ATIVIDADES DISCURSIVAS 1 E POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS

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1 ATIVIDADES DISCURSIVAS 1 E POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS NED Núcleo de Estudos Dirigidos ED3ED3 /ED Multiculturalismo e Cidadania 2012/2 Prof. Me. Emanuel Santana ATIVIDADE DISCURSIVA I Habilidade: Raciocinar de forma crítica e Analítica Temáticas abordadas: Cidadania Conceito, origem histórica e transformação em bem de consumo. INFORMAÇÕES Apresentamos a seguir algumas possibilidades de respostas das questões das atividades discursivas 1 do ED3 / ED Multiculturalismo e Cidadania, extraídas dos trabalhos enviados. Na avaliação das habilidades solicitadas, foram consideradas adequadas as respostas que se encaixaram no conjunto de ideias que corresponderam às expectativas do Núcleo do Estudo Dirigido, no que se refere ao ED3 / ED Multiculturalismo e Cidadania, quanto à pertinência e à abordagem do conhecimento, bem como quanto à forma de elaboração das respostas. No geral, as principais habilidades aferidas foram: Capacidade de: Raciocinar de forma crítica e analítica diante dos diferentes contextos sociais; Inferir e interpretar textos; Sintetizar conteúdos de textos verbais e não verbais; Decidir entre alternativas; Estabelecer relações e conexões conceituais; Tomar decisões e apontar soluções para problemas de ordem sociais. QUESTÕES E POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS QUESTÃO 1 Nota publicada por um grupo de sindicatos e associações médicas Nada indica que a superlotação do serviço (Emergência), onde diariamente mais de cem pessoas disputam 50 camas, vá ser alterada já que o número de leitos da nova

2 unidade continuará o mesmo. Nos últimos 10 anos, os leitos públicos tiveram redução de 17% na Região Metropolitana, enquanto a população não parou de crescer. Paralelamente a isso, não foi implementada a Participação Complementar do SUS, com tabela adequada de remuneração dos serviços, mantida insuficiente até hoje e incapaz de induzir à ampliação das vagas nos hospitais. Ademais, na nova emergência a direção do GHC explicita um fato discriminatório: mulheres da Zona Norte de Porto Alegre e da Região Metropolitana ficarão sem atendimento ginecológico que há três décadas vinha sendo prestado à comunidade. (CORREIO DO POVO, 19 abr. 2006, p.7, disponível em: < Planos de saúde ganham 3,6 milhões de clientes A coordenadora de vendas Anne Cardon, de 26 anos, tem plano de saúde desde abril de Ela obteve pela primeira vez o benefício após ser contratada por uma escola de inglês. Antes de conseguir o emprego estava pesquisando preços de planos individuais, mas só encontrei alternativas caras em relação a meu orçamento, afirma. Anne conta que, na empresa, tem parte do valor do plano descontado do salário. São cerca de R$ 105 todo o mês, a metade do que eu pagaria nos planos individuais dos quais eu havia feito cotação há um ano, observa. A jovem trabalhadora está entre os 3,6 milhões de brasileiros que ingressaram no sistema privado de saúde em 2010 como resultado do bom momento econômico vivido pelo País, que levou ao aumento do número de postos de trabalho formais e, como consequência, a um maior número de pessoas que podem usufruir dos serviços dos planos de saúde. No ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o sistema atingiu a marca de 45,6 milhões de vidas, um aumento próximo dos 9% em relação ao total registrado em 2009, de 41,9 milhões de vidas. O crescimento é o maior registrado entre um ano e outro desde 2000, quando as informações começaram a ser contabilizadas. (JORNAL DA TARDE, 29 abr. 2011, disponível em: Tomando por base o texto teórico Direito à vida: cidadania e soberania - p.160 e 161 -e a leitura dos fragmentos reproduzidos acima, redija um texto dissertativo (fundamentado em pelo menos dois argumentos)sobre o seguinte tema: O crescimento dos seguros à saúde é uma consequência da melhoria da renda da população ou da insegurança do atendimento do serviço público? Observações: Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narração etc.). Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos DOIS argumentos. O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padrão da língua portuguesa. POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS O crescimento dos seguros à saúde é uma consequência da melhoria da renda da população ou da insegurança do atendimento do serviço público?

3 Nos últimos anos tem sido grande a procura dos Seguros de Saúde, a maioria da população tem procurado esses planos para suprir a necessidade de atendimento, pois na rede de Serviço Público são grandes as filas de esperas e para facilitar o atendimento optam por esse caminho. Nem sempre podemos dizer que uma pessoa optou pelo Seguro de Saúde porque tem um maior recurso financeiro, pois mesmo quem tem dinheiro optaria por ter atendimento Público, desde que fosse eficaz, pois saúde é um bem necessário independente do valor a ser pago. Não podemos dizer que a nossa população prefere gastar mais sem que esse gasto seja necessário. (Thais Rezende Reindel PE) De acordo com crescimento da população, houve uma grande diminuição no que se refere ao atendimento do setor público; e com isso acaba por haver uma grande procura por planos individuais de sistema privado para que se tenha qualidade no atendimento à saúde. Tudo isso devido ao crescimento econômico que passa o país. (Wildeley Silvestre Silva Pinheiro CBA1) O crescimento dos planos de saúde é a representação da insegurança do atendimento no serviço público, isto é, a cada dia mais pessoas ficam doentes e dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a superlotação, nota-se o despreparo dos trabalhados da saúde, e podemos ver isso como um reflexo do mau investimento nesse órgão que o Estado deveria ter como uma de suas prioridades, uma vez que a própria constituição diz: A saúde é direito de todos e dever do Estado. Mas, temos direito a que tipo de saúde? Será que a forma como encaram esse direito é da forma mais digna para um ser humano? Então é inconstitucional essa situação, pois pessoas sofrem com a falta de atendimento médico e esperam por horas no chão do SUS o que as levam a buscar outras alternativas. (Jucenir Cristina Souza Oliveira dos Santos CBA1) Considere a charge: QUESTÃO 2

