Brasil: Potência ou Colônia?
Sede Nacional Sede Nacional - SP
Fundação: 1937 - origem em um sindicato têxtil; Possui 1.500 empresas associadas e representa 4,5 mil empresas; O setor representado pela ABIMAQ gera mais de 260 mil empregos diretos;
Sedes Regionais
Fonte: DEEE/ABIMAQ. Faturamento Bruto Anual R$ bilhões constantes
Participação No Faturamento Exportações Importações 57,3% 61,1% 60,9% 47,1% 40,2% 43,7% 48,3% 50,6% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: SECEX. Elaboração: DEEE/ABIMAQ.
Balança Comercial US$ milhões FOB Período Exportação Importação Saldo Empregos 2004 7.029 7.631-602 6.084 2005 7.727 9.296-1.569 12.697 2006 8.735 11.007-2.272 16.533 2007 10.594 15.396-4.802 31.374 2008 12.848 21.926-9.078 48.159 2009 7.643 18.793-11.150 77.169 2010 9.256 24.991-15.735 94.114 2011* 10.700 31.500-20.800 110.389 Total O déficit acumulado do Setor de Máquinas e Equipamentos, de 2004 até 2011, será superior a US$ 65 bilhões Isso representa a geração de 110 mil empregos no exterior, que poderiam ter sido gerados no Brasil Fonte: SECEX. Elaboração: DEEE/ABIMAQ. *Projeção
jan-04 mar-04 mai-04 jul-04 set-04 nov-04 jan-05 mar-05 mai-05 jul-05 set-05 nov-05 jan-06 mar-06 mai-06 jul-06 set-06 nov-06 jan-07 mar-07 mai-07 jul-07 set-07 nov-07 jan-08 mar-08 mai-08 jul-08 set-08 nov-08 jan-09 mar-09 mai-09 jul-09 set-09 nov-09 jan-10 mar-10 mai-10 jul-10 set-10 nov-10 Indústria de Máquinas e Equipamentos Consumo aparente 2004 / 2010 Participação do importado no consumo aparente*** 65,00 59,4 60,00 55,00 50,00 45,00 40,00 35,00 39,9 30,00
A Pedra Filosofal...
Qual é a Pedra Filosofal dos países desenvolvidos?... Não existe país desenvolvido que não tenha uma indústria de transformação desenvolvida
É evidente que nada contribui mais para promover o bem-estar público do que a exportação de bens manufaturados e a importação de matéria-prima estrangeira. Esta frase, tão atual, foi parte do pronunciamento de Walpole ao parlamento britânico, em 1.721 (Livro: Chutando A Escada, pág. 42, Autor Ha-Joon Chang).
Bons exemplos não faltam... Alemanha, Noruega, Coréia do Sul, Suiça...
Suíça Apenas 07 milhões de habitantes; Não tem a economia baseada somente no sistema financeiro ou em algumas grandes empresas multinacionais; A base da economia está nas mais de 350 mil empresas de médio e pequeno porte, que empregam mais de 3,3 milhões de pessoas (metade da população do País); A balança comercial é superavitária, com 2/3 do superávit proveniente da exportação de manufaturados.
O MODELO BRASILEIRO Reprimarização da economia...
O Brasil é o maior produtor mundial e exportador de grãos de café, mas o maior exportador de café industrializado é a Alemanha, que não possui um pé de café; 75% da soja produzida no país é destinada ao mercado externo, mas as exportações de derivados caem cai ano a ano; 90% da produção de celulose é exportada, mais de 50% do papel consumido no Brasil é importado; Somos um dos maiores produtores de algodão, mas a balança comercial de tecidos já é experimenta déficit significativo;
Não há nenhum novo projeto viável para a produção de alumínio e já passamos a ser exportadores de bauxita para nos tornarmos importadores de alumínio; PRÉ-SAL: temos uma das maiores reservas do mundo, mas o Brasil está se tornando um exportador de petróleo cru e importador de derivados;
Minério de ferro: é um dos principais itens da nossa pauta de exportações, mas a balança comercial dos setores que possuem o aço como principal matériaprima (automóveis, máquinas, equipamentos, etc..) é totalmente deficitária. * A balança comercial da indústria de transformação, de 2004 a 2011, já acumula déficit superior a US$ 100 bilhões.
OS RISCOS DA REPRIMARIZAÇÃO...
