Qualidade da Informação Contábil: Um Estudo Sobre a Percepção dos Usuários de Sistemas de Informação



Documentos relacionados
INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Fundamentos de Sistemas de Informação Sistemas de Informação

Sistemas de Informação I

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Sistemas de Informação CEA460 - Gestão da Informação

1. Introdução. 1.1 Apresentação

ASSUNTO DA APOSTILA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

08/03/2009. Como mostra a pirâmide da gestão no slide seguinte... Profª. Kelly Hannel. Fonte: adaptado de Laudon, 2002

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG)

Administração de Sistemas de Informação I

15/09/2015. Gestão e Governança de TI. Modelo de Governança em TI. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

Conceitos ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Comunicação; Formas de escritas; Processo de contagem primitivo;

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

IMPORTANTES ÁREAS PARA SUCESSO DE UMA EMPRESA

Sistemas de Informação Empresarial. Gerencial

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

Colaboração nas Empresas SPT SIG Aplicações Empresariais

Classificação dos Sistemas de Informação

Sistemas Empresariais. Capítulo 3: Sistemas de Negócios. Colaboração SPT SIG

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Módulo 4: Gerenciamento de Dados

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA

Solução Integrada para Gestão e Operação Empresarial - ERP

E-business: Como as Empresas Usam os Sistemas de Informação

SISTEMAS INTEGRADOS P o r f.. E d E uar a d r o Oli l v i e v i e r i a

Visão Geral dos Sistemas de Informação

Engª de Produção Prof.: Jesiel Brito. Sistemas Integrados de Produção ERP. Enterprise Resources Planning

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

O papel dos sistemas de informação no ambiente de negócios contemporâneo

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

Prof. JUBRAN. Aula 1 - Conceitos Básicos de Sistemas de Informação

Gerenciamento de Incidentes

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Prof. José Carlos Vaz Baseado em LAUDON, K. & LAUDON, J. Sistemas de Informação Gerenciais. Pearson, 2004 (5a. ed.).

Tecnologia da Informação. Prof. Esp. Lucas Cruz

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior

Aula 03 Teoria Geral dos Sistemas: Dados x Informação x Conhecimento

Aula 1 Conceitos básicos de Sistemas de Informação.

Conceitos de Banco de Dados

PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MÓDULO 17

O SISTEMA ERP E AS ORGANIZAÇÕES

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

ISO 9001:2008. Alterações e Adições da nova versão

Coletividade; Diferenciais; Informação; Dado; Informação; Conhecimento. Coletar informação; e Identificar as direções.

Tipos de Sistemas de Informação

SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO. Prof. Esp. Lucas Cruz

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Glossário Apresenta a definição dos termos, siglas e abreviações utilizadas no contexto do projeto Citsmart.

Avanços na transparência

Desenvolvimento de um software de gerenciamento de projetos para utilização na Web

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

A EVOLUÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE TI PARA ATENDER AS NECESSIDADES EMPRESARIAIS

5 Análise dos resultados

Professor: Disciplina:

UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP

cada fator e seus componentes.

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

FLUXO DE CAIXA: Módulo BI (Business Intelligence)

04/08/2012 MODELAGEM DE DADOS. PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, MODELAGEM DE DADOS. Aula 1. Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc.

Universidade Paulista

Projeto 2.47 QUALIDADE DE SOFTWARE WEB

Análise e Projeto de Sistemas. Engenharia de Software. Análise e Projeto de Sistemas. Contextualização. Perspectiva Histórica. A Evolução do Software

Sistema. Atividades. Sistema de informações. Tipos de sistemas de informação. Everson Santos Araujo

ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação

No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

20/03/2014. A Auditoria de Sistemas em Sistemas Integrados de Informações (ERP s)

MPA 015 Fundamentos de Sistemas de Informação

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

Gerenciamento de Níveis de Serviço

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft.

Mídias sociais como apoio aos negócios B2B

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

ERP ENTERPRISE RESOURCE PLANNING

FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO CENTRO-SUL FUNDASUL CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Contabilidade Gerencial PROFESSOR - PAULO NUNES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

Trilhas Técnicas SBSI

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA

Transcrição:

Universidade Presbiteriana Mackenzie Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis Qualidade da Informação Contábil: Um Estudo Sobre a Percepção dos Usuários de Sistemas de Informação Hélio Cardoso Pereira Júnior São Paulo 2011

Hélio Cardoso Pereira Júnior Qualidade da Informação Contábil: Um Estudo Sobre a Percepção dos Usuários de Sistemas de Informação Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie para a obtenção do título de Mestre em Controladoria Empresarial. Orientador: Prof. Dr. Gilberto Perez São Paulo 2011

FICHA CATALOGRÁFICA P436q Pereira Júnior, Hélio Cardoso Qualidade da Informação Contábil: Um Estudo sobre a Percepção dos usuários de Sistemas de Informação / Hélio Cardoso Pereira Júnior 2011. 100 f. : il. ; 30 cm Mestrado Profissional (Dissertação de Mestrado em Controladoria Empresarial) Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2011. Orientação: Prof. Dr. Gilberto Perez Bibliografia: f. 82-88. 1. Qualidade da Informação 2. Qualidade da Informação Contábil 3. Sistemas de Informação 4. Gap I. Título. CDD 658.403811

Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Professor Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto Decano de Pesquisa e Pós-Graduação Professor Dr. Moisés Ari Zilber Diretor do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Professor Dr. Sérgio Lex Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis Professora Dra. Maria Thereza Pompa Antunes

Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis. Bertolt Brecht

DEDICATÓRIA Ao meu eterno e Soberano Deus, A minha esposa Simone, A minha mãe Salete, Aos meus amigos.

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pois com grande graça permitiu-me concluir mais este projeto. Verdadeiramente és e sempre serás minha eterna fonte de vida! A minha esposa Simone que soube compreender a importância deste trabalho e sabiamente encorajou-me nos momentos de dificuldades e aflições. A minha mãe que mesmo não estando presente em todos os momentos, sempre teve uma palavra de ânimo. valiosos. Ao meu orientador Prof. Dr. Gilberto Perez pela amizade, paciência e ensinamentos Aos Professores Dr. Hiroo Takaoka e Dr. Alberto de Medeiros Junior pela participação e contribuições na banca de qualificação e defesa de minha dissertação. Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste trabalho, ficam meus sinceros agradecimentos.

RESUMO Estudos buscando avaliar a qualidade das informações fornecidas por sistemas de informação, no contexto organizacional já foram desenvolvidos por diversos pesquisadores, que se depararam com árdua tarefa de identificar os vários atributos que estão relacionados à qualidade da informação. Com esta pesquisa buscou-se verificar a existência de um gap de percepção com relação à qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada por seus usuários. Procurou-se também verificar se os sistemas de informação utilizados nas organizações fornecem informações contábeis com a qualidade necessárias para uma boa tomada de decisão. Foram utilizados procedimentos metodológicos de natureza quantitativa descritiva, mediante uma amostra do tipo não probabilística por conveniência que contemplou 65 respondentes. O instrumento de coleta utilizado foi um questionário eletrônico tipo survey, contendo questões predominantemente fechadas, além de questões visando caracterizar o respondente e sua empresa. No processamento dos dados que foram coletados entre de fevereiro e maio de 2011 utilizaram-se técnicas quantitativas como a estatística descritiva, teste de médias, teste de confiabilidade, correlação e análise fatorial. Alguns resultados indicam que os usuários demonstraram uma diferença de percepção quanto a alguns construtos relacionados à qualidade da informação contábil, dentre os quais destacam: 1) acessibilidade, 2) quantidade de informação, 3) completude, 4) credibilidade, 5) concisão, 6) consistência, 7) facilidade de operação, 8) sem erro, 9) interpretabilidade, 10) objetividade, 11) relevância, 12) reputação, 13) segurança, 14) oportunidade e 15) compreensibilidade. A pesquisa também indicou uma forte correlação entre a qualidade da informação contábil e o sistema de informação que fornece essa informação. Palavras-Chave: Qualidade de Informação; Qualidade da Informação Contábil, Sistemas de Informação, Gap.

ABSTRACT Studies have attempted to assess the quality of information provided by information systems in organizational context have been developed by several researchers, who were faced with the arduous task of identifying the various attributes that are related to the quality of information. This research sought to verify the existence of a gap in perception regarding the quality of accounting information received by information systems and quality expected by its users. We also sought to verify that the information systems used in organizations provide financial information about the quality necessary for good decision making. Methodological procedures were used for quantitative description, by a non-probability sample of the type of convenience that included 65 respondents. The instrument used was an electronic questionnaire survey type, containing predominantly closed questions, and issues in order to characterize the respondent and his company. In the processing of the data that were collected between February and May 2011 were used quantitative techniques such as descriptive statistics, mean test, reliability test, correlation and factor analysis. Some results indicate that users showed a difference of perception on some constructs related to quality of accounting information, among which: 1) accessibility, 2) amount of information, 3) completion, 4) credibility, 5) brevity, 6 ) consistency, 7) ease of operation, 8) without error, 9) interpretability, 10) objectivity, 11) relevance, 12) reputation, 13) security, 14) and opportunity 15) comprehensibility. The survey also indicated a strong correlation between the quality of accounting information and information system that provides this information. Keywords: Quality Information, Quality of Accounting Information, Information Systems, Gap.

SUMÁRIO LISTA DE QUADROS 12 LISTA DE TABELAS 13 LISTA DE GRÁFICOS 15 LISTA DE FIGURAS 16 1. INTRODUÇÃO 17 1.1. Questão da Pesquisa 19 1.2. Objetivos da Pesquisa 19 1.2.1. Objetivo Geral 19 1.2.2. Objetivos Específicos 19 1.3. Motivação e Justificativa 20 1.4. Contribuições da Pesquisa 20 2. REFERENCIAL TEÓRICO 21 2.1. Qualidade da Informação 21 2.1.1. Acessibilidade da Informação 22 2.1.2. Quantidade da Informação 23 2.1.3. Completude da Informação 23 2.1.4. Credibilidade da Informação 23 2.1.5. Concisão da Informação 24 2.1.6. Consistência da Informação 24 2.1.7. Facilidade de Operação da Informação 24 2.1.8. Exatidão da Informação 24 2.1.9. Interpretabilidade da Informação 25 2.1.10. Objetividade da Informação 25 2.1.11. Relevância da Informação 25 2.1.12. Reputação da Informação 26 2.1.13. Segurança da Informação 26 2.1.14. Oportunidade da Informação 26 2.1.15. Compreensibilidade da Informação 26

2.2. Sistemas da Informação 29 2.2.1. Tipos de Sistemas de Informação 30 2.2.2. Componentes dos Sistemas de Informação 31 2.3. Sistemas de Informações Contábeis 33 2.3.1. Informação Contábil Gerencial 33 2.4. Sistemas ERP 35 2.4.1. Conceito e Caracteristicas dos Sistemas ERP 36 2.4.2. Benefícios dos Sistemas ERP 37 2.5. O uso dos Sistemas ERP na Contabilidade 39 3. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 41 3.1. Tipo e Método de Pesquisa 41 3.2. População e Amostra 42 3.3. Procedimento de Coleta dos Dados 42 3.4. Técnicas utilizadas para Análise dos Dados 43 3.4.1. Teste t 43 3.4.2. Alpha de Cronbach 43 3.4.3. Análise de Correlação 43 3.4.4. Análise Fatorial 44 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 46 4.1. Caracterização dos Respondentes da Pesquisa 46 4.2. Resultados da Pesquisa 52 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 82 APÊNDICE I - QUESTIONÁRIO 89

LISTA DE QUADROS Quadro 01: Modelo PSP/IQ... 22 Quadro 02: Dimensões Qualidade da Informação... 27 Quadro 03: Construtos Qualidade da Informação e Autores que os estudam... 28 Quadro 04: Parâmetros da Análise Fatorial... 45 Quadro 05: Composição das Variáveis Teste Confiabilidade... 55 Quadro 06: Composição das Variáveis 1 Grupo Teste pareado das Amostras... 65 Quadro 07: Composição das Variáveis 2 Grupo Teste pareado das Amostras... 66

LISTA DE TABELAS Tabela 01: Teste de Confiabilidade Acessibilidade... 56 Tabela 02: Teste de Confiabilidade Quantidade Informação... 56 Tabela 03: Teste de Confiabilidade Completude... 57 Tabela 04: Teste de Confiabilidade Credibilidade... 57 Tabela 05: Teste de Confiabilidade Concisão... 58 Tabela 06: Teste de Confiabilidade Consistência... 58 Tabela 07: Teste de Confiabilidade Facilidade Operação... 59 Tabela 08: Teste de Confiabilidade Sem Erro... 59 Tabela 09: Teste de Confiabilidade Interpretabilidade... 60 Tabela 10: Teste de Confiabilidade Objetividade... 60 Tabela 11: Teste de Confiabilidade Relevância... 61 Tabela 12: Teste de Confiabilidade Reputação... 61 Tabela 13: Teste de Confiabilidade Segurança... 62 Tabela 14: Teste de Confiabilidade Oportunidade... 62 Tabela 15: Teste de Confiabilidade Compreensibilidade... 63 Tabela 16: Apresentação dos Construtos e respectivos Alpha s de Cronbach... 63 Tabela 17: Teste Pareado das Amostras Acessibilidade... 66 Tabela 18: Teste Pareado das Amostras Quantidade Informação... 67 Tabela 19: Teste Pareado das Amostras Completude... 67 Tabela 20: Teste Pareado das Amostras Credibilidade... 68 Tabela 21: Teste Pareado das Amostras Concisão... 68 Tabela 22: Teste Pareado das Amostras Consistência... 69 Tabela 23: Teste Pareado das Amostras Facilidade Operação... 69 Tabela 24: Teste Pareado das Amostras Sem Erro... 70

