Terceirização e plano Brasil Maior são destaques em palestras na Câmara 18/08/2011
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- Fátima Franco Pedroso
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1 Terceirização e plano Brasil Maior são destaques em palestras na Câmara 18/08/2011 A oitava reunião mensal do ano da Comissão Trabalhista e de Gestão Empresarial superou as expectativas. 50 representantes das empresas associadas tomaram as dependências do auditório da sede social da Câmara, em São Paulo, local onde ocorreu o evento, no dia 18 de agosto. Na ocasião, após a abertura e os pronunciamentos de boas-vindas feitas pelo presidente do comitê, Hideo Ueno (diretor-presidente da Kurashiki do Brasil Têxtil Ltda.) e pelo vice-presidente Marcos Haniu (diretor-presidente da Authent Gestão Empresarial), os participantes - sócios, diretores, gerentes, advogados, consultores, assessores, e outros profissionais - tiveram uma proveitosa tarde assistindo às palestras As Armadilhas da Terceirização - Os 10 Mandamentos que as empresas devem observar ao contratar serviço terceirizado, proferida pelo sócio-sênior do escritório Manhães Moreira Advogados Associados, professor Fernando Borges Vieira e "Programa Brasil Maior - Desoneração da Folha de Pagamento para alguns setores", comentada pela supervisora da Área Trabalhista e Previdenciária da KPMG, Regina Moraes. "A atividade empresarial deve ser desenvolvida considerando-se os diversos e distintos riscos que lhe são inerentes. Por tal razão, faz-se necessário um planejamento permanente e cauteloso no sentido de reduzir tais incertezas. O risco se resume na incerteza quanto ao sucesso das operações empresariais. Neste sentido, assumir risco significa a tomada de ações mesmo diante desta incerteza, avaliando-se sua probabilidade e extensão diante do ganho que se busca alcançar. Contudo, por mais cautela que se guarde frente às atividades a serem desenvolvidas, nunca jamais! serão eliminados os riscos do empreendedorismo, dentre os quais destacamos aqueles apresentados pela legislação trabalhista", diz o advogado e professor universitário Fernando Borges Vieira. "Muitas são as obrigações do empresário: civis, criminais, fundiárias, previdenciárias, trabalhistas, tributárias, dentre outras tantas, olvidando-se por ora a de caráter social em que pese relevante. Buscando, pois, um caminho para diminuir o impacto destas obrigações, o empresário muitas vezes opta pela terceirização de algumas atividades de sua empresa e qual não é sua (desagradável) surpresa ao ser demandado por empregado do prestador de serviços, acabando por ser condenado subsidiária ou solidariamente. Um planejamento seguro e administração dos riscos depende do conhecimento do empresário acerca das "armadilhas da terceirização", destacou o jurista Fernando Borges Vieira, alertando as empresas sobre "como proceder a fim de evitar todos os riscos de um processo de terceirização mal-sucedido e indicando todas as cautelas". No último dia 2 de agosto o governo federal anunciou o plano Brasil Maior, destacando os principais pontos da nova política industrial. O plano inclui a devolução de PIS/Cofins para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento a exportação, um projeto piloto para desonerar a folha
2 de pagamento em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo. O plano tem como um dos objetivos compensar a queda do dólar. A depreciação do dólar prejudica as indústrias locais. Embora favoreça a importação de máquinas, os produtos nacionais no exterior ficam mais caros e os produtos importados concorrentes ficam mais baratos. A consultora Regina Moraes comentou a Medida Provisória 540, de 02/08/2011, a qual introduz duas mudanças em relação a incidência das contribuições previdenciárias devidas pelas empresas, nos setores que especifica. O projeto vai zerar a folha de pagamento para os setores calçadista, têxtil, de móveis e de software. Para compensar a perda na arrecadação o governo vai incidir uma taxa de 1,5% sobre o faturamento das empresas. Empresas de software terão tributo de 2,5%. O governo não especificou se esse imposto será sobre o faturamento bruto ou líquido. No setor automotivo vai haver um pacote de incentivo tributário como contrapartida ao investimento, agregação de valor, emprego, inovação e eficiência. Além de regimes regionais, acordo do Mercosul e compras governamentais. Serão beneficiados pela prorrogação por 12 meses do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido os setores de bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves. O plano prevê a criação de um fundo de financiamento a exportação, inovação e investimento, e para exportadores de manufaturados, a devolução de PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Com novas condições de crédito e prazo, as micro e pequenas empresas terão a ampliação de capital de giro, por intermédio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os investimentos vão aumentar dos atuais R$ 3,4 bilhões para R$ 10,4 bilhões, com taxas de juros de 10% a 13% a.a (ao ano) e prazo de financiamento passando de 24 para 36 meses. Para a falta de qualificação da mão de obra, foi anunciada a criação do Programa BNDES de Qualificação. O programa, com orçamento de R$ 3,5 bilhões, dará apoio à expansão da capacidade de instituições privadas de ensino técnico e profissionalizante reguladas pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura). Será também criado pelo governo um marco legal para a inovação, que permitirá a inclusão de projetos de entidades de ciência e tecnologia privadas sem fins lucrativos na utilização dos incentivos da Lei do Bem. Intensificação de algumas medidas de defesa comercial são previstas pelo plano, como antidumping e salvaguardas, dentre elas a extensão de direitos antidumping ou de medidas compensatórias a importações.
3 Após investigação, o governo vai indeferir a licença de importação no caso de falsa declaração de origem. A fim de identificar casos de subfaturamento, também vai fortalecer a fiscalização administrativa dos preços das importações. Washington Hirase e Hideo Ueno (Kurashiki do Brasil Têxtil), Regina Moraes (KPMG), Fernando Borges Vieira (Manhães Moreira Advogados Associados) e Marcos Haniu (Authent Gestão Empresarial) (fotos: Rubens Ito / CCIJB)
4 O público-participante das reuniões mensais do comitê é composto por sócios, diretores, gerentes, advogados, consultores, assessores, e outros profissionais. 50 membros-associados participaram do encontro.
5 Os encontros mensais do comitê têm por finalidade reunir profissionais para debater questões trabalhistas, de recursos humanos e de gestão empresarial, visando esclarecer dúvidas, receber orientações, buscar algo prático, aplicável como ferramenta na vida diária das empresas. Rubens Ito - CCIJB - 18/08/2011
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