Programa de Pós-graduação em Geografia Tratamento da Informação Espacial



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Transcrição:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-graduação em Geografia Tratamento da Informação Espacial Texto integrante do Relatório Final de Pesquisa Projeto FAPEMIG Processo SHA-1270 GUIA PRÁTICO PARA O MAPEAMENTO DOS FLUXOS POPULACIONAIS BRASILEIROS Coordenador: Prof. José Irineu Rangel Rigotti Bolsistas: Luciene Marques Rafael Liberal Colaboradores Renato Hadad Gislaine Fernanda de Barros

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 03 2. BANCO DE DADOS POR MUNICÍPIOS... 05 2.1 Relacionamento de Tabelas... 11 2.2 Criação de Tabelas a partir de Consultas Municípios... 15 3. BANCO DE DADOS POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO... 22 3.1 Cálculo das Coordenadas... 24 3.2 Importação da Tabela Excel... 32 3.3 Criação de Tabelas a partir de Consultas UF... 38 4. MAPEAMENTO DE FLUXO... 42 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 49 2

1. INTRODUÇÃO A proposta inicial deste trabalho foi montar e organizar um banco de dados com informações sobre os fluxos migratórios brasileiros e de movimentos pendulares entre os municípios brasileiros, baseando-se em dados do Censo Demográfico 2000 do IBGE 1, que permitirá, posteriormente, o mapeamento desses fluxos. Este pequeno manual foi elaborado no Laboratório de Geodemografia, do Programa de Pós-graduação em Geografia Tratamento da Informação Espacial da PUC Minas, com auxílio da FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais), no decorrer das atividades do projeto Análise Espacial dos Fluxos Populacionais de Minas Gerais a partir de dados demográficos Processo SHA 1270/05. A elaboração deste guia foi motivada pelas dificuldades práticas em se mapear informações de fluxos populacionais no espaço geográfico. Como o mapeamento exigiu muitas e detalhadas etapas, optamos por registrá-las e explicá-las brevemente, a fim de facilitar o trabalho daqueles que porventura se deparem com a necessidade de elaborar mapas de fluxos populacionais utilizando dados de censos demográficos ou pesquisas amostrais. Para isso, dividimos este documento em três etapas: a organização do banco de dados de movimentos pendulares por municípios brasileiros; a elaboração do banco de dados por UF; e a criação de mapas de fluxos a partir dos bancos de dados trabalhados. Como as matrizes de fluxos migratórios dos censos demográficos de 1991 e 2000, objeto principal do projeto, são muito complexas do ponto de vista das origens e destinos, exigindo grande poder de processamento, optou-se pela demonstração com o exemplo dos dados de movimentos pendulares. Em todas as etapas foram mostrados os comandos dos softwares utilizados (ACCESS, ARCGIS 9.2, FDMT, sendo que o Excel e o Bloco de Notas serviram como suporte para importação e exportação de arquivos). Na preparação dos bancos de dados as variáveis foram trabalhadas em duas tabelas, uma com dados municipais e outra com informações estaduais, contendo a origem, o destino, a magnitude e as informações geográficas. As origens correspondem à localidade de residência do indivíduo, o destino ao local que a pessoa se dirige para trabalhar ou estudar, as magnitudes são as quantidades de pessoas que realizam o movimento pendular entre os pares 1 Agradecemos a Anael Cintra e Rosa Moura, pesquisadores do Observatório das Metrópoles Núcleo Curitiba, pela gentileza em nos fornecer os dados já tabulados de movimentos pendulares do Censo Demográfico 2000, utilizados como exemplo neste Manual. 3

de unidades e as informações geográficas contêm dados como o nome das micro e mesorregiões do IBGE, área, coordenadas geográficas e outras. As variáveis de origem e de destino foram diversas vezes relacionadas e associadas a fim de agregar informações de duas ou mais tabelas no banco de dados. Esta foi a etapa realizada com maior freqüência tanto no que concerne ao banco de dados municipal, quanto estadual. Procurou-se utilizar a mesma metodologia para elaboração de ambos os bancos de dados, mas algumas particularidades eram específicas de cada um deles. A parte final deste trabalho consiste na geração de um mapa de fluxo com movimentos pendulares, isto é, do local de residência como origem e do local de trabalho ou estudo como destino. Trata-se de uma demonstração de como é feito esse tipo de mapa já utilizando o banco de dados por Unidade da Federação. Como a finalidade deste trabalho é apenas auxiliar a execução das etapas e procedimentos técnicos necessários ao mapeamento de fluxos populacionais, a linguagem utilizada é bastante coloquial, fazendo uso de palavras e expressões normalmente familiares aos usuários de software de geoprocessamento. 4

