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DECISÕES» ISS. 3. Recurso especial conhecido e provido, para o fim de reconhecer legal a tributação do ISS.

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Brasília (DF), 25 de novembro de 2013(Data do Julgamento) RECURSO ESPECIAL Nº SP (2013/ )

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Dados Básicos. Ementa. Íntegra

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RECURSO ESPECIAL Nº SP ( )

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Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE BANCO DO BRASIL S/A MARINA HELENA ALENCASTRO

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.331.103 - RJ (2012/0129751-0) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD ADVOGADO : HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(S) ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI RECORRIDO : UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES UBC ADVOGADO : SYDNEY LIMEIRA SANCHES E OUTRO(S) RECORRIDO : SERGIO GUILHERME NUNES SARACENI ADVOGADO : OSWALDO RÊGO E OUTRO(S) RECORRIDO : LUIZ AUGUSTO RESCALA E OUTROS ADVOGADOS : ROBERTO TEIXEIRA E OUTRO(S) GISELE VALLE DE CARVALHO E OUTRO(S) CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(S) RECORRIDO : ALBERTO ROSENBLIT E OUTROS ADVOGADOS : ENI MOREIRA LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA E OUTRO(S) EMENTA DIREITOS AUTORAIS. RECURSO ESPECIAL. ECAD. FIXAÇÃO DE PREÇOS, ARRECAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE VALORES. FIXAÇÃO DE CRITÉRIOS. MÚSICAS DE FUNDO. COMPETÊNCIA. REPRESENTAÇÃO. ASSOCIAÇÕES. INTERESSES PRIVADOS. 1. Discussão relativa à validade de deliberações de assembleias do ECAD que definiram critérios de distribuição dos valores arrecadados a título de direitos autorais referentes à exibição das músicas de fundo (background ). 2. Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e precisa sobre a questão posta nos autos. 3. O acórdão recorrido que adota a orientação firmada pela jurisprudência do STJ não merece reforma. 4. Esta Corte reconhece que, em se tratando de direito de autor, compete a ele a fixação do seu valor, que pode se dar, contudo, diretamente ou por intermédio das associações e do próprio ECAD. 5. Com o ato de filiação as associações atuam como mandatárias de seus filiados, na defesa dos seus interesses (art. 98 da Lei 9.610/98), inclusive e principalmente, junto ao ECAD. 6. O ECAD tem competência para fixar preços, efetuar a cobrança e a distribuição dos direitos autorais e as associações que o integram legitimamente representam os interesses dos seus filiados, autores das obras protegidas. 7. Não se vislumbra abusividade nas deliberações tomadas, que inclusive, levaram em conta a proporcionalidade da distribuição dos valores, e, assim, não cabe ao Poder Judiciário se imiscuir nas decisões do ECAD, que administra interesses eminentemente privados, para definir qual o critério mais adequado para a Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 1 de 18

arrecadação e distribuição dos valores referentes aos direitos dos autores das músicas de fundo (background ). 8. O dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas. 9. Recurso especial conhecido em parte e, nesta parte, provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da TERCEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade, conhecer em parte do recurso especial e, nessa parte, dar-lhe provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Ricardo Villas Bôas Cueva votaram com a Sra. Ministra Relatora. Dr(a). HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO, pela parte RECORRENTE: ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD. Dr(a). CRISTIANO ZANIN MARTINS, pela parte RECORRIDA: LUIZ AUGUSTO RESCALA. Dr(a). LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA, pela parte RECORRIDA: ALBERTO ROSENBLIT. Brasília (DF), 23 de abril de 2013(Data do Julgamento) MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 2 de 18