Tabela 25: Teste Pareado das Amostras Interpretabilidade... 70 Tabela 26: Teste Pareado das Amostras Objetividade... 71 Tabela 27: Teste Pareado das Amostras Relevância... 71 Tabela 28: Teste Pareado das Amostras Reputação... 72 Tabela 29: Teste Pareado das Amostras Segurança... 72 Tabela 30: Teste Pareado das Amostras Oportunidade... 73 Tabela 31: Teste Pareado das Amostras Compreensibilidade... 74 Tabela 32: Apresentação dos Construtos e respectivos Níveis de Significância... 74 Tabela 33: Apresentação do KMO e Teste de Bartlett... 76 Tabela 34: Apresentação da Variância Total Explicada... 76 Tabela 35: Apresentação da Variável Predominante... 77 Tabela 36: Qualidade Sistema de Informação... 78 Tabela 37: Teste de Correlação... 79

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Escolaridade dos participantes da pesquisa... 46 Gráfico 02: Formação dos participantes da pesquisa... 47 Gráfico 03: Cargo / Função dos participantes da pesquisa... 47 Gráfico 04: Tempo de Empresa dos participantes da pesquisa... 48 Gráfico 05: Área de Atuação dos participantes da pesquisa... 48 Gráfico 06: Segmento de Atuação das empresas... 49 Gráfico 07: Porte da Empresa dos participantes da pesquisa... 49 Gráfico 08: Faz parte de um Conglomerado... 50 Gráfico 09: Tempo de Atuação das empresas no mercado... 50 Gráfico 10: Sistema Corporativo Adotado pelas empresas... 51 Gráfico 11: Tempo de Uso do Sistema pelas empresas... 51 Gráfico 12: Qualidade do Sistema de Informação segundo usuários da informação contábil... 78

LISTA DE FIGURAS Figura 01: Principais módulos de um sistema ERP e suas interligações... 37

17 1. INTRODUÇÃO A qualidade da informação (QI) tem se tornado uma das principais preocupações para as organizações e também uma área de notável crescimento nas pesquisas sobre sistemas de informações gerenciais. O crescimento dos bancos de dados e acesso direto das informações pelos gestores tem contribuído para a necessidade e sensibilização das organizações em relação à obtenção de informações de qualidade (LEE et al., 2002). Estudos mostram que nas últimas décadas, as organizações têm investido cada vez mais em tecnologia para coletar, armazenar e processar grandes quantidades de dados. Mas ainda assim, muitas vezes se vêem frustradas em seus esforços para traduzir esses dados em conhecimentos significativos que possam utilizar para melhorar seus processos organizacionais, tomar decisões inteligentes, e criar vantagens estratégicas (MADNICK et al., 2009). Autores e usuários perguntam-se por que é tão difícil a compreensão do conceito da qualidade da informação. Segundo Oleto (2006), a qualidade é um desses substantivos abstratos, um desses construtos de entendimento rápido por meio do senso comum, mas de complexo entendimento, onde se busca uma definição mais rigorosa, e a construção de uma teoria que procura relacioná-lo a outras variáveis. Lima, Maçada e Vargas (2006) mencionam em seu estudo que a qualidade da informação em organizações ganharam notoriedade, principalmente por conta da criação de eventos destinados especialmente a disseminação de conhecimento sobre o QI, onde reúnemse estudos acadêmicos, como a Conferência Internacional sobre Qualidade da Informação (ICIQ), realizada no MIT (Massachusetts Institute of Technology), e mais recentemente, o Workshop Internacional sobre Qualidade da Informação em Sistemas de Informação (IQIS), coordenado pela ACM (Association of Computing Machinery). No entanto, não significa que a produção acadêmica na QI conseguiu uma maior consolidação como um ramo do conhecimento. Lima, Maçada e Vargas (2006) constataram, que dos 171 artigos estudados, apenas um foi produzido no Brasil, o que sugere que há pouco conhecimento ou pouco interesse no assunto, que é de comprovada importância e impacto significativo nas organizações. Estudos sobre qualidade da informação são tidos como uma ciência não exata em termos de avaliação e padrões de referência. E apesar de vários aspectos da qualidade da

18 informação ter sido pesquisado, ainda há uma necessidade crítica de uma metodologia (KAHN et al., 2002). Mensurar o quão boa é a qualidade de uma informação não é tarefa fácil para uma organização, entretanto, informações completas e adequadas são extremamente necessárias para obtenção de vantagens competitivas à organização (ANTUNES; ALVES, 2007). Devido a este alto nível de complexidade requerido pela gestão da informação e processos organizacionais, o auxílio de sistemas de informação tornou-se extremamente necessário para obtenção das informações em tempo real por partes dos gestores, promovendo aos mesmos, instrumentos de apoio a decisão, agilidade, confiança e meios de apresentação das informações requisitadas (ANTUNES; ALVES, 2007). O Brien e Marakas (2007) afirmam que, tanto os sistemas de informação como as tecnologias da informação são componentes vitais para que empresas e organizações sejam bem sucedidas, constituindo assim, um campo essencial de estudo na administração e no gerenciamento de negócios. O objetivo das organizações ao adotarem os sistemas de informação é se tornarem mais eficientes e competitivas, buscando além de gerenciar as informações, minimizar os custos e reduzir a força de trabalho, por meio de acompanhamento de pedidos, programação industrial, controle de movimentação de materiais, gerenciamento de caixa, folhas de pagamento, contas a pagar e contas a receber (LAUDON e LAUDON, 2007). Muitas pesquisas têm abordado a questão de implantação de sistemas de informação no Brasil, onde muitas delas destacam procedimentos gerais para implantação, impactos causados nas estruturas organizacionais, nos aspectos comportamentais e psicológicos das pessoas envolvidas. Entretanto, pouco se tem observado estudos onde se há questionamento sobre a qualidade das informações prestadas ou geradas por estes sistemas, principalmente no que diz respeito à eficácia no atendimento da demanda por informações de natureza qualitativa (ANTUNES; ALVES, 2007). Antunes e Alves (2007) ressaltam que, a contabilidade tem sido uma grande provedora de informações para as organizações, e de fato a função desta é fornecer informações aos usuários que lhes permitam julgamentos, decisões, controles, avaliações ou apenas conhecimento. Baseado neste contexto tornou-se relevante entender o processo de avaliação da qualidade da informação, no que diz respeito à informação contábil obtida por seus usuários

19 por meio dos sistemas de informação, já que houve um crescimento exponencial da quantidade de informações disponíveis no banco de dados e um desenvolvimento espetacular dos processos técnicos de registro e de acesso a essas informações. Ultimamente tem-se vivenciado constantemente um problema que se tornou fundamental para todas as organizações, ou seja, o de selecionar em meio ao imenso estoque de informações atualmente existente, aquelas que realmente têm qualidade (OLETO, 2006). 1.1. Questão da Pesquisa Conforme mencionado por Perez (2009), o problema de pesquisa é um questionamento para o qual se busca obter respostas ao final do estudo, devendo o mesmo ser passível de teste ou observação empírica (KÖCHE, 2000). Este estudo foi desenvolvido com a finalidade de responder a seguinte questão orientadora de pesquisa: Existe um gap de percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários? 1.2. Objetivos da Pesquisa Em consonância com a questão previamente estabelecida, foram objetivos do presente estudo, a saber, os delineados a seguir: 1.2.1. Objetivo Geral Verificar se existe um gap de percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários. 1.2.2. Objetivos Específicos Avaliar o gap na percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários. Validar a consistência interna dos construtos de qualidade de informação encontrados na literatura. Verificar se há correlação entre a qualidade da informação contábil e o sistema de informação utilizado.

20 1.3. Motivação e Justificativa Como já mencionado nos estudos e literatura existente sobre as dimensões da informação e sistemas de informação, as informações contábeis têm sido direta ou indiretamente impactadas pelo desenvolvimento interdisciplinar. Neste sentido, sugeriu-se o aperfeiçoamento do conhecimento já existente com relação aos construtos da qualidade da informação, e sua relação com a percepção dos usuários da informação contábil. Tendo-se então como principal fator motivador, o desafio de galgar novos degraus no conhecimento, este estudo buscou verificar se existe um gap de percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários. 1.4. Contribuições da Pesquisa Perez (2006) lembra que a realização de uma pesquisa científica deve, antes de tudo, gerar contribuições para a comunidade acadêmica, organizacional e, sobretudo, para a sociedade. Com a realização desta pesquisa, pretendeu-se alcançar as seguintes contribuições: Conhecimento Prático: Averiguar de existe um gap de percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários. Conhecimento Teórico: Alicerce fundamental para uma pesquisa científica. Pretendeu-se explorar os temas: Qualidade da Informação, Qualidade da Informação Contábil, Sistemas de Informação; Gap. Espera-se que os resultados da pesquisa culminem em futuras publicações, e possibilite oportunidades de continuidade em novas pesquisas.

21 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Qualidade da Informação Por se tratar de um tema crítico para as organizações, a qualidade da informação tem sido pesquisada há algumas décadas. Segundo Kahn et al. (2002), na última década aumentou significativamente o número pesquisas sobre a qualidade da informação, buscando atender às necessidades das organizações com relação a mensuração e melhorara da qualidade da informação. Alguns estudos como Wang e Strong (1996), Zmud (1978), Jarke e Vassiliou (1997), Delone e McLean (1992), Goodhue (1995), Ballou e Pazer (1998) e Wand e Wang (1996) são pioneiros com relação ao tema. Em seu estudo Zmud (1978), claramente enfatiza a importância das dimensões da informação para os usuários de relatórios impressos, não que as demais não fossem importantes, mas como o foco da pesquisa era voltado a um público específico, dimensões como acessibilidade da informação não foram relevantes. Já no estudo de Goodhue (1995), a dimensão acessibilidade da qualidade da informação foi claramente aparente, visto que em seu trabalho as dimensões da informação foram desenvolvidas a partir de uma revisão da literatura, onde o objetivo era encontrar as características das informações que eram importantes para os gestores que utilizavam dados quantitativos inseridos em sistemas de informação. Ballou e Pazer (1998), centraram-se principalmente em dimensões intrínsecas que podem ser medidas objetivamente. Das dimensões abordadas por estes autores, quatro são utilizadas em estudos voltados a qualidade da informação: precisão, consistência, completude e atualidade. Embora reconheçam a importância, em sua pesquisa eles não abordam especificamente as dimensões contextuais e subjetivas de qualidade da informação. Em resumo, do ponto de vista acadêmico, existem vários tipos de estudo. Uma abordagem global para a criação das dimensões dos consumidores de informações foi revelada pelo estudo de Wang e Strong (1996). Ampliando o modelo de Wang e Strong (1996), Kahn et al. (2002), desenvolveram uma metodologia composta por três componentes, para avaliação da qualidade da informação chamada AIMQ. Seu primeiro componente é o PSP/IQ, no qual essencialmente estão

22 explicitas duas definições da qualidade: conformidade com as especificações e atendimento ou superação das expectativas dos consumidores. A primeira refere-se às caracteristicas técnicas da informação e está fortemente relacionada à coleta e gestão da informação. A segunda coluna, possui uma caracteristica mais subjetiva, de dificil medição, que atende a necessidade do usuário em agregar valor a sua atividade. O segundo componente é um questionário para medir o QI ao longo das dimensões da QI informações importantes para os consumidores e gerentes. Várias dessas dimensões juntos medem QI para cada quadrante do componente PSP/IQ. Este instrumento pode ser aplicado para avaliar a qualidade da informação nas organizações. O terceiro componente do AIMQ consiste de duas técnicas de análise para interpretar as avaliações capturadas pelo questionário. PSP/IQ Está conforme as Especificações Atende ou Supera as Expectativas Estabilidade Utilidade Qualidade do Produto Livre de erros Concisão Completude Consistência Quantidade Relevância Compreensibilidade Interpretabilidade Objetividade Qualidade do Serviço Confiabilidade Oportunidade Segurança Usabilidade Credibilidade Acessibilidade Facilidade de uso Reputação Valor adicionado Quadro 01: Modelo PSP/IQ Fonte: Traduzido de Kahn et al. (2002). Information quality benchmarks: product and service performance. Comunications of the ACM, v.45, n. 4, April 2002. 2.1.1. Acessibilidade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a acessibilidade como sendo o quão o dado ou informação está disponível e com que facilidade esta pode ser recuperada.

23 Para Goodhue (1995), a dimensão acessibilidade da qualidade da informação é claramente aparente em situações em que se deseja encontrar as características das informações importantes para os gestores que utilizam dados quantitativos a serem recuperados e inseridos em sistemas de informação. 2.1.2. Quantidade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a quantidade da informação como sendo o quão o volume de dados são adequados à uma determinada tarefa. 2.1.3. Completude da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a completude da informação ou completeza assim por eles classificada, como sendo o quanto não há falta de dados e que sejam de profundidade e amplitude suficientes para uma determinada tarefa. Ballou e Pazer (1998) centraram seus estudos, principalmente, em dimensões intrínsecas da qualidade da informação, que podem ser medidas de forma objetiva. Das dimensões abordadas por estes autores, quatro são utilizadas em estudos voltados a qualidade da informação, destacando-se a sua completude. Em adição, Wand e Wang (1996) indicam que a informação completa pode ser entendida como um conjunto de dados tão completo, em que, todos os valores necessários estão incluídos nele. 2.1.4. Credibilidade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a credibilidade o quão o dado ou informação é considerada verdadeira. Na área médica, a Agência para a Política de Saúde e Pesquisa (Agency for Health Care Policy and Research - AHCPR) citada por Lopes (2004) indica a fonte da informação como primeiro elemento para se estabelecer a credibilidade da informação, incluindo a visualização da logomarca, do nome da instituição ou do responsável pela informação e o nome e a titulação do autor.