2. BANCO DE DADOS POR MUNICÍPIOS A organização das tabelas e dos dados é primordial para que o resultado desse trabalho seja operacional. Esta, talvez, seja a parte mais importante da manipulação dos dados, pois qualquer descuido e erro nesta etapa podem comprometer toda análise posterior. Considerando que os dados foram manuseados em ACCESS, serão mostrados os comandos desse software, numa espécie de passo-a-passo, bastante resumido 2. Primeiramente, será necessário examinar a estrutura das tabelas para verificar se os tipos de dados das variáveis estão corretos. Por exemplo, se a variável corresponde a códigos certamente o tipo de dado será número ou se o dado for nome dos municípios, obviamente, deve ser texto. Com o arquivo aberto, selecionar a tabela 00_BRASIL e clicar em Estrutura. Campo. Conferir o tipo de dado de cada variável, elas estão relacionadas em Nome do 2 Não foi intenção deste documento demonstrar as possibilidades dos softwares, mas apenas aqueles procedimentos essenciais ao mapeamento. 5

Variáveis Se for necessário alterar o Tipo de dados, basta clicar no campo desejado e selecionar a opção adequada, conforme figura abaixo. Esse procedimento deve ser repetido para as outras tabelas. 6

Na tabela 00_BRASIL, foram identificados vários movimentos pendulares direcionados para o exterior, somando 1.912 fluxos. Esses movimentos pendulares foram excluídos do banco de dados. Para exclusão desses registros deve-se, primeiramente, conferir os códigos com destinos no exterior, destaca-se que todos os códigos iniciados com o número 80 se referem a países estrangeiros. Feito isso, basta selecioná-los na tabela 00_BRASIL e com o botão direito do mouse clicar em excluir registros. Além desses, existem também, outros fluxos que não serão utilizados neste trabalho, como as informações sem especificações. Na tabela 00_BRASIL, elas aparecem como códigos que têm de ser decifrado através da tabela Códigos_V4276. Identifica-se, entretanto dados do Brasil e de todas as UFs sem especificações 3 que serão excluídos do banco de dados, pois é impossível mapeá-los. Vale citar que os dados referentes aos municípios da UF sem especificações serão considerados quando trabalhado o banco de dados por UF. Todas as UFs possuem informações sem especificações, representadas através de códigos diferenciados, ou seja, um para cada UF. Assim, a tabela 00_BRASIL terá 27 códigos de localidades de destino sem especificações. Isso significa que existe movimento pendular, mas a localidade específica que a pessoa trabalha ou estuda (o município), não foi 3 Os dados das UFs sem especificações não mostram o município de destino, somente especifica a UF do fluxo. 7

revelada pelo indivíduo, declarou-se somente a UF. Por exemplo, um indivíduo reside em Minas Gerais no município X, mas não declarou o município que trabalha, somente revelou a UF, Goiás. Entretanto, sabe-se que existe um fluxo do Município X direcionado a UF de Goiás, embora não se saiba o município. Trata-se de unidades de análise diferenciada. A tabela 1, mostra a relação dos códigos sem especificações referentes ao Brasil, as UF e o número de registros que serão excluídos de cada um deles. TABELA1 Número de registros excluídos de cada Unidade da Federação Código (V4276) UF Número de Registros 5400007 Brasil sem especificação 1255 1100001 Rondônia sem especificação 39 1200005 Acre sem especificação 13 1300003 Amazonas sem especificação 41 1400001 Roraima sem especificação 22 1500008 Pará sem especificação 171 1600006 Amapá sem especificação 16 1700004 Tocantins sem especificação 105 2100006 Maranhão sem especificação 203 2200004 Piauí sem especificação 153 2300002 Ceará sem especificação 152 2400000 Rio Grande do Norte sem especificação 169 2500007 Paraíba sem especificação 194 2600005 Pernambuco sem especificação 254 2700003 Alagoas sem especificação 105 2800001 Sergipe sem especificação 90 2900009 Bahia sem especificação 408 3100009 Minas Gerais sem especificação 739 3200003 Espírito Santo sem especificação 144 3300001 Rio de Janeiro sem especificação 285 3500006 São Paulo sem especificação 988 4100004 Paraná sem especificação 404 4200002 Santa Catarina sem especificação 305 4300000 Rio Grande do Sul sem especificação 336 5000005 Mato Grosso do Sul sem especificação 148 5100003 Mato Grosso sem especificação 214 520001 Goiás sem especificação 200 Total 7153 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico/2000 Para facilitar o trabalho, coloca-se a coluna COD_MUNI_DE em ordem crescente. Vale citar que após a identificação desses códigos, notou-se que eles são os primeiros códigos 8

