou regiões, seja via programas de melhoramento conduzidos no Brasil. Embora existam pesquisas sendo conduzidas nessa área, os portaenxertos usados pelos citricultores brasileiros têm sido os mesmos nos últimos anos, com predomínio do limoeiro-cravo. Os principais porta-enxertos usados no Brasil e sua influência sobre as variedades copa estão apresentadas na Tabela 10.

22 78 Siqueira e Salomão 78 Siqueira e Salomão Tabela 10 - Principais características influenciadas pelos principais porta-enxertos de citros recomendados para o Brasil Limoeiro Cravo Limoeiro Tangerineira Volkameriano 1 Sunki Tangerineira Cleópatra Principais porta-enxertos Poncirus Citrumeleiro Citrangeiro Citrangeiro Laranjeira trifoliata 2 Swingle 2 Troyer 2 Carrizo 2 Caipira Tristeza Grande Grande Grande Phytophthora Média Média Média Média Alta Alta Alta Alta Baixa Declínio Suscetível Suscetível Tolerante Tolerante Suscetível Tolerante Suscetível Suscetível Tolerante Morte súbita Suscetível Suscetível Suscetível Suscetível Tolerante Tolerante Tolerante Tolerante Tolerante Nematoide Suscetível Suscetível Suscetível Suscetível Resistente Resistente Resistente Resistente Suscetível T.semipenetrans Suscetível Suscetível Solo indicado Características influenciadas pelos portaenxertos Arenoargiloso Areno-argiloso Argiloso Úmido/ Argiloso argiloso Arenoso/ Argiloso Arenoso/ Argiloso Tolerância à seca Grande Grande Média Média Média Média Média Início da produção Precoce Precoce Médio Tardia Precoce Precoce Precoce Arenoso/ argiloso Argiloso Média Baixa Precoce Médio Produtividade Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Qualidade dos frutos Média Média Boa Boa Alta Boa Boa Boa Boa Vigor da copa Médio Médio Grande Grande Pequeno Grande Médio Médio Grande 1 Não é indicado como porta-enxerto para a laranja Pera Rio 2 Não é indicado como porta-enxerto para a laranja Pera Rio e tangoreira Murcote.

23 Citros: do plantio à colheita 151 Adubações A vegetação que cresce naturalmente em determinada região evolui de acordo com as condições de clima e solo locais, portanto está perfeitamente adaptada ao ambiente em que vive. Nesse ambiente, as plantas extraem equilibradamente os nutrientes que necessitam do solo e, ao morrerem, são decompostas, liberando nutrientes para outras plantas, havendo, dessa forma, um ciclo fechado, no qual a fertilidade do solo é mantida ou mesmo aumentada pelo acúmulo de matéria orgânica e, ou, fixação de nitrogênio. Nesse caso, a vegetação natural está perfeitamente adaptada ao sistema, ou seja, as suas necessidades em nutrientes correspondem às características naturais de fertilidade do solo. Com a interferência humana, esse ciclo é alterado, devido à remoção da vegetação natural e ao plantio de espécies cuja evolução, na maioria das vezes, ocorreu em condições de clima e solo diferentes das existentes no local de plantio do pomar. Assim, quando espécies exóticas, como os citros, são introduzidas em uma região qualquer, por melhor que se adaptem ao novo ambiente, não haverá o mesmo equilíbrio que havia anteriormente com a vegetação natural, onde as diversas espécies ali presentes convivem harmoniosamente. Além disso, os citros são espécies selecionadas, visando potencializar a capacidade de produção de frutos e, assim, as exigências nutricionais também são potencializadas. Um importante fator responsável pela redução da fertilidade dos solos é a exportação de nutrientes pelos frutos colhidos, cuja quantidade depende da adubação, solo, clima, porta-enxerto e copa (Tabela 14). A ordem de exportação de macronutrientes é N > K > Ca > P > Mg > S e a de micronutrientes é Fe > Zn > B > Mn > Cu. Os nutrientes exportados devem ser repostos, para que a produtividade dos pomares seja mantida. Por isso, a procura constante por aumento de produtividade é importante fator de esgotamento das reservas minerais do solo.

24 152 Siqueira e Salomão Tabela 14 - Exportação de nutrientes pelos frutos de laranjeira Pera enxertada em limoeiro Cravo Macronutrientes Kg t -1 Micronutrientes G t -1 Nitrogênio (N) 2,6 Boro (B) 1,7 Fósforo (P) 0,5 Cobre (Cu) 0,7 Potássio (K) 2,9 Ferro (Fe) 3,5 Cálcio (Ca) 0,8 Manganês (Mn) 1,2 Magnésio (Mg) 0,2 Zinco (Zn) 1,8 Enxofre (S) 0,1 - - Fonte: BOARETTO et al.,2007. Em síntese, a necessidade de adubação em pomares de citros advém da baixa fertilidade natural dos solos, exportação de nutrientes pelos frutos comercializados e imobilização de nutrientes (fixados nas raízes, caule e folhas). Sempre que a quantidade de minerais fornecidos pelo solo for inferior ao exigido pelas plantas, ocorrem efeitos negativos, que se manifestam pelo menor crescimento, redução na produtividade e perda de qualidade dos frutos. A adubação, portanto, é uma prática essencial para aumentar a produtividade dos pomares de citros. Entretanto, o aporte excessivo de nutrientes minerais pode provocar graves problemas ambientais, além de desequilíbrios nutricionais difíceis de serem corrigidos. Dependendo das características edafoclimáticas e das práticas de manejo do solo e da adubação, pode ocorrer a contaminação de rios, nascentes e do lençol freático. Para que o manejo da fertilidade do solo e do desenvolvimento das plantas seja eficiente, é necessário conhecer as características químicas e físicas dos solos e químicas das folhas dos citros para racionalizar o uso de corretivos e fertilizantes, assegurando maior retorno econômico e redução dos impactos ambientais. Para o conhecimento dessas características devem ser utilizadas ferramentas de diagnóstico capazes de avaliar a disponibilidade de nutrientes no solo e as concentrações na planta, com o objetivo de caracterizar deficiências ou excessos que prejudicam o desenvolvimento do pomar, a produtividade e a qualidade dos frutos. As ferramentas de diagnóstico mais usadas são as análises de solo, de folhas e diagnose visual.

25 Citros: do plantio à colheita 153 Análise de solo A análise de solo, além de avaliar os teores nutrientes, com exceção do nitrogênio, permite avaliar a reação do solo e os problemas a ela relacionados, como acidez, alcalinidade e salinidade, permitindo a adoção de medidas corretivas. A primeira etapa do processo de avaliação da fertilidade do solo é realizar uma amostragem adequada, pois, com base na análise química dessa amostra, será avaliada a reserva de nutrientes disponíveis. Por isso, as amostras devem ser representativas dos talhões de onde foram retiradas. Uma amostragem incorreta do solo pode resultar em avaliação equivocada da fertilidade e, consequentemente, gerar recomendações de adubação também equivocadas. Em locais onde serão implantados novos pomares, a área deve ser dividida em talhões homogêneos, considerando a vegetação natural, o relevo, o uso passado e atual, e características do solo, como textura e cor. Quanto ao tamanho das unidades amostrais, não há um tamanho definido para todas as situações, entretanto é importante que unidades muito grandes sejam subdivididas para facilitar a amostragem. Em grandes propriedades, unidades amostrais com áreas entre 10 e 20 hectares são consideradas adequadas, desde que sejam homogêneas. Recomenda-se a coleta de 20 a 40 amostras simples por unidade amostral, com os pontos de coleta distribuídos ao acaso por toda a área. A profundidade de amostragem depende da camada do terreno que será preparada para o plantio. Para culturas perenes, como os citros, a profundidade poderá ir até 40 ou 60 cm, com a amostragem feita por camadas de 0 a 20 cm; 20 a 40 cm; e 40 a 60 cm. A mistura das amostras simples de cada profundidade constituirá as amostras compostas, que serão enviadas ao laboratório para análise. As amostragens devem ser realizadas alguns meses antes do plantio das mudas, visando possibilitar que ocorra a reação do calcário aplicado no solo e, se necessário, o cultivo de adubos verdes para a melhoria das propriedades físicas do solo. Em pomares já implantados, a divisão dos talhões, com o objetivo de coletar amostras do solo para análises químicas e físicas, devem-se considerar, além das características mencionadas anteriormente, a idade das plantas, variedades copa, porta-enxertos e