24 2.1.5. Concisão da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a concisão como sendo o quanto uma informação ou dado é apresentada de forma compacta. 2.1.6. Consistência da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a consistência como sendo a freqüência com que os dados ou informações são apresentadas em um mesmo formato. Wand e Wang (1996) mencionam que a consistência dos dados ou informações referese a vários aspectos, e em relação aos valores dizem que estes têm que ser o mesmo em todos os casos. Com relação à representação física relatam que a consistência está ligada ao fato dos dados estarem de acordo com seus formatos. Ballou e Pazer (1998) centraram-se em seus estudos principalmente em dimensões intrínsecas que podem ser medidas objetivamente. Das dimensões abordadas por estes autores, quatro são utilizadas em estudos voltados a qualidade da informação, sendo que a consistência uma delas. 2.1.7. Facilidade de Operação da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a facilidade de operação ou uso de uma informação como sendo o quão fácil é manipular o dado para ser utilizado em diferentes tarefas. 2.1.8. Exatidão da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a exatidão da informação como o quão correto é o dado ou informação e também com relação ao grau de confiabilidade. Ballou e Pazer (1998) centraram-se principalmente em dimensões intrínsecas que podem ser medidas objetivamente. Das dimensões abordadas por estes autores, quatro são utilizadas em estudos voltados a qualidade da informação, sendo a exatidão ou precisão uma delas.

25 Wand e Wang (1996) mencionam em seu estudo, não existir uma definição exata para a exatidão. Entretanto, sugerem que a falta de exatidão ou imprecisão como denominado pelos autores é o estado em que o sistema apresenta a informação diferente daquela que deveria ter sido apresentada. Davenport (2002) destaca que uma informação é percebida como valiosa e utilizada com confiança quando a mesma é considerada como exata, o que caracteriza ausência de erros simples na transcrição, na coleta e na agregação de dados. Menciona ainda que é fundamental que as partes interessadas possam confiar nas fontes das quais as informações lhes são extraídas. 2.1.9. Interpretabilidade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a interpretabilidade da informação como sendo o quanto um dado ou informação em linguagem, símbolo e unidade adequados, de forma a possuir definições claras. 2.1.10. Objetividade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a objetividade da informação como sendo o quanto um dado não é disperso e imparcial. 2.1.11. Relevância da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a relevância da informação como sendo o quanto um dado ou informação é útil e aplicável a uma determinada tarefa. Stair e Reynolds (2002), mencionam em seu modelo que a relevância de uma informação está diretamente ligada ao fato da mesma ser necessária ou não para um gestor no seu processo de tomada de decisão.

26 2.1.12. Reputação da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a reputação da informação como sendo o quanto um dado ou informação é valorizada segundo a sua fonte ou conteúdo. 2.1.13. Segurança da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a segurança da informação como sendo o quanto um dado ou informação é apropriadamente restrito para manter sua segurança. Stair e Reynolds (2002) mencionam em seu modelo que uma informação é considerada segura se, somente os usuários autorizados tiverem acesso a estas. 2.1.14. Oportunidade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a oportunidade ou atualidade da informação como sendo o quanto um dado ou informação é suficientemente atualizado para uma determinada tarefa. Davenport (2002) destaca que em muitos casos, a informação só é oportuna ou tem utilidade se estiver atualizada, entretanto, caracterizá-la como útil ou não por meio da sua atualização é um tanto subjetivo, visto que o fim para o qual se destina a informação definirá a necessidade de atualização ou não. 2.1.15. Compreensibilidade da Informação Pipino, Lee e Wang (2002) corroboram com Kahn et al. (2002) e definem a compreensibilidade ou entendimento da informação como sendo o quanto um dado ou informação é facilmente compreendido. Por meio do Quadro 02 a seguir, procurou-se demonstrar as dimensões da qualidade da informação estudas por Pipino, Lee e Wang (2002) e as definições atribuídas por eles a cada uma delas:

27 Dimensões Definições Acessibilidade Quantidade Credibilidade Completeza Concisão Consistência Facilidade Uso Sem Erro Interpretabilidade Objetividade Relevãncia Reputação Segurança Atualidade Entendimento Valor Adicionado O quão o dado é disponível, ou sua recuperação é fácil e rápida O quão o volume de dados é adequado à tarefa O quão o dado é considerado verdadeiro O quão não há falta de dados e que sejam de profundidade e amplitude suficientes para a tarefa O quão o dado é representado de forma compacta O quão o dado é sempre apresentado no mesmo formato O quão o dado é fácil de manipular e de ser usado em diferentes tarefas O quão o dado é correto e confiável O quão o dado está em linguagem, símbolo e unidade adequados, e possui definições claras O quão o dado não é disperso e imparcial O quão o dado é aplicável e útil à tarefa O quão o dado é valorizado de acordo com sua fonte ou conteúdo O quão o dado é apropriadamente restrito para manter sua segurança O quão o dado é suficientemente atualizado para a tarefa O quão o dado é facilmente compreendido O quão o uso do dado gera benefícios e vantagens Quadro 02: Dimensões Qualidade da Informação Fonte: Traduzido de Pipino, Lee e Wang. (2002). Data Quality Assessment Comunications of the ACM, v.45, n. 4, April 2002. A seguir, resumidamente procurou-se demonstrar por meio do Quadro 03 elaborado pelo autor com base na literatura, os quinze construtos da qualidade da informação estudados nesta dissertação, mencionado por cada um dos autores em seus estudos.

28 Construtos Autor (01) Autor (02) Autor (03) Autor (04) Autor (05) Autor (06) Autor (07) Acessibilidade Quantidade Informação Completude Credibilidade Concisão Consistência Facilidade Operação Sem Erro Interpretabilidade Objetividade Relevância Reputação Segurança Oportunidade Compreensibilidade Quadro 03: Construtos Qualidade da Informação e Autores que os estudam Legenda: 01-Wang and Strong; 02-Zmud; 03-Jarke e Vassiliou; 04-Delone e McLean ; 05-Goodhue ; 06-Ballou e Pazer ; 07-Wand e Wang.

29 2.2. Sistemas da Informação A literatura aponta como marco inicial para evolução dos sistemas de informação, a década de 1950, onde até então a maior parte dos sistemas de informação efetuava transações simplificadas. A partir dos anos 60 nasce o conceito de sistemas de informação gerencial, entretanto, contendo deficiência com relação ao quesito tomada de decisão, pois ainda não atendia apropriadamente todas as necessidades. Visto tal carência, surge o conceito de sistemas para apoio a decisão no decorrer da década de 70, porém a visão ainda não era direcionada aos usuários finais e somente em meados dos anos 80 os sistemas de informação focaram este conceito. Os esforços para o tratamento do papel estratégico dentro da organização iniciam-se ao final dos anos 80 e prosseguem até meado dos anos 90, quando efetivamente nasce o conceito dos chamados sistemas ERP (O BRIEN e MARAKAS, 2007). Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta, processa, armazena, e distribui informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e controle de uma organização. Além de dar suporte a tomada de decisões, a coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos (LAUDON e LAUDON, 2007). O Brien e Marakas (2007) definem o sistema de informação como qualquer combinação organizada de pessoas, hardware, software, redes de comunicação, recursos de dados e políticas e procedimentos que armazenam, restauram, transformam e disseminam informações em uma organização. Um sistema de qualidade deve sempre estar adequado à empresa, ao cliente e ou usuário e atender a padrões de qualidade pré-definidos, sendo capaz de gerar informações adequadas, úteis, precisas, confiáveis, claras e oportunas (REZENDE e ABREU, 2006). O Brien e Marakas (2007) destacam que dentro de suas principais funcionalidades, um sistema de informação deve priorizar três primícias: o suporte a processos e operações de negócios, o suporte a tomada de decisão pelos seus funcionários e o suporte das estratégias para vantagem competitiva. Segundo os autores, compreende ao suporte a processos e operações de negócios, todo auxilio dado aos funcionários pelos sistemas de informação com relação aos registros de compras dos clientes, atualização do estoque, pagamento de funcionários, compra de mercadorias, [...]. Já o suporte a tomada de decisão, encarrega-se do auxílio prestado aos usuários sobre qual tipo de investimento fazer, quais linhas de produtos

30 têm de ser dada maior atenção, [...]. E no suporte das estratégias para vantagem competitiva, fatores como inovação, meios para fidelização de clientes, [...], são diferencias para o crescimento de toda organização. Dentro deste contexto, muitos são os desafios enfrentados pelos sistemas de informação, tais como: capacidade de realizar cálculos numéricos de alta velocidade e volume, fornecer comunicação e colaboração rápidas e precisas dentro da organização e entre organizações, armazenar enormes quantidades de informação em um espaço fácil de acessar embora pequeno, permitir acesso rápido e barato a enormes quantidades de informação em todo o mundo, facilitar a interpretação de grandes quantidades de dados, aumentarem a eficácia e a eficiência das pessoas trabalhando em grupos em um ou vários locais, em qualquer lugar e automatizar processos comerciais e tarefas manuais (TURBAN et al., 2007). 2.2.1. Tipos de Sistemas de Informação Hoje, as organizações utilizam muitos tipos de sistemas de informação, podendo estes apoiá-las parcial ou totalmente. Especificamente os sistemas de informação tanto apóiam operacionalmente, por meio dos sistemas de processamento de transações, sistemas de controle de processos e sistemas de colaboração empresarial, quanto gerencialmente, por meio dos sistemas de informação gerencial, sistemas de suporte a decisão e sistemas de informação executiva. O objetivo dos sistemas de apoio operacional é auxiliar na geração de informações para uso interno e externo, entretanto sem dar muita ênfase aos resultados gerenciais. Já os de apoio gerencial buscam informar e dar suporte eficaz para tomada de decisão, resultando em um melhor apoio à gerência (O BRIEN e MARAKAS, 2007). Laudon e Laudon (2007) argumentam que existe uma grande diversidade de sistemas de informação sendo utilizados nas empresas, devido ao fato de existir diferentes interesses, especialidades e níveis em uma organização, aos quais os sistemas devem suprir. Os sistemas do nível operacional buscam acompanhar as atividades de vendas, de contas a receber, de fluxo de matérias-primas e outros. No caso dos sistemas do nível do conhecimento auxiliam as empresas na integração de novas tecnologias, contribuindo para a organização e controle do fluxo de documentos. Já os sistemas do nível gerencial dão suporte aos gerentes médios, buscando responder questões do tipo como as coisas estão indo?. E por fim, os sistemas do nível estratégico se preocupam em atender os gerentes seniores, promovendo a adaptação das empresas às mudanças ocorridas no ambiente externo.

31 Segundo Perez (2009), pode-se também classificar os sistemas de informação em termos do número de pessoas em uma organização que fazem uso dele. Com relação à tipologia, Nickerson (2001) apresenta cinco tipos de sistemas de informações, mais comumente utilizados: 1- Sistemas de Informação individuais: afetam a forma de trabalhar de um único indivíduo; 2- Sistemas de Informação para Grupos de trabalho: afetam grupos de indivíduos que trabalham juntos e que geralmente fazem uso de computadores conectados em rede; 3- Sistemas de Informação Organizacional: afetam um grande número de pessoas em uma organização. Tais sistemas, geralmente, operam em grandes computadores que são utilizados por vários indivíduos ao mesmo tempo; 4- Sistemas de Informação Inter-Organizacional: sistemas utilizados por várias organizações simultaneamente. Esses sistemas operam em computadores localizados em diferentes organizações e são conectados por redes interorganizacionais; 5- Sistemas de Informação Globais: sistemas que operam em organizações situadas em mais de um país, os quais estão conectados por redes globais de maior amplitude. 2.2.2. Componentes dos Sistemas de Informação Para alcançarem os objetivos a que se propõem, os sistemas de informação necessitam de recursos como dados de entrada, para que sejam processados e produzam a informação de saída. Um sistema de informação depende de recursos de pessoas (usuários finais e especialistas de SI), hardware (máquinas e meios de armazenagem de dados), software (programas e procedimentos), dados (bases de dados e conhecimento) e redes (meios de comunicação e suporte de rede) para realizar entrada, processamento, saída, armazenamento e controlar as atividades que convertem os recursos de dados em produtos de informação (O BRIEN e MARAKAS, 2007).

32 Laudon e Laudon (2007) destacam como principais componentes que fazem parte de um sistema de informação: Hardware consiste na tecnologia para processamento computacional, armazenamento, entrada e saída de dados. Software podem ser caracterizados como softwares de sistema e softwares de aplicativos. Os softwares de sistema são encarregados de administrar os recursos e atividades do computador, já os softwares de aplicativos estão diretamente ligados aos usuários finais, executando tarefas específicas solicitadas pelos mesmos. Tecnologia de gerenciamento de dados são softwares que executam rotinas voltadas a organizar, gerenciar e processar dados organizacionais relativos a estoques, clientes e fornecedores, disponibilizando-os aos usuários. Tecnologia de redes e telecomunicações A tecnologia de rede e telecomunicações proporciona conectividades de dados, voz e vídeo a funcionários, clientes e fornecedores. Serviços de tecnologia Para operar toda infra-estrutura de TI as empresas necessitam de pessoas para operar e gerenciar, ensinando os indivíduos que trabalham com o sistema, que se comunicam com ele ou usam suas saídas.

33 2.3. Sistemas de Informações Contábeis Os sistemas de informações contábeis são tidos como os mais antigos sistemas utilizados nas empresas. Historicamente, a contabilidade começou a usar computadores a partir da década de 1950, quando os primeiros computadores comerciais foram empregados para desenvolver sistemas de informações contábeis (LAUDON e LAUDON, 2007). Dentre suas principais funções, os sistemas contábeis baseados em computador registram e informam o fluxo dos fundos da organização com base no histórico e produzem importantes demonstrações financeiras, como balanço patrimonial e demonstração de resultados, podendo também produzir previsões de situações futuras (O BRIEN e MARAKAS, 2007). Operacionalmente, os sistemas contábeis ressaltam a contabilização histórica e legal e a produção de demonstrações financeiras precisas. Geralmente, abrange processamento de transações como a inserção de pedidos, controle de estoque, contas a receber, contas a pagar, folha de pagamento e livro razão. Já os sistemas de controle gerencial concentram-se no planejamento e no controle das operações da empresa, focando relatórios de contabilidade de custos, elaboração de orçamentos e projeções de demonstração financeira e os relatórios de análise comparativa entre o desempenho real e previsto (O BRIEN e MARAKAS, 2007). Ao longo do tempo, os contadores passaram a depender cada vez mais dos sistemas de informação para resumir transações, criar registros financeiros, organizar dados e realizar análises financeiras. Hoje, não há como realizar nem mesmo as funções contábeis mais básicas de uma empresa sem um significativo investimento em sistemas (LAUDON e LAUDON, 2007). 2.3.1. Informação Contábil Gerencial A informação contábil gerencial é uma das principais fontes para tomada de decisão e controle nas organizações. Os sistemas de contabilidade gerencial produzem informações que ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar melhores decisões e aperfeiçoar os processos e o desempenho da organização. Atkinson et al. (2008) definem que a informação contábil gerencial são dados financeiros e operacionais sobre atividades, processo, unidades operacionais, produtos, serviços e clientes de uma organização.