de cada UF. Por exemplo, se a variável COD_MUNI_DE estiver em ordem crescente, o primeiro código de cada UF desta coluna, será o referente à sem especificação. Desta forma, exclui-se o primeiro código que começa com 11, o primeiro que começa com 12 e assim sucessivamente. Para excluí-los, basta selecionar os registros, clicar com o botão direito do mouse e selecionar a opção excluir registro. As colunas serão renomeadas, a fim de que os nomes das variáveis sejam substituídos por letras que indicam seu nome. Assim, V0102 será substituído por COD_UF_OR, v0103 por COD_MUNI_OR, V4276 será COD_MUNI_DE, P001 por MAGNI (magnitude) e UFDestino por COD_UF_DE. Para renomear coluna, basta clicar com o botão direito do mouse em cima da coluna a ser renomeada e escolher a opção Renomear Coluna. O cursor vai ficar piscando no campo do nome da coluna, bastando digitar o nome desejado e clicar em cima da tabela. Fazer o mesmo para todas as colunas. Após as modificações da tabela 00_BRASIL, atente-se que sem sofrer nenhuma alteração esta possuía 95.416 registros e com a exclusão das informações de outros países e sem especificações, possui 86.325 e seis colunas, conforme a figura abaixo. 9

A tabela em questão foi modificada com o intuído de montar o banco de dados por municípios e deve estar neste formato para criar uma nova tabela agregando as informações da tabela CODIGOS, ou seja, o ACCESS dá a possibilidade de criar uma terceira tabela associando informações de duas, neste caso, a 00_Brasil e a CODIGOS. Para isso, ambas devem ter pelo menos uma variável em comum, tipo código do município. Com base nisso, a tabela CODIGO foi organizada para identificar a variável que permitirá a execução do plano acima. A tabela final com os fluxos dos municípios brasileiros terá as origens e destinos com suas respectivas informações geográficas, contidas na tabela CODIGO, e a magnitude. Por isso, será necessário associar a tabela CODIGO com a tabela 00_BRASIL duas vezes, uma tendo como referência os códigos de origem e outra os de destino. A figura abaixo mostra a tabela CODIGOS já organizada. 10

Percebe-se que as colunas MUN_COD_OR da tabela CODIGO, e a COD_MUNI_OR da tabela 00_BRASIL serão usadas como referência para associar ambas, visto que se trata da mesma variável, com a mesma quantidade de dígitos. Antes de associar as tabelas é preciso relacionar essas variáveis. 2.1 Relacionamento de Tabelas O relacionamento é utilizado quando forem associadas informações de duas tabelas. Esse comando permite estabelecer uma relação entre as tabelas a serem associadas, a fim de que os dados de ambas sejam agregados sem que haja alteração na posição desses dados, ou seja, as informações de uma tabela serão incluídas na outra quando os campos associados de ambas forem iguais. No ACCESS, o relacionamento é feito com o arquivo aberto e as tabelas fechadas. Abra o arquivo e clique na ferramenta relacionamentos. 11

Relacionamentos Aparecerá uma janela, com todas as tabelas do arquivo, para escolher qual será mostrada. Adicionar 00_BRASIL e CODIGOS. 12

Fechar a janela Mostrar Tabela e clicar em Relacionamento Editar relacionamento. Aparecerá a janela Editar Relacionamentos, deve-se clicar em criar novo... 13

Na janela Criar novo, selecionar o nome das tabelas e das colunas, conforme indicado nos campos desta janela, que pode ser visualizada na figura abaixo. Vale ressaltar, que devem ser selecionadas as colunas que indicam a mesma variável. Clicar em Ok e em Criar. Para verificar se o relacionamento foi criado com sucesso, basta identificar se foi criada uma linha conectando as duas variáveis selecionadas. Linha de Conexão das Variáveis 14