26 154 Siqueira e Salomão manejo do pomar. Alterações em qualquer um desses fatores indicam a necessidade de coleta separada de amostras. A amostragem deve ser feita, pelo menos, 60 dias após a data em que foi realizada a última adubação, para evitar resultados superestimados da análise de solo, devido a possíveis resíduos de adubos na amostra. Quanto ao local de amostragem, as amostras devem ser retiradas onde existe maior concentração de raízes absorventes, que é também onde os adubos são aplicados, geralmente em faixas, nos dois lados das plantas, voltados para as entrelinhas. Dessa forma, recomenda-se que as amostras sejam retiradas a 0,50 m para dentro e outra a 0,50 m para fora da linha de projeção da copa no solo. As amostras devem ser secadas, destorroadas e peneiradas, embaladas em sacos plásticos limpos e identificadas, antes do envio ao laboratório. Bastam 300 g de amostra. Análise foliar As folhas são os órgãos que melhor expressam o estado nutricional das plantas, considerando que existe correlação entre o desenvolvimento e a produção dos citros com os teores foliares de nutrientes. A análise foliar é uma técnica complementar à análise de solo e tem como principais objetivos confirmar sintomas visuais de deficiência nutricional, diagnóstico de deficiências incipientes, ou seja, ainda sem sintomas visíveis nas folhas; identificar interações ou antagonismos; verificar a absorção de nutrientes aplicados no solo; e avaliar o estado nutricional das plantas. A primeira iniciativa na obtenção dos teores de nutrientes minerais nas folhas de citros é colher amostras de folhas do pomar para enviar ao laboratório. A fim de garantir que a amostragem seja representativa, devem ser coletadas folhas com a mesma idade, nos quatro quadrantes de plantas cultivadas, em talhões homogêneos, considerando cultivar copa e porta-enxerto, idade das plantas, tratos culturais e características do solo. As folhas devem estar com aproximadamente seis meses de idade, cuja contagem deve ser iniciada a partir da brotação da primavera. Recomenda-se amostrar no mínimo 25 plantas por unidade amostral, nas quais devem ser coletadas quatro folhas por planta a 1,5 m

27 Citros: do plantio à colheita 155 de altura do solo, ou em altura mediana da copa. Após pulverização, respeitar o mínimo de 30 dias antes de coletar folhas para análise. A amostragem é feita em ramos com frutos situados na posição terminal, coletando-se a terceira ou quarta folha com seis meses de idade, conforme mencionado anteriormente. A contagem das folhas é feita a partir do fruto em direção à base aos ramos (Figura 46). É importante lembrar que o indicativo para a coleta das amostras de folhas é a idade e não o tamanho dos frutos, que varia muito de acordo com o cultivar e o manejo. As amostras devem ser acondicionadas em sacos de papel e conservadas à temperatura aproximada de 5 C, até o envio para o laboratório. Figura 46 - Setas indicam folhas que devem ser coletadas na amostragem destinada à análise foliar de citros (terceira ou quarta folha madura após o fruto terminal). Para a interpretação dos resultados da análise foliar, os teores de macro e micronutrientes nas folhas, analisados pelo laboratório, devem ser comparados com os teores apresentados na Tabela 15.

28 Citros: do plantio à colheita 167 Doenças causadas por fungos Gomose (Phythophthora nicotiane, P. citrophthora) Embora as células dos fungos do gênero Phythophthora se assemelhem ao micélio dos fungos, eles não são considerados fungos verdadeiros, pelo fato de apresentarem diferenças na composição química da parede celular e no sistema reprodutivo, quando comparados aos fungos. Pertencem ao reino Straminipila, filo Oomycota, no qual são classificados oomicetos, que possuem flagelos em seus esporos assexuados. Phytophthora nicotianae predomina nas regiões tropicais e subtropicais, como no Brasil, enquanto Phytophthora citrophthora é predominante nas regiões temperadas, embora também possa ocorrer no Brasil com menor frequência. O nome gomose deve-se à frequente exsudação de goma de cor amarelo-dourada, semelhante ao mel, nas lesões situadas no tronco das plantas doentes (Figura 48 a). É uma doença disseminada em todos os países citrícolas do mundo e ataca plantas de qualquer idade, desde mudas no viveiro até plantas adultas. Espécies do gênero Phytophthora estão presentes na maioria dos pomares de citros e podem sobreviver a condições adversas, na forma de oósporos, que são esporos sexuais, ou como clamidósporos, que são estruturas vegetativas de resistência, capazes de sobreviver no solo por anos. Em condições ambientais favoráveis, como alta umidade e temperaturas na faixa de 24 a 32 ºC, os clamidósporos germinam rapidamente formando esporângios. A infecção das plantas ocorre devido aos zoósporos liberados pelos esporângios em condições de alta umidade. Zoósporos são esporos de grande mobilidade, que podem nadar na solução do solo, atraídos por exsudados liberados pelas raízes, e serem disseminados pela água da chuva ou de irrigação. Os sintomas da gomose podem surgir na base do tronco, abaixo da região da enxertia e também acima, dependendo da altura da enxertia e do cultivar copa utilizado. Em limoeiros verdadeiros, é frequente a ocorrência de gomose acima do ponto de enxertia (Figura 48b), devido à alta suscetibilidade desse cultivar à doença. A casca da região atacada morre e se rompe em vários pontos, podendo haver desprendimento do lenho, originando uma descamação.

29 168 Siqueira e Salomão Devido à morte da casca, a seiva do floema não chega até o sistema radicular, provocando morte de raízes e, consequentemente, com o passar do tempo, da parte aérea (Figura 48c). O tamanho das lesões depende do cultivar, do tempo em que o patógeno está presente na planta e também do clima. Os sintomas observados na copa da planta são a presença de frutos de tamanho pequeno e folhas cloróticas, semelhantes àquelas com sintomas de deficiência de nitrogênio, e com tamanho menor que as folhas normais. Dependendo do tamanho e do local das lesões nas raízes e tronco das plantas, os sintomas da gomose podem surgir em apenas um ramo ou lado da copa das plantas (Figura 48d). Esses sintomas não devem ser confundidos com os do greening ou de deficiência de nitrogênio. A gomose pode ocorrer apenas no sistema radicular, portanto os sintomas característicos observados no tronco não podem ser vistos. A morte da radicelas implica redução na absorção de água e nutrientes, levando a planta à morte. Nesse caso, o diagnóstico do problema é mais difícil, havendo necessidade de coletar amostras do solo e de raízes para avaliação da presença do patógeno em laboratório ou a remoção do solo que cobre as raízes, para examiná-las. Há diferenças entre os cultivares-copa quanto à tolerância à gomose, sendo os limoeiros, limeiras ácidas e doces mais suscetíveis que as laranjeiras, que, por sua vez, são mais suscetíveis que tangerineiras e híbridos. Quanto aos porta-enxertos, o Poncirus trifoliata e citrumeleiro Swingle são resistentes, os citrangeiros, Troyer e Carrizo apresentam tolerância e o limoeiro Cravo é suscetível, principalmente em solos argilosos que tendem a reter mais umidade e apresentar menor capacidade de drenar a água das chuvas e da irrigação. Portanto, o uso de porta-enxertos resistentes e tolerantes à gomose é uma importante estratégia para o controle da doença. Outras importantes medidas de controle da gomose são: evitar plantio em solos úmidos, pincelar o tronco das plantas uma vez por ano com pasta bordalesa, evitar o plantio profundo de mudas; os ferimentos no tronco e nas raízes; não molhar o tronco das plantas com a água de irrigação; e nunca deixar acúmulo de terra, matéria orgânica e outros junto ao tronco das plantas. Como medida curativa, recomenda-se retirar a parte danificada com faca e pincelar o local do ferimento com pasta cúprica ou com fungicida sistêmico registrado para essa finalidade (Tabela 17).

30 Citros: do plantio à colheita 169 a b c d Figura 48 - Tronco de planta de citros com sintomas de gomose (exsudação de goma) apenas no porta-enxerto (a); tronco de limoeiro (Citrus limon), altamente suscetível à gomose, com sintomas no portaenxerto e na copa (b); laranjeira com as folhas da copa totalmente amarelas, morrendo, devido ao ataque de gomose (c); e sintomas de gomose em apenas um ramo da planta, resultante da morte dos tecidos da casca do tronco da planta apenas no lado em que o sintoma está presente (d). Verrugose (Elsinoe fawcettii e Elsione australis) A verrugose dos citros é uma doença fúngica comum nas regiões úmidas, por isso em locais com clima semiárido, como o Nordeste do Brasil e Norte de Minas, raramente ocorre, devido às condições climáticas desfavoráveis.

31 170 Siqueira e Salomão Duas espécies do fungo causam problemas nos pomares: verrugose dos citros, também conhecida por verrugose da laranja-azeda, ocasionada por Elsinoe fawcettii, e verrugose da laranja doce, causada por Elsinoe australis. Elsinoe fawcettii tem muitos patótipos, que são patógenos da mesma espécie, com morfologia similar ou idêntica, mas com diferentes níveis de virulência. Os hospedeiros são vários na citricultura, podendo atacar frutos e folhas de tangerineiras e seus híbridos, pomeleiros e limoeiros, mas não atacam laranjeiras. O fungo Elsinoe fawcettii encontra-se disseminado em todos os países produtores de citros do mundo, enquanto Elsinoe australis está restrito à América do Sul. O fungo causador da verrugose da laranja-doce não ataca as folhas das plantas, estando presentes os sintomas apenas nos frutos de laranjeiras-doces e de algumas tangerineiras e híbridos. Os esporos do fungo Elsinoe são disseminados na primavera, pela chuva, orvalho, vento ou insetos e colonizam somente tecidos imaturos. Os frutos permanecem suscetíveis ao fungo por aproximadamente três meses após a queda das pétalas das flores. A importância da doença varia de ano para ano, de acordo com o clima, pois a presença de umidade nas plantas, ocasionada por chuvas, neblinas, orvalho, durante os períodos de brotação e frutificação, favorece o surgimento da doença. Os esporos necessitam no mínimo de 2,5 horas de umidade para germinar e causar infecção. É uma doença importante, tanto em viveiros quanto em pomares. Em viveiros, o limoeiro Cravo, que é principal porta-enxerto utilizado no Brasil, pode ser severamente atacado pela verrugose, prejudicando o crescimento das plantas. O fungo ataca os tecidos jovens, sendo as lesões salientes e ásperas. As folhas e ramos novos ficam retorcidos (Figura 49). Devido aos danos no meristema apical e nas folhas, o crescimento dos porta-enxertos é prejudicado, havendo excessiva brotação lateral das plantas, quando o controle do fungo não é feito. Nas folhas, as lesões podem estar isoladas ou agrupadas e, normalmente, são vistas na epiderme inferior. Na maioria das variedades, as lesões surgem na forma de verrugas salientes, sendo que no limoiero Cravo, as verrugas são mais salientes que nas laranjas. Somente tecidos jovens são sensíveis ao ataque da verrugose, porém quando estes estão infectados pelo fungo, as verrugas crescem à medida que os tecidos vão amadurecendo. Nos frutos, os sintomas são semelhantes aos das folhas. As verrugas são superficiais, não afetam a qualidade do suco dos frutos e