34 Atkinson et al. (2008) evidencia ainda que a informação contábil gerencial é também um dos principais meios pelos quais os operadores, gerentes intermediários e executivos recebem feedback de seu desempenho, habilitando-os a aprender pela experiência passada para melhorar o futuro. A informação contábil gerencial orienta varias funções organizacionais diferentes, tais como controle operacional, custeio de produto e cliente, controle gerencial e controle estratégico. A demanda pela informação contábil gerencial está atrelada ao nível da organização, onde o nível operacional as utiliza para controlar e melhorar as operações, os níveis dos gerentes intermediários as utilizam para receber sinais sobre os aspectos das operações que estejam diferentes dos esperados e os níveis mais altos onde os executivos as utilizam para apoiar decisões com conseqüências de longo prazo para organização (ATKINSON et al., 2008). Segundo Frezatti et al. (2007), a Contabilidade Gerencial é uma importante ferramenta de auxílio no apoio a decisão dos gestores, por meio do fornecimento de informações gerenciais úteis e oportunas. Logo a Contabilidade Gerencial fica incumbida de identificar, mensurar, relatar e analisar as informações sobre os eventos econômicos da organização, tratando do processo de produção de informações financeiras e operacionais (gerenciais) para funcionários e gerentes, ao qual deve ser orientado pelas necessidades de informação interna e dirigir suas decisões operacionais e de investimento (ATKINSON et al., 2008). A Contabilidade Gerencial, diferentemente da Contabilidade Financeira, está mais voltada para os processos internos e desvinculada de regulamentações específicas. Procura fornecer feedback e orientações sempre focalizando o futuro, por meio das mensurações financeiras, operacionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores, cliente e concorrentes (ATKINSON et al., 2008).

35 2.4. Sistemas ERP A trajetória inicial da utilização dos sistemas de informação pelas empresas se deu na década de 1950, quando as mesmas passaram a utilizar computadores em suas operações. A princípio estes sistemas ou aplicativos eram desenvolvidos internamente pela própria organização, pois a oferta dos mesmos era incipiente. Bancroft et al. (1998) citados por Colangelo Filho (2001), afirmam que, no passado os sistemas customizados eram desenvolvidos a pedido de um departamento da empresa. A visão destes departamentos era naturalmente limitada por sua responsabilidade operacional. Cada departamento definia seus dados de acordo com seus próprios objetivos e propriedades. Isto se refletia no software desenvolvido pelos departamentos de TI da empresas. Os sistemas MRP (Materials Requirements Planning) surgiram na década de 1970, com o objetivo de auxiliar os processos de produção, compras e controle de estoques das empresas manufatureiras. Contudo, as operações realizadas no MRP não contemplavam o planejamento de capacidade e de custos, além de não se integrar aos outros aplicativos utilizados pela organização (COLANGELO FILHO, 2001). Surgiram então na década de 1980, os sistemas MRP II (Manufacturing Resources Planning), trazendo inovações à sua versão anterior. Esta possibilitava além do planejamento de produção de estoques, o planejamento de capacidade de produção e de aspectos financeiros, como orçamentos e custeio de produção, limitações encontradas em sua versão anterior (COLANGELO FILHO, 2001). Segundo Alsène (1999), citada por Colangelo Filho (2001) o conceito de sistemas integrados existe desde a década de 60, quando as empresas começaram a utilizar computadores. Entretanto, a idéia acabou não sendo difundida devido à falta de recursos tecnológicos e práticos. Em meados dos anos 90, questões correlacionadas a sistemas ERP passaram a obter maior relevância junto ao meio corporativo. Isto se deu devido ao fato da imensa pressão sofrida pelas empresas, obrigando-as a reduzir custos, diferenciar produtos e serviços prestados, rever processos e coordenar suas atividades de uma melhor forma, a fim de atender aos requisitos de mercado com maior agilidade e habilidade (COLANGELO FILHO, 2001). Conforme Souza et al. (2003), os sistemas ERP surgiram com objetivo de explorar as necessidades de integração e rápido desenvolvimento de sistemas integrados com intuito de

36 atender as exigências empresariais, ao mesmo tempo em que as organizações eram pressionadas a terceirizarem as atividades que não faziam parte do foco principal da empresa. 2.4.1. Conceito e Caracteristicas dos Sistemas ERP Para O Brien e Marakas (2007) os sistemas ERP são inter-funcionais e orientados por um conjunto de módulos integrados que auxiliam os processos internos básicos de uma empresa, oferecendo a esta, uma visão integrada e em tempo real de seus principais processos empresariais. Segundo Gordon e Gordon (2006), o sistema ERP caracteriza-se por um conjunto de aplicativos integrados incumbido de executar todas ou a maioria das funções que uma empresa necessita, oferecendo suporte a processos operacionais e administrativos. Os autores ressaltam que o fornecimento de tal sistema deve ser feito por um único fornecedor. Markus e Tanis (2000) citados em Souza et al. (2003), os definem como pacotes comerciais que permitem a integração de dados provenientes dos sistemas de informação transacionais e dos processos de negócios ao longo de uma organização. Um sistema ERP tem como objetivo maior administrar questões relacionadas ao negócio, legislação e tecnologia de empresas, subsidiar ferramentas que alavanquem competitivamente as mesmas, aumentando seu poder estratégico e lucratividade. Sofre atualizações constantemente a fim de atender a todos os quesitos legais e é detentor de alta tecnologia (COLANGELO FILHO, 2001). O ERP cria uma estrutura de integração e aprimoramento dos processos internos de uma companhia, melhorando significativamente a qualidade e a eficácia do serviço de atendimento ao cliente, da produção e da distribuição (O BRIEN e MARAKAS, 2007). Os sistemas ERP integram o planejamento, o gerenciamento e o uso de todos os recursos da organização. O objetivo principal dos sistemas ERP é integrar de perto as áreas funcionais da organização e permitir o fluxo transparente de informações entre as áreas funcionais, oferecendo as informações necessárias para controlar os processos empresariais da organização (TURBAN et al., 2007). Segundo Corrêa et al. (1999) em Souza et al. (2003), os sistemas ERP podem ser entendidos como a evolução dos sistemas MRP II, á medida que, além do controle dos recursos diretamente utilizados na manufatura (materiais, pessoas, equipamentos), também

37 permitem controlar os demais recursos da empresa utilizados na produção, comercialização, distribuição e gestão. Souza et al., 2003 ressalta que um sistema só pode ser caracterizado sistema ERP, se o mesmo for totalmente integrado e uníssono, atendendo a todos os departamentos da empresa por meio de sua estrutura modular. A Figura 01 procura elucidar o processo de integração entre os módulos de um sistema ERP. Figura 01 Principais módulos de um sistema ERP e suas interligações. Fonte: (Souza et al., 2003) 2.4.2. Benefícios dos Sistemas ERP Os sistemas ERP trazem consigo um conjunto de características que os diferenciam dos demais sistemas desenvolvidos internamente nas organizações. Tais características são incorporadas pelos modelos de processos de negócios, e adotadas pelos pacotes comerciais de software (Souza et al., 2003).

38 Os sistemas ERP normalmente atuam por meio de seus módulos integrados em setores como: produção, distribuição, vendas, contabilidade e recursos humanos, proporcionando a estes setores qualidade e eficácia, redução de custos, apoio a tomada de decisão e agilidade empresarial. Qualidade e Eficácia O ERP cria uma estrutura de integração e aprimoramento dos processos internos de uma companhia, melhorando significativamente a qualidade e a eficácia do serviço de atendimento ao cliente, da produção e da distribuição. Redução de Custos Em comparação com sistemas legados não-integrados substituídos pelos novos sistemas ERP, muitas empresas conseguem reduzir consideravelmente os custos de processamento de transações de pessoal de suporte de hardware, software e TI. Apoio à Tomada de Decisão O ERP disponibiliza rapidamente aos gerentes informações inter-funcionais vitais sobre desempenho para facilitar e agilizar a tomada de decisão nos processos de toda a empresa. Agilidade Empresarial Na implementação dos sistemas ERP muitas das antigas divisões departamentais e funcionais, ou silos de processos empresariais e de sistemas e fontes de informação, são subdivididas. Essa subdivisão produz estruturas organizacionais, responsabilidades gerenciais em função de trabalhos mais flexíveis e, conseqüentemente organizações e mão-de-obra mais ágeis e adaptáveis e mais qualificadas para captar novas oportunidades empresariais. Para Alsène (1999), citada por Colangelo Filho (2001) objetivo final não é interligar os sistemas informatizados existentes ou que serão implementados no futuro, mas sim construir um todo empresarial coerente a partir das várias funções que se originam da divisão do trabalho nas empresas. Apesar de já mundialmente difundida, para Colangelo Filho (2001), a expressão ERP Enterprise Resource Planning é um tanto quanto inadequada, uma vez que o escopo do sistema é muito mais amplo que apenas o planejamento, abrangendo também execução e controle.

39 2.5. O uso dos Sistemas ERP na Contabilidade Segundo Perez (2009) as recentes mudanças no ambiente de negócios envolvendo dentre outras, a desregulamentação, a privatização, a globalização e a conseqüente competição, têm obrigado as organizações a buscarem novas formas de sobreviverem e obterem sucesso. Os sistemas e tecnologias da informação têm oferecido ferramentas eficientes para o suporte empresarial a essas mudanças. Um exemplo dessas tecnologias é o Sistema Integrado de Gestão ERP e o impacto nas empresas que o adota, sobretudo nas práticas contábeis (SPATHIS e CONSTANTINIDES, 2004). Em seu estudo, com empresas da Irlanda Doran e Walsh (2004) identificaram, que além das costumeiras práticas contábeis, novas aplicações e técnicas contábeis têm sido introduzidas pelos módulos de ERPs utilizados pela área de contabilidade. Destacam-se, dentre outros: - Análise de rentabilidade de clientes - Medidas não-financeiras de desempenho - Custeio baseado em atividades (ABC) - Custo da qualidade - Custeamento meta - Benchmarking - Análise de rentabilidade de canais (rede) de distribuição - Balanced Scorecard - Atividades de gestão - Custeio pelo ciclo de vida Outros autores como (KÖCHE, 2000; COLÂNGELO FILHO, 2001) apontam vários outros efeitos causados pelos ERPs e que também são percebidos pela contabilidade. Dentre outros, destacam-se:

40 - Informações financeiras integradas - possibilitam aos administradores estratégicos entender o desempenho global da empresa; - Redução de custos; - Planejamento estratégico; - Elaboração de orçamentos; - Redução de inventário - os inventários tendem a reduzir-se, além de possibilitarem melhores planos de entrega aos clientes; - Informações integradas de pedidos de clientes - os pedidos dos clientes podem ser melhor rastreados por suas informações integradas; - Busca por maior competitividade global - as organizações uniformizam seus processos contábeis no plano global; - Preparação para o crescimento - contemplando o aumento do volume de operações por meio de crescimento orgânico/aquisições, inclusive por operações em outros países; - Flexibilidade - o mercado exige cada vez mais a capacidade de mudar processos de negócio e estrutura operacional; - Elevado número de fornecedores de sistemas - causa dificuldades em integrálos e administrá-los; - Exigências tecnológicas de parceiros de negócios - as cadeias de suprimentos exigem uma integração funcional eficaz; - Concentração de poder pelo uso das informações obtidas no ERP.

41 3. MÉTODOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1. Tipo e Método de Pesquisa Na realização desta dissertação, utilizou-se a pesquisa do tipo descritiva, que de acordo com Collis e Hussey (2006) é aquela que descreve o comportamento dos fenômenos e busca identificar informações sobre as características de um determinado problema ou questão. Segundo Cooper e Shindler (2003) este tipo de estudo normalmente envolve a coleta e a criação de bancos de dados, onde o pesquisador observa a relação da interação entre duas ou mais variáveis. Em pesquisas de natureza descritiva os dados compilados costumam ser quantitativos e técnicas estáticas são geralmente usadas para resumir as informações. A pesquisa descritiva segundo Collis e Hussey (2006) vai além da pesquisa exploratória ao examinar um problema, uma vez que avalia e descreve as características das questões pertinentes. De acordo com Hair et al. (2006), pesquisas de natureza descritiva geralmente são utilizadas para responder questões do tipo Quem, Quando, Quais, Como, afim de que se possa extrair e medir as características descrita em uma questão de pesquisa. Portanto, para a realização deste estudo utilizou-se a pesquisa descritiva, com o objetivo de validar construtos da qualidade da informação contábil, por meio da percepção dos usuários de sistemas de informação. Com relação ao método, utilizou-se para este estudo, o método quantitativo, tendo em vista que o foco era a mensuração de fenômenos. De acordo com Collis e Hussey (2006), um método quantitativo essencialmente envolve coletar, analisar dados numéricos e aplicar testes estatísticos. Hair et al. (2006) mencionam que dados quantitativos são mais objetivos que os dados qualitativos, uma vez que os resultados estatísticos provenientes da pesquisa, não dependem da opinião do pesquisador, fundamentando-se somente nas habilidades do pesquisador como analista. Como a dissertação remetia ao estudo e validação dos construtos da qualidade da informação contábil por meio da percepção dos usuários de sistemas de informação e com

42 base nas descrições acima, verificou-se que o método quantitativo foi adequado para esclarecimento do tema proposto. 3.2. População e Amostra A população é definida por Collis e Hussey (2006) como sendo um conjunto de pessoas ou qualquer coleção de itens que estão sendo considerados em uma pesquisa, ou seja, a população inclui a totalidade de observações que podem ser feitas. Para composição da população desta pesquisa foram considerados os profissionais da área contábil, que em seu cotidiano utilizam-se de sistemas de informação para obterem informações contábeis. Informações estas, que os permitem gerar novos conhecimentos e os auxiliam na execução de suas tarefas. Com relação à amostra, definiu-se a utilização da amostragem não probabilística, que segundo Mattar (2006) é aquela em que a seleção dos elementos da população a amostra depende, ao menos em parte, do julgamento do pesquisador ou entrevistador no campo. Para a seleção da amostra, o critério adotado foi o da amostragem por conveniência, pelo fato de ser a área e profissão exercida pelo pesquisador, sendo que a seleção dos elementos da amostra se mostraram mais disponíveis e que puderam oferecer as informações necessárias (HAIR et al., 2006). Portanto, foram definidos como participantes da amostra final, os profissionais da área contábil, que conforme já mencionado, utilizam-se de sistemas de informação para obterem informações contábeis. 3.3. Procedimento de Coleta dos Dados Para a coleta dos dados, foi desenvolvido um questionário eletrônico (Apêndice I), contendo perguntas predominantemente fechadas, para as quais se solicitou a atribuição de uma nota entre 1 e 10. O valor 1 representou concordância mínima e 10, concordância máxima, para cada uma assertiva constante no questionário. O questionário foi desenvolvido e adaptado com base no instrumento utilizado pelos autores Kahn et al. (2002). Fez, também, parte do questionário, um conjunto de perguntas cuja finalidade foi a caracterização do respondente da pesquisa, ou seja, o usuário da informação contábil e, da empresa do respondente.