Fechar a janela Relacionamentos e salvar. A próxima etapa é criar uma nova tabela agregando as informações geográficas contidas na tabela CODIGO na 00_BRASIL. O resultado será uma tabela com os movimentos pendulares e as informações geográficas somente dos municípios de origem, haja visto que o relacionamento realizado anteriormente, condiz com essa variável. Entretanto, posteriormente, será necessário realizar um novo relacionamento com as colunas da tabela CODIGOS renomeadas, de forma que as variáveis sejam identificadas como destino. 2.2 Criação de Tabelas a partir de Consultas - Municípios O ACCESS permite a filtragem de dados e o agrupamento de tabelas relacionadas através de consultas. Para agregar informações de duas tabelas, trabalha-se no campo Objetos em Consultas, conforme abaixo. Campo Objetos Para realizar uma consulta clique em Criar consultas no modo Estrutura. Na janela Mostrar tabela, adicione a tabela 00_BRASIL e CODIGOS, repare que os relacionamentos, criados anteriormente aparecem como linhas ligando as tabelas. Utilizando este modo (estrutura), as consultas podem ser estruturadas de acordo com cada objetivo. 15

Relacionamento Janela Mostrar Tabela Neste trabalho, serão incluídas todas as informações contidas nas duas tabelas. As posições das variáveis podem ser organizadas através dos campos circulados na figura abaixo, ou simplesmente clicar duas vezes em cada uma respeitando a ordem desejada. Campos que auxiliam a organização da tabela 16

Após incluir os dados nos campos, deve-se visualizar a tabela para verificar se a associação de ambas foi realizada com sucesso. Neste caso, pode-se observar se os códigos de origem das informações geográficas estão coincidentes com os dados de origem da tabela 00_BRASIL. Para visualizar a tabela, basta clicar no comando Exibir. Exibir Exibir 17

Nota-se que não houve problemas com a associação dessas tabelas, portanto, essa consulta pode ser concluída. Para isso, deve-se retornar ao modo estrutura clicando no mesmo comando que foi usado para exibir a tabela (repare que mudou o símbolo, como mostrado na figura acima). O próximo passo é estabelecer que tipo de consulta será utilizado, pois o ACCESS disponibiliza vários tipos como consulta seleção, atualização, acréscimo, exclusão, dentre outras. Mas, para este trabalho aplica-se somente a Consulta Criar Tabela, pois para mapear dados de fluxos, o software ARCGIS 9.2 somente reconhece dados salvos como tabela (.mbd). Clicar no comando Tipo de consulta e escolher a opção Consulta criar tabela. Tipo de Consulta Ao selecionar o tipo de consulta, pede-se que dê um nome para a tabela que está sendo criada. O nome desta será 00_BRASIL_CODIGOS_OR. Selecionar a opção Banco de Dados Atual e clicar em OK, e assim a tabela será salva no mesmo banco de dados que estão salvas as demais. Após clicar em OK, clicar no comando Executar. 18

Executar Após executar a consulta, aparece uma mensagem que se for confirmada, não poderá ser desfeita. Clicar em Sim. Ao fechar essa janela não será necessário salvar consulta, pois a mesma já foi salva como tabela. 19

Para abrir a tabela criada, no campo Objetos selecione Tabelas. Tabela Criada Vale ressaltar, que esta tabela ainda não está completa, pois ainda não foram agregados os dados geográficos para os municípios de destino. Entretanto, será utilizado o mesmo procedimento que foi mostrado para agregar as informações nos municípios de origem. Cabe citar, que agora as tabelas utilizadas para realizar o relacionamento serão a CÓDIGOS, que terão suas variáveis renomeadas, a fim de diferenciar origem e destino e a tabela 00_BRASIL_CODIGOS_OR, que acaba de ser criada e já contém as informações geográficas dos municípios de origem. Observa-se que a mesma tabela foi utilizada para agregar as informações geográficas de origem e destino, isso porque, as duas variáveis (origem e destino) contém os mesmos municípios, porém eles estão em localidades diferenciadas na tabela. Após renomear a tabela CODIGOS, trocando OR por DE, pode-se realizar o relacionamento. Seguem-se os mesmos passos do item 3.1 (RELACIONAMENTOS), porém mudam-se as colunas que serão relacionadas. Serão relacionadas as colunas CO_MUNI_DE da tabela 00_BRASIL_CODIGOS_OR com MUN_COD_DE da tabela CODIGOS. A próxima etapa é fazer uma consulta adicionando todos os dados das duas tabelas em questão e 20

executá-la como consulta criar tabela, conforme o item 3.2. A tabela foi executada com sucesso e nomeada como TABELA COMPLETA. O banco de dados de movimentos pendulares por municípios do Brasil foi criado. Agora, utilizando um processo parecido, mas com algumas particularidades, será mostrado o procedimento para se chegar ao banco de dados por Unidades da Federação. 21