RECURSO ESPECIAL Nº 1.331.103 - RJ (2012/0129751-0) RECORRENTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD ADVOGADO : HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(S) ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI RECORRIDO : UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES UBC ADVOGADO : SYDNEY LIMEIRA SANCHES E OUTRO(S) RECORRIDO : SERGIO GUILHERME NUNES SARACENI ADVOGADO : OSWALDO RÊGO E OUTRO(S) RECORRIDO : LUIZ AUGUSTO RESCALA E OUTROS ADVOGADOS : ROBERTO TEIXEIRA E OUTRO(S) GISELE VALLE DE CARVALHO E OUTRO(S) CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(S) RECORRIDO : ALBERTO ROSENBLIT E OUTROS ADVOGADOS : ENI MOREIRA LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA E OUTRO(S) RELATÓRIO A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relatora): Cuida-se de Recurso Especial interposto por ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD, com base no art. 105, III, a e c da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ). Ação: ajuizada por LUIZ AUGUSTO RESCALAE OUTROS, em face do ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD; ABRAMUS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MÚSICOS; AMAR ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MÚSICOS ARRANJADORES E REGENTES, SBACEN SOCIEDADE BRASILEIRA DE AUTORES E COMPOSITORES E ESCRITORES DE MÚSICA, SICAM SOCIEDADE INDEPENDENTE DE COMPOSITORES E AUTORES MUSICAIS, SOCINPRO SOCIEDADE BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO E PROTEÇÃO DE DIREITOS INTELECTUAIS e UBC- UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES (e-stj fls. 03/40). Os autores sustentam que são compositores Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 3 de 18

de trilhas sonoras utilizadas como música de fundo (background ) em obras audiovisuais veiculadas por emissoras de televisão e que nessa qualidade, são remunerados, conforme as disposições da Lei nº 9.610/99, mediante a atuação de um órgão central, o ECAD, que fiscaliza e arrecada o valor devido pela reprodução das obras musicais e, posteriormente, o repassa aos titulares dos respectivos direitos autorais. Pretendem com a presente ação a declaração de nulidade das deliberações tomadas nas assembleias realizadas nos dias 11/06/2001, 20/09/2001, 12/03/2003, 29/04/2004 e 17/12/2004, nas quais foi paulatinamente reduzido seu direito à participação no rateio do valor pago pelas emissoras de TV, pela reprodução de trilhas sonoras em obras audiovisuais. Conforme alegam, inicialmente, as trilhas sonoras compostas com a finalidade de background eram remuneradas na mesma proporção que as demais. Após sucessivas deliberações do ECAD, porém, a sua participação foi sendo reduzida, inicialmente para 1/3 do que se destinava às demais composições, depois a 1/6 e, finalmente, a 1/12 daquele valor. Na referida ação, também se argumenta que o ECAD decidiu reter o valor a ser repassado aos compositores de músicas de fundo, sob a justificativa de que pairavam suspeitas de adulteração nos relatórios transmitidos pelos veículos de comunicação. Argumentam que tiveram sua remuneração interrompida de forma injusta. Descritos esses fatos, os compositores requerem a anulação de todas as deliberações do ECAD que consideram lesivas, bem como a condenação do ECAD e de seus litisconsortes à indenização do prejuízo causado em decorrência das decisões tomadas nas assembleias que pretendem anular. Sentença: julgou parcialmente procedente o pedido, apenas para declarar a nulidade da cláusula 4.2 da assembleia de 17/12/2003 e condenar aos réus solidariamente "ao pagamento dos prejuízos acarretados pela retenção indevida de direitos autorais (...) devendo o respectivo valor ser apurado em liquidação de sentença" (e-stj fls. 82/97). Na sentença não foi reconhecida Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 4 de 18

irregularidade nas assembleias que paulatinamente reduziram a remuneração dos compositores, pois obedeceram ao quorum deliberativo e decidiram matéria de sua competência, além de observarem ao princípio da proporcionalidade, o que afasta a suposta abusividade das deliberações que reduziram a participação dos compositores das músicas de fundo (background ). (e-stj fl. 776/777). Decisão monocrática: inconformados, ARMANDO JOSÉ OLIVEIRA SOUSA E OUTROS (apelantes 1), ABRAMUS (apelante 2), ALBERTO ROSENBLIT (apelante 3), ECAD E OUTROS (apelantes 4), SOCINPRO (apelante 5), UBC (apelante 6) e SÉRGIO GUILHERME NUNES SARACENI (apelante 6) interpuseram recurso de apelação visando à reforma da sentença. O TJ/RJ negou seguimento aos recursos interpostos pelos apelantes 2, 4, 5 e 6 e deu provimento aos apelos dos autores, apelantes 1 e 3, para deferir o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, com a finalidade de se determinar o depósito dos valores vencidos e os vincendos com base no valor integral do ponto autoral e julgar procedentes os pedidos elencados na inicial, reconhecendo-se a nulidade das deliberações tomadas nas Assembleias do Escritório Central de Arrecadação. e Distribuição - ECAD, acontecidas nos dias 11 de junho de 2001, 20 de setembro de 2001, 12 de março de 2003 e 19 de abril de 2004, pelas quais restou determinada a redução dos direitos autorais relativos as obras de background, considerando a violação dos dispositivos da Lei de Direitos Autorais e a Constituição da República Federativa do Brasil, para que o ponto autoral relativo as obras em tela tenha o seu pagamento procedido integralmente" (e-stj fls. 1231). Acórdão: ECAD, ABRAMUS e UBC interpuseram agravo contra a decisão monocrática (e-stj fls. 1234/1249; 1254/1265 e 1269/1293). O TJ/RJ negou provimento ao agravo, nos termos da seguinte ementa (e-stj fls. 1304/1308)): Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 5 de 18