32 Citros: do plantio à colheita 171 nem favorecem a penetração de outros patógenos, embora haja vários relatos de que as lesões são importantes para o abrigo do ácaro-daleprose (Brevipalpus phoenicis). A verrugose não deve ser confundida com a melanose, pois as lesões causadas por ambas são salientes. Entretanto, no caso da verrugose, as lesões são maiores e de coloração menos intensa. Nas regiões onde ocorre a doença fúngica conhecida como pinta-preta, causada por Guignardia citricarpa, o controle da verrugose e da melanose é feito simultaneamente ao dessa doença, porque há coincidência na época em que os frutos estão suscetíveis aos fungos e, assim, os produtos usados podem ser os mesmos para as três doenças. Esse período se estende desde a queda das pétalas das flores, geralmente em setembro ou outubro, até a 17ª semana após a queda das pétalas. São usados fungicidas protetores (cúpricos) e sistêmicos (Tabela 17) em quatro a cinco pulverizações, dependendo do histórico da doença na área. O controle da verrugose é essencial em viveiros, quando o limoeiro Cravo é usado como porta-enxerto. a b c Figura 49 - Sintomas da verrugose (Sphaceloma fawcetii) em frutinhos (a) e folhas de limoeiro Cravo (b) e da verrugose (Sphaceloma australis) em laranja-doce (c).

33 172 Siqueira e Salomão Melanose (Diaporthe citri) Embora não afete as características do suco e nem cause a queda dos frutos, a melanose é uma das principais doenças da citricultura de mesa, devido às manchas que surgem na casca dos frutos, desvalorizando-os para o mercado. É uma doença que ataca quase todos os cultivares de citros de interesse comercial, ocorrendo em laranjas, tangerinas e limões. A melanose é mais importante nas plantas onde existe abundância de inóculo, como ramos secos e em regiões onde é comum a umidade durante o período de desenvolvimento dos ramos e dos frutos. Esse ambiente úmido ocorre nas principais regiões produtoras de citros do sudeste brasileiro, com exceção das regiões semiáridas do norte de Minas, onde o clima seco não favorece o desenvolvimento da doença. O fungo coloniza os tecidos jovens das plantas, incluindo folhas, ramos e frutos jovens de citros. Após a deposição dos esporos sobre o órgão, é necessário um período de molhamento de horas, para que ocorra a infecção, a 25 C, enquanto a 15 C esse período é de 18 a 24 horas. Nos locais atacados pela melanose, são formadas pequenas manchas escuras, deprimidas e com halos cloróticos. Os sintomas evoluem rapidamente, e, assim, as manchas vão ficando necróticas, salientes e de cor marrom-escura, e bem pequenas, medindo até 1 mm de diâmetro (Figura 50a). Nas folhas, os sintomas ocorrem em ambas as superfícies, que perdem a cor verde, podendo ficar retorcidas e cair prematuramente. Nos frutos, as manchas geralmente se agregam, formando grandes áreas, de cor marrom-escura, que podem ser distinguidas dos danos causados pelo ácaro da ferrugem, por serem ásperas ao tato. As manchas nos frutos surgem em diversas formas, podendo estar dispersas na casca ou ter formato alongado, no sentido longitudinal, devido ao transporte dos propágulos do fungo por gotas de água. Essas manchas são conhecidas como manchas de lágrima (Figura 50b). Podem ser vistas agrupadas em determinada parte dos frutos, com pequenas fissuras na casca. Nesse caso, são conhecidas como bolo de lama. Em frutos maduros, o fungo pode causar a podridão peduncular, que normalmente se origina a partir do ponto de inserção do pedúnculo no fruto (Figura 50c). A partir do ponto de inserção do pedúnculo, a casca dos frutos vai lentamente ficando com coloração marrom-escura. A podridão peduncular geralmente surge durante o

34 Citros: do plantio à colheita 173 período de armazenamento dos frutos, entretanto, ocasionalmente é observada no campo, podendo causar queda dos frutos. Uma vez que o fungo Diaporthe sobrevive nos pomares em galhos secos, mortos por diversas causas, a doença é mais séria em pomares abandonados, portanto uma medida importante de controle da melanose é a poda de todos os ramos secos na planta. Conforme mencionado, o controle químico da melanose é o mesmo feito para a verrugose, que deve ser iniciado ao final da queda das pétalas. a b c Figura 50 - Sintomas da melanose em laranja (a), lesões com formato escorrido, denominado mancha de lágrima (b); e sintoma da podridão peduncular, causada por Diaporthe citri em tangerina Poncã (c).

35 196 Siqueira e Salomão Tabela 17 - Fungicidas indicados para a produção integrada de citros Ingrediente ativo Azoxistrobina Azoxistrobina + Difenoconazol Produto registrado Classe Dose registro (ml ou g/ 100L) Grupo químico Amistar WG Fungicida 8,0-16,0 Estrobilurina Vantigo Fungicida 8,0-16,0 Estrobilurina Amistar Top Fungicida 20,0 Estrobilurina + Triazol Priori Top Fungicida 20,0 Estrobilurina + Triazol Difenoconazol Score Fungicida 20,0 Triazol Fosetil Aliette Fungicida 250,0 Fosfonato Hidróxido de cobre Auge Fungicida 2,0-3,0 L/ha Inorgânico Contact Fungicida 0,85-1,7 Kg / ha ou 200,0 Inorgânico Ellect Fungicida 2,0-3,0 Kg/ha Inorgânico Garant Bactericida/ 0,85-1,7 Kg / ha Fungicida ou 200,0 Inorgânico Garant BR Bactericida/ 0,85-1,7 Kg / ha Fungicida ou 200,0 Inorgânico Garra 450 WP Fungicida 100,0-150,0 Inorgânico Kentan 40 WG Fungicida 75,0-100,0 Inorgânico Kocide WDG Bioactive Bactericida/ Fungicida 75,0-125,0 Inorgânico Supera Fungicida 2,0-3,0 L/ha Inorgânico Tutor Fungicida 175,0-225,0 Inorgânico Imazalil* Magnate 500 EC Fungicida 200,0 Imidazol Agrinose Fungicida/B actericida 400,0 Inorgânico Cobox Fungicida 250,0 Inorgânico Cobox DF Fungicida 250,0 Inorgânico Cobre Fersol Fungicida 300,0 Inorgânico ,0 ou 2- Copsuper Fungicida Inorgânico Oxicloreto de 2,5 L/ha cobre Cup001 Fungicida 250,0 Inorgânico Cupravit Azul BR Fungicida 300,0 Inorgânico Cupravit Verde Fungicida 180,0 Inorgânico Cuprogarb 350 Fungicida 200,0-300,0 Inorgânico Cuprogarb 500 Fungicida 150,0-200,0 Inorgânico Cupuran 500 PM Fungicida/B actericida 3 kg/ha Inorgânico Continua...

36 Citros: do plantio à colheita 197 Tabela 17 Cont. Ingrediente ativo Oxicloreto de cobre Produto registrado Classe Dose registro (ml ou g/ 100L) Grupo químico Difere Fungicida 3,0-4,0 L/ha Inorgânico Fanavid 85 Fungicida 300,0-450,0 Inorgânico Fanavid Flowable Fungicida 300,0-450,0 Inorgânico Funguran Verde Fungicida 100,0 Inorgânico Fungitol Azul Fungicida 275,0 Inorgânico Fungitol Verde Fungicida/B actericida 150,0 Inorgânico Neoram 37.5 WG Fungicida 300,0 Inorgânico Ramexane 850 PM Fungicida 250,0 Inorgânico Reconil Fungicida/B actericida 200,0 Inorgânico Recop Fungicida 250,0 Inorgânico Status Fungicida 150,0-200,0 ou 2-2,5 L/ha Inorgânico Cobre Atar BR Fungicida/B actericida 150,0 Inorgânico Óxido Cuproso Fungicida/B Cobre Atar MZ actericida 150,0 Inorgânico Redshield 750 Fungicida 100,0 Inorgânico Pirimetanil Mythos Fungicida 1,0-1,5 L/ha Anilinopirimi dina Piraclostrobina Comet Fungicida 10,0-15,0 Estrobilurina Tebuconazol Egan Fungicida 75,0 Triazol Produtorbr Fungicida 75,0 Triazol Tiabendazol* Tecto SC Fungicida 103,0-1030,0 Benzimidazol Trifloxistrobina Flint 500 WG Fungicida 10,0 Estrobilurina Trifloxistrobina Nativo Fungicida 0,6-0,8 L/ha + Tebuconazol *Uso em tratamento pós-colheita. Fonte: PIC Brasil, atualizada em 01/05/2015. Doenças causadas por vírus Estrobilurina + Triazol Os citros são acometidos por várias doenças causadas por vírus e viroides, entre elas a tristeza-dos-citros, sorose, exocorte e xiloporose, entretanto a premunização e a adoção de programas de produção certificada de mudas têm evitado que essas doenças causem maiores problemas aos pomares.