3. BANCO DE DADOS POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO Embora o banco de dados por UF contenha uma quantidade menor de dados, tanto no que concerne ao número de registros, quanto ao número de colunas, visto que se trata de outra escala de análise, a elaboração deste não será mais simples que a do banco de dados por municípios. Utiliza-se os mesmos passos da construção do banco de dados por municípios, com algumas adaptações, iniciando pela organização das tabelas. Porém, agora as tabelas são vistas com outro objetivo, o de agrupar as informações na escala estadual. A tabela 00_BRASIL contém dados de movimentos pendulares por municípios. A proposta é somar as magnitudes dos municípios correspondentes a cada UF. Desta forma, cria-se uma tabela com os dados de movimentos pendulares por UF, as informações geográficas serão incluídas posteriormente. Para criar uma nova tabela, na qual as magnitudes sejam somadas, é necessário gerar uma consulta no modo estrutura. Na janela Mostrar a tabela adicione somente a tabela 00_BRASIL, pois ela contém todas as informações necessárias. Nota-se que não foi necessário realizar relacionamento entre variáveis, pois se trata de alterações em somente uma tabela. 22

Para que as magnitudes sejam somadas por UF, devem-se incluir, na estrutura da tabela, somente as colunas COD_UF_OR, COD_UF_DE e MAGNI. Clicar no comando que cria um campo chamado Total na estrutura da tabela, que permite, dentre outras funções, somar valores. Na coluna MAGNI e na linha Total escolher a opção Soma. Totais 23

Clique no comando exibir para visualizar a tabela e executar como consulta criar tabela. Abaixo, a tabela com os fluxos por UF, constituída de 634 registros. Nota-se que essa tabela possui somente movimentos pendulares referentes a UFs, somando-se 634 registros. Entretanto, faltam as informações geográficas que terão fundamental importância, principalmente as coordenadas que terão de ser calculadas. 3.1 Cálculo das Coordenadas As coordenadas geográficas estão entre as informações mais importantes deste trabalho, pois não existe mapeamento de fluxo sem a localização de sua origem e do destino. Existem várias formas de se encontrar essas coordenadas, por exemplo, com auxílio de uma base digital coloca-se o cursor em cima do ponto desejado e copia-se o par de coordenadas, porém, esse método não é viável, pois quando se trabalha com muitas informações isso demanda tempo e aumenta a probabilidade de erro. Mas existe uma forma bem mais eficaz, utilizando o cálculo do Centroid, no ARCGIS. Essa fórmula calcula as coordenadas do centro de cada polígono. 24

Para realizar o cálculo do Centroid, será necessário usar uma base digital com os limites políticos administrativos das UFs. Abra o ARCGIS e clique no comando Add Data. Comando Add Data Em Lock in, selecione a base digital do Brasil por UF e clique em Add. 25

Table. No campo Layers, clique com o botão direito do mouse e selecione Open Attribute A tabela de atributos será aberta, contendo todas as informações que estão relacionadas aos polígonos da base digital. Todas as modificações referentes a base digital, por exemplo, a inclusão de dados (cálculo do Centroid), serão realizadas na tabela de atributos. Para calcular as coordenadas é necessário adicionar duas colunas na tabela, uma para a longitude, que será chamada de X, e outra para latitude, correspondente a Y. Clicar em Option Add Field. 26

É através deste campo que serão formatados os dados da coluna que está sendo adicionada, definindo o tipo de informação que ela conterá, se é número inteiro ou decimal, quantas casas vão possuir ou, se for texto, quantos caracteres. Em Name escrever X 27

(Longitude), em Type escolher a opção Double e em Field Properties escolher Precision 2 e Scale 2. Clicar em OK. Utiliza-se o mesmo processo para adicionar a coluna referente a latitude que será chamada de Y. Nessas condições, depois de realizado o cálculo, as colunas adicionadas terão informações que não ultrapassarão o limite de dois dígitos e duas casas decimais, ou seja, o formato adequado para coordenadas, por exemplo, -45,56. Vale ressaltar que ao calcular as coordenadas o ARCGIS transforma, automaticamente, os graus, minutos e segundos em graus decimais. Para iniciar, de fato, o cálculo das coordenadas a tabela deve estar editável, senão as alterações não acontecem. Feche a tabela de atributos e clique em Editor Start Editing. Abra novamente a tabela de Atributos e com o botão direito do mouse, clicar em cima do X e escolher a opção Calculate Geometry. 28