43 A coleta de dados ocorreu entre os entre os meses de fevereiro e maio de 2011. Foram enviados cerca de 150 emails com o link do questionário eletrônico, com um retorno de 65 questionários válidos, que foram então processados. 3.4. Técnicas utilizadas para Análise dos Dados Neste tópico estão descritas as técnicas de análise utilizadas no tratamento dos dados coletados com o questionário eletrônico. Foram utilizadas as técnicas do Teste t para análise da diferença médias, o Alpha de Cronbach para teste de confiabilidade dos construtos da qualidade da informação contábil e o teste de correlação entre as variáveis. 3.4.1. Teste t Segundo Hair et al. (2006), o teste t é uma técnica que pode ser utilizada para verificar se uma hipótese que estabelece se as médias associadas a duas amostras ou grupos independentes são iguais. O teste t avalia se há diferenças entre amostras observadas e se para estas houve uma diferença verdadeira ou casual. Hair et al. (2006) ressalta que esta técnica largamente utilizada por favorecer amostras pequenas, entretanto, deve ser utiliza para uma amostra de tamanho mínimo 30. 3.4.2. Alpha de Cronbach Segundo Cronbach (1951), citado por Maroco e Marques (2006), o Alpha de Cronbach é o índice a estima quão uniformemente os itens contribuem para a soma não ponderada do instrumento, variando numa escala de 0 a 1. Esta propriedade é conhecida por consistência interna da escala, e assim, o a pode ser interpretado como coeficiente médio de todas as estimativas de consistência interna que se obtêm se todas as divisões possíveis da escala forem feitas. 3.4.3. Análise de Correlação Segundo Hair (2006), a correlação de Pearson é utilizada para mensurar a associação linear entre duas variáveis métricas. O número que representa a correlação de Pearson é chamado coeficiente de correlação. Ele varia de -1,00 a +1,00, com o zero não representando

44 absolutamente nenhuma associação entre as duas variáveis métricas. Quanto maior o coeficiente de correlação, mais forte a ligação ou o nível de associação. Os coeficientes de correlação podem ser positivos ou negativos, dependendo da direção da relação entre as variáveis. 3.4.4. Análise Fatorial Segundo Hair et al. (2006), a análise fatorial é uma técnica multivariada de redução de dados, que engloba um conjunto de técnicas de interdependência, com o objetivo de definir a estrutura existente entre as variáveis que fazem parte da análise multivariada. Ela fornece subsídios para se analisar a estrutura das inter-relações, ou correlações existentes em um número grande de variáveis, o que possibilita a formação de conjuntos de variáveis que são fortemente inter-relacionadas e que são identificados como fatores. Pode-se dizer, que, diferentemente das técnicas: análise de variância; análise de regressão múltipla e a análise discriminante, a análise fatorial não leva em conta as diferenças entre as variáveis dependentes (VD) e independentes (VI). Ela é considerada uma técnica de interdependência, pois examina todo o conjunto de relações interdependentes (MALHOTRA, 2001). Para Hair et al. (2006), a decisão para a utilização da análise fatorial tem como ponto de partida o problema de pesquisa. Seu principal objetivo é resumir a informação que fazem parte das diversas variáveis originais, em um conjunto menor, com novas dimensões compostas ou variáveis estatísticas (fatores), sem que haja perda de informação. Segundo Fávero et al. (2009), para que a aplicação da análise fatorial seja considerada como adequada, alguns dados estatísticos da amostra precisam favorecer esta técnica de análise de dados. Estes mesmos autores mencionam que um dos indicadores de sucesso para a aplicação da análise fatorial é o fato do KMO ser superior a 0,60. Neste estudo utilizou-se a análise fatorial para identificar a estrutura subjacente aos construtos encontrados na teoria (15 dimensões da qualidade de informação contábil). De forma geral, no processamento da análise fatorial, utilizaram-se os parâmetros, indicados no quadro 04.

45 Parâmetro Descrição Autor(es) Medida de adequação da amostra Matriz de Fatores Rotação Fatorial Comunalidade Variância É a medida para validar a adequação da amostra à análise fatorial. Valores para a medida de adequação da amostra HAIR et al. (2006) (MSA) devem >= 0,5. É a matriz de fatores que aponta os coeficientes utilizados para indicar as variáveis padronizadas em fatores. Malhotra (2001) É o processo de ajuste dos eixos fatoriais com a finalidade de se obter uma solução fatorial mais simples. O método Hair et al. (2006) Varimax é o que minimiza o número de variáveis, com altas cargas nos fatores individuais. É a porção da variância compartilha por uma variável com as demais variáveis. Pode ser entendida como a proporção Malhotra (2001) de variância explicada pelos fatores comuns. Representa a quantidade total de dispersão de valores para Hair et al. (2006) uma única variável em torno de sua média. Quadro 04: Parâmetros da Análise Fatorial

46 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS A apresentação e análise dos resultados está dividida em duas etapas: a primeira etapa destinou-se a caracterização dos respondentes da pesquisa e respectivas empresas onde atuam, e a segunda etapa destinou-se a análise e interpretação dos resultados da pesquisa de acordo com cada construto pesquisado, com base nos resultados apresentados pelas questões, autoaplicadas por meio de questionário eletrônico aos profissionais usuários da informação contábil. O questionário eletrônico utilizado na coleta de dados encontra-se na seção de Apêndice deste trabalho. Ao todo, foram enviados cerca de 150 emails convidando os potenciais respondentes a participarem da pesquisa, sendo que 65 preencheram o formulário de forma completa e satisfatória. Os dados foram coletados entre os meses de fevereiro e maio de 2011. 4.1. Caracterização dos Respondentes da Pesquisa A primeira parte do questionário destinava-se a caracterização dos participantes da pesquisa e respectivas empresas onde atuam. Para esta tabulação, utilizou-se estatística descritiva por freqüência, a fim de retratar o perfil dos respondentes. Os resultados, para melhor visualização, foram apresentados por meio de gráficos, quadros e tabelas, conforme demonstrado a seguir. Com relação à escolaridade dos respondentes, verificou-se que dentre o grau de instrução disponível para esta pesquisa, a classe mais acentuada foi a de nível superior, atingindo 35% da totalidade dos participantes. Gráfico 01: Escolaridade dos participantes da pesquisa

47 Com relação à formação dos respondentes, verificou-se que dentre as formações elencadas nesta pesquisa, a classe mais acentuada foi a formação em contabilidade, atingindo 58%, ou seja, mais da metade dos participantes. Gráfico 02: Formação dos participantes da pesquisa Com relação ao cargo e função dos respondentes, verificou-se que dentre as funções, as que mais se destacaram foram a de Assistente Contábil e Analista Contábil, ambas atingindo 11% da totalidade dos participantes. Gráfico 03: Cargo / Função dos participantes da pesquisa

48 Com relação ao tempo de empresa dos respondentes, verificou-se que dentre os intervalos disponíveis, a faixa mais acentuada foi a entre 1 e 5 anos, atingindo 31% da totalidade dos participantes. Gráfico 04: Tempo de Empresa dos participantes da pesquisa Com relação à área de atuação dos respondentes, verificou-se que dentre as mencionadas, a área mais acentuada foi a contábil, assumindo 34% da totalidade dos participantes. Gráfico 05: Área de Atuação dos participantes da pesquisa

49 Com relação ao segmento de atuação das empresas, verificou-se que dentre os agrupamentos, o segmento mais acentuado foi o de serviços, atingindo 38% da totalidade dos participantes. Gráfico 06: Segmento de Atuação das empresas Com relação ao porte das empresas, verificou-se que dentre as empresas nas quais os usuários da informação contábil atuam, destacaram-se as de Grande Porte, assumindo 55% da totalidade dos participantes. Gráfico 07: Porte da Empresa dos participantes da pesquisa

50 Com relação à empresa fazer parte de um conglomerado maior, verificou-se que dentre as empresas nas quais os usuários da informação contábil atuam, 63% da totalidade dos participantes não fazem parte. Gráfico 08: Faz parte de um Conglomerado Com relação ao tempo de atuação das empresas, destacaram-se as com mais de 30 anos, atingindo 28% da totalidade dos participantes. Gráfico 09: Tempo de Atuação das empresas no mercado

51 Com relação ao sistema corporativo adotado nas empresas, destacou-se dentre os demais sistemas, o sistema ERP-Jotec, assumindo 26% da totalidade dos participantes. Gráfico 10: Sistema Corporativo Adotado pelas empresas E por fim, com relação ao tempo de uso do sistema, acentuadamente destacou-se com 52%, a classe acima de 5 anos. Gráfico 11: Tempo de Uso do Sistema pelas empresas

52 4.2. Resultados da Pesquisa Compuseram a segunda parte do questionário conforme já descrito nos procedimentos metodológicos, setenta e seis questões assertivas disponibilizadas aos respondentes eletronicamente. O enunciado principal dizia: Atribua notas de 1 a 10 (sendo 1 o mínimo e 10 o máximo) para as assertivas a seguir, de modo que a "Nota" reflita sua percepção sobre a Qualidade da Informação Contábil que Recebe/Utiliza do Sistema de Informação. Destas setenta e seis, sessenta questões compunham os construtos relacionados à qualidade da informação contábil percebida pelos usuários. Quinze questões convalidavam os resultados obtidos pelas respostas atribuídas aos construtos de qualidade da informação contábil. E por fim, de maneira geral, a última questão validava a satisfação dos usuários da informação contábil com relação à qualidade das informações obtidas por meio do sistema de informação utilizado nas empresas em que atuam. Para análise das questões assertivas utilizou-se a estatística descritiva, de forma que cada variável indicadora compusesse por meio das médias obtidas pelas escalas somadas, os construtos: 1) acessibilidade, 2) quantidade de informação, 3) completude, 4) credibilidade, 5) concisão, 6) consistência, 7) facilidade de operação, 8) sem erro, 9) interpretabilidade, 10) objetividade, 11) relevância, 12) reputação, 13) segurança, 14) oportunidade e 15) compreensibilidade. Construtos estes que, ao que se pode entender por meio da análise dos dados, deu origem a um único fator empiricamente denominado Qualidade da Informação Contábil. A técnica das escalas somadas foi utilizada, visto que aos respondentes foram encaminhadas questões assertivas e o objetivo era mensurar as atitudes ou as opiniões dos mesmos com relação qualidade das informações contábeis obtidas por meio do sistema de informação utilizado em sua empresa, segundo pontuação atribuída a cada uma das questões por meio das respostas dos participantes. Escalas de classificações somadas, como o próprio nome diz, são aquelas para as quais o pesquisador efetua a soma das escalas para todas as afirmações observadas (HAIR et al., 2006). Para validação dos construtos da qualidade da informação contábil, um dos objetivos específicos da questão de pesquisa, foi utilizada a técnica de verificação do Alpha de Cronbach, de modo que se pudesse garantir a confiabilidade interna de cada um dos construtos. O valor de corte esperado para o Alpha de Cronbach é de 0.7 (HAIR et al., 2006).

53 Com intuito de melhor transparecer as etapas de processamento dos dados, criou-se o quadro 05 para demonstrar quais assertivas do apêndice I deram origem as variáveis observadas e quais delas foram eliminadas no teste de confiabilidade. Utilizou-se para análise do banco de dados, o software IBM SPSS Statistics em sua versão 19, onde se pode verificar o Alpha de Cronbach para cada um dos construtos. Variáveis Aces_1 Aces_2 Aces_3 Aces_4 Qtde_1 Qtde_2 Qtde_3 Qtde_4 Complet_1 Complet_2 Complet_3 Complet_4 Credib_1 Credib_2 Credib_3 Credib_4 Concisa_1 Concisa_2 Concisa_3 Composição (Conforme Assertivas Apêndice I) É facilmente recuperável. É obtida facilmente. É facilmente acessível. É rapidamente acessível quando necessário. Não é em volume correspondente as minhas necessidades. É em quantidade adequada às minhas necessidades. É em volume adequado para minhas necessidades. É em quantidade adequada. É suficientemente completa para as minhas necessidades. Abrange todas as necessidades de minhas tarefas. Inclui todos os valores necessários. É incompleta. É confiável. É plenamente acreditável. É de credibilidade duvidosa. É credível. É representada de forma compacta e concisa. É formatada de forma compacta. É apresentada de forma compacta. Variáveis Eliminadas

54 Concisa_4 Consist_1 Consist_2 Consist_3 Consist_4 FacOper_1 FacOper_2 FacOper_3 FacOper_4 SemErro_1 SemErro_2 SemErro_3 SemErro_4 Interpret_1 Interpret_2 Interpret_3 Interpret_4 Objetiv_1 Objetiv_2 Objetiv_3 Objetiv_4 Relevanc_1 Relevanc_2 Relevanc_3 Relevanc_4 É apresentada de forma concisa. É representada em um formato compatível. É apresentada de forma consistente. É apresentada de forma consistente no mesmo formato. É apresentada de forma consistente. A informação contábil que opero/manuseio É de fácil agregação. É difícil de se manipular para satisfazer as minhas necessidades. É fácil de combinar com outras informações. É fácil de manipular para satisfazer às minhas necessidades. É correta. Tem conteúdo exato. É incorreta. É acurada. É de fácil interpretação. É difícil de interpretar. É facilmente interpretável. Quando codificada é difícil de interpretar. Apresenta uma visão imparcial. É filtrada objetivamente. É objetiva. É baseada em fatos. É relevante para o meu trabalho. É aplicável ao meu trabalho. É útil para o meu trabalho. É adequada para o meu trabalho.