AGRAVOS INOMINADOS. DIREITO PROCESSUAL. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITOS AUTORAIS. PRODUTORES MUSICAIS. OBRAS MUSICAIS E LÍTERO-MUSICAIS VEICULADAS NA PROGRAMAÇÃO DE EMISSORA DE TELEVISÃO. REDUÇÃO DO VALOR DO PONTO AUTORAL DAS OBRAS DENOMINADAS COMO BACKGROUND E DETERMINADAS NAS ASSEMBLÉIAS GERAIS ORDINÁRIAS DO ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO. CONTRARIEDADE AOS DISPOSITIVOS DA LEI DE DIREITOS AUTORAIS E A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. NULIDADE DAS DELIBERAÇÕES. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. PRESENÇA DOS REQUISITOS DO ARTIGO 273 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DEFERIMENTO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSOS QUE SE NEGA PROVIMENTO. Embargos de declaração: interpostos por ECAD (e-stj fl. 1328/1334) e por UBC (e-stj fls. 1311/1326), foram rejeitados (e-stj fls. 1336/1338). Recurso especial: interposto por ECAD com base nas alíneas a e c do permissivo constitucional (e-stj fls. 1385/1406), sustenta violação dos seguintes dispositivos legais: (i) art. 535 do CPC, pois o acórdão recorrido não teria analisado seus argumentos relativos à preliminar de nulidade do julgamento monocrático com base nos arts. 243 e 557 do CPC; (ii) dos arts. 552; 554 e 557, 1º-A, do CPC, com fundamento na impossibilidade de ser proferido o julgamento monocrático da apelação, diante da inexistência de jurisprudência dos Tribunais superiores firmada sobre o tema discutido no recurso; (iii) dos arts. 97; 98 e 99 da Lei 9.610/98, pois as assembleias do ECAD têm competência para a fixação dos valores a serem cobrados pelas obras e, na hipótese, não houve qualquer vício que as maculasse. O dissídio jurisprudencial, por sua vez, estaria configurado entre o acórdão recorrido e os acórdãos proferidos por esta Corte, no Ag 780.560/PR; e Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 6 de 18

nos Recursos Especiais n.ºs 163.543/RS; 586.270/MG; 509.086/RJ; 212.199/PR; 328.963/RS; 230.547/SP; 279.037/PR e 151.181/GO, os quais teriam reconhecido que ao ECAD cabe a fixação dos valores cobrados pelos direitos autorais das obras. Exame de admissibilidade: o recurso foi admitido na origem pelo TJ/RJ (e-stj fls. 1646/1653). Além disso, foi-lhe atribuído efeito suspensivo, no que tange à antecipação de tutela concedida no acórdão, que determinou à realização de depósito de vultosa quantia pelo recorrente. Medida cautelar: apresentada por LUIZ AUGUSTO RESCALA, visando afastar o efeito suspensivo concedido pelo TJ/RJ ao recurso especial, foi extinta sem resolução de mérito (MC 17.179/RJ). É o relatório. Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 7 de 18