37 236 Siqueira e Salomão se tornam imóveis. Os ovos de Tylenchulus semipenetrans podem ficar quiescentes por até 10 anos no solo e são transportados por enxurradas e água de irrigação. O plantio de mudas infectadas também é uma importante forma de disseminação do nematoide. O declínio lento pode estar associado à presença de patógenos de solo como Phythopthora spp, causador da gomose-dos-citros, por favorecer a infecção das raízes pelo patógeno. O manejo do nematoide deve ser feito selecionando áreas livres, usando porta-enxertos resistentes (Poncirus trifoliata), tolerantes (citrumeleiro Swingle ) ou nematicidas, embora no sítio do Ministério da Agricultura (Agrofit) não conste nematicidas registrados para o controle desse nematoide em citros. DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS DOS FRUTOS Os distúrbios fisiológicos abióticos são disfunções resultantes do mau funcionamento dos processos fisiológicos que ocorrem nos tecidos dos frutos, devido a estresses causados por diversos fatores, como temperaturas e umidade relativas muito altas ou muito baixas; intoxicação por agrotóxicos; falta ou excesso de nutrientes, luz ou umidade do solo; poluição atmosférica; acidez ou alcalinidade do solo, entre outros. Nos frutos dos citros, os distúrbios fisiológicos podem ocorrer na casca, na polpa ou em ambos. Os principais distúrbios na casca dos frutos são queimadura de sol (sunburn), rachadura dos frutos (splitting), encrespamento (creasing ou albedo breakdown), estufamento da casca (bufado, peel puffing), e oleocelose (Oleocelosis). Na polpa, os distúrbios mais comuns são a granulação e a podridão-estilar-da-lima Tahiti, que ocorrem tanto na casca quanto na polpa. Queimadura de sol (sunburn) Este distúrbio é frequente em regiões áridas e semiáridas (tropicais), como o Norte de Minas Gerais, onde são comuns frutos

38 Citros: do plantio à colheita 237 queimados pelo sol nos pomares. As condições de intensidade luminosa muito alta, associada aos ventos quentes e secos, favorecem essa ocorrência. A queimadura pode ocorrer nos frutos e também na casca dos ramos. Os danos nos frutos são comuns quando estes permanecem por longos períodos expostos à incidência de radiação solar direta, portanto a queimadura é pior nos cultivares que produzem frutos na parte externa da copa e pouco protegidos por folhas. O tangor Murcote é um dos frutos cítricos mais suscetíveis à queimadura, além da tangerina Poncã. A queimadura acontece com maior frequência em cultivares cujos frutos possuem casca fina, como também é o caso do tangor Murcote. Na face do fruto voltada para o sol há desidratação e necrose dos tecidos, que adquirem coloração escura (marrom ou preto) e são circundados por um halo amarelado (Figura 74a). Além da casca, ocorre também o secamento da polpa, no local onde houve a queimadura. Para minimizar os efeitos ou reduzir incidência da queimadura, recomenda-se pintar frutos e caules das plantas jovens e recém-podadas com tinta branca à base de água (Figura 74b). O caulim misturado com água é muito usado para essa finalidade. a b Figura 74 - Tangerina- Poncã com queimadura de sol na casca (a), tangerinas- Poncã, pulverizadas com produto à base de cal, para reflexão da luz solar, visando minimizar queimaduras de sol nos frutos (b).

39 238 Siqueira e Salomão Rachadura dos frutos (splitting) O sintoma inicial desse distúrbio é uma pequena fissura na zona estilar do fruto, que progride em sentido longitudinal, podendo alcançar todo ele. Está relacionada à incapacidade de a casca dos frutos de algumas variedades acompanhar o desenvolvimento da polpa. O fluxo de seiva para o interior do fruto provoca sua expansão, pressionando a casca, que rompe nos pontos menos resistentes, como a região estilar, onde a casca dos frutos é mais fina. Normalmente, a rachadura ocorre antes do amadurecimento dos frutos, com a exposição dos gomos e das vesículas de suco (Figura 75). Os frutos ficam impróprios para o consumo, devido ao aspecto e apodrecimento causado por fungos, como os mofos verde e azul, provocados por Penicillium. Embora a causa exata seja desconhecida, a rachadura dos frutos provavelmente é resultado de estresse hídrico. Temperatura do ar elevada, associada a ventos e baixa umidade relativa do ar desidratam a planta e os frutos, que chegam a ficar murchos ou mesmo cair.nessa condição, se houver fornecimento repentino de água no solo, causado por chuvas ou mesmo pela irrigação, a rápida absorção de água pela planta e o movimento para os frutos, seguindo o fluxo transpiratório, aumenta a incidência de frutos rachados. Essa situação foi observada em diversos pomares de citros não irrigados em 2014 e 2015, devido ao período prolongado de seca, com ocorrência esporádica de chuvas. Figura 75 - Laranja com a casca rompida, expondo os gomos (rachadura da casca).

40 256 Siqueira e Salomão Figura 86 Sobre-enxertia de tangerineira Poncã sobre limeira Tahiti, cujo tronco foi podado a aproximadamente 30 cm do solo. COLHEITA E PÓS-COLHEITA DOS CITROS Critérios para definição do ponto de colheita O período compreendido entre a floração e a colheita dos frutos dos citros é mais longo do que o da maioria das plantas frutíferas, como a mangueira, pessegueiro, macieira, pereira, entre outros. Pode variar de 4 a 14 meses, dependendo do cultivar e do clima. Geralmente, as tangerineiras e limeiras apresentam período de safra mais curto, além de serem mais precoces, enquanto a safra das laranjeiras é mais longa, em razão da existência de cultivares com períodos entre florescimentocolheita muito diferentes, sendo por isso classificadas como precoces, da estação e tardias. Os frutos dos citros são pobres em reservas de amido e apresentam poucas alterações na qualidade interna após a colheita e durante o armazenamento, portanto a evolução nos teores de açúcares e ácidos, que são os principais componentes que determinam o sabor dos frutos, é praticamente interrompida após a colheita. Por isso, é importante que a colheita seja realizada quando os frutos já estiverem em condições de consumo (maduros). Geralmente, os frutos dos citros não entram em processo de abscisão quando alcançam o ponto de consumo. Essa característica é

PORTA-ENXERTOS E MUDAS PARA POMARES DE CITROS

PORTA-ENXERTOS E MUDAS PARA POMARES DE CITROS PORTA-ENXERTOS E MUDAS PARA POMARES DE CITROS IMPLANTAÇÃO DO POMAR Seleção e Cuidados com mudas MUDAS DE BOA PROCEDÊNCIA VIVEIROS CREDENCIADOS MUDAS COM QUALIDADE FITOSSANITÁRIA PREFERIR MUDAS ENVASADAS

Leia mais

FRUTICULTURA TROPICAL

FRUTICULTURA TROPICAL FRUTICULTURA TROPICAL Prof. Harumi Hamamura Fonte: Prof. José Eduardo Soria CITROS FRUTICULTURA TROPICAL 1 O QUE SÃO FRUTAS CÍTRICAS? FRUTAS QUE POSSUEM ÁCIDO CÍTRICO O QUE É O ÁCIDO CÍTRICO? É UM ÁCIDO

Leia mais

secundários e as raízes e radicelas definham e apodrecem. Com o sistema radicular menor, não há absorção de nutrientes e água na copa da planta.

secundários e as raízes e radicelas definham e apodrecem. Com o sistema radicular menor, não há absorção de nutrientes e água na copa da planta. MSC A Morte Súbita dos Citros (MSC) é uma doença destrutiva e representa uma ameaça potencial para a citricultura paulista e nacional porque afeta laranjeiras doces e tangerinas Cravo e Ponkan enxertadas

Leia mais

Adensamento de plantio na citricultura

Adensamento de plantio na citricultura Adensamento de plantio na citricultura Prof. Dr. Evandro Henrique Schinor DBPVA/CCA/UFSCar 12º Dia do porta-enxerto Vantagens do adensamento de plantio em citros - Promove maior cobertura do solo e diminui

Leia mais

DIAGNOSE FOLIAR NA CULTURA DO ABACATEIRO

DIAGNOSE FOLIAR NA CULTURA DO ABACATEIRO DIAGNOSE FOLIAR NA CULTURA DO ABACATEIRO Simone Rodrigues da Silva, Tatiana Cantuarias-Avilés Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), Piracicaba, Brazil PRODUTORES