Valor Econômico 07/06/11
Valor Econômico 29/06/11
Rentabilidade Setores Madeira 29,5% Móveis 7% Celulose 31,8% Papel 10,5% Refino de Petróleo 30% Petroquímica 14,8% Mineração 34,8% Siderurgia 28,3% Máquinas e Equipamentos 0,2% Fonte: IBGE/PIA Margem (EBITDA)
Custo Brasil Comparativo com Estados Unidos e Alemanha. Componentes do custo Brasil Part. % na receita líquida 1 Custo Brasil 43,85 1.1 Impostos não recuperável na cadeia produtiva 2,98 1.2 Encargos sociais e trabalhista 3,99 1.3 Logística (1) 1,90 1.4 Impacto dos juros no capital de giro 9,41 1.5 Burocracia e custos de regulamentação 0,40 1.6 Custos de investimento 1,16 1.7 Custos dos insumos básicos (2) 24,01 1.8 Custos de energia 0,0 DEEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística
Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF / PIB AS TAXAS DE INVESTIMENTO AINDA ESTÃO LONGE DO DESEJÁVEL Média últimos 10 anos (98-07) BR 16,9 AL 18,7 Mundo 23,7 RIC 34% Fonte: IBGE (Contas Nacionais). 1 Elaborados a partir de dados do IMD. *1º trimestre de 2010 DEEE Departamento de Economia e Estatística
Posição do Brasil no ranking mundial Ranking Competitividade Ranking Social 41º Logística 71º PIB per capita (PPP) 76º Telefonia Celular 73º Índice de Desenvolvimento Humano 82º Procedimentos alfandegários 133º GINI distribuição de renda 87º Ferrovias 76º Expectativa de vida 93º Aeroportos 76º Mortalidade infantil 93º Inflação* 68º Matrículas no primeiro grau 105º Estradas 103º Qualidade do sistema educacional 123º Portos 126º Qualidade educacional (Mat e Cienc.) 136º Taxa de juros* 127º Qualidade do ensino de 1º grau Fonte: ONU, Fórum Econômico Mundial DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística
Participação da Indústria no PIB % PIB per capita versus participação da indústria no PIB 50,00 45,00 China 71-80 01-09 Brasil Alemanha 71-80 40,00 71-80 Estados Unidos 35,00 Coréia 01-09 71-80 30,00 71-80 01-09 25,00 01-09 01-11* 01-09 20,00 0,00 5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00 40.000,00 PIB Per Capita PPP - US$ constante de 2005 Germany United States Korea, Rep. China Brazil Receita: Câmbio; Juros; Investimentos Prodts.; Educação DEEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística Fonte: Banco Mundial. * estimado
CONSEQUÊNCIAS DO ATUAL MODELO
O Brasil é que não é competitivo; Falta incentivo aos investimentos; O câmbio atual, a taxa de juros mais alta do mundo, o Custo Brasil, a alta carga tributária e a ineficiência em nossa infra-estrutura impõe perda de competitividade que pode vir a resultar na extinção de uma indústria que produz bens de alto valor agregado; Em apenas 16 anos (08 anos de FHC e 08 anos de Lula), de acordo com relatório do Banco Central, pagou de juros a quantia estratosférica de R$ 1.8 trilhão (um trilhão e oitocentos bilhões);
-5,6 Brasil Chile Austrália África do Sul Hungria México China Colômbia Indonésia Taiwan Filipinas -0,1-0,2-0,2-0,2-0,6-0,7-0,8-0,8-0,9-1,0-1,0-1,0-1,1-1,1-1,2-1,3-1,5-1,8-2,0-2,2-2,2-2,6-2,7-2,9-2,9-3,8-3,9-4,3 1,5 1,4 1,2 1,2 1,1 1,0 1,0 0,7 0,1 0,0 Suíça Malásia Japão Polônia Argentina Israel Holanda França Turquia Áustria Alemanha República Tcheca Coréia do Sul Tailândia Rússia Itália Suécia Dinamarca Bélgica Espanha Canadá Grécia Portugal EUA Índia Inglaterra Hong Kong Cingapura Venezuela 6,8 10/06/11 o Estado de São Paulo LIDERANÇA COM FOLGA Taxa de juros real anual nos principais países do mundo (descontada a inflação) Fonte: Cruzeiro do Sul Corretora.