RECURSO ESPECIAL Nº 1.331.103 - RJ (2012/0129751-0) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD ADVOGADO : HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(S) ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI RECORRIDO : UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES UBC ADVOGADO : SYDNEY LIMEIRA SANCHES E OUTRO(S) RECORRIDO : SERGIO GUILHERME NUNES SARACENI ADVOGADO : OSWALDO RÊGO E OUTRO(S) RECORRIDO : LUIZ AUGUSTO RESCALA E OUTROS ADVOGADOS : ROBERTO TEIXEIRA E OUTRO(S) GISELE VALLE DE CARVALHO E OUTRO(S) CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(S) RECORRIDO : ALBERTO ROSENBLIT E OUTROS ADVOGADOS : ENI MOREIRA LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA E OUTRO(S) VOTO A EXMA. SRA. MINISTRA NANCY ANDRIGHI (Relatora): Cinge-se a controvérsia a analisar a validade das deliberações das assembleias realizadas no âmbito do ECAD, as quais reduziram o valor a ser recebido pelos autores de obras executadas como música de fundo (background ). Observo inicialmente que a Súmula 126/STJ não tem aplicação na hipótese dos autos porque, embora o acórdão tenha mencionado dispositivos constitucionais, utilizou como fundamento para reformar a sentença de primeiro grau, a inexistência de previsão, na Lei 9.610/98, de distinção entre as diversas espécies de obras intelectuais. Quanto ao prequestionamento, observo que os arts. 97 e 99 da Lei 9.610/98 estão expressamente mencionados no acórdão recorrido. Os demais dispositivos foram implicitamente analisados pelo Tribunal de origem. I Da ofensa ao art. 535 do CPC Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 8 de 18

O recorrente aduz violação do art. 535 do CPC, porquanto o Tribunal de origem teria rejeitado seus embargos de declaração sem analisar seus argumentos, relativos à nulidade do julgamento monocrático da apelação. Ocorre que a não apreciação de todos os argumentos expostos no recurso não implica obscuridade, contradição ou omissão, pois cabe ao julgador apreciar a questão conforme o que ele entender relevante à lide. O tribunal não está obrigado a julgar a questão posta a seu exame nos termos pleiteados pelas partes, mas sim de acordo com seu livre convencimento, consoante o disposto no art. 131 do CPC. II Do julgamento monocrático (violação dos arts. 552; 554 e 557, 1º-A, do CPC). Para o recorrente, na hipótese, não seria possível o julgamento monocrático do recurso de apelação interposto, nos termos do art. 557 do CPC, ensejando a nulidade do acórdão recorrido. Ocorre que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a eventual nulidade no julgamento monocrático do recurso resta superada diante da manifestação do Colegiado, ratificando o entendimento do relator. Nesse sentido: AgRg no AgRg na MC 19.064/MG, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, DJe 29/6/2012; AgRg nos EDcl no Ag 980.593/RJ, 4ª Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJe de 17/12/2010; AgRg no AREsp 40.407/GO, 3ª Turma, minha relatoria, DJe de 21.05.2012; e AgRg no Ag 708.015/RJ, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ de 08/05/2006. Sendo assim, não se vislumbra violação dos arts. 552; 554 e 557, 1º-A, do CPC. III Da validade das reduções perpetradas pelas assembleias do ECAD no tocante à remuneração dos artistas pela execução de músicas de Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 9 de 18

fundo (background). Na hipótese, conforme consta do acórdão recorrido, verifica-se que os Autores da ação são produtores musicais e criadores de obras musicais que são utilizadas, incluídas e sincronizadas em diversas obras exibidas em programas veiculados na televisão (e-stj fl. 1306). Essas obras referem-se às músicas de fundo (background ) exibidas nos programas de televisão e que, até o ano de 2001, eram remuneradas da mesma forma que as demais obras cuja exibição tem maior duração e importância no contexto dos respectivos programas, como, por exemplo, as músicas temas de personagens, aberturas de novelas, minisséries, etc. A partir das deliberações tomadas nas assembleias do ECAD, de junho e setembro de 2001; março de 2003 e abril de 2004, o valor da remuneração foi reduzido, inicialmente, para 1/3 do que se destinava às demais composições, depois a 1/6 e, finalmente, a 1/12 daquele valor. A regularidade formal das referidas assembleias é incontroversa. O que se discute, no presente recurso, é o conteúdo das deliberações, ou seja, se o ECAD teria legitimidade para reduzir o valor da participação dos artistas na arrecadação pelo pagamento de seus direitos autorais, fazendo a distinção entre as músicas de fundo e as demais composições. Em suas razões de recurso especial, o recorrente alega que, nos termos do seu Estatuto, é função precípua do ECAD, através da assembleia geral dos seus associados, proceder à arrecadação e à distribuição de valores correspondentes à utilização de obras intelectuais, inclusive de fixar preços sobre execução de obras literárias e musicais. Acrescenta que, nos termos do art. 98 da Lei 9.610/98: "Com o ato de filiação, as associações tornam-se mandatárias de seus associados para a prática de todos os atos necessários à defesa judicial ou extrajudicial de seus direitos autorais, bem como para sua cobrança" (com destaque no original) (e-stj fl. Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 10 de 18