4 Disponível em: < Tomando por base a Atividade Multimídia, faça uma análise da charge acima e redija um texto dissertativo sobre o acesso da população aos direitos citados no Artigo 6 da Constituição Cidadã. Observações: Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narração etc.). Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos DOIS argumentos. O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padrão da língua portuguesa. POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS A charge retrata a vida política dos brasileiros. Os dominadores (políticos) x dominados (eleitores), principalmente em época de eleições. O político "presenteia" o eleitor com uma prótese dentária em troca do voto. E ao mesmo tempo desvia verba pública. Dessa forma, os direitos assegurados aos brasileiros na Constituição Cidadã de 1988, como educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, assistência aos desamparados, entre outros, são apenas escrituras, pois na prática vemos um descaso perante nossos direitos. Elegemos quem irá nos representar e lutar por melhoria e em troca somos "vítimas" dos nossos candidatos. A corrupção é grande e não "sobra" dinheiro para investir nos pontos básicos assegurados pela Constituição. Assim, torna-se um ciclo, pois os políticos usam da própria necessidade básica assegurada na Constituição, que é um direito do cidadão, para se eleger. Para se ter acesso aos pontos básicos, que é um direito da população, tem que haver a "troca de favores". (Kiany Mendes Monteiro CBA1)

5 A charge expressa o momento em que vivenciamos diariamente, em que alguns políticos desconsideram o cidadão, corrompem a população eleitoral em benefício próprio. A aproximação se faz em período eleitoral, buscam recursos às vezes que apenas são situações politicas sem avaliação emergencial e se esquecem dos direitos à vida, a saúde, educação e promoção de ideias favorecendo o desenvolvimento de ações que previnem e transformam o contexto de todo o país contribuindo para o seu crescimento. (Carlos Henrique de Miranda Ferreira CBA1) O Artigo 6 da Constituição Cidadã projeta os direitos que o cidadão tem e relacionado ao artigo está o direito ao voto, que é muito importante ser efetuado fundamentado em uma intenção de estabelecer uma sociedade digna e estabelecer um ambiente melhor que aquele ambiente deixado por nossos antepassados. A charge ao retratar uma possível compra de voto, mostra o fato que exatamente não deve ser consolidado, pois não há valor no mundo que possa comprar um voto exatamente porque ele não possui um preço financeiro. O valor do voto é para a construção social e sendo assim ele também não possui um resultado instantâneo, mas sim a longo prazo. Rodrigo Teixeira Pellini CBA1 QUESTÃO 3 Considere o gráfico abaixo: QUESTÃO 3 Ilustrações: Mario Kanno Disponível em: Que relação as informações acima têm com o acesso aos direitos sociais no Brasil? Apresente dois argumentos que embasem a sua resposta. Observações: Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narração etc.). Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos DOIS argumentos. O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padrão da língua portuguesa.

6 POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS O analfabetismo no Brasil ainda consiste em um percentual da população, sendo que só um terço foram alfabetizados plenamente. A existência de milhares de jovens Não-afabetizados no Brasil revela que a concretização do direito à educação para todos ainda é um grande desafio para o país, apesar da expansão do atendimento escolar nos últimos anos. No Norte e Nordeste a proporção dos jovens analfabetos é maior enquanto nas outras regiões. O recorte racial também revela desigualdade na distribuição do acesso a educação. Quando se fala em analfabetismo é comum associa-lo a pessoas mais velhas, que não tiveram oportunidades de estudar no tempo considerado adequado, e que viviam num contexto em que a educação pública não era reconhecida como direito universal. No entanto, um percentual de milhões de jovens não-alfabetizados no Brasil demonstram que a exclusão educacional persiste em relação às novas gerações. O direito a educação não se faz apenas com o acesso e o prosseguimento dos estudos, mas também por meio de um ensino que promova efetivamente o aprendizado. (Celso Massimo Correa CBA1) As informações que o gráfico nos oferece mostram que o problema é maior do que podemos imaginar. O índice de analfabetismo é consideravelmente baixo, mas o que preocupa é a porcentagem de analfabetos funcionais, que sabem ler e escrever o básico, aqueles que passaram pelas escolas e acabam chegando às universidades sem saber fazer uma leitura crítica. A falha está no modo que nossas escolas conduzem a alfabetização, lê-se o mínimo possível, assiste-se raramente a jornais e as informações chegam até a população de forma minimizada através da mídia virtual. No presente momento, nossos governantes não têm interessem que nossos filhos possam vir a competir com os filhos deles. Essa luta é de todos e pode começar nas urnas. (Deise Renata Barbosa Hercules) O analfabetismo torna-se uma trava social na vida de qualquer cidadão. A pessoa analfabeta tem menos acesso a informações, já que a maior parte das notícias, hoje, é veiculada por mídias impressas e pela internet. Isso influencia profundamente a vida do cidadão, trazendo o desinteresse e, em muitos casos, a insegurança. Desinteresse, pois a pessoa não acredita ter conhecimento suficiente para lutar por seus direitos; e insegurança, pois a pessoa mal informada torna-se facilmente manipulável. Seria necessário uma política de incentivo para que a pessoa veja vantagens em estudar, bem como o amparo psicológico do Estado, mostrando ao cidadão analfabeto que nunca é tarde e que ele tem capacidade de aprender algo novo. Especialmente sendo algo tão essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados. (Marcela Lissa Kague)