Em 2010 o Brasil gastou: R$ 21 bilhões em educação; - No ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), de 65 países emergentes e desenvolvidos, o Brasil ficou em 53º lugar; - No ranking do Fórum Econômico Mundial, a qualidade da educação básica coloca o Brasil em 127º lugar dentre 139 países; R$ 49,7 bilhões em saúde R$ 05 bilhões em ciência e tecnologia; * Isso é menos de 1/3 do que foi gasto com pagamento de juros e com o custo de carregamento das reservas.
Aproximadamente 36 milhões de pessoas não têm acesso à água potável; 56% da população urbana brasileira não têm esgoto coletado, o que perfaz 86 milhões de pessoas; 126 milhões de pessoas não têm acesso ao serviço de tratamento de esgoto, o que representa aproximadamente 66% da população;
Para universalizar o saneamento no Brasil seriam necessários investimentos da ordem de R$ 296 bilhões até o ano de 2025; Isso é o equivalente ao que o Brasil gasta em apenas 1,4 anos com o pagamento de juros da dívida pública * O Brasil gastará este ano cerca de R$ 230 bilhões com o pagamento de juros da dívida;
Grandes oportunidades... Pré sal Olimpíadas Obras do PAC Copa do Mundo Minha Casa Minha Vida
Ações da ABIMAQ... Propostas da ABIMAQ para reverter o processo de desindustrialização que já ocorre no Brasil: PROJETO ABIMAQ 2022 De forma inédita, a ABIMAQ elaborou um trabalho que propõe resgatar a competitividade do Setor, com o seguinte embasamento: - Desoneração Total dos Investimentos; - Financiamentos (PSI); - Incentivo às exportações; - Inovação e Desenvolvimento Tecnológico;
Medidas Emergenciais: Ações da ABIMAQ... A ABIMAQ apresentou aos poderes legislativo e executivo uma AGENDA DE CURTO PRAZO, com os seguintes pleitos: Defesa Comercial Compras Governamentais: Desoneração Tributária Financiamentos Licenças não-automáticas; Preços de Referência. Salvaguardas, etc.. Obrigatoriedade de Conteúdo Nacional mínimo nas compras do Governo, nas concessões públicas e nos projetos privados financiados com recursos públicos Crédito imediato da PIS/COFINS e ICMS; Desoneração do INSS na Folha de Pgto.; IPI zero para os produtos ainda onerados; Taxas de juros competitivas em relação aos concorrentes internacionais
TRAJETÓRIA DA ABIMAQ EM BUSCA DOS PLEITOS
Em 3,5 de gestão... Mais de 260 reuniões realizadas, com os poderes executivos e congresso nacional;
Resultados obtidos... Medidas Anunciadas em 02/08, no plano BRASIL MAIOR 1) Desoneração Redução de IPI sobre bens de investimento; Extensão por mais 12 meses da redução de IPI sobre bens de capital (máquinas e equipamentos); Redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PIS-PASEP/COFINS sobre bens de capital, de 12 meses para apropriação imediata; Prorrogação do PSI-FINAME até dezembro de 2012; Regulamentação da lei que dá margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para aquisição de produtos manufaturados e serviços nacionais; Linha do BNDES para Capital de Giro, para micros, pequenas e médias empresas, com juros de 10 a 13% ao ano; e prazo de 36 meses;
Resultados obtidos... Medidas Anunciadas em 02/08, no plano BRASIL MAIOR 2) Desoneração das exportações: Devolução de créditos de PIS/COFINS até 4% do valor exportado de manufaturados acumulados na cadeia produtiva, que hoje não dão direito a crédito; Ampliar e dar mais agilidade ao ressarcimento de créditos acumulados das empresas exportadoras; Criação de Fundo de Financiamento à Exportação de MPME Proex Financiamento; 3) Defesa comercial Intensificação da defesa comercial: antidumping, salvaguardas e medidas compensatórias, combate à circunvenção, combate à falsa declaração de origem, combate a preços subfaturados e importações ilegais; Apoiar, no âmbito do MERCOSUL, a proposta de criação de mecanismo para permitir aumento do imposto de importação; Suspensão de ex-tarifário para máquinas e equipamentos usados; Quadruplicar o número de investigadores de defesa comercial, ampliando de 30 para 120 o número de investigadores de defesa comercial;
Obrigado! Luiz Aubert Neto pre@abimaq.org.br