1403), sendo que, ao impedir que o órgão deliberativo máximo do ECAD exerça a fixação dos valores das obras e estabeleça os critérios de distribuição entre os artistas, o v. acórdão estaria violando referido dispositivo legal, além dos arts. 97 e 99 da lei de direitos autorais. Sustenta, por fim, que examinando-se um a um e/ou conjugadamente os artigos de lei mencionados no acórdão sob censura, não há como inferir a nulidade de qualquer das deliberações" (e-stj fl. 1402). Os recorridos, por sua vez, alegam que a lei nº 9.610/98 não faz qualquer distinção entre as obras protegidas e que, portanto, não cabe ao ECAD, mas unicamente aos autores, a sua respectiva valoração. Isso porque os direitos de propriedade sobre as obras são dos seus autores e ao ECAD compete apenas a gestão dos recursos obtidos com a sua execução pública, não podendo, outrossim, apropriar-se dos valores cobrados das emissoras de TV e não repassados integralmente aos artistas. Esta Corte reconhece que, em se tratando de direito de autor, compete a este a fixação do seu valor, que pode se dar, contudo, diretamente ou por intermédio das associações e do próprio ECAD, que possui métodos próprios para elaboração dos cálculos diante da diversidade das obras reproduzidas, segundo critérios eleitos internamente, já que não há tabela oficial, regulamentada por lei ou normas administrativas sobre o assunto. Com efeito, o ECAD é associação civil constituída pelas associações de direito do autor, com a finalidade de defesa e cobrança dos direitos autorais, nos termos do que prevê o art. 99 da Lei 9.610/98. Por sua vez, conforme sustenta o recorrente, com o ato de filiação, as associações atuam como mandatárias de seus filiados, na defesa dos seus interesses (art. 98 da Lei 9.610/98), inclusive e principalmente, junto ao ECAD. E o escritório central e as associações atuarão em juízo e fora dele em seus próprios nomes como substitutos processuais dos titulares a eles vinculados, Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 11 de 18

conforme o art. 99, 2º, da Lei 9.610/98). Nas palavras do Min. Castro Filho, o que se busca é a facilitação da cobrança dos direitos autorais, evitando prejuízos injustificados aos seus titulares, sendo, inclusive, prescindível a identificação das músicas e autores para que surja a obrigação do pagamento dos direitos correlatos ao ECAD (REsp 612.615/MG, 3ª Turma, DJ de 07.08.2006). Além disso, esta Corte reconhece, inclusive, a possibilidade do ECAD cobrá-los, independentemente da remuneração recebida pela execução das obras musicais pelos seus próprios autores. Nesse sentido: REsp 363.641/SC, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ de 30.9.2002; REsp n. 779.223/SC, Rel. Ministro Sidnei Beneti, DJ de 3.10.2008, Ag n. 651.002/MG, Rel. Min. Castro Filho, DJ de 24.8.2006; Ag n. 752.714/MG, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 28.6.06 e REsp n. 212.869/PR, Rel. Min. Ari Pargendler, DJ 30.5.06. A arrecadação e a distribuição dos direitos autorais, portanto, é feita de forma centralizada pelo ECAD, competindo à assembleia geral, órgão máximo da entidade, decidir como isso se dará. Em diversos outros julgados desta Corte, no qual se discutem os valores cobrados pela entidade, já se firmou o entendimento segundo o qual "os valores cobrados pelo ECAD são aqueles fixados pela própria instituição, em face da natureza privada dos direitos reclamados, não sujeitos a tabela imposta por lei ou regulamentos administrativos" (AgRg no Ag 780.560/PR, 4ª Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 26/02/2007). Nesse sentido, vejam-se ainda os seguintes precedentes: REsp 623.687/RS, 4ª Turma, Rel. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ de 22/08/2005; REsp 73.465/PR, 4ª Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 22/08/2005 e REsp 509.086/RJ, 3ª Turma, Rel. Min. Castro Filho, DJ de 11/09/2006. Embora a hipótese analisada não guarde perfeita identidade com esses precedentes porque, aqui, não são terceiros a questionar os valores cobrados Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 12 de 18