55 Reput_1 Reput_2 Reput_3 Reput_4 Seguranca_1 Seguranca_2 Seguranca_3 Seguranca_4 Oportunid_1 Oportunid_2 Oportunid_3 Oportunid_4 Compreensib_1 Compreensib_2 Compreensib_3 Compreensib_4 Tem uma reputação de qualidade. Tem má reputação para a qualidade. Vem de fontes confiáveis. Tem uma boa reputação. Não está protegida com segurança adequada. Só pode ser acessada por pessoas que devem utilizá-la. Tem acesso bastante restrito. É protegida contra acesso não autorizado. É suficientemente atualizada para o meu trabalho. É atualizada para minhas atividades no trabalho. Não é suficientemente atualizada para o meu trabalho. É bastante oportuna. É significativamente difícil de entender. É significativamente fácil de entender. É fácil de compreender. É fácil de entender. Quadro 05: Composição das Variáveis Teste Confiabilidade Iniciando a validação, para o construto Acessibilidade, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,854. Conforme literatura descriminada adiante, não houve para este construto, a necessidade de eliminar qualquer variável, visto que o valor encontrado na validação do mesmo considera-se adequado segundo os autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

56 Variáveis do Construto Acessibilidade Tabela 01: Teste de Confiabilidade Acessibilidade Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Aces_1 20,31 30,841 0,631 0,842 Aces_2 20,25 29,282 0,805 0,768 Aces_3 20,06 31,715 0,617 0,847 Aces_4 20,20 30,788 0,743 0,795 Já para o construto Quantidade Informação, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,924. Entretanto, houve para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Qtde_1 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que resultou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Quantidade Informação Tabela 02: Teste de Confiabilidade Quantidade Informação Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Qtde_2 13,22 16,953 0,843 0,893 Qtde_3 13,28 15,766 0,872 0,868 Qtde_4 13,38 16,147 0,823 0,909 No caso do construto Completude, como resultado do teste de confiabilidade, obtevese um valor de Alpha de Cronbach de 0,862. No entanto, também houve para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Complet_4 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que culminou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

57 Variáveis do Construto Completude Tabela 03: Teste de Confiabilidade Completude Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Complet_1 13,22 16,140 0,771 0,784 Complet_2 13,71 15,241 0,764 0,782 Complet_3 13,88 13,828 0,698 0,857 No caso do construto Credibilidade, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,864. Contudo, houve também para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Credib_3 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que acabou resultando na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Credibilidade Tabela 04: Teste de Confiabilidade Credibilidade Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Credib_1 14,38 14,897 0,698 0,852 Credib_2 14,49 14,098 0,832 0,721 Credib_4 14,20 16,631 0,702 0,844 Para o construto Concisão, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,868. Conforme literatura descriminada adiante, não houve para este construto, a necessidade de eliminar qualquer variável, visto que o valor encontrado na validação do mesmo considera-se adequado segundo os autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

58 Variáveis do Construto Concisão Tabela 05: Teste de Confiabilidade Concisão Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Concisa_1 19,66 26,165 0,749 0,819 Concisa_2 19,72 27,235 0,648 0,860 Concisa_3 19,72 25,703 0,759 0,815 Concisa_4 19,68 26,628 0,723 0,829 No caso do construto Consistência, como resultado do teste de confiabilidade, obtevese um valor de Alpha de Cronbach de 0,885. Conforme literatura descriminada adiante, não houve também para este construto, a necessidade de eliminar qualquer variável, visto que o valor encontrado na validação do mesmo considera-se adequado segundo os autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Consistente Tabela 06: Teste de Confiabilidade Consistência Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Consist_1 20,37 31,018 0,723 0,863 Consist_2 20,20 30,819 0,746 0,855 Consist_3 20,60 29,431 0,712 0,869 Consist_4 20,48 28,628 0,826 0,823 Já no caso do construto Facilidade Operação, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,912. Entretanto, houve para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada FacOper_2 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que resultou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

59 Variáveis do Construto Facilidade Operação Tabela 07: Teste de Confiabilidade Facilidade Operação Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado FacOper_1 12,74 19,259 0,838 0,867 FacOper_3 13,15 17,132 0,861 0,843 FacOper_4 13,06 17,934 0,782 0,911 Para o construto Sem Erro, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,806. No entanto, houve também para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada SemErro_3 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que culminou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Sem Erro Tabela 08: Teste de Confiabilidade Sem Erro Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado SemErro_1 13,69 12,904 0,696 0,693 SemErro_2 14,17 11,362 0,724 0,658 SemErro_4 14,35 14,451 0,553 0,833 Já para o construto Interpretabilidade, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,756. Contudo, houve para este construto, a necessidade de eliminar as variáveis denominadas Interpret_2 e Interpret_4 (Quadro 05), cuja conotação de ambas as questões eram negativas, e mesmo negativando-as, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que culminou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

60 Variáveis do Construto Interpretabilidade Tabela 09: Teste de Confiabilidade Interpretabilidade Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Interpret_1 6,86 4,309 0,608. Interpret_3 7,25 3,938 0,608. No caso do construto Objetividade, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,780. Entretanto, houve para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Objetiv_1 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que resultou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Objetividade Tabela 10: Teste de Confiabilidade Objetividade Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Objetiv_2 14,63 9,205 0,663 0,666 Objetiv_3 14,32 10,441 0,775 0,530 Objetiv_4 13,60 14,462 0,462 0,851 Já no caso do construto Relevância, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,794. Conforme literatura descriminada adiante, não houve para este construto, a necessidade de eliminar qualquer variável, visto que o valor encontrado na validação do mesmo considera-se adequado segundo os autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

61 Variáveis do Construto Relevância Tabela 11: Teste de Confiabilidade Relevância Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Relevanc_1 22,52 20,597 0,541 0,773 Relevanc_2 22,86 17,777 0,727 0,681 Relevanc_3 22,92 19,541 0,556 0,767 Relevanc_4 23,49 18,035 0,604 0,744 Para o construto Reputação, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,868. No entanto, houve para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Reput_2 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que resultou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Reputação Tabela 12: Teste de Confiabilidade Reputação Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Reput_1 14,09 17,023 0,778 0,788 Reput_3 13,92 17,447 0,712 0,847 Reput_4 14,26 16,071 0,757 0,806 No caso do construto Segurança, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,831. Contudo, houve também para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Seguranca_1 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que acabou culminando na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

62 Variáveis do Construto Segurança Tabela 13: Teste de Confiabilidade Segurança Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Seguranca_2 12,25 18,282 0,792 0,664 Seguranca_3 13,08 19,853 0,636 0,819 Seguranca_4 12,25 19,688 0,648 0,807 Já para o construto Oportunidade, como resultado do teste de confiabilidade, obtevese um valor de Alpha de Cronbach de 0,772. Entretanto, houve para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Oportunid_3 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que resultou na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006). Variáveis do Construto Oportunidade Tabela 14: Teste de Confiabilidade Oportunidade Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Oportunid_1 13,88 13,735 0,559 0,743 Oportunid_2 13,63 13,049 0,636 0,660 Oportunid_4 13,94 12,465 0,625 0,672 Finalmente, para o construto Compreensibilidade, como resultado do teste de confiabilidade, obteve-se um valor de Alpha de Cronbach de 0,895. No entanto, houve também para este construto, a necessidade de eliminar a variável denominada Compreensib_1 (Quadro 05), cuja conotação da questão era negativa, e mesmo negativando-a, o valor do Alpha de Cronbach não se mostrou melhor, o que acabou resultando na sua exclusão. A partir dai, o valor encontrado na validação do construto, considerou-se adequado conforme literatura descrita pelos autores (NUNALLY, 1978; PETERSON, 1994; MAROCO; MARQUES, 2006; HAIR et al., 2006).

63 Variáveis do Construto Compreensibilidade Tabela 15: Teste de Confiabilidade Compreensibilidade Escala de Médias se Item fosse Deletado Escala de Variância se Item fosse Deletado Correção da Correlação do Total-item Alpha de Cronbach se o Item fosse Deletado Compreensib_2 13,52 19,097 0,661 0,957 Compreensib_3 13,43 16,437 0,824 0,824 Compreensib_4 13,54 14,721 0,911 0,742 Para melhor visualizar os resultados apresentados na validação do teste de confiabilidade, criou-se a tabela 16 para que se pudesse observar de forma resumida, a apresentação de cada construto e seus respectivos Alpha s de Cronbach. Tabela 16: Apresentação dos Construtos e respectivos Alpha s de Cronbach Construtos Alpha de Cronbach Número Variáveis Acessibilidade 0,854 4 Quantidade Informação 0,924 3 Completude 0,862 3 Credibilidade 0,864 3 Concisão 0,868 4 Consistência 0,885 4 Facilidade Operação 0,912 3 Sem Erro 0,806 3 Interpretabilidade 0,756 2 Objetividade 0,780 3 Relevância 0,794 4 Reputação 0,868 3 Segurança 0,831 3 Oportunidade 0,772 3 Compreensibilidade 0,895 3

64 Na elaboração do banco de dados, criaram-se dois grupos de variáveis para avaliar o gap entre expectativa e percepção do usuário da informação contábil. O primeiro grupo foi composto pelas variáveis: Acessibilidade, Qtde_Informacao, Completude, Credibilidade, Concisao, Consistente, Fac_Operacao, Sem_Erro, Interpretabilidade, Objetividade, Relevancia, Reputacao, Seguranca, Oportunidade e Compreensibilidade, para as quais a finalidade era retratar a expectativa do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Utilizou-se também para esta análise, o software IBM SPSS Statistics 19, onde se pode avaliar o Gap por meio das Médias e o Teste Pareado das Amostras de cada construto validado. No quadro 06 a seguir, procurou-se demonstrar como as variáveis do 1 grupo se originaram e a qual assertiva do apêndice I cada variável está relacionada. Variáveis 1 Grupo Acessibilidade Qtde_Informacao Completude Credibilidade Concisao Consistente Fac_Operacao Sem_Erro Interpretabilidade Objetividade Relevancia Reputacao Seguranca Oportunidade Composição (Conforme Assertivas Apêndice I) Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser mais acessível. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser em quantidade mais apropriada. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria oferecer maior completude. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria oferecer maior credibilidade. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser apresentada de forma mais concisa. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser apresentada de forma mais consistente. Entendo que a informação contábil deveria ser operada/manuseada Com maior facilidade. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria conter menos erro. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser interpretada com maior facilidade. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser mais objetiva. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser mais útil. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser de melhor reputação. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser acessada com maior segurança. Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser mais oportuna.

65 Compreensibilidade Entendo que a informação contábil recebida/utilizada Deveria ser compreendida com maior facilidade. Quadro 06: Composição das Variáveis 1 Grupo Teste pareado das Amostras O segundo grupo foi composto pelas variáveis: M_Aces, M_Qtde3, M_Complet3, M_Credib3, M_Concisa, M_Consist, M_Fac_Oper3, M_Sem_Erro3, M_Interpret2, M_Objetiv3, M_Relevancia, M_Reput3, M_Seguranca3, M_Opotunid3 e M_Compreensib3, para as quais a finalidade era retratar a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Desta forma, no quadro 07 procurou-se demonstrar como as variáveis do 2 grupo se originaram e a qual variável do quadro 05 cada variável está relacionada. M_Aces Variáveis 2 Grupo M_Qtde3 M_Complet3 M_Credib3 M_Concisa M_Consist M_Fac_Oper3 M_Sem_Erro3 M_Interpret2 M_Objetiv3 M_Relevancia M_Reput3 M_Seguranca3 M_Opotunid3 Composição (Conforme Quadro 05) Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por quatro: Aces_1, Aces_2, Aces_3 e Aces_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Qtde_2, Qtde_3 e Qtde_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Complet_1, Complet_2 e Complet_3. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Credib_1, Credib_2 e Credib_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por quatro: Concisa_1, Concisa _2, Concisa _3 e Concisa _4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por quatro: Consist_1, Consist _2, Consist _3 e Consist _4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: FacOper_1, FacOper_3 e FacOper_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: SemErro_1, SemErro_2 e SemErro_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por dois: Interpret_1 e Interpret_3. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Objetiv_2, Objetiv_3 e Objetiv_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por quatro: Relevanc_1, Relevanc_2, Relevanc_3 e Relevanc_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Reput_1, Reput_3 e Reput_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Seguranca_2, Seguranca_3 e Seguranca_4. Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Oportunid_1, Oportunid_2 e Oportunid_4.

66 M_Compreensib3 Média das variáveis abaixo, somadas e divididas por três: Compreensib_2, Compreensib_3 e Compreensib_4. Quadro 07: Composição das Variáveis 2 Grupo Teste pareado das Amostras Iniciando a validação, para o construto Acessibilidade, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Acessibilidade (Expectativa 5,74) indicada no Quadro 06 e M_Aces (Percepção 6,7346) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -2,154 e um nível de significância de 0,035. O que indicou a rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Com base na diferença das médias das variáveis, observou-se que para o construto Acessibilidade, os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida, o que traz indícios de satisfação do usuário em relação ao sistema. Tabela 17: Teste Pareado das Amostras Acessibilidade Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo T Acessibilidade 5,74-1,91989-0,07242-2,154 0,035 M_Aces 6,7346 Já para o construto Quantidade Informação, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Qtde_Informacao (Expectativa 6,08) indicada no Quadro 06 e M_Qtde3 (Percepção 6,6462) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -1,248 e um nível de significância de 0,217. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Quantidade Informação, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa.