Leia mais

PORTA-ENXERTOS PARA CITRICULTURA IRRIGADA

PORTA-ENXERTOS PARA CITRICULTURA IRRIGADA PORTA-ENXERTOS PARA CITRICULTURA IRRIGADA EDUARDO STUCHI EDUARDO STUCHI EMBRAPA - EECB RAZÕES PARA O USO DE PLANTAS ENXERTADAS POLIEMBRIONIA NUCELAR - MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PORTA-ENXERTOS

Leia mais

A CITRICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO: SITUAÇÃO ATUAL E POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO. Orlando Sampaio Passos. Salvador (BA), 27 de setembro de 2011

A CITRICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO: SITUAÇÃO ATUAL E POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO. Orlando Sampaio Passos. Salvador (BA), 27 de setembro de 2011 A CITRICULTURA NO NORDESTE BRASILEIRO: SITUAÇÃO ATUAL E POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO Orlando Sampaio Passos Salvador (BA), 27 de setembro de 2011 INTRODUÇÃO Região Nordeste área cultivada, produção e rendimento

Leia mais

O SOLO COMO F0RNECEDOR DE NUTRIENTES

O SOLO COMO F0RNECEDOR DE NUTRIENTES O SOLO COMO F0RNECEDOR DE NUTRIENTES LIQUIDA (SOLUÇÃO DO SOLO) ÍONS INORGÂNICOS E ORGÂNICOS/MICROPOROS SÓLIDA - RESERVATORIO DE NUTRIENTES - SUPERFÍCIE QUE REGULA A CONCENTRAÇÃO DOS ELEMENTOS NA SOLUÇÃO

Leia mais

O Clima e o desenvolvimento dos citros

O Clima e o desenvolvimento dos citros O Clima e o desenvolvimento dos citros Flórida 2010 Glauco de Souza Rolim Centro de Ecofisiologia e Biofísica IAC rolim@iac.sp.gov.br glaucorolim@gmail.com VII Simpósio de Citricultura Irrigada,16 de setembro

Leia mais

Cultura dos citros. Utilização das frutas cítricas. Valor nutricional das frutas cítricas. Dispersão das plantas cítricas

Cultura dos citros. Utilização das frutas cítricas. Valor nutricional das frutas cítricas. Dispersão das plantas cítricas O que são frutas cítricas? Cultura dos citros Maio 2017 laranjas doces pomelos laranjas azedas tangerinas toranjas híbridos limões e limas cidras gêneros afins Utilização das frutas cítricas Fruta de mesa

Leia mais

Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane

Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane DIAGNOSE FOLIAR DAS CULTURAS Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane Região de origem Do México ao Brasil Continente asiático Goiaba Carambola Gonzaga Neto; Soares, 1994 Nakasone; Paull, 1998 CONSUMO DE FERTILIZANTES

Leia mais

NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH-1085

NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH-1085 NATUREZA E TIPOS DE SOLOS ACH-1085 SUPRIMENTO E ASSIMILABILIDADE DE NUTRIENTES VEGETAIS EM SOLOS MINERAIS 1 Constituição dos tecidos vegetais 94 a 99,5 % do tecido verde dos vegetais é constituído de carbono,

Leia mais

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia Coorientador: Flávio Ferlini Salles RELEVÂNCIA O solo é importante

Leia mais

O primeiro passo para realizar a amostragem consiste em dividir a área em talhões homogêneos, considerando os seguintes fatores:

O primeiro passo para realizar a amostragem consiste em dividir a área em talhões homogêneos, considerando os seguintes fatores: Ao se obter a amostra composta, esta deve ser embalada e cuidadosamente identificada de acordo com o mapa elaborado antes de ser enviada ao laboratório. O laboratório PLANTE CERTO fornece os sacos plásticos

Leia mais

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho Atualmente, pode-se dizer que um dos aspectos mais importantes no manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho refere-se à época de aplicação e

Leia mais

002

002 001 DIAGNOSE FOLIAR NAS CULTURAS DA MACIEIRA E VIDEIRA GILMAR R. NACHTIGALL Embrapa Uva e Vinho 002 003 004 005 Análise Visual: Identificação de desequilíbrios nutricionais através da observação de sintomas

Leia mais

MANEJO DA ADUBAÇÃO. Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane.

MANEJO DA ADUBAÇÃO. Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane. CURSO DE FORMAÇÃO DE RESPONSÁVEIS TÉCNICOS E AUDITORES EM PI MÓDULO GOIABA CATI - CAMPINAS 07 a 11 de novembro de 2011 MANEJO DA ADUBAÇÃO Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane danilorozane@registro.unesp.br

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO 1. INTRODUÇÃO M = nutriente transportado NUTRIENTE FORMAS NUTRIENTE FORMAS Nitrogênio NO - + 3 e NH 4 Boro H 3 BO 3 Fósforo - H 2 PO 4 Cloro Cl - Potássio K + Cobre Cu

Leia mais

AO PROFESSOR RENATO E TODA EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO DESSE SIMPÓSIO.

AO PROFESSOR RENATO E TODA EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO DESSE SIMPÓSIO. MEUS AGRADECIMENTOS AO PROFESSOR RENATO E TODA EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO DESSE SIMPÓSIO. UMA OPORTUNIDADE RARA DE TRATAR DESSE TEMA AINDA DESCONHECIDO PELA MAIORIA DOS VIVERISTAS PRODUTORES DE

Leia mais

Sintomas de deficiência de alguns nutrientes na cultura do milho

Sintomas de deficiência de alguns nutrientes na cultura do milho Sintomas de deficiência de alguns nutrientes na cultura do milho Prof. Luiz Duarte Silva Júnior Os nutrientes são elementos importantes no desenvolvimento das plantas para que elas possam completar o ciclo

Leia mais

MANEJO DE IRRIGAÇÃO REGINA CÉLIA DE MATOS PIRES FLÁVIO B. ARRUDA. Instituto Agronômico (IAC) Bebedouro 2003

MANEJO DE IRRIGAÇÃO REGINA CÉLIA DE MATOS PIRES FLÁVIO B. ARRUDA. Instituto Agronômico (IAC) Bebedouro 2003 I SIMPÓSIO SIO DE CITRICULTURA IRRIGADA MANEJO DE IRRIGAÇÃO REGINA CÉLIA DE MATOS PIRES FLÁVIO B. ARRUDA Instituto Agronômico (IAC) Bebedouro 2003 MANEJO DAS IRRIGAÇÕES - Maximizar a produção e a qualidade,

Leia mais

DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS

DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS Principais doenças da Melancia CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXÍLIO COORDENADORIA DE ENGENHARIA AGRONÔMICA DOENÇAS FÚNGICAS QUE ATINGEM A MELANCIA INTRODUÇÃO Condições

Leia mais

Porta-enxertos Produção de mudas de citros

Porta-enxertos Produção de mudas de citros Plano de aula Produção de mudas de citros Produção de mudas de citros Agosto 2017 Sementes Estaquia/Alporquia Enxertia Roteiro da produção Muda padrão e Certificação de mudas Influências recíprocas Por

Leia mais

PROTEÇÃO DOS CITRINOS

PROTEÇÃO DOS CITRINOS PROTEÇÃO DOS CITRINOS INTRODUÇÃO Ana Aguiar (2017) Documento de apoio às aulas. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. IMPORTANCIA Produção no mundo Produção mundial: 80 milhões de toneladas 2

Leia mais

ISBN: Citricultura. do Rio Grande do Sul. Indicações técnicas. Caio F. S. Efrom Paulo V. D. de Souza Organizadores

ISBN: Citricultura. do Rio Grande do Sul. Indicações técnicas. Caio F. S. Efrom Paulo V. D. de Souza Organizadores Citricultura do Rio Grande do Sul ISBN: 978-85-54129-00-2 Indicações técnicas Caio F. S. Efrom Paulo V. D. de Souza Organizadores 4. Características das variedades copa Sergio Francisco Schwarz Elisabeth

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 ESCOPO DA FERTILIDADE DO SOLO... 1

SUMÁRIO. Capítulo 1 ESCOPO DA FERTILIDADE DO SOLO... 1 SUMÁRIO Capítulo 1 ESCOPO DA FERTILIDADE DO SOLO... 1 1.1 Considerações gerais... 1 1.1.1 Importância da fertilidade do solo... 2 1.1.2 Relação com outras disciplinas... 3 1.1.3 Importância do método científico...