No campo Property escolher X Coodinate of Centroid. Ativar a opção Use Coordinate System of the Data Source. Clicar em OK e repetir o processo para o Y. Automaticamente as coordenadas foram calculadas, mas elas devem estar agregadas na tabela do ACCESS que contém a origem, o destino e a magnitude. O ARCGIS não tem 29

saída para a extensão.mdb, então a tabela será exportada como arquivo texto, que será transformado em.xls e finalmente importado para o ACCESS em extensão.mbd. Esse processo é um pouco trabalhoso, visto que os dados não se apresentam formatados quando copiados para o excel, sendo necessário organizá-los. Para exportar para arquivo.txt, clicar em Options na tabela de atributos Reports Create reports. Na janela Report Properties, em Available Field selecionar somente as colunas UF_05, Y e X e adicioná-las em Report Fields. Clicar em Generate Report. 30

Comando Adicionar Abrirá uma janela com os dados selecionados, clique em Exportar e salvar com tipo Text File (*.txt). 31

Abrir o arquivo COORD.txt que acaba de ser salvo, copiar e colar suas informações no EXCEL, elas irão ocupar somente uma coluna. Deve-se organizar a tabela de forma que cada variável ocupe uma coluna. Nota-se que o arquivo.txt não tem os códigos das UFs, sendo necessário inseri-los. Neste item foi gerada uma tabela.xls com as coordenadas geográficas do centróide de cada UF. Porém estas coordenadas devem estar inseridas no arquivo ACCESS, pois elas serão associadas a outras tabelas. A seguir, serão apresentados os passos para importar uma tabela em EXCEL para o ACCES. 3.2 Importação da Tabela Excel A tabela do Excel com as coordenadas geográficas será importada para o ACCESS e, então, agregadas às outras informações geográficas, que serão associadas à tabela com as magnitudes. No banco de dados ACCESS, clicar em Arquivo Obter dados externos Importar. 32

Em Examinar, procurar o arquivo desejado; em Arquivo do Tipo selecionar Microsoft Excel.xls. Selecionar a tabela que contêm as coordenadas e Importar. 33

Aparecerá uma janela Assistente de Importação de Planilha, e como o arquivo EXCEL que está sendo importado contém mais de uma planilha, deve-se escolher aquela desejada. Clicar em Avançar. Tornar ativa a caixa Primeira linha contém título de coluna Avançar. 34

Armazenar os dados em uma nova tabela e Avançar. A próxima janela dá a possibilidade de modificar os campos da tabela que está sendo importada. Clicar em Avançar. 35

Clicar novamente em Avançar. Concluir. Para concluir a Importação da tabela EXCEL, dar um nome para a tabela e clicar em 36

Aparecerá uma mensagem confirmando a importação da tabela. Clicar em OK. 37

Para finalizar esse item, a figura acima mostra a tabela com as coordenadas no arquivo ACCESS. Ressalta-se que, embora se trabalhe com várias tabelas, as mesmas estão inseridas em somente um arquivo ACCESS. 3.3 Criação de Tabelas a partir de Consultas - UF A tabela com as coordenadas geográficas (COORD_UF) será associada à tabela CODIGOS, que possui os demais dados geográficos. Primeiramente, faz-se um relacionamento entre as variáveis UF_COD e COD das tabelas CODIGOS e COORD_UF, respectivamente. Abrir o modo estrutura da consulta, adicionar as duas tabelas em questão e acrescentar as variáveis de ambas na estrutura da tabela. Ativar o comando Totais e na coluna referente ao código da UF, selecionar a opção Primeiro. Esse comando será utilizado porque os dados contidos na tabela CODIGOS se referem aos municípios, neste caso cada UF vai se repetir diversas vezes, pois vários municípios pertencem a mesma UF. Entretanto, com essa opção selecionada, será considerado somente o primeiro registro de cada UF, resultando numa tabela com 27 registros, número de UFs mais o Distrito Federal. Totais 38

Executar a consulta como Criar Tabela. A figura abaixo se refere a tabela GEO_COOR, que acabou de ser criada. A próxima etapa é associar a tabela FLUXO_UF com GEO_COOR. As colunas da tabela GEO_COOR devem ser renomeadas para realizar o relacionamento com os códigos dos municípios de origem da tabela FLUXO_UF. 39