67 Tabela 18: Teste Pareado das Amostras Quantidade Informação Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo T Qtde_Informacao 6,08-1,48045 0,34199-1,248 0,217 M_Qtde3 6,6462 No caso do construto Completude, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Completude (Expectativa 6,51) indicada no Quadro 06 e M_Complet3 (Percepção 6,8000) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -0,599 e um nível de significância de 0,551. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e também a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Completude, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Tabela 19: Teste Pareado das Amostras Completude Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo T Completude 6,51-1,26747 0,68285-0,599 0,551 M_Complet3 6,8000 Para o construto Credibilidade, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Credibilidade (Expectativa 5,66) indicada no Quadro 06 e M_Credib3 (Percepção 7,1795) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -2,869 e um nível de significância de 0,006. O que indicou a rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da diferença das médias das variáveis, que para o construto Credibilidade, os participantes da pesquisa demonstraram que sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida pelo sistema, foi ligeiramente superada, o que novamente traz indícios da satisfação do usuário em relação ao sistema.

68 Tabela 20: Teste Pareado das Amostras Credibilidade Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Credibilidade 5,66-2,57489-0,46101-2,869 0,006 M_Credib3 7,1795 Para o construto Concisão, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Concisao (Expectativa 5,92) indicada no Quadro 06 e M_Concisa (Percepção 6,5654) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -1,354 e um nível de significância de 0,181. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Concisão, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Tabela 21: Teste Pareado das Amostras Concisão Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Consisao 5,92-1,59017 0,30555-1,354 0,181 M_Consisa 6,5654 Já no caso do construto Consistência, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Consistente (Expectativa 5,85) indicada no Quadro 06 e M_Consist (Percepção 6,8038) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -2,010 e um nível de significância de 0,049. O que indicou a rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Com base na diferença das médias das variáveis, observou-se que para o construto Consistência, os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando

69 ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida, o que traz por parte do usuário, indícios de sua satisfação em relação ao sistema. Tabela 22: Teste Pareado das Amostras Consistência Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Consistente 5,85-1,90944-0,00595-2,010 0,049 M_Consist 6,8038 Para o construto Facilidade Operação, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Fac_Operacao (Expectativa 6,69) indicada no Quadro 06 e M_Fac_Oper3 (Percepção 6,4923) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de 0,417 e um nível de significância de 0,678. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Facilidade Operação, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Tabela 23: Teste Pareado das Amostras Facilidade Operação Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Fac_Operacao 6,69-0,75721 1,15721 0,417 0,678 M_Fac_Oper3 6,4923 No caso do construto Sem Erro, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Sem_Erro (Expectativa 6,05) indicada no Quadro 06 e M_Sem_Erro3 (Percepção 7,0359) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -1,929 e um nível de significância de 0,058. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Com base na igualdade das médias das variáveis, observou-se que para o construto Sem Erro, também não

70 houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Tabela 24: Teste Pareado das Amostras Sem Erro Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Sem_Erro 6,05-2,01452 0,03503-1,929 0,058 M_Sem_Erro3 7,0359 Para o construto Interpretabilidade, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Interpretabilidade (Expectativa 6,09) indicada no Quadro 06 e M_Interpret2 (Percepção 7,0538) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -1,969 e um nível de significância de 0,053. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Interpretabilidade, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Tabela 25: Teste Pareado das Amostras Interpretabilidade Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Interpretabilidade 6,09-1,93716 0,01408-1,969 0,053 M_Interpret2 7,0538 Já para o construto Objetividade, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Objetividade (Expectativa 6,09) indicada no Quadro 06 e M_Objetiv3 (Percepção 7,0923) indicada no Quadro 06, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -2,168 e um nível de significância de 0,034. O que indicou a rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também

71 por meio da diferença das médias das variáveis, que para o construto Objetividade, os participantes da pesquisa demonstraram que sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida pelo sistema, foi ligeiramente superada, o que outra vez traz indícios da satisfação do usuário em relação ao sistema. Tabela 26: Teste Pareado das Amostras Objetividade Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Objetividade 6,09-1,92149-0,07851-2,168 0,034 M_Objetiv3 7,0923 No caso do construto Relevância, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Relevancia (Expectativa 5,86) indicada no Quadro 06 e M_Relevancia (Percepção 7,6500) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -4,016 e um nível de significância de 0,000. O que indicou a rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Com base na diferença das médias das variáveis, observou-se que para o construto Relevância, os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida, o que traz indícios de satisfação do usuário em relação ao sistema. Tabela 27: Teste Pareado das Amostras Relevância Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Relevancia 5,86-2,67806-0,89887-4,016 0,000 M_Relevancia 7,6500 Para o construto Reputação, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Reputacao (Expectativa 5,48) indicada no Quadro 06 e M_Reput3 (Percepção 7,0462) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -2,864 e um nível de significância de 0,006. O que indicou a

72 rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da diferença das médias das variáveis, que para o construto Reputação, os participantes da pesquisa demonstraram que sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida pelo sistema, foi ligeiramente superada, o que traz por parte do usuário, indícios de sua satisfação em relação ao sistema. Tabela 28: Teste Pareado das Amostras Reputação Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Reputacao 5,48-2,66399-0,47447-2,864 0,006 M_Reput3 7,0462 Já no caso do construto Segurança, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Seguranca (Expectativa 5,82) indicada no Quadro 06 e M_Seguranca3 (Percepção 6,2615) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -0,870 e um nível de significância de 0,388. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Segurança, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Tabela 29: Teste Pareado das Amostras Segurança Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Seguranca 5,82-1,47055 0,57824-0,870 0,388 M_Seguranca3 6,2615 Para o construto Oportunidade, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Oportunidade (Expectativa 5,69) indicada no Quadro 06 e M_Oportunid3 (Percepção 6,9077) indicada no Quadro 07, ambas originadas

73 pela média das escalas somadas, um valor t de -2,507 e um nível de significância de 0,015. O que indicou a rejeição da hipótese nula e a não igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância inferior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Com base na diferença das médias das variáveis, observou-se que para o construto Oportunidade, os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida, o que novamente traz indícios de satisfação do usuário em relação ao sistema. Tabela 30: Teste Pareado das Amostras Oportunidade Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Oportunidade 5,69-2,18407-0,24670-2,507 0,015 M_Oportunid3 6,9077 Finalmente, para o construto Compreensibilidade, como resultado do teste pareado das amostras, obteve-se por meio da comparação das variáveis Compreensibilidade (Expectativa 6,09) indicada no Quadro 06 e M_Compreensib3 (Percepção 6,7487) indicada no Quadro 07, ambas originadas pela média das escalas somadas, um valor t de -1,214 e um nível de significância de 0,229. O que indicou a não rejeição da hipótese nula e a igualdade das médias das variáveis, devido ao nível de significância superior a 0,05 conforme mencionado na literatura descrita pelos autores (COLLIS; HUSSEY, 2006; HAIR et al., 2006; FÁVERO et al., 2009). Observou-se também por meio da igualdade das variáveis, que para o construto Compreensibilidade, não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa.

74 Tabela 31: Teste Pareado das Amostras Compreensibilidade Variáveis Comparadas Média Variáveis Intervalo de Confiança (95%) Significância Mínimo Máximo t Compreensibilidade 6,09-1,73669 0,42387-1,214 0,229 M_Compreensib3 6,7487 Para melhor visualizar os resultados apresentados na validação do teste pareado da amostras, criou-se a tabela 32 para que se pudesse observar de forma resumida, a apresentação de cada construto, seus respectivos níveis de significância e a expectativa e percepção com relação qualidade da informação contábil. Tabela 32: Apresentação dos Construtos e respectivos Níveis de Significância Construtos Nível Significância Expectativa e Percepção do Usuário da Informação Contábil Acessibilidade 0,035 Quantidade Informação 0,217 Completude 0,551 Credibildibilidade 0,006 Concisão 0,181 Consistência 0,049 Facilidade Operação 0,678 Os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Os participantes da pesquisa demonstraram que sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida pelo sistema, foi ligeiramente superada. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa.

75 Construtos Nível Significância Expectativa e Percepção do Usuário da Informação Contábil Sem Erro 0,058 Interpretabilidade 0,053 Objetividade 0,034 Relevância 0,000 Reputação 0,006 Segurança 0,388 Oportunidade 0,015 Compreensibilidade 0,229 Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Os participantes da pesquisa demonstraram que sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida pelo sistema, foi ligeiramente superada. Os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida. Os participantes da pesquisa demonstraram que sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida pelo sistema, foi ligeiramente superada. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Os participantes da pesquisa indicaram que o sistema de informação adotado pela empresa está superando ligeiramente sua expectativa com relação à qualidade da informação contábil recebida. Não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Utilizou-se ainda o software IBM SPSS Statistics 19 para avaliar por meio da técnica de análise fatorial, se os construtos da qualidade da informação contábil se agrupariam em uma quantidade menor de fatores. Compuseram para tal análise, as seguintes variáveis: M_Aces, M_Qtde3, M_Complet3, M_Credib3, M_Concisa, M_Consist, M_Fac_Oper3, M_Sem_Erro3, M_Interpret2, M_Objetiv3, M_Relevancia, M_Reput3, M_Seguranca3, M_Opotunid3 e M_Compreensib3 (Quadro 07), que como já fora mencionado anteriormente, tiveram a finalidade de retratar a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Segundo Fávero et al. (2009), para que a aplicação da análise fatorial seja considerada como adequada, alguns dados estatísticos da amostra precisam favorecer esta técnica de

76 análise de dados. Estes mesmos autores mencionam que um dos indicadores de sucesso para a aplicação da análise fatorial é o fato do KMO ser superior a 0,60. Após execução do KMO e Teste de Bartlett, obteve-se como demonstrado na tabela 33, um KMO de 0,918, o que denotou ser favorável a aplicação da técnica. Tabela 33: Apresentação do KMO e Teste de Bartlett Kaiser-Meyer-Olkin Medida da Adequação da Amostra Teste de Bartlett de Esfericidade Aproximada 0,918 1206,251 Obteve-se também a partir do método de principais componentes, onde a extração dos fatores estavam condicionadas a autovalores superiores a 1, o destaque de um único fator que conseguiu explicar 74,170% da variância dos dados originais. Entendeu-se empiricamente, que este fator representou a Qualidade da Informação Contábil obtida por meio do Sistema de Informação adotado pela empresa. Tabela 34: Apresentação da Variância Total Explicada Autovalores Inicial Extração das Somas das Cargas Quadráticas Componentes Total % de Variância Acumulativo % Total % de Variância Acumulativo % 1 11,126 74,170 74,170 11,126 74,170 74,170 2 0,932 6,211 80,381 3 0,644 4,291 84,672 4 0,460 3,069 87,741 5 0,369 2,463 90,204 6 0,339 2,258 92,462 7 0,229 1,524 93,986 8 0,184 1,230 95,215 9 0,167 1,112 96,328 10 0,136 0,906 97,234 11 0,119 0,796 98,030 12 0,097 0,648 98,678 13 0,088 0,586 99,264 14 0,076 0,505 99,768 15 0,035 0,232 100,000 Método de Extração: Analise dos Principais Componentes

77 Com base na tabela 35, apresentada a seguir, pôde-se afirmar que dentre os componentes apresentados segundo seu grau de importância mediante ao fator extraído, a variável M_Objetiv3 (0,944) foi a que mais se destacou sobre a predominância do fator empiricamente denominado Qualidade da Informação Contábil obtida por meio do Sistema de Informação adotado pela empresa. Tabela 35: Apresentação da Variável Predominante Variáveis Componente 1 M_Objetiv3 0,944 M_Consist 0,930 M_Qtde3 0,924 M_Aces 0,919 M_Consisa 0,894 M_Oportunid3 0,879 M_Interpret2 0,868 M_Complet3 0,861 M_Sem_Erro3 0,855 M_Fac_Oper3 0,848 M_Compreensib3 0,842 M_Reput3 0,832 M_Relevancia 0,824 M_Credib3 0,824 M_Seguranca3 0,632 A tabela 36 a seguir, observou a variável Sist_Qualid_Info, na qual retratou-se o nível de satisfação do usuário com relação ao sistema de informação utilizado para obtenção das informações contábeis.