Leia mais

Diagnose Foliar na Cultura do Maracujazeiro e do Abacaxizeiro

Diagnose Foliar na Cultura do Maracujazeiro e do Abacaxizeiro Diagnose Foliar na Cultura do Maracujazeiro e do Abacaxizeiro Prof. Almy Junior Cordeiro de Carvalho Profª Marta Simone Mendonça Freitas Prof. Pedro Henrique Monnerat Abril - 2012 APRESENTAÇÃO Sociedade

Leia mais

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. OBJETIVOS: MÁXIMA EFICIÊNCIA ECONÔMICA QUALIDADE DOS PRODUTOS MENOR RISCO DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL Brasil existem poucos estudos gerando curvas de acúmulo de nutrientes

Leia mais

Série tecnológica cafeicultura. Deficiências nutricionais Micronutrientes

Série tecnológica cafeicultura. Deficiências nutricionais Micronutrientes Série tecnológica cafeicultura Deficiências nutricionais Micronutrientes SÉRIE TECNOLÓGICA CAFEICULTURA DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS MICRONUTRIENTES ZINCO O zinco é um dos micronutrientes que mais podem limitar

Leia mais

MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS Vinícius Macedo Msc. em Agroecologia SOLO Ao longo da história da humanidade, o homem sempre conviveu com o solo. No começo, ele apenas colhia os produtos da

Leia mais

e ecofisiologia Edson Eduardo Melo Passos Bruno Trindade Cardoso Fernando Luis Dultra Cintra

e ecofisiologia Edson Eduardo Melo Passos Bruno Trindade Cardoso Fernando Luis Dultra Cintra 1 Clima e ecofisiologia Edson Eduardo Melo Passos Bruno Trindade Cardoso Fernando Luis Dultra Cintra 1 As variedades de coqueiro se adaptam a todos os climas em que são cultivadas no Brasil? Há diferenças

Leia mais

Adubação de Plantas Ornamentais. Professora Juliana Ferrari

Adubação de Plantas Ornamentais. Professora Juliana Ferrari Adubação de Plantas Ornamentais Professora Juliana Ferrari Indícios que a planta pode precisar de nutrientes O crescimento se torna lento; Adubação É o método de corrigir as deficiências de nutrientes

Leia mais

Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino

Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino Simone da Costa Mello Departamento de Produção Vegetal, ESALQ/USP scmello@esalq.usp.br 19-34294190 r. 204 Diagnose foliar Interpretação: Material genético

Leia mais

Doenças dos citrinos. - Gomose parasitária - Míldio - Antracnose - Melanose - Fumagina - Vírus da tristeza

Doenças dos citrinos. - Gomose parasitária - Míldio - Antracnose - Melanose - Fumagina - Vírus da tristeza Doenças dos citrinos - Gomose parasitária - Míldio - Antracnose - Melanose - Fumagina - Vírus da tristeza Aguiar, Ana. 2013. Doenças dos citrinos. Documento de apoio às aulas de Proteção das Culturas.

Leia mais

22/08/2017. Variedades porta-enxerto Limão cravo Tangerinas. Variedade copa Laranjas (90%) Citrumelo swingle Poncirus trifoliata Limão Volkameriano

22/08/2017. Variedades porta-enxerto Limão cravo Tangerinas. Variedade copa Laranjas (90%) Citrumelo swingle Poncirus trifoliata Limão Volkameriano Novas Variedades de citros - IAC Prof. Harumi Hamamura UniSalesiano Lins Foto: CEPEA Quadro varietal atual Variedade copa Laranjas (90%) Pêra Valência Natal Hamlin Tangerinas (

Leia mais

A SAÚDE DAS PLANTAS. José Angelo Rebelo, Eng.-Agr., Dr.

A SAÚDE DAS PLANTAS. José Angelo Rebelo, Eng.-Agr., Dr. A SAÚDE DAS PLANTAS José Angelo Rebelo, Eng.-Agr., Dr. se A SAÚDE DAS PLANTAS É obrigatório... Na extensão rural: A propriedade deve ser olhada como um todo Na assistência técnica: O cultivo deve ser olhado

Leia mais

Florescimento e Frutificação

Florescimento e Frutificação Universidade Federal de Rondônia Curso de Agronomia Fruticultura I Florescimento e Frutificação Emanuel Maia emanuel@unir.br www.lahorta.acagea.net Apresentação Morfologia floral Polinização Fatores que

Leia mais

ABSORÇÃO FOLIAR. Prof. Josinaldo Lopes Araujo. Plantas cultivadas dividem-se em: Folhas Caule Raízes

ABSORÇÃO FOLIAR. Prof. Josinaldo Lopes Araujo. Plantas cultivadas dividem-se em: Folhas Caule Raízes ABSORÇÃO FOLIAR Prof. Josinaldo Lopes Araujo 1 INTRODUÇÃO Plantas cultivadas dividem-se em: Folhas Caule Raízes Cada parte tem uma função definida As folhas absorvem água e nutrientes Porque essa capacidade?

Leia mais

Híbridos de trifoliata como porta-enxertos para cultivo de laranja doce no estado de São Paulo. André Luiz Fadel. Introdução

Híbridos de trifoliata como porta-enxertos para cultivo de laranja doce no estado de São Paulo. André Luiz Fadel. Introdução Híbridos de trifoliata como porta-enxertos para cultivo de laranja doce no estado de São Paulo André Luiz Fadel Introdução Principais frutas produzidas no mundo (milhões de toneladas) Produção de citros

Leia mais

Diagnose Foliar na Cultura dos Citros

Diagnose Foliar na Cultura dos Citros Diagnose Foliar na Cultura dos Citros III Simpósio brasileiro sobre nutrição de plantas aplicada em sistemas de alta produtividade 12 de abril de 2012 Dirceu Mattos Jr. Centro de Citricultura Sylvio Moreira

Leia mais

Planejamento e implantação de pomares

Planejamento e implantação de pomares Plano de aula Planejamento e implantação de pomares Planejamento e implantação de pomares Agosto 2017 Planejamento de pomares Fatores a serem considerados no planejamento de um pomar Aspectos técnicos

Leia mais

Nitrato de potássio pode ser utilizado por um ou mais dos seguintes motivos:

Nitrato de potássio pode ser utilizado por um ou mais dos seguintes motivos: Motivos para se utilizar o nitrato de potássio em aplicações foliares Nitrato de potássio pode ser utilizado por um ou mais dos seguintes motivos: - Para evitar a ocorrência de deficiência nutricional

Leia mais

Café. Amostragem do solo. Calagem. Gessagem. Produtividade esperada. Espaçamento (m)

Café. Amostragem do solo. Calagem. Gessagem. Produtividade esperada. Espaçamento (m) Café Produtividade esperada Sistema Stand (plantas/ha) Espaçamento (m) Produtividade Média (Sc/ha) Tradicional Até 2.500 3,5 a 4,0 x 1,0 a 2,0 20 a 30 Semi-Adensado 2.500 a 5.000 2,5 a 4,0 x 0,5 a 1,0

Leia mais

Quadro 1 - Fatores para conversão de unidades antigas em unidades do Sistema Internacional de Unidades.

Quadro 1 - Fatores para conversão de unidades antigas em unidades do Sistema Internacional de Unidades. Informação sobre interpretação de Análise de Solo, segundo o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Ambientais, Instituto Agronômico de Campinas. Quadro 1 - Fatores para conversão de

Leia mais

Manejo Regenerativo de Solos para Citricultura.

Manejo Regenerativo de Solos para Citricultura. Manejo Regenerativo de Solos para Citricultura. Marco Valério Ribeiro Engº Agrônomo E-mail marcovalerio@pvai.com.br Tel. (44) 9974 1838 3423 6851 Degradação de solos sob plantio direto e sob preparo con

Leia mais

Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas

Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas Morfologia e Fisiologia das Plantas Frutíferas Sistema Radicular: Raízes Pêlos absorventes Parte Aérea: Tronco Ramos Gemas Folhas Flores Frutas Estrutura Sistema Radicular a) Fixação da planta no solo;

Leia mais

V ENCONTRO NACIONAL SOBRE SUBSTRATO PARA PLANTAS Irrigação e Fertirrigação em ambientes protegidos Ilhéus,Bahia,12 a 15 de setembro de 2006

V ENCONTRO NACIONAL SOBRE SUBSTRATO PARA PLANTAS Irrigação e Fertirrigação em ambientes protegidos Ilhéus,Bahia,12 a 15 de setembro de 2006 V ENCONTRO NACIONAL SOBRE SUBSTRATO PARA PLANTAS Irrigação e Fertirrigação em ambientes protegidos Ilhéus,Bahia,12 a 15 de setembro de 2006 PRODUÇÃO DE MUDAS CITRICAS EM SUBSTRATO NO ESTADO DE SP: Um exemplo

Leia mais

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido NUTRIÇÃO MINERAL Cultivos Protegidos Nutrição mineral e manejo de fertilizantes em cultivos protegidos Pombal PB O solo como fonte de nutrientes Nutrientes minerais encontra-se no solo de três formas:

Leia mais

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE 16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE EM RELAÇÃO AO FORMULADO PADRÃO O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho do fertilizante Farture (00-12-12) em diferentes dosagens em relação ao

Leia mais

Nutrição, Adubação e Calagem

Nutrição, Adubação e Calagem Nutrição, Adubação e Calagem Importância da nutrição mineral Embora o eucalipto tenha rápido crescimento, este é muito variável. Os principais fatores que interferem no crescimento estão relacionados com

Leia mais

Planejamento e instalação de pomares

Planejamento e instalação de pomares Universidade Federal de Rondônia Curso de Agronomia Fruticultura I Planejamento e instalação de pomares Emanuel Maia emanuel@unir.br www.lahorta.acagea.net Perguntas iniciais O que plantar? Qual o mercado?