Realizar o relacionamento, entre as colunas COD_UF_OR da tabela FLUXO_UF com COD_OR da tabela GEO_COOR. Incluir na consulta todas as variáveis das duas tabelas e executar como consulta Criar tabela. A tabela criada contém as magnitudes e informações geográficas da origem, chamada FLUXO_UF_GEO_OR. Agora, será utilizado o mesmo procedimento para incluir as informações para as UFs de destino. Será necessário, mais uma vez, renomear as colunas da tabela GEO_COOR, substituindo o OR por DE, o X1 e Y1 por X2 e Y2, respectivamente. Isso porque esta tabela será associada a outra na qual já existem essas informações (FLUXO_UF_GEO_OR). Se as variáveis permanecessem com os mesmos nomes poderia haver confusão, pois elas ocupariam posições diferenciadas, ou seja, ora estariam se referindo a características do local de origem, ora do local de destino. Após renomear as colunas da tabela GEO_COOR, pode-se fazer um novo relacionamento entre as colunas COD_UF_DE da tabela FLUXO_UF_GEO_OR e COD_DE da tabela GEO_COOR. Criar uma consulta no modo estrutura, adicionando todas as variáveis das duas tabelas relacionadas, e executar consulta como tipo criar tabela. 40

A tabela acima cujo nome é TABELA FINAL, se refere ao produto de tantos relacionamentos e consultas. Para finalizar, ela é a única tabela que interessa para o mapeamento de movimentos pendulares por UF, portanto, as outras tabelas, utilizadas nas associações e existentes no mesmo arquivo serão excluídas. Mais adiante será mostrado como essa tabela foi utilizada no mapeamento dos movimentos pendulares. 41

4. MAPEAMENTO DE FLUXO A etapa final dos bancos de dados elaborados anteriormente é a construção de mapas que serão realizados pelo FDMT 4 no software ARCGIS 9.2. A seguir será mostrado como é realizado o mapeamento de fluxos, apresentando um procedimento que evita uma etapa importante e trabalhosa exigida pelo software utilizado. O mapeamento de fluxos no software ARCGIS 9.2 é composto por três etapas. A primeira se refere a formatação dos dados, de forma a transformá-los em duas tabelas, uma com as magnitudes em forma de matriz quadrada contendo as origens e os destinos dos fluxos e outra com as coordenadas geográficas, ambas em extensões.txt. Ainda nesta etapa, o ARCGIS lê os arquivos.txt e a partir dessas duas tabelas gera uma terceira com os dados de ambas em extensão compatível com o ACCESS (.mdb). Essa etapa do mapeamento requer tempo, organização e atenção, pois muitas vezes os dados são volumosos, o que dificulta o trabalho. A segunda etapa é a geração dos pontos com base nas coordenadas geográficas apresentadas na primeira etapa, sendo o terceiro e último passo a criação das linhas. Vale ressaltar que uma etapa sempre depende da anterior. Talvez a grande novidade deste trabalho tenha sido a possibilidade de se gerar fluxos sem a necessidade prévia de transformar as informações em matriz quadrada, iniciando o mapeamento na segunda fase. Isso se justifica porque o banco de dados já está em arquivo ACCESS, no formato necessário (.mdb), contendo as informações das origens, destinos, magnitudes e coordenadas geográficas. A seguir, serão apresentados os passos para construção do mapa, com o banco de dados por UF, para facilitar o processo, visto que seu tamanho é bem inferior ao de municípios. 1º) No ACCESS, fazer uma consulta no modo estrutura, selecionando somente as variáveis com os códigos, coordenadas de origem e destino e a magnitude. 2º) Salvar a consulta como tabela em um novo arquivo do ACCESS no diretório C:\. (O fato de se salvar nesta pasta é que, durante o processo, algumas vezes o ARCGIS não gerou os fluxos em outros diretórios). 4 O FDMT (Flow Data Model Tolls) são macros em VBA (Visual Basic for Applications) elaboradas para trabalhar em ArcGis 9 ArcMap, com uma licença de ArcView, ArcEditor ou ArcInfo. Foram criadas para realizar duas funções: integrar o FlowMapper de Waldo Tobler no ArcGis, bem como importar e exportar dados para o FlowMapper. Para maiores informações sobre o FlowMapper, visite: http://csiss.ncgia.ucsb.edu/clearinghouse/flowmapper/. Para informações sobre o FDMT visite: http://dynamicgeography.ou.edu/flow/. 42

3º) No ARCGIS, adicione o arquivo.mdb que foi salvo no diretório C:\ e uma base digital com os limites das Unidades da Federação para usar como referência na localização dos pontos. Para adicionar, deve-se clicar no comando Add Data, buscar os arquivos (.shp e.mbd) no diretório C:\ e clicar em Add. Add Data 4º) Clicar no comando Flow Data Model Tools, aparecerá uma janela conforme mostrado abaixo. 43