78 Tabela 36: Qualidade Sistema de Informação Validações Freqüência Percentual Percentual Validado Percentual Acumulativo 1 2 3,1 3,1 3,1 3 3 4,6 4,6 7,7 4 3 4,6 4,6 12,3 5 4 6,2 6,2 18,5 6 6 9,2 9,2 27,7 7 18 27,7 27,7 55,4 8 16 24,6 24,6 80,0 9 10 15,4 15,4 95,4 10 3 4,6 4,6 100,0 Total 65 100,0 100,0 O gráfico 12 a seguir demonstrou que, segundo opinião dos 65 participantes da pesquisa, os sistemas utilizados em suas empresas os têm atendido em aproximadamente 70% com relação à qualidade da informação contábil fornecida, visto que em uma escala composta por notas de 1 a 10, a média foi 6,97. Gráfico 12: Qualidade do Sistema de Informação segundo usuários da informação contábil

79 Finalizou-se a análise dos dados com o teste de correlação de Pearson efetuado entre as variáveis Qual_Inf_Contab e Sist_Qualid_Info (qualidade da informação contábil e o Sistema de Informação) onde observou-se uma correlação (0,679) e um nível de significância de 0,01, o que indica que a qualidade da informação contábil recebida está diretamente relacionada ao sistema de informação utilizado. Vide tabela 37. Tabela 37: Teste de Correlação Qual_Inf_Contab Sist_Qualid_Info Qual_Inf_Contab Correlação de Pearson 1 0,679(**) Sig. (2-tailed) 0,000 N 65 65 Qual_Inf_Contab Correlação de Pearson 0,679(**) 1 Sig. (2-tailed) 0,000 N 65 65

80 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa foi desenvolvida visando responder ao seguinte problema de pesquisa: Existe um gap de percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários? Após a coleta e processamento dos dados por meio de técnicas quantitativas, puderamse identificar alguns resultados que corroboram com Kahn et al. (2002), Pipino, Lee e Wang (2002), principalmente no que diz respeito aos construtos da qualidade da informação contábil, visto que a validação da consistência interna destes deu-se de forma satisfatória. Kahn et al. (2002), mencionam em seu estudo que embora a qualidade da informação seja multi-dimensional, trata-se de um único fenômeno. Nesta linha de pensamento, obteve-se a partir do método de principais componentes e técnica de análise fatorial, a extração de um único fator que conseguiu explicar 74,170% da variância dos dados originais. Entendeu-se empiricamente, que este fator representou a Qualidade da Informação Contábil obtida por meio do Sistema de Informação adotado pela empresa, o que confirma os achados da pesquisa Kahn et al. (2002). Os resultados da pesquisa demonstraram ainda, que segundo opinião dos 65 participantes da pesquisa, os sistemas utilizados em suas empresas os têm atendido em aproximadamente 70% com relação à qualidade da informação contábil fornecida, visto que em uma escala composta por notas de 1 a 10, a média foi 6,97. Possíveis lacunas podem ter ocorrido, visto que a percepção dos usuários é um tanto subjetiva. Lima et al. (2006), mencionam em seu estudo, que no Brasil, infelizmente ainda pouco se estuda sobre qualidade da informação, o que remete a não generalização dos resultados. Entende-se que os resultados desta pesquisa podem ser de grande valia para os profissionais da área de TI, no que diz respeito ao desenvolvimento de novas ferramentas para o auxilio dos usuários da informação contábil, bem como para os que desejam avançar academicamente nesta linha de estudo. Com relação ao primeiro objetivo específico (Avaliar o gap de percepção da qualidade da informação contábil recebida pelos sistemas de informação e a qualidade esperada pelos usuários), verificou-se que conforme indicação dos participantes da pesquisa, o

81 sistema de informação adotado pela empresa tem superando ligeiramente sua expectativa com relação a alguns construtos da qualidade da informação contábil. Com base nos resultados indicados pelos respondentes e construtos da qualidade da informação contábil avaliados, a pesquisa mostrou que para os construtos Quantidade Informação, Completude, Concisão, Facilidade Operação, Sem Erro, Interpretabilidade, Segurança e Compreensibilidade não houve distinção entre a expectativa e a percepção do usuário com relação à qualidade da informação contábil obtida por meio do sistema de informação adotado pela empresa. Já para os construtos Acessibilidade, Credibilidade, Consistência, Objetividade, Relevância, Reputação e Oportunidade houve uma ligeira superação de expectativa, o que traz indícios de sua satisfação em relação ao sistema. Com relação ao segundo objetivo específico (Validar a consistência interna dos construtos de qualidade de informação encontrados na literatura), a utilização do teste de confiabilidade, por meio do coeficiente de Alpha de Cronbach mostrou-se eficiente, confirmando pesquisa de Kahn et al. (2002). O terceiro objetivo (Verificar se há correlação entre a qualidade da informação contábil e o sistema de informação utilizado), os resultados indicaram uma alta correlação entre a qualidade da informação contábil recebida e o sistema de informação utilizado. Desta forma, considera-se que a pesquisa teve um desfecho que pode ser considerado satisfatório, vez que o problema de pesquisa inicialmente proposto foi respondido a contento e os objetivos propostos foram atingidos integralmente. Os resultados obtidos são típicos da amostra estudada e não permitem maiores generalizações. Contudo, tais resultados podem ser interessantes para os gestores e usuários da informação contábil, bem como, para as empresas que estão planejando investir em sistemas de informação, esperando que esses sistemas possam fornecer informação com a qualidade adequada para uma boa decisão de seus usuários. Recomenda-se então, que a pesquisa seja continuada com amostras maiores; com participantes de outras regiões do país e, também, pelo emprego de outras técnicas estatísticas multivariadas como a análise de conglomerado e pela modelagem de equações estruturais.

82 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTHONY, Robert N.; GOVINDARAJAN, Vijay. Sistemas de Controle Gerencial. 2 reimpr. São Paulo: Atlas, 2006. ANTUNES, M. T. P. A influência dos investimentos em capital intelectual de gestores de grandes empresas brasileiras. 2004. Tese (Doutorado em Contabilidade) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004. ANTUNES, M. T. P.; ALVES, Alex Serafim. A adequação dos Sistemas Enterprise Resources Planning (ERP) para Geração de Informações Contábeis Gerenciais de Natureza Intangível: um estudo exploratório. Revista Brasileria de Gestão de Negócios, vol 10, n. 27, p.161-174. 2007. ASSOLARI, L. M. A. Influência dos sistemas empresariais integrados (ERP) nos aspectos organizacionais da área de Contabilidade. 2005. 211 f. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Contabilidade e Atuária. ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark. Contabilidade Gerencial. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008. BALLOU, D.P.; PAZER, H.L. Designing information systems to optimize the accuracy timeliness trade off. Information Systems Research 6 (1), p. 51 72, 1998. BIO, Sergio Buarque. Sistemas de Informação: um enfoque gerencial. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1991. COLANGELO FILHO, Lucio. Implantação de Sistemas ERP: um enfoque de longo prazo. -- São Paulo : Atlas, 2001. COLLIS, Jill.; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração. São Paulo: Bookman, 2 ed., 2006.

83 CONSTANTINIDES, S.; SPATHIS, C. Enterprise Resource Planning Systems impact on accounting. Business Process Management Journal, v. 10, n. 2, p. 234-247, 2004. COOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pamela S. Métodos de pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman, 7 ed., 2003. DAVENPORT, Tomas H. Ecologia da Informação: por que só a tecnologia não basta pra sucesso na era da informação. 5 ed. São Paulo : Editora Futura, 2002. DELONE, W.H.; MCLEAN, E. R. Information systems success: the quest for the dependent variable. Information systems research 3 (1), p. 60 95, 1992. DORAN, J. WALSH, S. The effect of enterprise resource planning (ERP) systems on accounting practices in companies in Ireland. In the Irish Accounting Review, vol. 11, n. 2, p. 17-14, 2004. FÁVERO, Luiz Paulo et al. (2009). Análise de Dados: Modelagem Múltivariada para Tomada de Decisões. Rio de Janeiro, Elsevier, 2009. FREZATTI, F.; GUERREIRO, R.; AGUIAR, A. B.; GOUVÊA, M.A. Análise do Relacionamento entre a Contabilidade Gerencial e o Processo de Planejamento das Organizações Brasileiras. In Revista de Administração Contemporânea (RAC), vol.11, p. 33-54, 2007. GOMES, Sonia Maria da Silva. Um sistema de contabilidade por atividades a gestão de empresas de serviços em desenvolvimento de softwares. 2004. 214 f. Tese (Doutorado) Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas. GOODHUE, D. L. Understanding user evaluations of information systems. Management Science 41 (12), p. 1827 1844, 1995. GORDON, Steven R.; GORDON, Judith R. Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. 3. ed. Rio de Janeiro: LCT, 2006.

84 HAIR, Joseph F.; Anderson, R. E.; Tathan, R. L.; Black, W. C. Análise Multivariada de Dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. JARKE, M.; VASSILIOU, Y. Data warehouse quality: a review of the DWQ project. Proceedings of the Conference on Information Quality, Cambridge, MA, p. 299 313, 1997. KAHN, B. K; STRONG, D. M; WANG, R. Y. Information quality benchmarks: product and service performance. Communications of the ACM, v.45, n. 4, April 2002. KÖCHE, J. C. Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da ciência e prática da pesquisa.17ª. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2000. LAUDON, K.C.; LAUDON, J.P. Sistemas de informação gerenciais. 5. ed. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2004. LAUDON, J.P.; LAUDON, K.C. Sistemas de informações gerenciais. 7 ed. São Paulo: Pearson, 2007. LEE, Yang W.; STRONG, Daine M.; KAHN, Bervely K. AIMQ: a methodology for information quality assessment. Y.W. Lee et al. / Information & Management 40, p. 133 146, 2002. LIMA, L. F. R.; MAÇADA, A. C. G.; VARGAS, L. M. Research into information quality: a study of the state-of-the art in iq and its consolidation. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON INFORMATION QUALITY, 2006, Cambridge, MA. Proceedings Cambridge, MA: MIT, 2006. LOPES, I. L. Novos paradigmas para avaliação da qualidade da informação em saúde recuperada na Web. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 1, p. 81-90, 2004. MADNICK, S. E.; WANG, R. Y.; LEE, Y. W.; ZHU, H. Overview and Framework for Data and Information Quality Research. ACM Journal of Data and Information Quality, v. 1, n. 1, 2009.

85 MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3ªed. Porto Alegre: Bookman, 2001. MAROCO, J.; MARQUES, T. G. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Laboratorio de Psicologia, 4 (1), p. 65-90, 2006. MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 1996. MEDEIROS Jr., Alberto. Sistemas Integrados de Gestão: proposta para um procedimento de decisão multicritérios para avaliação estratégica. 2007. 380 f. Tese (Doutorado) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Produção. MENDES, Juliana Veiga; ESCRIVÃO FILHO, Edmundo. Sistemas integrados de gestão ERP em pequenas empresas: um confronto entre o referencial teórico e a prática empresarial. G&P Gestão e Produção - v.9, n.3, p.277-296, dez. 2002. NICKERSON, R. C. Business and information systems. New Jersey, USA: Prentice Hall, 2001. NUNNALLY, J. C. Psychometric theory. New York: McGraw-Hill Inc, 1978. O BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. O BRIEN, James A.; MARAKAS, George M. Administração de sistemas de informações: uma introdução. 13 ed. -- São Paulo: McGraw-Hill, 2007. OLETO, R. R. Percepção da Qualidade da Informação. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n.1, p. 57-62, 2006. PETERSON, R. A. A meta-analysis of Cronbach s coefficient alpha. Journal of.consumer Research, 21(2), 381-391, 1994.

86 PEREIRA, Antonio Jose Patrocinio; ARAÚJO, Geraldo Pereira de; GOMES, Josir Simeone. Um Estudo Exploratório Sobre as Características do Sistema de Controle Gerencial em Empresas Brasileiras Internacionalizadas. EnANPAD 2006, 30 Encontro da ANPAD, Salvador/BA Brasil. PEREIRA, José Santos. Sistemas empresariais integrados ERP na empresa contábil: Um estudo de caso de mudança organizacional com o uso da pesquisa-ação. 2003. 271 f. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Contabilidade e Atuária. PEREZ, Gilberto. Adoção das inovações tecnológicas: um estudo sobre o uso de sistemas de informação na área de saúde. 2006. 227 f. Tese (Doutorado) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Administração. PEREZ, Gilberto. Avaliação e escolha de fornecedores de serviços de tecnologia da informação: um estudo de casos múltiplos. 2003. 189 f. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Administração. PEREZ, Gilberto. Um estudo sobre os efeitos da adoção de sistemas integrados de gestão (ERP) na área contábil. 2009. 37 f. Universidade Presbiteriana Mackenzie. PIPINO, L. L.; LEE, Y. W.; WANG, R. Y. Data Quality Assessment. Communications of the ACM, v. 45, n. 4, 2002. REZENDE, Deniz Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação 4ed. São Paulo: Atlas, 2006. RICCIO, Edson Luiz. Efeitos da tecnologia de informação na contabilidade: estudo de casos de implementação de sistemas empresariais integrados - ERP. 2001. 154 f. Tese (Livre Docência) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Contabilidade e Atuária.

87 SILVA, Edjane Maria Oliveira da. Impactos dos sistemas ERP no desempenho empresarial das industrias de transformação da região metropolitana do Recife - RMR. 2006. 155 f. Dissertação (Mestrado) Universidade de Brasília. SOUZA, Cesar Alexandre de; SACCOL, Amarolinda Zanela; Organizadores. Sistemas ERP no Brasil. -- São Paulo: Atlas, 2003. SOUZA, Cesar Alexandre de. Sistemas integrados de gestão empresarial: estudo de casos de implementação de sistemas ERP. 2000. 253 f. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Administração. STAIR, Ralph M.; REYNOLDS, George W. Princípios de Sistemas de Informação. 4 ed. Rio de Janeiro: LCT, 2002. STRONG, D.M.; KAHN, B.K. Proceedings of the Conference on Information Quality. Total Data Quality Management Program, Cambridge, MA, p. 372, 1997. STRONG, D.M.; LEE, Y.W.; WANG, R.Y. Data quality in context. Communications of the ACM 40 (5), p. 103 110, 1997. TURBAN, E.; RAINER, Jr, R. Kelly; POTTER, Richard E. Introdução a sistemas de informação 2 reimpressão São Paulo: Elsevier, 2007. TURBAN, E.; LEIDNER, D.; MCLEAN, E.; WETHERBE, J. Information Technolgy for management transforming organizations in the digital economy. John Wiley & Sons, Inc, 2006. VALENTE, Nelma Terezinha Zubek. Implementação de ERP em pequenas e médias empresas: estudo de caso em empresa do setor da construção civil. 2004. 144 f. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Departamento de Contabilidade e Atuária.

88 WAND, Y.; WANG, R.Y. Anchoring data quality dimensions in ontological foundations. Communications of the ACM 39 (11), p. 86 95, 1996. WANG, R.Y.; STRONG, D.M. Beyond accuracy: what data quality means to data consumers. Journal of Management Information Systems 12 (4), p. 5 34, 1996. ZMUD, R. Concepts, theories and techniques: an empirical investigation of the dimensionality of the concept of information. Decision Sciences 9 (2), p. 187 195, 1978.

APÊNDICE I - QUESTIONÁRIO 89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99

100