Leia mais

40ª Semana da Citricultura, 44ª Expocitros e 49º Dia do Citricultor 4 a 7 de junho de 2018 Alteração no mapa de porta-enxertos nos anos recentes

40ª Semana da Citricultura, 44ª Expocitros e 49º Dia do Citricultor 4 a 7 de junho de 2018 Alteração no mapa de porta-enxertos nos anos recentes 40ª Semana da Citricultura, 44ª Expocitros e 49º Dia do Citricultor 4 a 7 de junho de 2018 Alteração no mapa de porta-enxertos nos anos recentes Mariângela Cristofani-Yaly Centro de Citricultura Sylvio

Leia mais

O atual sistema de manejo da fertilidade do solo propicia a adequada nutrição das plantas de citros? Ondino Cleante Bataglia

O atual sistema de manejo da fertilidade do solo propicia a adequada nutrição das plantas de citros? Ondino Cleante Bataglia O atual sistema de manejo da fertilidade do solo propicia a adequada nutrição das plantas de citros? Ondino Cleante Bataglia ondino@conplant.com.br Sistema atual de manejo? Adequada nutrição! ADEQUADA

Leia mais

Série tecnológica cafeicultura. Amostragem de folhas

Série tecnológica cafeicultura. Amostragem de folhas Série tecnológica cafeicultura Amostragem de folhas SÉRIE TECNOLÓGICA CAFEICULTURA AMOSTRAGEM DE FOLHAS A folha do cafeeiro é o órgão responsável pelo metabolismo e também o principal local para onde são

Leia mais

Programa de melhoramento de citros do CCSM/IAC Melhoramento de Porta-enxertos

Programa de melhoramento de citros do CCSM/IAC Melhoramento de Porta-enxertos Programa de melhoramento de citros do CCSM/IAC Melhoramento de Porta-enxertos Melhoramento de porta-enxertos O porta-enxerto induz à copa: alterações no crescimento, tamanho, precocidade de produção, produção,

Leia mais

A Cultura do Algodoeiro

A Cultura do Algodoeiro A Cultura do Algodoeiro Saul Carvalho 10. Calagem Aproximadamente 94% da área cultivada é cerrado É uma das práticas mais importantes na cultura do algodoeiro Altas produtividades estão relacionadas com

Leia mais

IRGA 424 OPÇÃO DE PRODUTIVIDADE

IRGA 424 OPÇÃO DE PRODUTIVIDADE IRGA 424 OPÇÃO DE PRODUTIVIDADE A IRGA 424 apresenta como diferencial o alto potencial produtivo, responde muito bem ao manejo e às altas adubações. Origem: cruzamento IRGA 370-42-1-1F-B5/BR IRGA 410//IRGA

Leia mais

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS Micronutrientes Nutrição Mineral de Plantas SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola vpauletti@ufpr.br Micronutrientes Nutrição

Leia mais

Análise do Custo de produção por hectare de Milho Safra 2016/17

Análise do Custo de produção por hectare de Milho Safra 2016/17 Análise do Custo de produção por hectare de Milho Safra 2016/17 A análise do custo de produção do milho da safra 2016/17 foi realizada a partir de dados de instituições de pesquisa de produção e mercado,

Leia mais

Feijão. 9.3 Calagem e Adubação

Feijão. 9.3 Calagem e Adubação Feijão 9.3 Calagem e Adubação Fonte: Fageria et al. (1996). 1996 CORREÇÃO DO SOLO -CALAGEM -GESSAGEM -SILICATAGEM CALAGEM -Aumento da eficiência dos adubos -Produtividade -Rentabilidade Agropecuária. Lopes

Leia mais

Fertilidade de Solos

Fertilidade de Solos Cultivo do Milho Economia da Produção Zoneamento Agrícola Clima e Solo Ecofisiologia Manejo de Solos Fertilidade de Solos Cultivares Plantio Irrigação Plantas daninhas Doenças Pragas Colheita e pós-colheita

Leia mais

ANÁLISE FOLIAR E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

ANÁLISE FOLIAR E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENG. ÁGRICOLA NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS AL 320 ANÁLISE FOLIAR E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL Engenheiro Agrônomo Anderson Lemiska Mestrando em Ciência

Leia mais

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média Protocolo Boro Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média Set/ 2016 Out/ 2016 Nov/ 2016 Dez/ 2016 Jan/ 2017 Fev/ 2017 Mar/ 2017 Abr/ 2017 Mai/ 2017 Precipitação pluvial (mm) CAD Parecis

Leia mais

Planejamento e Instalação de Pomares

Planejamento e Instalação de Pomares Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus de Ciências Agrárias Curso de Engenharia Agronômica Disciplina: Fruticultura I Planejamento e Instalação de Pomares Docente responsável: Prof. Dr. Ítalo

Leia mais

DIAGNOSE FOLIAR EM MILHO E SORGO

DIAGNOSE FOLIAR EM MILHO E SORGO I Simpósio Paulista Sobre Nutrição de Plantas Jaboticabal - SP, 15 a 17 de Abril de 2008 DIAGNOSE FOLIAR EM MILHO E SORGO ANTÔNIO MARCOS COELHO ESTRATÉGIAS DE MANEJO PARA ALTA PRODUTIVIDADE João Lorenti

Leia mais

INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS COMERCIAIS NO CRESCIMENTO DE SEIS PORTA-ENXERTOS CÍTRICOS INTRODUÇÃO

INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS COMERCIAIS NO CRESCIMENTO DE SEIS PORTA-ENXERTOS CÍTRICOS INTRODUÇÃO 1 INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS COMERCIAIS NO CRESCIMENTO DE SEIS PORTA-ENXERTOS CÍTRICOS SANDRA RIETH 1 ; DAIANE SILVA LATTUADA 2 ; WAGNER SOARES 3 ; VINÍCIUS BOARO³; GIL VICENTE LOUROSA 4 ; PAULO VITOR DUTRA

Leia mais

BROTAÇÃO DO ENXERTO DE VARIEDADES COPA DE CITROS EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS MATERIAL E MÉTODOS

BROTAÇÃO DO ENXERTO DE VARIEDADES COPA DE CITROS EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS MATERIAL E MÉTODOS BROTAÇÃO DO ENXERTO DE VARIEDADES COPA DE CITROS EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS MARIA JÚLIA DA SILVA RODRIGUES 1 ; CARLOS ALBERTO DA SILVA LEDO 2 ; ELDES REINAN MENDES DE OLIVEIRA 3 ; ORLANDO

Leia mais

Como identificar o Cancro europeu das pomáceas

Como identificar o Cancro europeu das pomáceas Como identificar o Cancro europeu das pomáceas O cancro europeu das pomáceas, também conhecido como cancro de néctria, é uma importante doença da macieira na maioria dos países onde ela ocorre. É causada

Leia mais

do com diversos órgãos de pesquisa, nos permite empregar a mais avançada tecnologia na produção de mudas cítricas de Excelência.

do com diversos órgãos de pesquisa, nos permite empregar a mais avançada tecnologia na produção de mudas cítricas de Excelência. Bem Vindo ao mudas Cítricas. É com muita satisfação que lhe apresentamos o viveiro de, um novo conceito de Excelência em Mudas Nossa grande experiência com a citricultura, unida à parceria do com diversos

Leia mais

Brotação e controle de psilídeo. Silvio Lopes Hermes Teixeira Juan Cifuentes-Arenas

Brotação e controle de psilídeo. Silvio Lopes Hermes Teixeira Juan Cifuentes-Arenas Brotação e controle de psilídeo Silvio Lopes Hermes Teixeira Juan Cifuentes-Arenas Cinturão citrícola Laranjas e outras laranjas Lima ácida e limões Tangerinas Porcentagem de plantas sintomáticas Incidência

Leia mais

Soluções Nutricionais Integradas via Solo

Soluções Nutricionais Integradas via Solo Soluções Nutricionais Integradas via Solo Pedro Torsone Gerente Técnico Cerrado MT / MS Soluções Nutricionais Integradas Fertilidade do Solo e Nutrição Plantas Etapas da construção da Fertilidade / Produtividade

Leia mais

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO: Amostragem, interpretação, recomendação de calagem e adubação.

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO: Amostragem, interpretação, recomendação de calagem e adubação. MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO: Amostragem, interpretação, recomendação de calagem e adubação. A produção agrícola depende de uma série de fatores bióticos e abióticos. Dentre os fatores mais importantes

Leia mais

Vantagens e limitações na combinação de laranjeira Pera enxertada em híbridos de trifoliata

Vantagens e limitações na combinação de laranjeira Pera enxertada em híbridos de trifoliata 40ª Semana da Citricultura Cordeirópolis-SP 05 Maio 2018 Vantagens e limitações na combinação de laranjeira Pera enxertada em híbridos de trifoliata Eduardo Girardi & Eduardo Stuchi CNPMF/Embrapa e EECB

Leia mais

6 CALAGEM E ADUBAÇÃO

6 CALAGEM E ADUBAÇÃO CULTURA DO MILHO 6 CALAGEM E ADUBAÇÃO 6.1 - CALAGEM -Neutralização do Al; -Buscando atingir 70% da saturação de bases corrige a camada de incorporação; -Correção mais profunda incorporação mais profunda

Leia mais

Atividade 2 2. Liste as partes da videira e resuma quais são as suas principais funções.

