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Transcrição:

ARTE CONTEMPORÂNEA

Arte Conceitual Define-se como o movimento artístico moderno ou contemporâneo que defende a superioridade das ideias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para a criar em lugar secundário.

Esta perspectiva artística teve os seus inícios em meados da década de 1960, parcialmente em reação ao formalismo, sendo depois sistematizada pelo crítico novaiorquino Clement Greenberg. Contudo, já a obra do artista francês Marcel Duchamp, nas décadas de 1910 e 1920 tinha prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceituais, como os readymades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos artísticos

Recorre frequentemente ao uso de fotografias, mapas e textos escritos (como definições de dicionário). Em alguns casos, como no de Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner, reduz-se a um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de fato, dando ênfase à ideia no lugar do artefato. Alguns artistas tentam, também, desta forma, mostrar a sua recusa em produzir objetos de luxo - função geralmente ligada à ideia tradicional de arte - como os que podemos ver em museus. O movimento estendeu-se, aproximadamente, de 1967 a 1978. Foi muito influente, contudo, na obra de artistas como Mike Kelley ou Tracy Emin que são por vezes referidos como conceitualistas da segunda ou terceira geração, ou pós-conceitualistas.

Minimalismo Desenvolveu-se nos EUA durante os anos 50 e só usava as formas geométricas mais simples. O caráter impessoal desse gênero é visto como reação à emotividade do expressionismo abstrato. Surgiu da arte contida e espartana de expressionistas abstratos como Mark Rothko e Barnett Newman. Alude ou à redução da variedade visual numa imagem, ou ao nível de esforço artístico necessário para produzir tal redução. Forma de arte pura e livre de mistura, despojada de referências não-essenciais e incontaminada pela subjetividade.

Ad Reinhardt (1913 1967) foi o minimalista por excelência. Acreditava ardorosamente em reduzir a arte à forma mais pura e, por extensão, ao estado espiritual mais puro. Abstract painting number 5 - nessa superfície uniforme, intensa e negroazulada, a mão do artista faz-se propositalmente invisível.

Outros artistas minimalistas : Frank Stella, Agnes Martin e Dorothea Rockburne

Pop Art. Pop Art, movimento que usava figuras e ícones populares como tema de suas pinturas Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo Operava com signos estéticos massificados da publicidade e do consumo, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real.

Alguns artistas pop Roy Fox Lichtenstein Wayne Thiebaud Yayoi Kusama Peter Blake Andy Warhol

Happenings O happening (do inglês, acontecimento) é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação. Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama".

O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim. Principais artistas Allan Kaprow Claes Oldenburg Jim Dine John Cage Robert Rauschenberg Roy Lichtenstein Wolf Vostell

Body Art A Body Art (do inglês, arte do corpo) está associada à arte conceitual e ao minimalismo. É uma manifestação das artes visuais onde o corpo do artista é utilizado como suporte ou meio de expressão. O espectador pode atuar não apenas de forma passiva, mas também como voyeur ou agente interativo. Via de regra, as obras de body art, como criações conceituais, são um convite à reflexão. Foi na década de 1960 que essa forma de arte se popularizou e se espalhou pelo mundo.

Há casos em que a body art assume o papel de ritual ou apresentação pública, apresentando, portanto, ligações com o Happening e a Performance. Outras vezes, sua comunicação com o público se dá através de documentação, por meio de vídeos ou fotografia. Suas origens encontram referências no início do séc. XX na premissa de Marcel Duchamp em que "tudo pode ser usado como uma obra de arte", inclusive o corpo. Além de Duchamp, podem ser considerados precursores da body art o francês Yves Klein, que usava corpos femininos como "pincéis vivos", do americano Vito Acconci e do italiano Pedro Manzoni.

Bob Flanagan Bruce Nauman Chris Burden Dennis Oppenheim Gina Pane Marina Abramovic Mona Hatoum Piero Manzoni Rudolf Schwarzkogler Stuart Brisley Vito Acconci Yves Klein Youri Messen-Jaschin Principais artistas

Land Art A Land Art, também conhecida como Earth Art ou Earthwork é o tipo de arte em que o terreno natural, em vez de prover o ambiente para uma obra de arte, é ele próprio trabalhado de modo a integrar-se à obra. A Land Art surgiu em finais da década de 1960, em parte como consequência de uma insatisfação crescente em face da deliberada monotonia cultural pelas formas simples do minimalismo, em parte como expressão de um desencanto relativo à sofisticada tecnologia da cultura industrial, bem como ao aumento do interesse às questões ligadas à ecologia.

O conceito estabeleceu-se numa exposição organizada na Dwan Gallery, Nova York em 1968, e na exposição Earth Art, promovida pela Universidade de Cornell, em 1969. É um tipo de arte que, por suas características, não é possível expor em museus ou galerias (a não ser por meio de fotografias). Devido às muitas dificuldades de colocar-se em prática os esquemas de land art, suas obras muitas vezes não vão além do estágio de projeto. Dentre as obras de land art que foram efetivamente realizadas, a mais conhecida talvez seja a Plataforma Espiral (Spiral Jetty), de Robert Smithson (1970), construída no Grande Lago Salgado, em Utah, nos Estados Unidos da América.

Principais artistas Robert Smithson (1938-1973) Sol LeWitt (1928) Robert Morris (1931) Carl Andre (1935) Christo & Jeanne-Claude (ambos nascidos em 1935) Walter de Maria (1935) Dennis Oppenheim (1938) Richard Long (1945).

Instalações Arte de instalações (krafts) é uma manifestação artística onde a obra é composta de elementos organizados em um ambiente fechado. A disposição de elementos no espaço tem a intenção de criar uma relação com o espectador. Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações: frio, calor, odores, som ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor.

Artistas Spencer Tunick Barbara Kruger Lee Bul Misha Kuball Diller + Scofidio Christo et Jeanne-Claude Anish Kapoor Wim Delvoye Gary Hill Vanessa Beecroft Wolf Vostell Ange Leccia Norman Dilworth Ruediger John Artur Barrio Joana Vasconcelos

Performances A Performance é uma modalidade de artes visuais que, assim como o happening, apresenta ligações com o teatro e, em algumas situações, com a música, poesia, o vídeo. Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Assim, como geralmente possui um "roteiro" previamente definido, é passível de ser reproduzida fielmente, em outros momentos ou locais. Como muitas vezes a performance é realizada para uma plateia restrita ou mesmo ausente, seu conhecimento depende de registros através de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos.

Principais artistas Artur Barrio Chris Burden Corpos Informáticos Gilbert & George Hermann Nitsch Joseph Beuys Marina Abramovic Otto Müehl Paulo Nazareth Rudolf Schwarzkogler Vito Acconci Youri Messen-Jaschin

Vídeoarte A videaste é uma forma de expressão artística que utiliza a tecnologia do vídeo em artes visuais. Desde os anos 1960, a videaste está associada a correntes de vanguarda. Alguns dos principais representantes deste tipo de arte são Nam June Paik, Bill Viola e, no Brasil, Eder Santos, Paulo Bruscky, Fernando Cocchiarale, Corpos Informáticos, entre diversos outros.