pelo ECAD, mas os próprios autores das obras, filiados às associações que o integram, que discutem os valores distribuídos pela entidade após a cobrança realizada e daí a sua peculiaridade pode-se concluir pela validade das deliberações assembleares questionadas. Isso porque o ECAD tem competência para fixar preços, efetuar a cobrança e a distribuição dos direitos autorais. E as associações que o integram, legitimamente, representam os interesses dos seus filiados, autores das obras protegidas, pois, conforme já mencionado, nos termos do art. 98 da Lei 9.610/98, são suas mandatárias. O acórdão recorrido deixa claro, outrossim, que as deliberações questionadas foram tomadas conjuntamente por todas as associações e o ECAD (e-stj fls. 1306/1307), ou seja, os interesses dos recorridos estavam sendo representados pelas associações das quais são filiados. Ademais, não obstante a lei de direitos autorais realmente não faça distinção entre os tipos de obras, outorgando-lhes igual proteção, verifica-se que não há nada que impeça que o critério adotado pelo ECAD, para a distribuição dos valores arrecadados entre os autores, leve em consideração o fato de se tratarem de músicas de fundo e, portanto, com menor evidência, ou de músicas que são temas de novelas, personagens, etc. Conforme destacado na sentença de primeiro grau, as deliberações tomadas pelas assembleias, no sentido de reduzir a participação dos autores das músicas de fundo, visaram corrigir distorções, pois a remuneração baseada no tempo de execução desfigurava a realidade, já que as músicas de fundo (background ), de duração reduzida, equivaleriam a uma execução, isto é, ao mesmo que certas músicas de duração mais longa (e-stj fl. 776). Não se vislumbra, de plano, abusividade nesta conduta, que inclusive, leva em conta a proporcionalidade da distribuição dos valores, e, assim, não cabe ao Poder Judiciário se imiscuir nas deliberações do ECAD, que administra Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 13 de 18

interesses eminentemente privados, para definir qual o critério mais adequado para a arrecadação e distribuição dos valores referentes aos direitos dos autores das músicas de fundo (background ). Consigne-se, ainda, que, de fato, não se depreende dos dispositivos legais mencionados no acórdão (art. 7º, 22; 28; 29; 97 e 99 da Lei 9.610/98) qualquer obrigatoriedade de distribuição igualitária dos valores arrecadados. Por fim, a questão relativa ao destino dos valores que são arrecadados pelo ECAD e que, segundo os recorridos, não são distribuídos aos autores das obras, não é objeto de discussão no presente recurso e não pode servir como fundamento para invalidar as decisões da assembleia geral do ECAD sobre tema de sua competência. IV - Dissídio jurisprudencial Entre os acórdãos trazidos à colação pela recorrente, não há o necessário cotejo analítico nem a comprovação da similitude fática, elementos indispensáveis à demonstração da divergência. Assim, a análise da existência do dissídio é inviável, porque não foram cumpridos os requisitos dos arts. 541, parágrafo único, do CPC e 255, 1º e 2º, do RISTJ. Forte nestas razões, CONHEÇO EM PARTE do recurso especial e, nesta parte, DOU-LHE PROVIMENTO ao recurso especial, para reformar o acórdão recorrido, restabelecendo os termos da sentença de primeiro grau, inclusive no que tange à sucumbência. Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 14 de 18