Flow data Model Tools 5º) O 1 Import Interaction table, se refere a importação de arquivos no formato.txt com as coordenadas e a matriz, quando o programa gera uma nova tabela com as informações de origem, destino, coordenadas e magnitude. Como dito anteriormente, inicia-se na segunda etapa descrita a seguir, pois o arquivo com a base de dados já está com o formato padrão do ArcGis. 6º) Clicar no 2 Create Points from table, pois neste comando os pontos serão criados. Em Flow Table Name colocar o nome da tabela. Em X Field Name e Y Field Name, colocar o nome da coluna que corresponde às coordenadas de origem. No campo Point ID Field, inserir o nome da coluna com os códigos de origem. E, finalmente, no campo C:\ o nome do arquivo de pontos que está sendo gerado no diretório C:\. Clicar em OK. 44

7º) Feche a janela e adicione o arquivo de pontos (PONTOS_UFXUF) que acaba de ser gerado.lembre-se que um arquivo depende do outro. Assim, para cada operação a ser realizada tem-se que adicionar a anterior. 8º) Clicar novamente no comando Flow data Model Tools e ir para etapa 3 Create Flow Lines. Esta função gera as linhas correspondentes aos fluxos a partir do arquivo de pontos, por isso ele deve ser adicionado. Em C:\, colocar o nome do arquivo de linhas que será gerado. Em Flow type, escolher o tipo de fluxo: two way (gera duas linhas, por exemplo, uma corresponde a magnitude do município 1 para o município 5 e a outra o oposto); Net (esta subtrai as duas magnitudes, gerando o saldo líquido); e a Gross (somatório dessas magnitudes). No campo Settings em Points Layer Name, colocar o nome do arquivo de pontos. Em Flow Table Name, inserir o nome da tabela ACCESS. Em From point ID fild name, o nome da coluna da tabela que corresponde a origem do fluxo. Em To point fild name, o nome da coluna de destino. E, em Magnitude field name, o nome da coluna que contém as informações de magnitudes. 45

9º) Clicar em Ok e adicionar o arquivo de linhas. 10º) O mapa será gerado através do arquivo de linhas, pois é este que contém as magnitudes. Deve-se excluir os inputs (origem) iguais aos outputs (destino), isso tornará o arquivo mais leve, e se houver magnitudes iguais a zero, estas também deverão ser excluídas. Em Selection Selection By Attibutes. 46

Em SELECT * FROM LINHAS TES_NET WHERE: digitar inputnode = outputnode AND magnitude = 0. Clicar em OK. Abrir a tabela de atributos e deletar a seleção. 47

11º) O arquivo está pronto para layout. A figura abaixo, se refere ao produto deste trabalho. Vale ressaltar que para melhorar a análise, as magnitudes menores foram excluídas deste. 48

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho buscou organizar e montar dois bancos de dados, baseados em informações de movimentos pendulares do Censo Demográfico 2000/IBGE, como exemplo de mapeamento de fluxos populacionais. Os dados incluem todas as informações necessárias em um arquivo constituído de três tabelas em extensão ACCESS (.mbd). Entretanto, procurou-se conhecer o software e as variáveis contidas neste banco de dados, para a partir daí, traçar os caminhos e as possibilidades de manuseio das variáveis para alcançar o objetivo final. Foram criadas duas tabelas, uma para os movimentos pendulares entre os municípios brasileiros e outra entre as UFs e, em ambas, os dados contidos nas tabelas do arquivo original foram agregados, formando assim dois banco de dados completos, que permitirão a realização de várias consultas e/ou filtros dos dados. Por exemplo, se a demanda for o mapeamento de movimentos pendulares entre os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, será possível filtrar somente as informações dos municípios correspondentes a essa área, ou ainda, se a necessidade for o mapeamento por microrregiões é possível criar uma nova tabela agregando os dados por microrregião. Vale ressaltar, que a operacionalidade desse banco de dados será avaliada no decorrer de futuros trabalhos, na medida em que se consolidem os procedimentos. É importante destacar que um dos desafios dos trabalhos desenvolvidos durante a realização do projeto foi mapear os fluxos sem que antes os dados tivessem que ser transformados em matriz quadrada. Deste modo, uma etapa importante e trabalhosa que o software ARCGIS 9.2 exige pôde ser evitada. Isso é possível porque o ARCGIS 9.2 trabalha na extensão do ACCESS, a mesma do banco de dados. Os dados, de cunho quantitativo, poderão ser analisados através de mapas e tabelas sob diversas escalas, respeitando as subdivisões do território brasileiro, ou seja, município, Microrregião, Mesorregião, Região Metropolitana, Unidades da Federação e Região Geográfica. Portanto, as possibilidades de análise espacial dos fluxos populacionais são potencializadas através da utilização de Sistemas de Informações Geográficas, ainda pouco exploradas neste tipo de estudos no Brasil. 49