Atividade 2 2. Liste as partes da videira e resuma quais são as suas principais funções. capítulo 1 Videira Agora é a sua vez! Atividade 1 1. Dentre os tipos de uva, quais são os dois tipos mais cultivados no Brasil? Justifique sua resposta. Atividade 2 2. Liste as partes da videira e resuma

Leia mais

Conceitos Básicos sobre Fertilidade de Solo

Conceitos Básicos sobre Fertilidade de Solo Conceitos Básicos sobre Fertilidade de Solo André Luiz Monteiro Novo Artur Chinelato de Camargo Fernando Campos Mendonça Marco Bergamaschi EMBRAPA Pecuária Sudeste - São Carlos, SP Lei do Mínimo Luz H

Leia mais

1 ADUBAÇÃO E MANEJO DO SOLO. George Wellington Melo Gustavo Brunetto

1 ADUBAÇÃO E MANEJO DO SOLO. George Wellington Melo Gustavo Brunetto 1 ADUBAÇÃO E MANEJO DO SOLO George Wellington Melo Gustavo Brunetto 1.1 Adubação pré-plantio A adubação é baseada em análise de solo e tem como objetivo corrigir as carências nutricionais dos solos. As

Leia mais

5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS

5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS 5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DAS ANÁLISES DE SOLOS Victor Hugo Alvarez V. 1 Roberto Ferreira de Novais 2 Nairam Félix de Barros 3 Reinaldo Bertola Cantarutti 4 Alfredo Scheid Lopes 5 Os critérios a

Leia mais

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia MICRO UTRIE TES. Prof. Dr.

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia MICRO UTRIE TES. Prof. Dr. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia MICRO UTRIE TES Disciplina: Fertilidade do solo e fertilizantes Prof. Dr. Reges Heinrichs Dracena

Leia mais

Bases conceituais úteis a fertilidade do solo. Prof. Dr. Gustavo Brunetto DS-UFSM

Bases conceituais úteis a fertilidade do solo. Prof. Dr. Gustavo Brunetto DS-UFSM Bases conceituais úteis a fertilidade do solo Prof. Dr. Gustavo Brunetto DS-UFSM brunetto.gustavo@gmail.com Aula 1- Bases conceituais úteis a fertilidade do solo Rendimento e necessidades das culturas

Leia mais

ANÁLISE DE SOLO E FOLIAR: INÍCIO DO SUCESSO DA LAVOURA

ANÁLISE DE SOLO E FOLIAR: INÍCIO DO SUCESSO DA LAVOURA ANÁLISE DE SOLO E FOLIAR: INÍCIO DO SUCESSO DA LAVOURA André Guarçoni M. D.Sc. Solos e Nutrição de Plantas Pesquisador do Incaper Dentro do processo produtivo de qualquer cultura, uma etapa de extrema

Leia mais

QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMEIRA ÁCIDA TAHITI EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS

QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMEIRA ÁCIDA TAHITI EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMEIRA ÁCIDA TAHITI EM COMBINAÇÃO COM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS Fabiola Suany de Souza Almeida 1, Francisco Carlos Rossetti Junior 2, Fabio de Oliveira Lucas 3, Fábio de Lima Gurgel

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E ZOOTECNIA FRUTICULTURA. Prof. Daniel M. Tapia T. Eng.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E ZOOTECNIA FRUTICULTURA. Prof. Daniel M. Tapia T. Eng. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E ZOOTECNIA FRUTICULTURA Prof. Daniel M. Tapia T. Eng. Agrônomo MSc PROPAGAÇÃO Sexual ou gâmica Vegetativa ou assexuada REPRODUÇÃO

Leia mais

Propagação da Videira. Profª. Paula Iaschitzki Ferreira Instituto Federal de Santa Catarina

Propagação da Videira. Profª. Paula Iaschitzki Ferreira Instituto Federal de Santa Catarina Propagação da Videira Profª. Paula Iaschitzki Ferreira Instituto Federal de Santa Catarina Definição Propagação é a multiplicação dirigida de plantas pela via sexual ou pela vegetativa. Como ocorre? Dois

Leia mais

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade Departamento de Biologia

Leia mais

Exigências edafoclimáticas de fruteiras

Exigências edafoclimáticas de fruteiras Universidade Federal de Rondônia Curso de Agronomia Fruticultura I Exigências edafoclimáticas de fruteiras Emanuel Maia emanuel@unir.br www.emanuel.acagea.net Apresentação Introdução Classificação climática

Leia mais

CURSO DE AGRONOMIA FERTILIDADE DO SOLO

CURSO DE AGRONOMIA FERTILIDADE DO SOLO CURSO DE AGRONOMIA FERTILIDADE DO SOLO Prof. Leandro Souza da Silva Prof. Carlos Alberto Ceretta Prof. Danilo R. dos Santos Aula 1 Bases conceituais à fertilidade do solo Fertilidade do solo Solo -Sistema

Leia mais

Ciclo de Produção da Tangerineira Page no Submédio Vale do São Francisco

Ciclo de Produção da Tangerineira Page no Submédio Vale do São Francisco 47 Fenologia reprodutiva de Neoglaziovia variegata (Arruda)... Ciclo de Produção da Tangerineira Page no Submédio Vale do São Francisco Prod uction Cycle of Page Tangerine in Sub-Middle São Francisco Valley

Leia mais

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade Departamento de Biologia

Leia mais

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia AGRICULTURA I Téc. Agroecologia CULTURA DO MILHO IFSC CÂMPUS LAGES FENOLOGIA DO MILHO Etapas de desenvolvimento: 1.Germinação e emergência: Semeadura até o efetivo aparecimento da plântula, Duração pode

Leia mais

Tecnologia de Formulação Equilíbrio Nutricional. Adilson de Oliveira Junior Pesquisador, Embrapa Soja

Tecnologia de Formulação Equilíbrio Nutricional. Adilson de Oliveira Junior Pesquisador, Embrapa Soja Tecnologia de Formulação Equilíbrio Nutricional Adilson de Oliveira Junior Pesquisador, Embrapa Soja Para se obter Altas Produtividades... Produção Potencial Doenças e Pragas Déficit hídrico Stand Baixa

Leia mais

ASPECTOS AGRONÔMICOS E DA QUALIDADE DOS FRUTOS DE GENÓTIPOS DE TANGERINEIRAS E POMELEIROS CULTIVADOS NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO

ASPECTOS AGRONÔMICOS E DA QUALIDADE DOS FRUTOS DE GENÓTIPOS DE TANGERINEIRAS E POMELEIROS CULTIVADOS NO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO Universidade Federal Rural de Pernambuco Programa de Pós Graduação em Agronomia Melhoramento Genético de Plantas ASPECTOS AGRONÔMICOS E DA QUALIDADE DOS FRUTOS DE GENÓTIPOS DE TANGERINEIRAS E POMELEIROS

Leia mais

Otrigo é uma das principais culturas para produção

Otrigo é uma das principais culturas para produção 171 Manejo da fertilidade do solo na cultura de trigo Geraldino Peruzzo Sirio Wiethölter Otrigo é uma das principais culturas para produção de grãos no inverno. Em adição, ele tem muita importância para

Leia mais

NUTRIÇÃO MINERAL GÊNESE DO SOLO. Rochas da Litosfera expostas ao calor, água e ar. Alterações físicas e químicas (intemperismo)

NUTRIÇÃO MINERAL GÊNESE DO SOLO. Rochas da Litosfera expostas ao calor, água e ar. Alterações físicas e químicas (intemperismo) NUTRIÇÃO MINERAL GÊNESE DO SOLO Rochas da Litosfera expostas ao calor, água e ar Alterações físicas e químicas (intemperismo) Físico (Altera o tamanho) Químico (Altera a composição) Intemperismo Físico

Leia mais

6.3 CALAGEM E ADUBAÇÃO

6.3 CALAGEM E ADUBAÇÃO 6.3 CALAGEM E ADUBAÇÃO 6.3.1 - CALAGEM Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina A quantidade de corretivo de acidez a ser usada varia conforme o Índice SMP determinado na análise do solo e a dose

Leia mais

Plantio dos porta-enxertos em 14 de Novembro de 2000

Plantio dos porta-enxertos em 14 de Novembro de 2000 Plantio dos porta-enxertos em 14 de Novembro de 2000 O solo virgem, livre de doenças, em uma área a mais de 400 m de pomares, é muito bem preparado e todos os nutrientes necessários para um ótimo desenvolvimento

Leia mais

DIAGNOSE FOLIAR. Aureliano Nogueira da Costa Pesquisador Incaper

DIAGNOSE FOLIAR. Aureliano Nogueira da Costa Pesquisador Incaper DIAGNOSE FOLIAR Aureliano Nogueira da Costa Pesquisador Incaper DIAGNOSE FOLIAR NUTRIÇÃO AMOSTRAGEM DE FOLHA DO MAMOEIRO AMOSTRAGEM DE FOLHA DO MAMOEIRO Folha recém madura, com flor aberta na sua base.

Leia mais

Desequilíbrios nutricionais ou sintomas semelhantes aos causados por doenças infecciosas.

Desequilíbrios nutricionais ou sintomas semelhantes aos causados por doenças infecciosas. Desequilíbrios nutricionais ou sintomas semelhantes aos causados por doenças infecciosas. Quirino A. C. Carmello 27/03/2017 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS NUTRIÇÃO DA PLANTA É UM DOS FATORES

Leia mais

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM 15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM ASSOCIAÇÃO COM LOCKER NA CULTURA DA SOJA O objetivo neste trabalho foi avaliar o desempenho dos produtos (Seed e Crop+) e a sua associação com Locker em aplicação

Leia mais