RECURSO ESPECIAL Nº 1.331.103 - RJ (2012/0129751-0) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD ADVOGADO : HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(S) ADVOGADA : KARINA HELENA CALLAI RECORRIDO : UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES UBC ADVOGADO : SYDNEY LIMEIRA SANCHES E OUTRO(S) RECORRIDO : SERGIO GUILHERME NUNES SARACENI ADVOGADO : OSWALDO RÊGO E OUTRO(S) RECORRIDO : LUIZ AUGUSTO RESCALA E OUTROS ADVOGADOS : ROBERTO TEIXEIRA E OUTRO(S) GISELE VALLE DE CARVALHO E OUTRO(S) CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(S) RECORRIDO : ALBERTO ROSENBLIT E OUTROS ADVOGADOS : ENI MOREIRA LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA E OUTRO(S) VOTO (Relator): O EXMO. SR. MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO Srs. Ministros, acompanho integralmente o voto da eminente Relatora. Todas as dúvidas que eventualmente eu tinha foram sendo resolvidas ao longo do voto. O ECAD é uma entidade privada: Escritório Central de Arrecadação e Distribuição dos Direitos Autorais. A discussão ficou apenas no conteúdo das assembleias, não se discutiu a forma dessas assembleias em nenhum momento. Isso foi salientado, também, pelo Ministro João Otávio de Noronha. E o critério estabelecido é plenamente razoável, de acordo com o tempo de duração e a importância de utilização da música dentro de novelas, minisséries, espetáculos etc. Então, acompanho integralmente o excelente voto da eminente Relatora, que é um leading case sobre a matéria. Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 15 de 18

RECURSO ESPECIAL Nº 1.331.103 - RJ (2012/0129751-0) VOTO O SR. MINISTRO VILLAS BÔAS CUEVA: Sr. Presidente, acompanho o bem lançado voto da eminente Relatora, e, tentando responder a essa última questão do Sr. Ministro Sidnei Beneti, folheei os autos eletrônicos e verifiquei que, nas três assembleias, além de, como demonstrado pela Sra. Ministra Relatora, não haver qualquer irregularidade formal, não houve qualquer oposição à mudança de peso no pagamento dos direitos autoriais. Na primeira ata da assembleia, há uma oposição de uma entidade chamada AMAR, mas a UBC, aqui representada, não se opôs à mudança. Seria possível até questionar se ela poderia depois arguir essa questão. Enfim, além de não haver irregularidade formal, no momento em que foram discutidas as questões e aprovada a mudança de peso, não se registrou nenhuma oposição legítima a isso. Portanto, não há nenhuma objeção de índole formal ou material que se possa levantar ao procedimento adotado pelo Ecad. A lei não atribui valores ou pesos diferentes aos direitos autorais relativos a diversos tipos de música - incidental ou principal -, mas não impede que o Ecad, a entidade legalmente constituída com o monopólio legal da arrecadação e distribuição, ouvidos os representantes, faça tal distinção. Portanto, estou de acordo com o voto da Sra. Ministra Relatora. É como voto. Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 16 de 18

CERTIDÃO DE JULGAMENTO TERCEIRA TURMA Número Registro: 2012/0129751-0 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.331.103 / RJ Números Origem: 1159484620048190001 20040011178196 200600103144 314406 31442006 PAUTA: 23/04/2013 JULGADO: 23/04/2013 Relatora Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. JOSÉ BONIFÁCIO BORGES DE ANDRADA Secretária Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA RECORRENTE ADVOGADO ADVOGADA RECORRIDO ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADOS RECORRIDO ADVOGADOS AUTUAÇÃO : ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD : HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO E OUTRO(S) : KARINA HELENA CALLAI : UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES UBC : SYDNEY LIMEIRA SANCHES E OUTRO(S) : SERGIO GUILHERME NUNES SARACENI : OSWALDO RÊGO E OUTRO(S) : LUIZ AUGUSTO RESCALA E OUTROS : ROBERTO TEIXEIRA E OUTRO(S) GISELE VALLE DE CARVALHO E OUTRO(S) CRISTIANO ZANIN MARTINS E OUTRO(S) : ALBERTO ROSENBLIT E OUTROS : ENI MOREIRA LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Atos Administrativos - Registro de Direito Autoral SUSTENTAÇÃO ORAL Dr(a). HÉLIO SABOYA RIBEIRO DOS SANTOS FILHO, pela parte RECORRENTE: ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ECAD Dr(a). CRISTIANO ZANIN MARTINS, pela parte RECORRIDA: LUIZ AUGUSTO RESCALA Dr(a). LUIZ EDUARDO CAVALCANTI CORRÊA, pela parte RECORRIDA: ALBERTO ROSENBLIT CERTIDÃO Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu em parte do recurso especial e, nessa parte, deu-lhe Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 17 de 18

provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha, Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Ricardo Villas Bôas Cueva votaram com a Sra. Ministra Relatora. Documento: 1228658 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 16/05/2013 Página 18 de 18